Fazia algum tempo que este editor lia algo sobre a credibilidade dos institutos de pesquisa. Ao longo dos anos, eles aprimoraram seus métodos de coleta de dados, análise dos resultados,minimizando sensivelmente suas margens de erro. Exceto por um outro candidato que quer aparecer bem na fita de qualquer jeito, no geral, entre a opinião pública e os analistas da área, hoje, o conceito desses institutos estão em alta. Alguns deles possuem espertise de décadas. No passado, o que corroeu essa credibilidade foram as chamadas terceirização das pesquisas nos Estados, por vezes entregues a institutos locais, sem estrutura ou profissionais com a competência adequada para conduzir essas pesquisas.
Em tese, esse problema também teria sido sanado, quando se sabe, por exemplo, que os "grandes" institutos não mais utilizam ou tomaram as precauções devidas na escolha desses institutos locais. Nos últimos dias, no entanto, a crônica política pernambucana vem noticiando alguns fatos que dasabonam a conduta de alguns desses institutos, como a realização de pesquisas de intenção de voto com valores bem aquém da realidade de mercado, assim como uma tremenda confusão quanto ao preenchimento dos formulários, ora trocando as postulações das candidaturas - candidato a governador que aparece como candidato ao Senado Federal - ora deixando de registrar nomes confirmados na disputa eleitoral.
Com a nossa experiência, embora tais fatos sejam desagradáveis, eu diria que podem ser postos nas chamadas margem de erro, nada que inspire grandes preocupações. Geralmente, nesses períodos eleitorais, surgem alguns institutos novos, procurando um lugar ao sol nesse mercado tão concorrido. O eleitor já está sensivelmente maduro para separar o joio do trigo, ou seja, as pesquisas sérias e aquelas que sofrem a influência direta do contratante, com claras distorções dos dados apresentados.
O que nós lamentamos aqui no Estado é que ainda não tenha saído nenhuma pesquisa informando a capacidade de transferência de votos tanto do canddiato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) quanto do seu oponente, o presidente Jair Bolsonaro(PL). Presume-se que pouca coisa Lula poderá fazer para estancar a sangria que passa o candidato socialista, em razão dos inúmeros problemas em sua base aliada, conjugada com o desgaste e avaliação ruim do governo. Soma-se a isso a ousadia da candidata Marília Arraes, do Solidariedade, que retirou Lula para dançar no seu arraial sem pedir licença a Janja. Se ela não pede licença a Janja imagina se irá pedir licença aos seus algozes da política local.
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