pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Oposição bolsonarista
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quarta-feira, 29 de maio de 2024

Editorial: A política brasileira está doente.

Crédito da Foto: Lula Marques\AB


A oposição festeja enormemente as supostas vitórias inflingidas ao Governo Lula, no dia de ontem, durante votações no parlamento. Mantiveram o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro relativo a não criminalização de divulgação de fake news, assim como derrubaram o veto mínimo que o presidente Lula propôs à PEC da Saidinha, aprovando o substitutivo como fora apresentado pelo Capitão Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, filiado ao PL. Na realidade, em ambos os casos, estamos tratando aqui de uma derrota da sociedade brasileira, que se encontra bastante enferma. 

A única questão problemática que observamos em relação às fake news, aqui haveremos de concordar em alguma coisa, é sobre a eventualidade de definição de um grupo de pessoas que passarão a estabelecer o que é ou não verdade, bem ao estilo do Ministério da Verdade, descrito no livro 1984, de George Orwell. Embora a verdade hoje, nesses tempos bicudos, tenha se tornado apenas uma questão de "narrativa", ainda assim, o procedimento é perigoso. 

Precisaríamos de alguns ajustes por aqui, mas se conceber que as pessoas andem por aí utilizando seus aparelhos de celulares para dispararem mentiras contra A ou B, destruindo reputações, promovendo linchamentos morais como prática política, vai uma distância enorme. Descemos alguns degraus civilizatórios nos últimos anos e será difícil recuperá-los, diante de uma quadra política como esta na qual estamos operando. Comenta-se que o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quase não conseguia anunciar o resultado da votação, diante do coro dos xingamentos dos parlamentares bolsonaristas contra o presidente Lula.    

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Editorial: PEC do Quinquênio some da pauta.


Há quem afirme que se trata apenas de uma manobra temporária, com o objetivo de deixar a poeira baixar. Por outro lado, também existe a consciência de que se formou um consenso em torno do assunto, apontando para inoportunidade dessa PEC, num contexto de imensas injustiças já existentes no serviço público brasileiro. Seja lá como for, o fato é que a PEC sumiu da pauta. Pelo menos no que concerne a este assunto, é salutar ouvir parlamentares da oposição se posicionando contra a proposta de emenda à Constituição, uma excrescência que, aliás, dada a indecência, nem deveria ter sido proposta. 

Trata-se de uma proposta indecente. Como se formou um mínimo de consenso sobre o assunto entre Governo e Oposição no que concerne a apreciação dessa matéria, as suas chances de aprovação seriam inexistentes. Se aprovada, a PEC representaria um verdadeiro rombo nas contas públicas, já então debilitadas, não apenas a nível federal, mas igualmente para Estados e Municípios, que que resolverem inserir outras tantas categorias de servidores no trenzinho da alegria, além de juízes e desembargadores. 

O jornal Folha de Londrina publicou a charge que ilustra este editorial. Infelizmente, não deu para identificar o nome do chargista, mas gostaríamos de parabenizá-lo pelo excelente trabalho, traduzindo, com maestria, a "naturalização' dos privilégios na sociedade brasileira.      

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Editorial: O "Gabinete das Sombras" já atua no país.



Salvo melhor juízo, nenhuma oposição que se preze torce para que o Governo seja bem-sucedido. Faz parte do jogo, até porque eles desejam assumir o poder em algum momento, conforme previsto nas democracias representativas consolidadas. Este talvez seja o limite. No nosso caso, com uma oposição inconsequente, de perfil nada republicano, não responsiva, torce e faz de tudo para o Governo sangrar em praça pública. Infelizmente, as instituições democráticas no país entraram numa seara complicada. 

Rusgas não são superadas pela construção de consensos, as conciliações foram apagadas do nosso dicionário político e o que mais se evidencia são as bordoadas entre os Três Poderes da República. Lula pode ter cometido muitas derrapagens verbais - uma repórter de um desses sites especializados em política teve até a curiosidade de contá-las - mas acerta em cheio quando afirma que estamos numa guerra, sem chances de armistício. Ontem uma coluna de política chamou a atenção para um incipiente Gabinete das Sombras, no melhor estilo inglês, que já estaria dando os seus primeiros passos no país, sob os auspícios da renhida oposição bolsonarista, no melhor estilo de um regime parlamentarista.

Até o Arthur Lira já admitiu que o conceito de presidencialismo de coalizão está superado, ainda relevante apenas para os estudantes de ciências políticas. Em inglês, o termo se chama Shadow Cabinet e também pode ser traduzido como Governo Paralelo, um termo bem mais apropriado para a oposição brasileira. Vamos aguardar o que vem por aí, mas especula-se que os gastos licitados pelo Governo para a propaganda institucional digital, já está em análise, prevendo-se até uma proposta de CPI. 

terça-feira, 30 de abril de 2024

Editorial: Notícia ruim às vésperas do Dia do Trabalhador: Desemprego cresce no trimestre.


Até recentemente o jornal francês Le Monde trouxe uma matéria tratando das condições difíceis dos indígenas brasileiros da região do Amazonas. A matéria vem na esteira do esboço, já observado, de insatisfações de grupos sociais ou instituições historicamente identificadas com o Partido dos Trabalhadores. São aqueles grupos ou estratos sociais mais orgânicos, a exemplo do MST, dos professores universitários, dos próprios indígenas, que sempre estiveram ao lado de segmentos políticos progressistas da sociedade. 

A despeito de alguns indicadores positivos, o Governo, na realidade não passa por um bom momento. Neste momento o céu do Planalto está nublado, repleto de nuvens carregados. As próximas refregas congressuais, algumas com derrotas preocupantes, produzirão seus desgastes econômicos, ideológicos e políticos inevitáveis. O problema pode ser agravado pelos próximas eleições municipais de outubro, quando se sabe que, nas principais capitais do país, o partido não se mostra competitivo. Um beco sem saída. À medida em que o PT é cobrado para, enquanto Governo, ampliar os canais de conciliação, o esgarçamento da polarização surge como o único discurso político possível na atual conjuntura. 

Às vésperas do Dia do Trabalhador, mais uma notícia ruim: O IBGE observa que o índice de desemprego subiu 7,9% no primeiro trimestre e atinge 8,7 milhões de pessoas. Na realidade, o Governo Lula foi encurralado pela oposição bolsonarista, que tem como única motivação inflingir derrotas sucessivas ao Governo. Não estamos tratando aqui de uma oposição responsável, responsiva, de algum espírito público, muito menos elevado. Estão com a faca nos dentes, aguardando o Governo sangrar e emitir seus últimos suspiros. Estamos no Brasil.