A semana política começa bastante agitada. Neste final de semana, o PT local realizou seu encontro, onde o nome da Deputada Estadual Teresa Leitão(PT-PE) foi homologado para concorrer ao Senado Federal, compondo a chapa da Frente Popular, encabeçada pelo Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE). Nos nossos anos dourados de estudante de Ciência Política, este editor, na condição de pesquisador, já participou de alguns desses encontros. Nesses momentos, geralmente são expostas as feridas internas da legenda, colocando, em lados diametralmente opostos, os grupos mais autênticos e orgânicos, e os grupos pragmáticos - aqueles já contaminados pela bacia semântica - que colocam os cargos na máquina acima dos princípios e da ideologia.
Hoje, pelo andar da carruagem política, percebe-se que, se o PT não provocasse a saída de Marília Arraes da agremiação poderia fazer, quem sabe, barba, cabelo e bigode nas próximas eleições estaduais, retomando o papel de protagonista no cenário político pernambucano. Agora não adianta tentar emplacar ou associar o nome de Teresa Leitão ao de Marília, que hoje confirma o nome do Deputado Federal André de Paula, presidente estadual do PSD, como sendo o nome pelo qual ela se empenhará para conduzir ao Senado Federal. E, por falar em Marília - voltaremos a tratar deste assunto num próximo editorial - segundo o Instituto Paraná Pesquisas, ela lidera em todos os cenários as eleições de outubro.
Ainda esta semana, os tucanos deverão se reunir em Brasília para uma lavagem de roupa suja definitiva. Chegaram a um estágio onde tornou-se impossível construir um consenso sem algum dano. O governador de São Paulo, João Dória(PSDB-SP), pré-candidato da legenda à Presidência da República, vai ao encontro armado até os dentes, de posse de pareceres jurídicos ratificando a sua condição de candidato ungido pela legenda, embora tucanos de alta plumagem advoguem - e desejem - o contrário. Tem cuco neste ninho e é pouco provável que eles cheguem a bom termo.
Dória recebeu o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso(PSDB-SP), mas ele já não teria a mesma capacidade de antes, em unir a legenda. Embora tenha iniciado uma ligeira reação nas últimas pesquisas de intenção de voto, muito em razão das veiculações televisas do partido, a situação de Dória não é nada confortável, tendo que largar para uma corrida presidencial com tantos obstáculos a ultrapassar, a começar pelos internos, gerados pelo próprio partido. Por outro lado, é intransigente em algumas questões: Já afirmou que não aceitaria ser vice da senadora Simone Tebet(MDB-MS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário