Participando de um processo seletivo, fomos ler o relatório de
avaliação do IPEA sobre os chamados pontos de cultura, programa do MINC
que destina recursos públicos, conveninados com Governos Estaduais
e Municipais, mediante avaliações de projetos, para arranjos culturais
comunitários, subsidiando-os em vários aspectos, inclusive em todos os
elos da cadeia produtiva. Hoje o Programa já atinge quase três mil
pontos de cultura espalhados em todo o país, atingindo comunidades
quilombolas, indígenas e GLBT. De acordo com um expoente da Escola de
Frankfurt, Walter Benjamin, não existem objetivos sensatos na política.
Talvez possamos afirmar que, no que concerne às políticas culturais
implementadas no país na Era Lula/Dilma haja, sim, um elevado grau de
sensatez, traduzido numa prática que se aproxima do politicamente
correto e busca atingir, sem oa rancores da chamada "cultura da elite", a
universalidade, equidade e maior democracia cultural, um fato inédito
em nosso país. Há alguns problemas, observados pelo próprio IPEA, mas
nada que contamine os propósitos essenciais do Programa Cultura Viva.
Há, de fato, alguns gargalos, como a própria gestão desses pontos de
cultura e a sua comunicação institucional, o que ainda é precária, mas
até nesse quesito o Estado vem acertando a mão, procedendo uma espécie
de avaliação por baixo, ouvindo as partes envolvidas, de forma
qualitativa e não impondo critérios concebidos na capital federal. Por
outro lado, o monitoramento constante do Programa, permite que os
gestores possam aperfeiçoá-lo constantemente, corringindo seus rumos.
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