pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: PT da Paraíba proíbe alianças com o PL.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Editorial: PT da Paraíba proíbe alianças com o PL.



O PL, no plano nacional, montou uma espécie de central de denúncias para receber informações sobre eventuais alianças entre integrantes da legenda e partidos como o PT. Ontem, dia primeiro, o PT da Paraíba baixou uma resolução determinando o veto a quaisquer alianças eleitorais entre membros do partido e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Partido centralizado, o que se constituía numa vantagem em termos do nosso sistema partidário, já houve um tempo em que o PT atendia unicamente a uma resolução nacional. Até neste sentido parece que o grêmio partidário fundado numa reunião histórica no Colégio Sion, em São Paulo, na década de 80, observa-se mudanças significativas na legenda. 

No caso do PT, estamos tratando de uma decisão tomada por um diretório regional e não pela Executiva Nacional. Aqui em Pernambuco, por exemplo, mais precisamente em Olinda, o PT aceitou colocar na vice que disputa a Prefeitura da Marim dos Caetés um empresário bolsonarista militante, hoje vinculado ao PCdoB, para não faltar a cereja do bolo. Ficamos por aqui imaginando o que não estaria pensando os petistas paraibanos sobre este assunto. Mesmo naquela época, quando o partido determinava a política de alianças no plano nacional, pontualmente, haviam situações onde essas resoluções não eram respeitadas, dada a dificuldade das composições políticas nos rincões do país. 

Depois de abortadas as prévias para a escolha do candidato que disputará a Prefeitura de João Pessoa, o nome do deputado estadual, Luciano Cartaxo, foi confirmado com o aval da Executiva Nacional, o que ficou parecendo(?) uma intervenção. Há, nitidamente, indisposições entre as instâncias partidárias municipais, regionais e nacional da legenda.  Quando falamos no início sobre as vantagens da condição de centralização do PT, considerávamos não o processo de decisões monocráticas ou oligárquicas, característica danosa que o partido assumiria ao longo dos anos de existência, mas o fato de as decisões nacionais serem respeitadas pelas instâncias estaduais, o que geralmente não ocorreria em partidos como o antigo PMDB, controlado por oligarquias familiares estaduais. Na última eleição presidencial, por exemplo, setores estaduais do partido deixaram de seguir a orientação de apoio ao nome da candidata da legenda, Simone Tebet, para apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pará e Alagoas são dois bons exemplos. Estados que, inclusive, tiveram integrantes desses clãs familiares contemplados no Governo Lula. 


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