pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : João Paulo
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sábado, 1 de junho de 2024

Editorial: A entrevista de João Paulo ao Sistema Jornal do Commércio.



O Deputado Estadual João Paulo é o primeiro integrante do PT a se pronunciar sobre o posicionamento do prefeito João Campos, em conversa recente com o presidente Lula, no sentido de ratificar a sua decisão de não aceitar a indicação de um membro da legenda petista para compor a sua chapa de reeleição nas próximas eleições municipais, programadas para outubro. João Paulo considera deselegante a atitude tomada pelo gestor municipal, argumentando que a cúpula do partido pode até endossar o projeto de reeleição do prefeito, mas a militância, possivelmente, talvez acompanhe uma candidatura de esquerda, de perfil mais autêntico, como o de Dani Portela, da Federação PSOl\Rede. 

No âmbito nacional, o ex-prefeito do Recife por dois mandatos, observa com preocupação as movimentações do prefeito João Campos com o União Brasil, principalmente quando se está em discussão o apoio do partido ao nome de Elmar Nascimento, do União Brasil, para a sucessão na Câmara dos Deputados. Elmar, como se sabe, também é o nome do atual presidente da Casa, Arthur Lira. A entrevista é longa, concedida a uma rádio do sistema, mas reproduzida pela edição impressa do Jornal. João Campos já asseumiu que os socialistas devem endossar o nome de Elmar Nasicmento para a presidência da Casa. Nesta aliança, João Paulo enxerga indícios de tessituras aliancistas desfavoráveis ao presidente Lula. Isso é verdade.   

Durante a entrevista, João faz referência àquele mecânico que socorreu o motorista com o seu carro quebrado na estrada e depois voltou à sua casa para cobrar pelos serviços prestados. A interpretação é livre. Consideramos curioso que ele tenha manifestado a opinião de que o PT possa apresentar uma candidatura própria ao pleito. É sempre bom ouvir alguém do Partido dos Trabalhadores com a espertise, a sensibilidade e a sinceridade do João. 

quarta-feira, 8 de maio de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife : João é João ou João e João?

 


Na última reunião da Executiva Nacional do PT, que se reuniu de forma remota recentemente, assim como ocorreu com João Pessoa, muito provavelmente a decisão sobre como o partido se posicionará em Recife deve ter sido adiada para mais tarde, no final de Maio, quando ocorrerá um encontro mais amplo da legenda. Isso vem criando algumas dificuldades para os arranjos políticos em alguns municípios, mas, dificuldades por dificuldades, o partido já aprendeu a conviver com as mesmas. No Recife, em princípio, não haveria impasse, mas projetos políticos que deverão ser repensados por hora, em nome do apoio à candidatura à reeleição do atual gestor, João Campos(PSB-PE). Neste caso, em tese, o PT precisa ceder. João não vai abrir a vaga de vice à legenda e ponto final.

Nos últimos dias, no entanto, as nuvens políticas aqui da província começaram a sinalizar para outros cenários possíveis, como o estreitamento de atores políticos vinculados ao PT com o Palácio do Campo das Princesas, assim como o distanciamento da governadora Raquel Lyra dos bolsonaristas que ainda ocupavam nacos de poder no Governo Estadual. Política é feita de gestos e os cafezinhos tem sido cada vez mais recorrentes entre algumas figuras de proa da legenta petista e a governadora. Especula-se, então, se o PT poderia apoiar um nome indicado pela governadora, que seria Daniel Coelho, ou o Palácio poderia referendar uma candidatura da legenda, que seria o Deputado Estadual João Paulo, sobretudo se Daniel Coelho não decolar.     

Bem avaliado como gestor público por dois mandatos, embora ainda não seja candidato, João Paulo aparece bem nas pesquisas de intenção de voto, assumindo a terceira posição nas pesquisas mais recentes, embora com uma diferença expressiva em relação ao primeiro colocado, João Campos. Muitas analistas atribuem essa boa performance ao recall das suas duas gestões à frente do Palácio Capibaribe,o que não pode ser desprezado, mas enxergamos outros fatores, conforme já discutimos anteriormente por aqui. 

Um componente determinante na política são as circunstâncias. Em nome de tais circunstâncias, O Planalto está cedento até os dedos para a oposição, uma vez que os anéis já estão sob controle do Centrão. O projeto de reestruturação dos tucanos prevê que o partido se posicione como um grêmio partidário de terceira via, apontando,como diz o slogan, que há vida inteligente por ali. Pode até haver vida inteligente, mas, não há voto, o que, em última análise, inviabiliza essas vidas inteligentes. 

Ideologicamente, os tucanos não são petistas nem bolsonaristas. Aqui em Pernambuco a governadora Raquel Lyra(PSDB) promoveu uma cisão com os bolsonaristas, em alguns casos, afastando-os dos cargos que ocupavam na máquina. Por outro lado, mantém um link cada vez mais estreito com o Palácio do Planalto, que vai além das meras relações institucionais republicanas, algo, certamente, observado com desconfiança por seus correligionários do partido, que fazem um esforço danado para não perderam o seu passe.  

Para que tenhamos uma vaga ideia da encrenca, o PSDB condicionou um eventual apoio à candidatura de Tabata Amaral(PSB-SP) em São Paulo ao seu não apoio ao candidato Guilherme Boulos, do PSOL, num eventual segundo turno entre ele e o prefeito Ricardo Nunes. Tabata é do PSB e a governadora Raquel Lyra nem cogita tal possibilidade de o partido apoiá-la. Mas, como diriam as velhas raposas, política é a arte do possível. Raquel pode fechar os olhos para São Paulo, assim como os dirigentes da letenda podem ignorar o que se passa por aqui. 

Raquel Lira não irá permitir a ausência de uma candidatura competitiva do Palácio do Campo das Princesas nas próximas eleições municipais. A chave desse xadrez político está aqui. Se ainda não há um nome com essas credenciais, ela não medirá esforços em construí-lo. Se será exitosa nesse projeto é uma outra questão. É nesta margem de manobra que atua uma eventual costura em torno do nome do ex-prefeito João Paulo.   

terça-feira, 5 de junho de 2012

Partidários do senador Humberto Costa divulgam manifesto.

À COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT E AO POVO DO RECIFE

MANIFESTO

EM DEFESA DA VERDADE, DO DIÁLOGO E DA DEMOCRACIA

A indispensável prática do diálogo político e o respeito ao povo recifense, ao Partido dos Trabalhadores, aos seus filiados e a Frente Popular exigem uma posição firme da Executiva Nacional ante o constrangimento provocado pelas más práticas e equivocada postura do prefeito João da Costa e do seu grupo, que se utilizam de um discurso de vitimização para confundir e disfarçar o isolamento político por ele mesmo construído frente à sociedade e às forças políticas aliadas do projeto petista para o Recife.

O prefeito João da Costa tenta esconder em seu discurso que não reúne condições para ser o candidato do PT. É rejeitado pela população, como mostram todas as pesquisas, e pelos partidos da Frente Popular. Inflexível para perpetuar o seu projeto personalista, João da Costa tenta jogar o PT contra a sociedade, desqualificando os esforços de todos e da Executiva Nacional para construir uma solução consensual.

O nome do Senador Humberto Costa é a única solução viável hoje para reverter a difícil situação do partido, agravada desde a posse do atual prefeito, cuja eleição foi viabilizada pelos grandes êxitos da gestão do ex-prefeito João Paulo e pelo amplo apoio do PT e da Frente Popular. A candidatura dele contou com a renúncia à disputa de importantes companheiros do partido em favor da unidade que ele agora despreza.

Fazemos essa defesa com a indiscutível legitimidade de filiados e da ampla maioria nas instâncias partidárias estadual e municipal, dos vereadores, deputados estaduais e federais, bem como de lideranças populares e sindicais. Defendemos a autonomia das nossas instâncias partidárias, que está sendo comprometida pela ação do Prefeito e do seu grupo. João da Costa rejeitou todos os esforços para entendimentos, sendo, cada vez mais, movido por uma atitude centralizadora e personalista na gestão administrativa e política. Com indisfarçável desapego ao diálogo e aos acordos políticos, o Prefeito foi progressivamente revelando um extremo apego ao seu cargo e nos desafiou publicamente às prévias.

Aceitamos este desafio, priorizando os nossos compromissos com a cidade e com o seu povo. Apresentamos um excelente candidato com respeitada trajetória política, o deputado Maurício Rands que, mesmo enfrentando ofensas e desaforos públicos, fez uma campanha propositiva e respeitosa. Nas prévias ocorreram manipulações surpreendentes pelo grupo do Prefeito, como adulteração da lista de votantes, utilização, sem limites, de pressões e exonerações, participação de pessoas estranhas ao PT, inclusive de grupos de direita, uso da máquina pública e do poder econômico de forma incompatível com a democracia e as tradições petistas.

Votaram irregularmente 2.540 pessoas e, ainda assim, o prefeito somente conseguiu uma falsa vantagem de apenas 20 % do total desta fraude eleitoral, recorrendo à judicialização para forçar esses votos de filiados não aptos e descumprindo a resolução nacional que determinou o voto em separado para posterior análise. Com isso, João da Costa inviabilizou que fosse apurada a sua derrota para Maurício Rands. As prévias foram anuladas, sem que ele tenha sido vencedor. Fomos vitoriosos e não João da Costa, que tenta enganar a sociedade com sofismas e mentiras. Muito pelo contrário. O único “êxito” do prefeito foi desrespeitar a autonomia do PT e das suas instâncias. Depois da anulação, atendemos à Executiva Nacional com um gesto de grandeza de nosso candidato, que renunciou em prol do entendimento e da unidade. Tal compromisso foi descumprido pelo Prefeito, que continuou insistindo numa candidatura desagregadora.

Repudiamos a tese do prefeito de que tem o “direito natural” à reeleição. Essa atitude é uma violação frontal ao Código de Ética do PT, que, em seu artigo 11, obriga a que todo e qualquer candidato petista se comprometa, por escrito, que “...jamais invocará a condição de parlamentar ou de detentor de mandato junto ao Poder Executivo para pleitear candidatura nata à reeleição, mesmo que a legislação vigente à época admita tal possibilidade”.

Por tudo isso, é urgente que a Executiva Nacional garanta a autonomia do PT local e preserve o modo petista de governar, convocando o senador Humberto Costa a se candidatar a prefeito, tendo em vista que a instância das prévias foi inviabilizada por João da Costa, de forma consciente e planejada.


 

domingo, 27 de maio de 2012

O que, afinal, João da Costa esconde naquelas pastas?


Há um consenso de que as rusgas do PT no Recife chegaram ao limite do tolerável. As roupas sujas foram lavadas em público, expondo as lutas fratricidas pelo poder, lideradas por agrupamentos que não poupam seus adversários, conforme os adjetivos já amplamente divulgados pela imprensa. Hoje, em qualquer circunstância, o PT vai chamuscado para o pleito de 2012. As principais lideranças da Frente Popular, temendo o pior, inrtensificam as costuras no sentido de construção de  alternativas, em razão das dificuldades que o partido enfrentará, seja lá qual for o indicado. Até mesmo seu maior trunfo político, o Deputado Federal João Paulo, encontra-se seriamente atingido. Tornou-se um ator coadjuvante no processo, responsabilizado, inclusive, pelos problemas que o partido enfrenta no Recife. De certa forma, João Paulo meteu o PT numa grande enrascada. Transformou um poste num pilotis que, se derrubado, pode comprometer a estrutura do prédio. Se mantido em pé, isola a caciquia petista no Estado, mas pode conduzir o partido a um desastre anunciado nas urnas.Durante os momentos mais acalorados dos embates, há ameaças veladas do atual prefeito no sentido de revelar alguns segredos da administração do seu padrinho político. Há quem afirme que trata-se, tão somente, de um blefe, mas o prefeito e a primeira-dama são bastante incisivos quando tratam do assunto. João da Costa foi à reunião da executiva do partido, em São Paulo, municiado desse suposto dossiê. O imaginário político continua a especular sobre o que teria levado os dois ao rompimento político. A versão mais recorrente – que deixa João Paulo uma arara – é a de que ele gostaria de continuar mandando na Prefeitura do Recife. Embora o prefeito afirme que está com os ânimos desarmados, João Paulo continua firme na sua convicção sobre a impossibilidade de um reatamento político.Em última análise, aquelas pastas de João da Costa, escondem, na verdade, apenas detalhes de um enredo que estão comprometendo, em definitivo, o legado do PT na cidade do Recife. Mesmo sem carisma, mas de posse da caneta e da máquina, João da Costa vem consquistando apoios importantes para o seu projeto de reeleição, sobretudo entre os militantes menos "institucionalizados", mais entricheirados nos trabalhos junto às comunidades. Sua vitória nas últimas prévias - anuladas pela Executiva Nacional do PT - o colocaram na condição de David pela imprensa nacional. João da Costa sempre é apontado como aquele que venceu Lula, um governador de Estado, a Executiva Nacional do PT, e as principais lideranças da aristocracia petista em Pernambuco. 

Crédito da foto: Hesíodo Góes, Folha de Pernambuco.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Vitória de João da Costa aprofunda a crise no PT


Seja qual for a decisão tomada pela Direção Nacional do PT na próxima quinta-feira, as nuvens negras deverão continuar rondando a agremiação pelos próximos anos. O partido chegou a um estágio de desagregação onde não haverá mais retorno. Fala-se inclusive, na expulsão de João da Costa. A arrogância dos partidários da candidatura do Secretário de Governo, Maurício Rands, e a decepção dos apoiadores do prefeito João da Costa dimensionam a gravidade do problema. Pelo microblog Twitter, o Secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, declara-se decepcionado com o rumo que esse processo está tomando. Fernando Ferro, um dos apoiadores do prefeito João da Costa, em suas últimas declarações, não poupa críticas à postura de Maurício Rands, classificando as manobras do grupo como golpistas. A “tríplice aliança” não aceita o nome de João da Costa de “jeito nenhum”. O senador Humberto Costa já esteve com Eduardo Campos e, conforme advertimos, vem chumbo-grosso contra o vencedor das prévias, um instrumento democrático absurdamente solapado pela aristocracia partidária do PT. Ontem começaram a surgir explicações sobre quem poderia assumir a condição de ponto de equilíbrio, mesmo que instável,  na quadra partidária petista no Estado. Nesses momentos, o nome do deputado federal João Paulo sempre volta a ser lembrado. Pelo humor da Executiva Nacional, no entanto, João Paulo parece ser mais uma carta fora do baralho. Há um consenso entre eles de que João Paulo é o principal responsável por essa enrascada em que o PT se meteu. Não há solução milagrosa para o partido. Vai cindido e irremediavelmente comprometido para as eleições de 2012, numa quadra onde, não fosse a fragilidade da oposição, as chances de êxito nas urnas seriam bastante remotas. As principais lideranças da Frente Popular, contingenciadas pelos fatos, já estão se pronunciando, como é o caso do Senador Armando Monteiro. Eduardo aguarda a decisão da Executiva Nacional, de posse de alguns "dispositivos" que podem ser acionados a qualquer momento.

domingo, 20 de maio de 2012

Hoje é o dia "D" para o Partido dos Trabalhadores no Recife.


Hoje estarão sendo realizadas no Recife, através de um processo de consulta interna,  a escolha do nome que deverá representar o PT nas próximas eleições municipais de 2012. Já houve um tempo em que podíamos falar de uma “festa da democracia”. Hoje, infelizmente, como afirmamos num artigo recente, não é mais possível medir o pulso da democracia interna do PT através das prévias. Naturalmente, como afirmamos no mesmo artigo, a experiência de democracia interna do PT é única no Brasil e, em nenhuma hipótese, pode ser posta no lixo da história. Por outro lado, essas escolha internas passaram a ser indicadores do grau de tensionamento e divisões internas da agremiação, controlada por uma aristocracia partidária muito mais preocupado em preservar seus espaços de poder e bastante deslocada da organicidade de antes. Essa organicidade juntos aos movimentos sociais, inclsuive, constituia-se num dos fatores que diferenciavam o PT dos demais partidos do sistema partidário brasileiro, conferindo-lhes o status de verdadeiro partido político de massa. Embora seus dirigentes afirmem isso insistentemente, não há possibilidade da construção de consensos depois dessas prévias. As declarações recentes de João Paulo evidenciam isso. O prefeito João da Costa, por sua vez, é um poço até aqui de mágoas. Vencendo ou perdendo as prévias, João da Costa cria um cenário bastante delicado para o Partido dos Trabalhadores e para a Frente Popular no Recife. Em respeito a ambos os candidatos, não gostaria de apresentar um prognóstico, mas essa viagem de João Paulo no dia do esforço final é bastante sintomática. Outro elemento que não pode deixar de ser considerado é aquele bêbado de Brasília Teimosa que, durante a visita de Maurício Rands, como numa crônica de Nelson Rodrigues, impertinentemente, insistia em afirmar: “o João vai ser campeão!!! O João vai ser campeão!!! Ninguém quis perguntar sobre qual o "João" ele se referia.