pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: O contorcionismo político de Marília Arraes
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segunda-feira, 9 de maio de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: O contorcionismo político de Marília Arraes

 



Desde as eleições municipais de 2020, quando perdeu para o candidato João Campos(PSB-PE), que já foi possível perceber o contorcionismo político da Deputada Federal Marília Arraes(SD-PE). No segundo turno daquelas eleições, a então candidata recebeu apoios significativos de forças conservadoras que já esboçavam uma reação oposicionista ao governo do PSB. A montagem dos palanques estaduais tem sido uma dor de cabeça para muitos presidenciáveis. Para todos eles, para ser mais preciso. Quem, entre eles, não enfrenta alguma dificuldade em maior ou menor proporção? 

Figuras ilustres e viáveis eleitoralmente, por exemplo, já foram sacrificadas em nome da prioridade do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em razão dos arranjos políticos nas quadras estaduais; Um certo capitão bolsonarista lidera todas as pesquisas de intenção de voto no Ceará, reduto político do candidato do PDT, Ciro Gomes. Os palanques estaduais do candidato João Dória(PSDB-SP) é uma grande incógnita. Aqui em Pernambuco, Lula tem dois palanques para dar assistência. Um oficial e um oficioso, mas com melhores chances eleitorais. O candidato do PSB, Danilo Cabral(PSB-PE), enfrenta um inferno astral, sem contar com o apoio efetivo dos atores que poderiam dar suporte a sua campanha. Não consegue decolar nas pesquisas de intenção de voto, com alguns observadores ja prevendo uma crônica de uma derrota anunciada. 

Antecipando-se a um possível revés eleitoral, partidos da base aliada já estão deixando o barco antes do naufrágio, como é o caso do PP, do Avante, Pros e PSD. Algumas dessas lideranças, no plano nacional, estão na base aliada do presidente Jair Bolsonaro, mas, num cáulculo frio das chances eleitorais, desembarcaram no palanque de Marília Arraes, como é o caso do Deputado Federal Eduardo da Fonte, do PP, que deverá assumir a coordenação de sua campanha, assim como o também Deputado Federal Sebastião Rufino, do Avante, que deverá ser o candidato a vice em sua chapa. 

André de Paula, do PSD, poderá vir a ser o candidato ao Senado Federal na chapa encabeçada por Marília Arraes, embora ela negue essa possibilidade. Marília empreende um verdadeiro contorcionismo político para celebrar tais alianças com forças políticas conservadoras sem perder seus vínculos orgânicos com os setores progressistas do Estado, que sempre emprestaram apoio aos seus projetos políticos. Dr. Miguel Arraes, eleitoralmente, seguia uma linha semelhante, mas, programaticamente, sempre mantinha uma cota de atendimento às demandas dos setores mais socialmente fragilizados do Estado. Convém que Marília saiba resolver bem essa equação.   

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