Ontem, o autor do http://blogdojolugue.blogspot.com ficou bastante atento a uma entrevista concedida pelo deputado federal João Paulo ao Programa Em OFF, transmitido pela Rede Estação. Seguindo um roteiro de entrevista bastante concatenado, o entrevistador deixou para o último bloco algumas questões diretamente relacionadas à quadra política local, notadamente as eleições de 2012. Mais uma vez questionado sobre os motivos do rompimento entre os Joões, João Paulo voltou a insistir que os argumentos apresentados por João da Costa – o de que João Paulo queria continuar mandando na prefeitura e que teria deixado um rombo de 100 milhões – não correspondem à verdade. Em sua defesa, João Paulo argumenta que a militância sindical o tornaram um homem de diálogo e negociação, jamais uma pessoa de perfil impositivo. Quanto ao possível rombo, João Paulo argumenta que também não é verdade e que João da Costa, como seu secretário, conhecia a natureza das contas da Prefeitura do Recife. Neste aspecto, João Paulo, inclusive, de uma forma bastante transparente, tratou de expor dados que contestam as afirmações do seu sucessor. Quanto a ser ou não candidato à Prefeitura do Recife nas eleições de 2012, embora tenha afirmado que convive atualmente muito bem no Legislativo e que já tenha realizado duas gestões exitosas à frente da Prefeitura – emociona-se, por exemplo, ao falar sobre o cuidado com os mais empobrecidos do Recife – não deixará de atender ao clamor das ruas, que o quer de volta ao Palácio Antonio Farias. Não se sabe ainda por qual partido João irá se candidatar, mas está se desenhando nos bastidores uma possível coalizão entre o PV, PP e PTB, quem sabe com o apoio de dissidências petistas, com o sinal verde do Palácio do Campo das Princesas. O PT chafurda demais em torno de honrar compromissos com a reeleição de João da Costa, abrindo os francos para a entrega da Bastilha ainda nas eleições de 2012. Mantida essa configuração, com João Paulo retornando ao Palácio Antonio Farias, ainda podemos afirmar que o Recife é uma cidade rebelde ou cruel, como afirmava Agamenon Magalhães. Ainda.
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