Lyra é um poço até aqui de mágoas. Mal consegue disfarçar sua
insatisfação com o processo de escolha nas hostes socialistas, que resultou no nome do
Secretário da Fazenda do Estado, Paulo Câmara, ao Governo do Estado, pelo
PSB. Nos bastidores comenta-se sobre um
pacote de medidas compensatórias para serenar os ânimos entre os Lyras,
inclusive um possível apoio do Palácio ao nome de Raquel Lyra como
concorrente à Prefeitura da Princesa do Agreste nas próximas eleições
municipais. No entanto, tanto a batida de martelo como a forma como o
processo foi conduzido, sobretudo o processo, desagradaram profundamente o correligionário. A
temeridade é que ele possa fazer uma espécie de corpo-mole numa região
importante na definição das eleições no Estado, o Agreste, que
concentra 30% do eleitorado.Com a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos, então, Caruaru assume uma importância ainda maior. Certamente figura entre as cidades listadas como estratégica nos planos da assessoria do candidato. Conforme já afirmamos em momentos anteriores, em tese, o governador come carne-de-sol, charque e chã de bode na Princesa do Agreste. A analogia diz respeito a uma velha raposa política local que, numa avaliação da quadra política local - bastante polarizada - afirmava que ali ou se era carne-de-sol ou charque. Além dos Lyras e dos Queiroz, Eduardo Campos acrescentou ao seu cardápio político os suculentos pratos de chã de bode servidos no Alto do Moura, acompanhado pelo casal Tony Gel. Convém, porém, tomar alguns cuidados. Na prática, a teoria pode não se confirmar. Segundo informações obtidas debaixo do baobá da praça do Campo das Princesas, Lyra teria até cogitado em não assumir o Governo.
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