PT pernambucano: Em busca do tempo perdido.

Com o PT tornou-se até perigoso estabelecer aquela analogia do cidadão que só fecha a porta depois dela ter sido arrombada. Dois mandatos de Lula e um período considerável de hegemonia da tendência CNB não foram suficientes para o Partido dos Trabalhadores estabelecer uma estratégia de crescimento no Estado, suficiente para ampliar os seus quadros. Com apenas 08 prefeituras – incluindo a capital – e uma centenas de vereadores, a musculatura do partido no Estado é bastante incipiente, impondo-lhes uma necessidade de ficar sempre a reboque de outras agremiações mais consolidadas. Talvez seguindo o exemplo do senador Armando Monteiro – que sempre cuida com muito carinho de suas bases -, ainda ontem o blog recebeu mensagem de sua assessoria sobre a filiação de dezenas de lideranças da Mata Norte ao PTB, isso num domingo – o senador Humberto Costa, neste final de semana, teria circulado pelo interior, conversando com lideranças e abonando filiações ao PT. Visitou, inclusive, a terrinha da garoa, no Agreste Meridional, onde o deputado Fernando Ferro pretende candidatar-se a prefeito. Ainda mantida sob silêncio a estratégia petista é fundamental e vem um pouco tarde, considerando-se as movimentações dos outros atores políticos da Frente Popular. Em todo caso, antes tarde do que nunca. Comenta-se que o partido pretende lançar candidaturas competitivas nas cidades do Cabo, Olinda, Paulista, Garanhuns, entregando essa missão a lideranças com perfil mais urbano. No caso de Olinda, conforme já comentamos aqui no blog, isso representaria uma rusga um com aliado de três gestões, o PCdoB.