pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Segurança Pública
Powered By Blogger
Mostrando postagens com marcador Segurança Pública. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Segurança Pública. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Editorial: Todos os candidatos querem armar a Guarda Municipal do Recife.



Algumas candidaturas estão praticamente definidas na disputa pela Prefeitura da Cidade do Recife. Teremos as convenções, mas elas cumprem apenas as formalidade legais. Neste sentido, alguns candidatos, a exemplo do prefeito João Campos(PSB-PE), que tentará a reeleição, já sinalizam com algumas propostas de governo, como armar a guarda municipal, um tema que suscita grandes polêmicas. Inclusive os socialistas locais têm uma dificuldade série em lidar com este tema. Já mais experiente, praticamente com uma gestão do executivo municipal no currículo, João sinalizou que deseja abrir essa discussão, respaldado em alguma medidas que possam minimizar maiores complicações com a medida, como, por exemplo, o reforço das ações da corregedoria, certamente com o objetivo de se antecipar a eventuais abusos ou excessos cometidos pelos agentes. 

É curioso como, de repente, todo mundo deseja armar a guarda municipal. Não seria improvável que João tenha tomado a decisão antecipando-se às eventuais propostas neste sentido do candidato Gilson Manchado(PL_PE), representante do bolsonarismo na corrida pelo Palácio Capibaribe. Pois bem. Em entrevista recente, o candidato que representa os interesses do Palácio do Campo das Princesas nesta disputa, Daniel Coelho(PSD-PE), já afirmou que se trata de ponto pacificado em sua proposta de Governo. Não há nem o que pensar. Se eleito, vai não apenas armar a guarda municipal, mas realizar um concurso público para contratar novos agentes. 

Não ouvimos nenhum pronunciamento de Gilson Machado tratando deste assunto, mas, certamente, como bolsonarista raiz, dificilmente ele será contra a medida. A grande dúvida diz respeito à candidata do PSOL, Dani Portela.  Como será que a psolista se posicionará em torno deste assunto? Por outro lado, a princípio, nenhum candidato tem alguma informação privilegiada sobre o que pensa a população do Recife sobre este assunto. Muito provavelmente a população será a favor da medida, em razão do climão produzido sobre os índices de violência registrados no Estado.   

domingo, 14 de julho de 2024

Editorial: O debate que interessa ao país na segurança pública.



Já faz algum tempo que as coisas não andam bem na nevrálgica área de segurança pública no país. Perfeitamente compreensível, portanto, que este tema domine as preocupações dos eleitores no tocante às próximas eleições municipais. Aqui no Recife, prefeito bem avaliado, liderando as pesquisas de intenção de voto, João Campos(PSB-PE) já prometeu que cogita da possibilidade de armar a guarda municipal, tomando algumas medidas que possam se antecipar aos eventuais problemas. 

O Estado de Pernambuco ostenta hoje um dos maiores índices de violência do país, como decorrência, em parte, de uma mudança geográfica de atuação do crime organizado, hoje bastante ativo na região Nordeste. Os três Estados mais violentos do país hoje estão concentrados nesta região, conforme indicadores do Atlas da Violência. Até recentemente, depois de provocado, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski veio a público para informar as providências de sua pasta sobre o combate ao crime organizado, informando que o assunto tem sido tratado como prioritário.

Estamos tratando aqui, naturalmente, de uma questão complexa. Não é tão simples diminuir os índices de violência, a começar pelo grau de comprometimento das próprias instituições policiais de Estado com o crime organizado. Dificilmente uma operação coordenada pelo Ministério Público e pela força tarefa do GAECO não envolve o cumprimento de mandados de prisão e buscas e apreensão contra uma penca de pseudos agentes policiais envolvidos em maracutaias, seja com a milícia, seja com o crime organizado, se é que ainda se pode fazer alguma distinção por aqui.

Outro gravíssimo problema diz respeito à absoluta ausência de consensos entre Governo e Oposição no tocante a esta questão. Matreiramente, a Oposição torce para que o Governo Lula 3 se enrede neste problema, assim como adota procedimentos adversos em algumas instâncias - como os governos estaduais sob o seu controle - que vão numa linha diametralmente opostas às políticas federais de enfrentamento do problema. 

Neste contexto de animosidades e divergências evidentes, por inúmeras razões, o ator político hoje mais emblemático para se acompanhar esse verdadeiro cabo de guerra seja mesmo o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, o capitão Guilherme Derrite, bolsonarista raiz, filiado ao PL, deputado federal licenciado, que voltou à carga contra o Governo Lula 3, durante a última reunião da CPAC em Santa Catarina. Derrite foi o relator da PEC da Saidinha. Segundo especula-se seus projetos políticos são bem ambiciosos, como a disputa de uma cadeira de senador nas eleições de 2026.  

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Editorial: Duas notícias sobre segurança pública em Pernambuco.


Crédito da Foto: Miva Filho\divulgação


É curioso como as grandes inovações tecnológicas em termos de câmaras de segurança são testadas aqui na cidade do Recife. As razões para isso devem ser um segredo de Estado,  apenas facultado às comunidades de inteligência. Essa informação nos foi repassada por um professor da Universidade Federal de Pernambuco, durante uma palestra, sem que o mesmo também soubesse as razões. Pois bem. Hoje ficamos sabendo que as licitações para a aquisição de novas câmaras de monitoramento estão em atraso relativo, num momento em que o Estado clama por providências urgentes no tocante às condições efetivas de reversão de um quadro de violência assustador. 

Por ocasião da abertura das comemorações do São João de Caruaru, a governadora Raquel Lyra teria comemorado o fato de o mês de maio registrar um índice menor de mortes violentas intencionais no Estado, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. A queda teria sido de 12%. A gente até entende a apreensão da governadora em reverter este drama, com um potencial de arrastar a avaliação de um gestor até o limbo, mas ainda não há motivos para comemorações. Isso não significa absolutamente concluir por alguma tendência de queda nesses índices. Seria necessário aguardar um pouco mais. 

O país como um todo enfrenta um grave problema de segurança pública e as perspectivas de reversão desse quadro não são otimistas, sobretudo porque estamos tratando aqui de uma questão de agendas distintas entre o Governo Lula e a Oposição, sobretudo a de perfil bolsonarista, cuja agenda é diametralmente oposta a do Governo. É quase impossível construir algum consenso por aqui enquanto a Bancada da Bala não depuser suas armas. As consequências são as piores possíveis. Para a oposição bolsonarista a solução é derrubar o Governo Lula e fazer o que aquele rapaz está fazendo em El Salvador, violando os mais elementares direitos humanos.