O Cientista Político Michel Zaidan Filho, do Departamento de Ciência Política da UFPE, lança dia 27, às 18h, o livro Anarquistas e Comunistas no Brasil, na estande do Livro Rápido, na 8º Bienal do Livro. O livro do professor Michel, um dos intelectuais mais respeitados no estudo do movimento comunista no Brasil, aborda a cisão dos anarquistas com as doutrinas comunistas, e como sua influência repercute na classe operária. O conceito de Estado, por exemplo, dividiam esses dois movimentos. Enquanto os anarquistas preconizam a sua extinção, Marx defendia a existência de um Estado de transição – uma ditadura do proletariado – para viabilizar politicamente a passagem para o comunismo. Na concepção marxiana, a sociedade sob o socialismo criaria os mecanismos de autogestão, suficientes para a superação do Estado. As experiências do socialismo realmente existente evidenciaram não a construção de uma transição, mas a implantação de regimes totalitários, incapazes de conviver com as liberdades individuais. Com a defenestração dessas experiências, os críticos de Marx lembravam sempre Pierre-Joseph Proudhon – um dos principais expoentes dos anarquistas – e as suas críticas ao Estado. Ele estava certo. É como diria o historiador Eric Hobsbawm, um dos grandes estudiosos marxistas ainda vivo, a idéia de uma sociedade socialmente justa é muito boa, a questão é que a humanidade ainda não conseguiu resolver a equação entre liberdades individuais e justiça social. O fato é que as sociedades “livres” também são muito desiguais.Assim como Hobsbawm, Michel é um daqueles que, como o autor do blog, se recusam a dizer que perdeu as esperanças.
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