pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Uma ementa indigesta aguarda Camilo Santana em audiência na Câmara dos Deputados.
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domingo, 19 de novembro de 2023

Editorial: Uma ementa indigesta aguarda Camilo Santana em audiência na Câmara dos Deputados.

 


O bolsonarismo mais radical está por trás do convite ao Ministro da Educação, Camilo Santana, para que ele compareça a três comissões da Câmara dos Deputados, audiência marcada para a próxima quarta-feira, 22, no plenário 09. Se dependesse apenas desses bolsonaristas, não seria um convite, mas uma convocação. Não gostamos muito da expressão jogo de cintura - se assim o fosse a mulata globeleza ganharia todos os embates - mas posso garantir que o ministro Camilo Santana não acumulou, ainda, a espertise necessária para enfrentar a tropa de choque bolsonarista. O currículo do ministro ainda é limitado nesses embates. Só mais recentemente ele entrou no radar do bolsonarismo. Flávio Dino é o ministro campeão de convocações. 

E olha que vem chumbo grosso por aí, conforme a ementa que estará em pauta durante a audiência. Além das abordagens de questões polêmicas do ENEM em relação ao agro negócio, também estão previstas discussões em torno da criação de novos cursos de medicina, além de cortes ou bloqueios de recursos para órgãos de fomento à pesquisas cientíticas, como CAPES e CNPq, responsável pela concessão de bolsas de mestrado e doutorado. Essas dificuldades financeiras enfrentadas pelo Governo Lula, decorrentes de orçamentos estourados, estão produzindo alguns efeitos bastante danosos, contingenciado o Governo a cortar na pele, ou seja, atigir áreas ou segmentos sociais que, sempre estiveram entre as prioridades de um Governo com o perfil do PT. No limite, poderíamos falar no início de uma espécie de estelionato eleitoral. Até comunidades originárias e quilombolas estão sendo atingidas com esses cortes de orçamentários.

Até recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao seu ministro que convidasse o grupo de Cid Gomes para ingressar no PT, depois das rusgas protagonizadas entre os irmãos Ferreira Gomes no Ceará. O senador Cid Gomes percebeu que não há mais como conviver com o irmão no mesmo partido. Quase foram às vias de fato na último reunião do diretório estadual, hoje sob o controle do grupo de Ciro Gomes, um ferrenho adversário do PT. A situção do Ceará está se tornando tão complicada que há, até, petistas com atuação no estado considerando talvez não ser uma boa ideia receber o grupo de Cid Gomes.    

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