Como diria o Roberto Carlos, a política nacional tem nos reservado muitas emoções nesses últimos dias. Se não, vejamos: A última pesquisa do IPESPE,que não traz muitas novidades, exceto a confirmação do candidato Luiz Inácio Lula da Silva na condição, ainda, de franco favorito a vencer as eleições presidenciais de outubro, sobretudo em razão de um eleitorado de "centro", mais ponderado, menos propenso ao radicalismo; O debate quente entre o jornalista Gregório Duvivier e Ciro Gomes,do PDT, cujas farpas foram frequentes, em alguns momentos, sobrando até para Lula, que se encontra em sua sagrada lua-de-mel; O encontro protolar entre o presidente Jair Bolsonaro(PL) e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, durante uma cerimônia em Brasília. Moraes não é daqueles se impressionam com afagos ou os conhecidos tapinhas nas costas. Aplicou nova multa e interditou os bens do Deputado Federal Daniel Silveira; No final, uma longa matéria da revista Veja desta semana, tratando de uma eventual volta à ribalta do clã Sarney, do Maranhão, curiosamente, contando com o apoio do suposto arquiinimigo Flávio Dino.
É preciso aqui reafirmar que o governador do Maranhão chegou ao poder alinhavado com atores políticos que eram considerados desafetos da aligarquia Sarney. A relação de Flávio Dino(PSB-MA) com os Sarney é algo que precisa ser melhor explicada. Não supreende, portanto, essa "reaproximação". A narrativa sobre a "derrocada" da oligarquia Sarney naquele Estado, fica sub judice, diante da complexidade das alianças políticas ali formatadas, seja para conseguir essa proesa - tão festejada pelas forças progressistas e republicanas no plano nacional, seja para compreender essa reaproximação.
Depois de cinco décadas de hegemonia, é difícil retirar completamente uma oligarquia da burocracia do poder de Estado. Ainda ontem comentávamos com o professor Michel Zaidan Filho, que, na melhor das hipóteses, nas eleições estaduais aqui em Pernambuco, teremos um clã familiar sendo substituído por outro ou rebentos dissidentes dessas oligarquias familiares chegando ao poder, como é o caso da candidata Marília Arraes(SD), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento.
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