Todos se lembram da saída do senador Cristovam Buarque, do Ministério da Educação, no Governo Lula. À época, surgiram várias versões para justificar a sua demissão do cargo, ocorrida de forma deselegante, quando Cristovam se encontrava em viagem ao exterior, comunicada pelo próprio Lula, por telefone. Indagado a respeito de sua destituição do cargo, Cristovam argumentaria que teria apresentado a Lula um plano de erradicação do analfabetismo no Brasil e que o presidente pediu para que o plano fosse reduzido para metas mais modestas, passíveis de serem concretizadas.Sujeito essencialmente pragmático, ocorreram comentários de que Lula teria se cansado das ilações teóricas do seu ministro, pernambucano como ele. Agora é o Governo Dilma que também esquece dos analfabetos. Ao anunciar o aumento dos valores do Bolsa Família, nenhuma palavra sobre a erradicação dos 14 milhões de analfabetos ainda existentes no país, uma vergonha nacional. A presidente Dilma Rousseff, que fala tanto em erradicação da miséria, parece desconhecer que miséria e analfabesitmos são irmães siamesas, ou seja, não erradica-se a miséria sem o enfrentamento do analfabestimo. Trata-se de um grande equívoso. O próprio Bolsa Família que hoje caminha para encontrar alternativas aos assistidos – no sentido de que eles possam se tornarem independentes e não mais precisarem dessa ajuda – tem um grande problema: O alto índice de analfabetos entre os seus beneficiários. Indagado a respeito, o Ministro Fernando Haddad afirmou que não se recorda se o combate ao analfabetismo teria sido uma promessa de campanha de Dilma. Logo o ministro Fernando Haddad, que fala tanto que alguns problemas da educação no Brasil precisam ser tratados como política de Estado de não de Governo. O enfrentamento ao analfabetismo não estaria nessa relação, ministro? Mais um alerta ara as mulheres que fazem o Governo Dilma: o perfil do analfabeto brasileira: Mulheres, negras, envelhecidas e empobrecidas, um resquício inquestionável de um país construído sob o signo do trabalho escravo. O analfabesitmo é uma das nódoas mais evidentes da dívida social brasileira.Jamais poderia ser negligenciado por um Governo de corte inclusivo, preocupado com as profundas desigualdades da sociedade brasileira.
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