pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Frente Popular
Powered By Blogger
Mostrando postagens com marcador Frente Popular. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Frente Popular. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A rinha entre PT e PSB no Estado.


Caso seja confirmada a candidatura do PSB à Prefeitura do Recife - dizem que o anúncio sairia na próxima quarta-feira, após o tão esperado grande encontro entre Eduardo Campos e Lula - que adiou o diálogo em razão de recomendações médicas,  em outras cidades da província, o PT já trava uma disputa acirrada com o PSB. O caso mais emblemático é o de Petrolina, onde até recentemente o senador Humberto colocou mais “lenha” na fogueira, reafirmando o seu apoio à candidatura do Deputado Odacy Amorim, pivô de uma querela entre as duas agremiações. Em Camaragibe e Paulista, os dois partidos também não chegaram a costurar um acordo. Na cidade das chaminés, comenta-se, à boca miúda, que o Deputado Sérgio Leite, candidato do PT, não poupa o governador de críticas ácidas. Ácidas até demais. Em Paulista, o candidato Sérgio Leite, apesar de liderar as primeiras sondagens de opinião, deverá amargar mais uma derrota, porque é quase certo que Eduardo Campos empenhe-se, pessoalmente, na eleição de Júnior Matuto, um rapaz de origem humilde, militante de primeira linha do PSB.

Na crise, Humberto Costa lembra da fidelidade a Arraes.


Comenta-se que nesse momento de crise na Frente Popular, o senador Humberto Costa chagou a mencionar a gratidão que Dr. Arraes tinha para com o PT, um partido que sempre o apoiou. Arraes, por sua vez, sempre foi fiel aos companheiros. Lembro-me de uma conversa com o Deputado Estadual Luciano Siqueira, onde ele mencionava, com toda ênfase, que “Arraes nunca abandonou os comunistas”. Embora celebrasse algumas alianças com setores conservadores da política pernambucana, sintomaticamente, Arraes estabelecia algumas clivagens que o neto, Eduardo Campos, parece desconsiderar, em razão de seu projeto presidencial, onde se impõe afastar todos os possíveis urubus do aeroporto Internacional dos Guararapes, permitindo-lhes um voo sem sobressalto para o Planalto. Os tempos são outros, meu caro Humberto Costa.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Humberto Costa não está acima do bem e do mal.


Aparentemente resolvido o impasse da candidatura petista, o senador Humberto Costa começa as costuras no sentido de reaproximar-se do prefeito João da Costa. Esta operação “desarme”, aliás, vem sendo a postura adotada pela cúpula petista diante das nuvens que se formaram em torno de uma decisão de força, cujo custo político foi bastante elevado. A decisão da executiva é apenas a ponta do iceberg de uma crise muito mal gerenciada pelos petistas, desde o início. Ela começa pela escolha do nome de João da Costa para suceder João Paulo, abrindo feridas jamais cicatrizadas. O prefeito escolheu um nome sem capilaridade partidária local e nacional, carisma e habilidade política. Escolheu um poste e o elegeu prefeito com o seu prestígio. João da Costa era uma espécie de executivo de João Paulo. É por isso que ele, João da Costa, também precisa tomar muito cuidado com o conteúdo daquelas pastas ensebadas que ele anda exibindo. Os equívocos políticos do PT foram tantos que, no final, conferiram-lhes uma envergadura política que ele nunca teve. Apesar do tom conciliador de Humberto, não será fácil obter o apoio político do prefeito João da Costa. O prefeito pretende se reunir com sue staff político para definir o rumo que tomará daqui pra frente, mas, em nunhum momento, reconhece como legítima a decisão da executiva. O interessante é observar o discurso do senador, reafirmando ao quatro cantos, que nunca criticou o prefeito ou ele dirigiu qualquer agressão. Suas divergências eram apenas no campo político. Um discurso feito sob medida para a estratégia de reaproxiamção com o grupo de João e para a platéia que deverá decidir as eleições em 2012, procurando fazer as "emendas" que comprometam o mínimo a gestão petista na capital. Voltamos a insistir na tese do "cisma" petista no Recife, algo difícil de ser reconstituído. As fissuras na CNB, por exemplo, teriam, inclusive, outras motivações para além do apoio ao nome de João da Costa. Apesar do "discurso", os atos de Humberto já faz algum tempo que deixaram de ser conciliadores na agremiação. Por isso mesmo o PT encontra-se nesse estágio. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Armando Monteiro: Frente Popular tem obrigação de procurar alternativas


“O PT perde as condições de oferecer à Frente Popular, e ao Recife, um candidatura”. Esta é a constatação do presidente estadual do PTB, senador Armando Monteiro, após os rumos que tomaram as prévias no PT do Recife. Em entrevista a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, o senador afirmou que a crise no PT fortalece ainda mais a tese de candidatura alternativa, defendida por partidos que compõem a Frente Popular de Pernambuco (PTB, PDT, PP, PSC e PV).

Para Armando, sob a liderança do governador Campos, a Frente tem agora a responsabilidade de construir as condições para oferecer uma alternativa ao Recife. O líder trabalhista também não vê mais condições políticas de João da Costa e Maurício Rands se colocarem perante a Frente, por não terem sido capazes de construir uma unidade dentro do próprio PT.

Leia entrevista abaixo:

Que condições terá o PT de promover a harmonização da Frente?

Armando Monteiro – “É lamentável verificar que esta novela termina de forma tão traumática, ou seja, um partido que expõe as suas fraturas, mas mais do que isto, um partido que não pode sequer aceitar o resultado das prévias, judicializando o processo.

Pergunto: que condições terá o PT de promover a harmonização interna? Então eu acho que há de se lamentar tudo isto, mas a Frente Popular – e eu tenho dito sempre isto – é maior do que o PT.

E se infelizmente o PT, apesar de todas as oportunidades que foram oferecidas, não é capaz de se entender minimamente, e mais do que isto, expor de maneira tão lamentável estas fraturas internas, eu acho que agora a Frente Popular tem a obrigação de buscar alternativas.

Veja que pra mim isto termina por consagrar a tese da candidatura alternativa, ou seja, o PT perde as condições de oferecer a toda a Frente Popular, e ao Recife, uma candidatura”.

Temos a responsabilidade de apresentar uma candidatura alternativa

Armando Monteiro – “Eu acho que agora nós temos todos a responsabilidade, sobretudo o governador Eduardo Campos, que é o líder maior desta aliança, de promover um esforço e construir as condições para nós oferecermos uma alternativa à Frente Popular e ao Recife.

Isto se impõe, e nós vamos promover – eu digo nós, porque há um grupo de partidos que integram a Frente Popular, e que defendem esta tese há muito tempo – um grande esforço para construirmos isto. Porque eu acho que depois que tudo o que aconteceu, mais do que nunca é necessário buscar esta alternativa”.

Costa e Rands perderam as condições políticas

Armando Monteiro – “Eu não quero dizer que não aceito (a vitória de João da Costa), mas eu já havia dito que o que justificava a tese da candidatura alternativa era a constatação de que o prefeito João da Costa, independente de qualquer avaliação de ordem pessoal, não tinha conseguido reunir as condições políticas para poder receber o apoio da Frente. E por quê? Porque ele não tinha sequer o apoio de seu partido. E agora, infelizmente estas prévias descambam para um processo amplo de contestação e de impugnação do próprio partido. A legitimidade deste processo está questionada pelo próprio partido.

Então eu acho que seja o prefeito João da Costa, seja o próprio companheiro Maurício Rands, há claramente uma percepção de que eles perdem as condições políticas de se colocar perante a própria Frente. Se não foram capazes sequer de construir uma unidade, ou um entendimento em seu partido, como é que poderão agora oferecer à frente a confiança, a autoridade, e as condições de legitimidade para poderem representar a própria Frente na sucessão do Recife?”

Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/divulgação