Comenta-se que nesse momento de crise na Frente Popular, o
senador Humberto Costa chagou a mencionar a gratidão que Dr. Arraes tinha para com
o PT, um partido que sempre o apoiou. Arraes, por sua vez, sempre foi fiel aos
companheiros. Lembro-me de uma conversa com o Deputado Estadual Luciano Siqueira, onde ele
mencionava, com toda ênfase, que “Arraes nunca abandonou os comunistas”. Embora
celebrasse algumas alianças com setores conservadores da política pernambucana,
sintomaticamente, Arraes estabelecia algumas clivagens que o neto, Eduardo
Campos, parece desconsiderar, em razão de seu projeto presidencial, onde se
impõe afastar todos os possíveis urubus do aeroporto Internacional dos Guararapes,
permitindo-lhes um voo sem sobressalto para o Planalto. Os tempos são outros,
meu caro Humberto Costa.
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sexta-feira, 15 de junho de 2012
José Dirceu continua falando demais.
Embora tenha sido afastado da condição de um dos ministros
mais poderosos da era Lula, por ocasião da crise do Mensalão, José Dirceu continuou
em berço esplêndido, com o prestígio em alta junto aos companheiros e à burocracia do PT, ganhando muito
dinheiro com suas consultorias. Não perde a oportunidade de opinar, através do
seu Blog, sobre os temas mais relevantes da política brasileira, sobretudo se
o PT estiver envolvido. Agora, por ocasião da crise enfrentada pelo PT no
Estado, seus pronunciamentos agravaram um quadro que já era difícil, o da
relação entre o governador Eduardo Campos e o senador Humberto Costa, em torno
da candidatura da Frente, nas eleições de 2012. José Dirceu vem perdendo uma
ótima oportunidade de ficar calado.
terça-feira, 12 de junho de 2012
João da Costa recorre ao Diretório Nacional e complica a vida de Humberto Costa
É muito pouco provável que a Direção Nacional do PT revogue a
decisão tomada pela Executiva Nacional,
já confirmada pelo Diretório Muncipal do Recife, no sentido de reafirmar o nome do
senador Humberto Costa como candidato do partido nas eleições de 2012. O
prefeito já entrou com recurso, mesmo antes do prazo anunciado. Tudo estaria
sob controle, não houvessem severas dúvidas sobre as decisões tomadas pela
Direção do Partido, avaliadas como ilegítimas e arbitrárias por alguns, com uma repercussão
bastante negativa nas ruas. Pessoalmente, pensamos que o próprio João da Costa não
acredita na reversão desse quadro. Recorreu, tão somente, em razão de ser
aquela instância o órgão indicado como avaliador da decisão tomada pela
executiva. Nos últimos anos, o PT perdeu muito de sua organicidade, levando a
militância a questionar as decisões
que estão sendo tomadas por uma espécie de aristocracia partidária, que defende
apenas interesses de grupos organizados na agremiação. É sintomático que o
assunto que mais vem sendo enfatizado pela imprensa quando discute as decisões
tomadas pela Executiva Nacional e agora pelo Diretório Muncipal, é a composição
desses núcleos decisórios, hegemonizados pela tendência Construindo Um Novo
Brasil. Sempre vale a pena repetir, não se espere de João nenhuma atitude de corte republicano.A fera está acuada e sem saída. Um acordo entre ele e Humerto Costa, a essa altura
do campenonato, soará muito estranho para parte da militância, com reflexos também nas ruas, onde João da Costa passou a assumir uma estatura política que nunca teve, em razão do "martírio" que vem sofrendo. Se é verdade que
João não foi convencido, a população também não o será, criando-se uma situação inusitadamente adversa para o PT, estimulando, agora, sim, muitos "movimentos" no campo situacionista, para complicar ainda mais o quadro.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
O PT num grande dilema: Humberto não conseguirá unir o partido em torno do seu nome.
O prefeito João da Costa permanece em silêncio, mas mantém
firme o propósito de recorrer à Direção Nacional do PT sobre a decisão tomada
pela Executiva Nacional, apeando-o da disputa pela reeleição em favor da candidatura do senador Humberto Costa, no seu
entendimento, desprovida de argumentação política. De acordo com a crônica
política do Estado, o prefeito já estaria com o recurso pronto. Por enquanto,
nenhum aceno de diálogo com o senador Humberto Costa, o escolhido pela executiva
para disputar as próximas eleições no Recife. O impasse, portanto, permanece.
Os prazos dados a Humberto Costa para tentar reunir os destroços do PT no
Estado são exíguos e temerários. Em entrevista concedida recentemente a uma
rádio local, o senador aposta na liderança do governador para “aparar” as
arestas políticas no contexto do PT e da Frente Popular. Sabiamente, o “Moleque”
dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco, pelo menso publicamente, evitou colocar a mão nessa “cumbuca” e
acreditamos que também não será desta vez que irá fazê-lo. Com sua larga margem
de manobra, ele é o menos preocupado com essa confusão em que está metido o PT.
Seria bastante salutar ao senador Humberto Costa que ele passasse a “confiar”
mais no seu feeling político, evitando remeter o problema a um posicionamento do
governador. Tudo nos levar a acreditar na pouca possibilidade de uma
reaproximação ou mesmo uma “acomodação” do grupo liderado pelo prefeito João da
Costa. Alguns anos atrás, Humberto Costa até reuniria as condições políticas
necessárias para contornar as crises internas do PT. Hoje, não mais. Não por
acaso, o governador Eduardo Campos mantém um “time de primeira linha” entricheirado no Campo das Princesas, pronto para entrar na batalha pelo Palácio Antonio
Farias a qualquer momento. São companheiros de sua estrita confiança. O PT vive um momento político muito ruim.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Humberto Costa não está acima do bem e do mal.
Aparentemente resolvido o impasse da candidatura petista, o senador
Humberto Costa começa as costuras no sentido de reaproximar-se do prefeito João
da Costa. Esta operação “desarme”, aliás, vem sendo a postura adotada pela
cúpula petista diante das nuvens que se formaram em torno de uma decisão de
força, cujo custo político foi bastante elevado. A decisão da
executiva é apenas a ponta do iceberg de uma crise muito mal gerenciada pelos
petistas, desde o início. Ela começa pela escolha do nome de João da Costa para
suceder João Paulo, abrindo feridas jamais cicatrizadas. O prefeito escolheu um nome sem capilaridade partidária
local e nacional, carisma e habilidade política. Escolheu um poste e o elegeu prefeito com o seu prestígio. João da Costa era uma espécie
de executivo de João Paulo. É por isso que ele, João da Costa, também precisa tomar muito cuidado com o conteúdo daquelas pastas ensebadas que ele anda exibindo. Os equívocos políticos do PT foram tantos que, no
final, conferiram-lhes uma envergadura política que ele nunca teve. Apesar do
tom conciliador de Humberto, não será fácil obter o apoio político do prefeito
João da Costa. O prefeito pretende se reunir com sue staff político para
definir o rumo que tomará daqui pra frente, mas, em nunhum momento, reconhece
como legítima a decisão da executiva. O interessante é observar o discurso do
senador, reafirmando ao quatro cantos, que nunca criticou o prefeito ou ele
dirigiu qualquer agressão. Suas divergências eram apenas no campo político. Um
discurso feito sob medida para a estratégia de reaproxiamção com o grupo de João e para a platéia que deverá
decidir as eleições em 2012, procurando fazer as "emendas" que comprometam o mínimo a gestão petista na capital. Voltamos a insistir na tese do "cisma" petista no Recife, algo difícil de ser reconstituído. As fissuras na CNB, por exemplo, teriam, inclusive, outras motivações para além do apoio ao nome de João da Costa. Apesar do "discurso", os atos de Humberto já faz algum tempo que deixaram de ser conciliadores na agremiação. Por isso mesmo o PT encontra-se nesse estágio.
Recebido como astro pop, João da Costa afirma não está convencido da decisão da Executiva do PT.
Recebido no Aeroporto do Recife como um astro pop, saudado
efusivamente pela militância e partidários, o prefeito do Recife, João da
Costa, parece decidido a continuar lutando. Depois de tentar driblar a imprensa,
argumentando que não havia marcado coletiva, João da Costa, finalmente,
resolveu conceder alguns minutos de entrevista, enfatizando sempre que, em sua
história de militância política na agremiação, sempre fora convencido pela
força dos argumentos políticos. Desta vez, no entanto, vítima de um ato de
força, sente-se indignado e não convencido. Salvo apoios efetivos de alguns
correligionários – como Fernando Ferro, Oscar Barreto, André Campos, Tereza
Leitão, - o prefeito encontra-se isolado politicamente no contexto da Frente Popular
e entre a caciquia do próprio PT, elementos que o fragilizaram, culminando com as urdiduras para a retirada de sua candidatura à reeleição, emboa tenha vencido no processo de escolha interna. Vitimizado por um ato de força da Executiva
Nacional, o prefeito vem crescendo politicamente, angariando
apoios entre militantes e eleitores petistas e não-petistas. As manifestações populares parecem ser espontâneas, não se constituindo como reflexo de qualquer ação planejada no sentido de transformá-lo numa vítima das ações do núcleo duro da agremiação. Por enquanto. Na próxima semana o prefeito deverá se reunir com o seu grupo para definir os rumos desse embate, cujo desfecho ainda não terminou.
Crédito da Foto: Valdecarlos Alves, Blog da Folha
terça-feira, 5 de junho de 2012
Nenhuma surpresa: Humberto Costa é o candidato do PT. Valeu, João.
Ontem, produzimos um texto onde falávamos sobre o resultado da
reunião da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores em relação à decisão
sobre o nome que deverá concorrer às eleições municipais de 2012, no Recife.
Aconteceu o que todos já sabiam que iria ocorrer: o nome indicado é o do
senador Humberto Costa. A reunião da executiva foi uma espécie de reunião
mineira, ou seja, tudo já estava decidido na véspera, devidamente combinado entre
os atores participantes, inclusive as ponderações de Dirceu em favor de João da Costa. A decisão sobre o nome de Humberto foi comunicada a
João da Costa por Rui Falcão, Presidente Nacional do Partido, que nunca escondeu
sua simpatia pelo nome do senador. Em certo aspecto, foi uma grande bobagem
João imaginar que poderia vencer essa tecitura política tão bem tramada,
envolvendo esses pesos pesados do partido, com o concurso do governador Eduardo
Campos, tudo acordado com Lula. João da Costa, em entrevista recente, depois que se ausentou antes do
término da reunião, afirmou que irá se reunir com seus partidários com o
objetivo de traçar os próximos passos. A mobilização em torno do nome de João
da Costa criou um novo cenário político no PT do Estado e, quem, sabe, pode começar a
extrapolar o campo de forças internas da agremiação, estimulando João a continuar na luta. O “martírio” do prefeito que venceu as prévias
angariou a simpatia de muita gente, apesar do desgaste de sua administração. É
neste aspecto que observamos a possibilidade do grupo produizir uma espécie de “cisma”,
não sendo improvável a possibilidade de uma possível candidatura de João por uma outra legenda. As feridas provocadas por essas brigas internas serão de difícil cicatrização. Rigorosamente, o termo "democracia", foi riscado do dicionário da aristocracia petista. No "Manifesto" publicado hoje pelo grupo que apóia o senador Humberto Costa, observa-se, claramente, o deliberado relativismo do verbete. Ou seja, só há democracia quando as decisões tomadas favorecem os nossos interesses. Talvez tenha chegado o momento dos caciques da agremiação voltarem a ler Carlos Nelson Coutinho.
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Partidários do senador Humberto Costa divulgam manifesto.
À COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT E AO POVO DO RECIFE
MANIFESTO
EM DEFESA DA VERDADE, DO DIÁLOGO E DA DEMOCRACIA
A indispensável prática do diálogo político e o respeito ao povo recifense, ao Partido dos Trabalhadores, aos seus filiados e a Frente Popular exigem uma posição firme da Executiva Nacional ante o constrangimento provocado pelas más práticas e equivocada postura do prefeito João da Costa e do seu grupo, que se utilizam de um discurso de vitimização para confundir e disfarçar o isolamento político por ele mesmo construído frente à sociedade e às forças políticas aliadas do projeto petista para o Recife.
O prefeito João da Costa tenta esconder em seu discurso que não reúne condições para ser o candidato do PT. É rejeitado pela população, como mostram todas as pesquisas, e pelos partidos da Frente Popular. Inflexível para perpetuar o seu projeto personalista, João da Costa tenta jogar o PT contra a sociedade, desqualificando os esforços de todos e da Executiva Nacional para construir uma solução consensual.
O nome do Senador Humberto Costa é a única solução viável hoje para reverter a difícil situação do partido, agravada desde a posse do atual prefeito, cuja eleição foi viabilizada pelos grandes êxitos da gestão do ex-prefeito João Paulo e pelo amplo apoio do PT e da Frente Popular. A candidatura dele contou com a renúncia à disputa de importantes companheiros do partido em favor da unidade que ele agora despreza.
Fazemos essa defesa com a indiscutível legitimidade de filiados e da ampla maioria nas instâncias partidárias estadual e municipal, dos vereadores, deputados estaduais e federais, bem como de lideranças populares e sindicais. Defendemos a autonomia das nossas instâncias partidárias, que está sendo comprometida pela ação do Prefeito e do seu grupo. João da Costa rejeitou todos os esforços para entendimentos, sendo, cada vez mais, movido por uma atitude centralizadora e personalista na gestão administrativa e política. Com indisfarçável desapego ao diálogo e aos acordos políticos, o Prefeito foi progressivamente revelando um extremo apego ao seu cargo e nos desafiou publicamente às prévias.
Aceitamos este desafio, priorizando os nossos compromissos com a cidade e com o seu povo. Apresentamos um excelente candidato com respeitada trajetória política, o deputado Maurício Rands que, mesmo enfrentando ofensas e desaforos públicos, fez uma campanha propositiva e respeitosa. Nas prévias ocorreram manipulações surpreendentes pelo grupo do Prefeito, como adulteração da lista de votantes, utilização, sem limites, de pressões e exonerações, participação de pessoas estranhas ao PT, inclusive de grupos de direita, uso da máquina pública e do poder econômico de forma incompatível com a democracia e as tradições petistas.
Votaram irregularmente 2.540 pessoas e, ainda assim, o prefeito somente conseguiu uma falsa vantagem de apenas 20 % do total desta fraude eleitoral, recorrendo à judicialização para forçar esses votos de filiados não aptos e descumprindo a resolução nacional que determinou o voto em separado para posterior análise. Com isso, João da Costa inviabilizou que fosse apurada a sua derrota para Maurício Rands. As prévias foram anuladas, sem que ele tenha sido vencedor. Fomos vitoriosos e não João da Costa, que tenta enganar a sociedade com sofismas e mentiras. Muito pelo contrário. O único “êxito” do prefeito foi desrespeitar a autonomia do PT e das suas instâncias. Depois da anulação, atendemos à Executiva Nacional com um gesto de grandeza de nosso candidato, que renunciou em prol do entendimento e da unidade. Tal compromisso foi descumprido pelo Prefeito, que continuou insistindo numa candidatura desagregadora.
Repudiamos a tese do prefeito de que tem o “direito natural” à reeleição. Essa atitude é uma violação frontal ao Código de Ética do PT, que, em seu artigo 11, obriga a que todo e qualquer candidato petista se comprometa, por escrito, que “...jamais invocará a condição de parlamentar ou de detentor de mandato junto ao Poder Executivo para pleitear candidatura nata à reeleição, mesmo que a legislação vigente à época admita tal possibilidade”.
Por tudo isso, é urgente que a Executiva Nacional garanta a autonomia do PT local e preserve o modo petista de governar, convocando o senador Humberto Costa a se candidatar a prefeito, tendo em vista que a instância das prévias foi inviabilizada por João da Costa, de forma consciente e planejada.
MANIFESTO
EM DEFESA DA VERDADE, DO DIÁLOGO E DA DEMOCRACIA
A indispensável prática do diálogo político e o respeito ao povo recifense, ao Partido dos Trabalhadores, aos seus filiados e a Frente Popular exigem uma posição firme da Executiva Nacional ante o constrangimento provocado pelas más práticas e equivocada postura do prefeito João da Costa e do seu grupo, que se utilizam de um discurso de vitimização para confundir e disfarçar o isolamento político por ele mesmo construído frente à sociedade e às forças políticas aliadas do projeto petista para o Recife.
O prefeito João da Costa tenta esconder em seu discurso que não reúne condições para ser o candidato do PT. É rejeitado pela população, como mostram todas as pesquisas, e pelos partidos da Frente Popular. Inflexível para perpetuar o seu projeto personalista, João da Costa tenta jogar o PT contra a sociedade, desqualificando os esforços de todos e da Executiva Nacional para construir uma solução consensual.
O nome do Senador Humberto Costa é a única solução viável hoje para reverter a difícil situação do partido, agravada desde a posse do atual prefeito, cuja eleição foi viabilizada pelos grandes êxitos da gestão do ex-prefeito João Paulo e pelo amplo apoio do PT e da Frente Popular. A candidatura dele contou com a renúncia à disputa de importantes companheiros do partido em favor da unidade que ele agora despreza.
Fazemos essa defesa com a indiscutível legitimidade de filiados e da ampla maioria nas instâncias partidárias estadual e municipal, dos vereadores, deputados estaduais e federais, bem como de lideranças populares e sindicais. Defendemos a autonomia das nossas instâncias partidárias, que está sendo comprometida pela ação do Prefeito e do seu grupo. João da Costa rejeitou todos os esforços para entendimentos, sendo, cada vez mais, movido por uma atitude centralizadora e personalista na gestão administrativa e política. Com indisfarçável desapego ao diálogo e aos acordos políticos, o Prefeito foi progressivamente revelando um extremo apego ao seu cargo e nos desafiou publicamente às prévias.
Aceitamos este desafio, priorizando os nossos compromissos com a cidade e com o seu povo. Apresentamos um excelente candidato com respeitada trajetória política, o deputado Maurício Rands que, mesmo enfrentando ofensas e desaforos públicos, fez uma campanha propositiva e respeitosa. Nas prévias ocorreram manipulações surpreendentes pelo grupo do Prefeito, como adulteração da lista de votantes, utilização, sem limites, de pressões e exonerações, participação de pessoas estranhas ao PT, inclusive de grupos de direita, uso da máquina pública e do poder econômico de forma incompatível com a democracia e as tradições petistas.
Votaram irregularmente 2.540 pessoas e, ainda assim, o prefeito somente conseguiu uma falsa vantagem de apenas 20 % do total desta fraude eleitoral, recorrendo à judicialização para forçar esses votos de filiados não aptos e descumprindo a resolução nacional que determinou o voto em separado para posterior análise. Com isso, João da Costa inviabilizou que fosse apurada a sua derrota para Maurício Rands. As prévias foram anuladas, sem que ele tenha sido vencedor. Fomos vitoriosos e não João da Costa, que tenta enganar a sociedade com sofismas e mentiras. Muito pelo contrário. O único “êxito” do prefeito foi desrespeitar a autonomia do PT e das suas instâncias. Depois da anulação, atendemos à Executiva Nacional com um gesto de grandeza de nosso candidato, que renunciou em prol do entendimento e da unidade. Tal compromisso foi descumprido pelo Prefeito, que continuou insistindo numa candidatura desagregadora.
Repudiamos a tese do prefeito de que tem o “direito natural” à reeleição. Essa atitude é uma violação frontal ao Código de Ética do PT, que, em seu artigo 11, obriga a que todo e qualquer candidato petista se comprometa, por escrito, que “...jamais invocará a condição de parlamentar ou de detentor de mandato junto ao Poder Executivo para pleitear candidatura nata à reeleição, mesmo que a legislação vigente à época admita tal possibilidade”.
Por tudo isso, é urgente que a Executiva Nacional garanta a autonomia do PT local e preserve o modo petista de governar, convocando o senador Humberto Costa a se candidatar a prefeito, tendo em vista que a instância das prévias foi inviabilizada por João da Costa, de forma consciente e planejada.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Executiva Nacional do PT decide por novas prévias no Recife.
Num processo que será coordenado pela Executiva Nacional do
Partido, o PT realizará novas prévias, agendadas para o dia 03 de junho, onde
será escolhido, desta vez espera-se que em definitivo, o nome que deverá representar a
agremiação nas eleições de 2012. Elói Pietá, que acompanhou as últimas prévias,
anuladas ontem, sob o argumento da ocorrência de falhas, não deverá acompanhar
o novo pleito, em razão de uma indisfarçável torcida pelo grupo do Secretário
de Governo, Maurício Rands. Há uma infinidade de avaliações na crônica política
sobre a decisão tomada pela executiva do partido. De um modo geral, prevaleceu
a tese de que o partido deveria preservar-se de um desgaste maior, impondo o
nome de preferência de sua aristocracia, Maurício Rands, rasgando sua história
de respeito pela opinião e decisões tomadas por sua militância. Como o grupo de Rands
esperava que isso ocorresse, aparecem alguns derrotados: o próprio Maurício e o
senador Humberto Costa que, num momento de fúria, teria esbravejado contra João
da Costa, articulando-se em torno de uma decisão arbitrária da executiva. Enfim,
prevaleceu o bom-senso. O pouco de bom-senso que ainda resta ao Partido dos Trabalhadores.
Ainda sob a refrega do fogo cruzado, João da Costa teria mantido um diálogo áspero
com Elói Pietá. Comenta-se, à boca miúda, que o matuto teria ido às lágrimas,
mas aceitado as decisões da executiva com resignação. Vai arregaçar as mangas e
trabalhar pela confirmação do seu nome no próximo dia 03 de junho. Em todo
caso, embora não tivesse o nome homologado, o resultado final das
decisões da executiva indicam,sim, uma vitória de João da Costa. A militância pró-João da Costa vem dando demonstrações de que possui fôlego para essa prorrogação. Como está o preparo físico da militância de Rands?
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terça-feira, 22 de maio de 2012
Vitória de João da Costa aprofunda a crise no PT
Seja qual for a decisão tomada pela Direção Nacional do PT na
próxima quinta-feira, as nuvens negras deverão continuar rondando a agremiação
pelos próximos anos. O partido chegou a um estágio de desagregação onde não
haverá mais retorno. Fala-se inclusive, na expulsão de João da Costa. A arrogância dos partidários da candidatura do Secretário
de Governo, Maurício Rands, e a decepção dos apoiadores do prefeito João da
Costa dimensionam a gravidade do problema. Pelo microblog Twitter, o Secretário
de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, declara-se decepcionado com o
rumo que esse processo está tomando. Fernando Ferro, um dos apoiadores do
prefeito João da Costa, em suas últimas declarações, não poupa críticas à
postura de Maurício Rands, classificando as manobras do grupo como golpistas. A
“tríplice aliança” não aceita o nome de João da Costa de “jeito nenhum”. O
senador Humberto Costa já esteve com Eduardo Campos e, conforme advertimos, vem
chumbo-grosso contra o vencedor das prévias, um instrumento democrático
absurdamente solapado pela aristocracia partidária do PT. Ontem começaram
a surgir explicações sobre quem poderia assumir a condição de ponto de
equilíbrio, mesmo que instável, na
quadra partidária petista no Estado. Nesses momentos, o nome do deputado
federal João Paulo sempre volta a ser lembrado. Pelo humor da Executiva Nacional, no entanto, João Paulo parece ser mais uma carta fora do baralho. Há
um consenso entre eles de que João Paulo é o principal responsável por essa enrascada em
que o PT se meteu. Não há solução milagrosa para o partido. Vai cindido e
irremediavelmente comprometido para as eleições de 2012, numa quadra onde, não
fosse a fragilidade da oposição, as chances de êxito nas urnas seriam bastante
remotas. As principais lideranças da Frente Popular, contingenciadas pelos fatos, já estão se pronunciando, como é o caso do Senador Armando Monteiro. Eduardo aguarda a decisão da Executiva Nacional, de posse de alguns "dispositivos" que podem ser acionados a qualquer momento.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Relatório de Humberto Costa propõe abertura de processo disciplinar contra Demóstenes
Está pronto o relatório do senador Humberto Costa sobre as
denúncias envolvendo o também senador, Demóstenes Torres. No relatório, o
senador pernambucano pede a abertura de um processo disciplinar contra
Demóstenes, o que pode significar sua cassação. As escutas até agora reveladas
entre Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes demonstram
claramente a atuação do parlamentar em favor dos pleitos do interesse do
bicheiro. Por outro lado, há evidências de que Demóstenes era muito bem
remunerado por este serviço e, quando em campanha, recebia suporte financeiro
do empresário da contravenção. De acordo com o jornalista Josias de Souza, do portal UOL, o senador pernambucano teria usado o próprio Demóstenes contra Demóstenes, não precisando fazer um grande esforço de retórica para concluir o seu relatório. Demóstenes era um dos mais veementes parlamentares quando atuava na acusação contra companheiros envolvidos em malfeitos.
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