Nos últimos dias, o senador Cristovam Buarque ganhou as manchetes de jornais e não necessariamente pelos motivos mais nobres. Mantinha uma espécie de feudo na área de educação do Governo do Distrito Federal, que sobreviveu durante vários governos, somente questionado pelo governador do PT, Agnelo Queiroz, que definiu que aquela pasta deveria ser ocupada por uma pessoa de perfil técnico. Isso teria sido suficiente para o senador do PDT ficar uma arara com o governador, inclusive exigindo que Agnelo exonerasse do Governo todos os companheiros do PDT. Agora, o senador Cristovam está propondo que o Ministério da Educação deixe de se envolver com o ensino superior, para cuidar essencialmente da educação de base, o que se constitui numa proposta bastante interessante. Na proposta do senador, o ensino superior ficaria sob os cuidados da área de ciência e tecnologia, como já ocorre em alguns países. Montantes expressivos dos recursos do MEC são destinados à manutenção do ensino superior. É preciso analisar se, caso o Ministério da Educação deixe de cuidar do ensino superior, não haveria cortes orçamentários. Outro dia o Ministro Fernando Haddad e o próprio Lula – o cara que mais fez pelo ingresso de jovens empobrecidos ao ensino superior do país - foram vaiados durante cerimônia na Universidade do ABC, em razão das verbas destinadas à educação: 7% do PIB. A estudantada está querendo 10%. Independentemente de suas confusões pela capital federal, a proposta do senador para o MEC merece ser analisada.
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