Quando Hitler quis dissolver o Parlamento e implantar o 3. Reich, inventou um incêndio no Reichstag.
Quando
Vargas quis dar o Golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo, no
Brasil, providenciou a fraude do Plano Coehn. Agora, pelo visto, estão
atrás de um pretexto para criminalizar os movimentos sociais, proibir
qualquer manifestação de protesto social (a não ser as autorizadas pela
polícia, com prévia consulta) e votar uma clara lei de exceção no país.
O
que mais incomoda é que esse estupro das liberdades democráticas no
Brasil está sendo perpetrado com o apoio e a aquiescência da imprensa
“livre” e “democrática”.
Acham os jornalistas, e as entidades que
os representam (como as que representam os donos dos veiculos de
comunicação) que os ditadores fornecem salvo-conduto ou beneplácitos
para os profissionais da imprensa, enquanto amordaçam os demais setores
da oposição ao governo e ao capitalismo.
Não sabem eles que uma
vez perpetrado o atentado contra o direito de livre manifestação, os
próximos serão eles, quando começarem a denunciar a violência, o
arbítrio da polícia contra os próprios profissionais da imprensa.
Como aliás já acontenceu entre nós.
Não ha regime de meia liberdade, como não há meia-virgindade, meia-gravidez. Há, é verdade, himen complacente.
E
complacência é o que está havendo da parte da imprensa (os inocentes
úteis) na preparação de pequeno golpe contra o direito ao dissenso, o
direito à crítica, o direito à oposição.
Não há (e nunca houve no Brasil) o menor indício de ações terroristas contra minorias etnicas, religiosas ou raciais.
Há homofobia e preconceito racial. Mais isso é crime, perfeitamente tipificado no código penal brasialeiro.
Outra
coisa muito distinta é contratar indivíduos ou grupos para, infiltrados
nas manifestações, provocarem ações que amedrontem a opinião pública e
venham justificar leis de exceção ou leis que coibam, contrariem o
legitimo direito de protestar. Os movimentos sociais não são criminosos,
amorais, genocidas ou contra os direitos humanos.
Mas há muitos
“pescadores de águas turvas” (localizados em vários aparelhos) que
desejam plantar provas ou indícios de que as manifestações de rua são
ilegais e criminosas. Esta tese é muito conveniente a um governo e um
país que convive com uma guerra civil surda, provocada pela crise das
instituições de controle social, o despreparo de sua polícia e a
desigualdade social.
As elites governantes e proprietárias desse
país têm que decidir o que é prioritário na agenda pas políticas
públicas: transferir bilhões de reais para empreiteiras, empresas
privadas, hotéis, shopping Centers etcs. ou cuidar o bem-estar da
população brasileira.
Se optarem por usar o fundo público para o
enriquecimento de uma minoria, não se surpreendam com a reação da parte
sã, republicana da sociedade brasileira.
Violência só gera violência.
Protesto
social só se responde com políticas públicas redistributivas, que
melhorem a qualidade de vida da população e crie mais oportunidades para
os mais pobres.
Combater o protesto com mais violência e
arbítrio, só vai alimentar as “vinhas da ira” e provocar mais derramento
de sangue no Brasil.
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