pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Bola da Folha de São Paulo foi chutada muito antes pelo blog.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Editorial: Bola da Folha de São Paulo foi chutada muito antes pelo blog.


Já afirmamos aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com que a eleição da deputada Ana Arraes para o Tribunal de Contas da União consolidou a liderança nacional do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, projetando-o à condição de um dos atores políticos mais importantes do jogo sucessório de 2014. Este fato em si já seria suficiente para surgirem todo tipo de especulação em torno dessa liderança política que se encontra em franca ascendência. Por ocasião da eleição da deputada Ana Arraes para aquela Corte, o autor do blog começou a observar com mais acuidade as matérias publicadas sobre o assunto pelo jornal Folha de São Paulo, lido com regularidade. Defendemos ardorosamente a liberdade de expressão e este, inclusive, é um princípio compartilhado pelo governador Eduardo Campos, quando afirma que o controle da imprensa deve ser feito unicamente pelo leitor, contrariando alguns setores do Partido dos Trabalhadores que defendem a regulação da mídia. Também não gosto muito de “partidarizar” a imprensa, ou seja, afirmar que um determinado jornal ou revista é petista ou tucano. Há, no entanto, algumas posturas de profissionais da área que extrapolam o bom-senso e, podem mesmo, ser consideradas tendenciosas, pois, sequer, apresentam fatos concretos ou indícios irrefutáveis, mas tão somente opiniões. Não raro, opiniões sem qualquer fundamento. Afirmar, por exemplo, com o objetivo de atingir o governador Eduardo Campos, que a única credencial de Ana Arraes é ser filha do governador, como o fez o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, é um exagero, pois Ana é formada em direito e tem experiência em tribunais de contas. Ana Arraes também precisou responder a muitas perguntas capciosas dirigidas a ela por repórteres daquele jornal, um pouco antes da eleição para o TCU. Algumas críticas também foram dirigidas ao excedente de representantes do Estado de Pernambuco, que já contava com dois ministros naquela Corte, em detrimento da pouca representação de alguns Estados, inclusive São Paulo, acreditamos.  Aqui na província, um crítico implacável da eleição de Ana Arraes foi o senador do PMDB, Jarbas Vasconcelos, mas é até compreensível a sua posição. Durante a chancela do nome da deputada Ana Arraes pelo Senado Federal, mais uma vez, Jarbas ocupou a tribuna para destilar seu veneno. Está no seu papel. A matéria de ontem, da Folha de São Paulo, sobre a empresa de locação de automóveis que presta serviços à representação do Governo do Estado de Pernambuco, em Brasília, faz muitas ilações e insinuações, mas o fato concreto, divulgado em nota pelo Governo de Pernambuco, reproduzida aqui no blog, é que não há nenhuma irregularidade do ponto de vista do cumprimento dos trâmites legais, tráfico de influência ou favorecimentos indevidos.  O próprio jornal, através do blog do jornalista Josias de Souza, do dia de hoje, 28.09, acaba reconhecendo que foi feito muito estardalhaço por nada. O “moleque” da Fundação Joaquim Nabuco, no entanto, precisa ficar atento e evitar possíveis desatenções que poderiam ser utilizadas para prejudicar sua imagem pública. Após as eleições de 2010, dois políticos saíram das urnas com a popularidade nas alturas. Os governadores Eduardo Campos e Sérgio Cabral. Numa viagem à Bahia, após um fatídico acidente, ficou constatado o uso irregular de jatinhos pelo governador carioca, que havia utilizado transporte de empresário que mantinha contrato com o Governo fluminense, ofuscando sua imagem de homem público austero, de comportamento irrepreensível. Hoje, na bolsa de apostas, o prestígio de Sérgio Cabral está mais baixo do que poleiro de pato. Imagem pública é algo bastante complicado. O governador de Pernambuco, que tem uma excelente equipe de assessores, precisa tomar muito cuidado neste aspecto. É bom recomendar à sua assessoria de imprensa para não fazer apenas clipagens de jornais, mas observar tendências, antecipar-se aos fatos. Essa bola da Folha foi chutada bem antes, durante as prévias da eleição de Ana para o TCU, conforme advertimos.

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