Não se pode dizer, necessariamente, que o atual Secretário da Fazenda
do Governo de Pernambuco, Paulo Câmara, possivelmente o escolhido pelo
governador Eduardo Campos para tentar sucedê-lo no Palácio
do Campo das Princesas, seja um azarão. Eduardo deu "corda" à extensa
lista de pretendentes para que se movimentassem, habilitando-se ao cargo
de canditado ao Governo do Estado pelo PSB. Com maior ou menor ousadaia, todos fizeram a lição de casa. Paulo Câmara é um novato, possui algumas arestas na máquina partidária, é casado com uma prima distante de Renata Campos, esposa do governador, mas talvez seja o menos chamuscado. Nove fora os demais
concorrentes, Câmara possui um perfil técnico, recaindo a escolha sobre
um quadro que possa reproduzir o que ocorreu com Geraldo Júlio quando
concorreu à Prefeitura da Cidade do Recife em 2010. Essa é a aposta socialista,
que pretende jogar a carga da experiência política na candidatura a
senador de Fernando Bezerra Coelho, que ainda não disse se aceita ou
não. Se aceitar, certamente, será uma peça importante no tabuleiro
sucessório de 2014. Se recusar, abre um precedente perigoso nas hostes
socialistas, consolidando uma dissidência que já vem sendo esboçada
pelos que ficaram pelo caminho, a exemplo do vice-governador, João Lyra
Neto. Circunstâncias políticas específicas, conforme já afirmamos
anteriormente, reorientaram a escolha do governador. Apesar de seus
atributos, Paulo não figurava entre os primeiros nomes da lista de
Eduardo Campos. Ainda penso que "Andrei Gromiko" encabeçava essa lista.
Conhece a engrangem da máquina estadual como poucos. Possui informações
privilegiadas.
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