Pierre Lévy
sábado, 6 de abril de 2013
Cúpula do PMDB cobre de mimos o prefeito Júlio Lóssio.
O PMDB já afirmou que seu comprimisso com
Dilma Rousseff encerra em 2014. Nas eleições de 2018 o partido pretende
lançar candidatura própria à Presidência da República, o que significa,
naturalmente, fortalecer-se regionalmente. Em Pernambuco,
apesar das indisposições do senador Jarbas Vasconcelos com setores da
agremiação, as novas gerações peemedebistas procuram azeitar o diólogo
com a cúpula do partido. A cúpula nacional, por exemplo, cobre de mimos a
estrela emergente do partido no Estado, o prefeito de Petrolina, Júlio
Lóssio, que administra uma cidade estratégica nos planos da agremiação.
Lóssio, apesar de filiado a um partido que, no Estado, compõe com o
governador Eduardo Campos, constitue-se nun contraponto à
"eduardolização da política pernambucana". Infringiu duas derrotas ao
Campo das Princesas a despeito do rolo-compressor montado, que contou
com o apoio, inclusive, do Governo Federal. Muito se comenta sobre uma
eventual candidatura de Lóssio em 2014, mas, entre uma garfada e outra
ao filé de bode servido no Bodódromo, ele desconversa sobre o assunto, afirmando que seu
compromisso é mesmo com a rainha do Sertão do São Francisco.
Os "sincericídios" de Ettore Labanca constragem o PSB
Os "sincericídios" do prefeito de São
Lourenço, Ettore Labanca, um fiel escudeiro de Eduardo Campos,
incomodaram profundamente o ministro da Integração, Fernando Bezerra
Coelho. FBC fez chegar ao Campo das Princesas o seu desconforto, o que levou
alguns palacianos a por panos mornos na contenda. O PSB como um todo, conforme já afirmamos em momento anterior, vive uma situação bastante
desconfortável, susceptível a constrangimentos inevitáveis até as
eleições de 2014, caso o partido não tome uma decisão objetiva, ou seja,
se apóia ou faz oposição a Dilma Rousseff, o que implicaria largar o Governo.
Eduardo se coloca como um candidato dentro da "base aliada", mas o seu
discurso e o seu alinhamento político o contradizem a todo momento.
Ontem, a militância socilista estava em Santos, saudando-o como
presidente, gritando slogan que sempre se remetem ao que poderia ser
feito, ao que tem para ser feito e, ele, como o "novo" que poderá
fazê-lo. Comenta-se nas coxias que o tratamento dispensado pela
presidente a ele tem sido apenas protocolar, nada além dos rituais
inerentes ao poder. Afeição mesmo ficou no passado. Essas zonas de
conflito, em parte motivadas pelas dubiedades da relação, serão inevitáveis.
Fernando Bezerra Coelho é um quadro importante do partido, mas,
certamente, trata-se de um coelho fora da cartola, a julgar pelos
arranjos políticos regionais em razão do projeto presidencial do
governador Eduardo Campos. O Planalto assiste de camarote essas brigas
paroquiais , em alguns casos até estimulando-as, conforme se presume que
poderia esta inflando o ego do ministro para se contrapor a Eduardo
Campos no Estado.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Serra reavalia os riscos de sair do PSDB

Há quem afirme que Serra não teria coragem de
sair do ninho tucano, mas, por outro lado, ele se sente bastante
incomodado na agremiação e estão avançadas as negocições sobre uma
eventual migração sua para uma outra legenda, possivelmente o PPS,
numa articulação com o PMN, o que garantiria os mandatos de quem o
acompanhasse. Como já afirmamos em outro momento, ele se encontra
bastante fragilizado na máquina partidária tucana, onde grãos-tucanos
manobram constantemente para viabilizar o nome de Aécio Neves o que,
neste caso específico, significa isolar o paulista, uma vez que inexiste
a possilidade de abertura de um diálogo entre ambos. As inimizades
entre Serra e os Neves remontam ao falecido presidente eleito, Tancredo
Neves, que não suportava. Conhecedor dos problemas de enfrentar uma
campanha presidencial cindido no seu maior colégio eleitoral, Aécio
Neves o procurou para tentar selar um acordo. Parece ter sido em vão.
Logo em seguida, outro senador do ninho tucano, o paraibano Cássio Cunha
Lima, desabafou, afirmando que Serra criara um grande constrangimento
na agremiação. Serra parece-nos solenimento decidido a largar os
compnaheiros de bico, mas, o que se presume é que gostaria de fazê-lo em
grande estilo, de preferência causando um enorme estrago na agremiação,
levando consiga uma revoada de aves emplumadas. O fato é que tucanos de
bom senso, na última hora, não se sentiram muito a vontade em embarcar
na canoa serrista. Nem o seu mais fiel escudeiro, o senador Aloísio
Nunes, demonstrou muito entusiasmo com a proposta. Se Serra sair do
ninho tucano levará apenas a roupa do couro e a promessa de que Eduardo
Campos, sem muito esforço, poderia eleger deputado o pós-comunista
Roberto Freire, pelo Estado de Pernambuco, algo que vem sendo especulado
pela imprensa, reeditando as velhas práticas dos currais eleitorais.
Eduardo Campos já trabalha possível slogan de campanha.
Confesso que quando surgiram as primeiras
movimentações em torno de uma aliança entre as empresas de comunicação
de Antonio Lavareda e Duda Mendonça, com o propósito de atuação
nacional, passei a desconfiar dessas movimentações, sobretudo em
razão de uma provável candidatura presidencial do governador Eduardo
Campos. Depois surgiram rumores de que, de fato, Eduardo poderia mesmo
convidá-los para dar o suporte de comunicação de sua campanha. Nada
confirmado em relação a Duda Mendonça, mas Lavareda já estaria
preparando-se para entrar na área de pesquisa, área que ele domina muito
bem. Um outro fato diz respeito ao slonan que Eduardo poderia
"massificar" em sua campanha, aprioristicamente, apresentando-se como um
avalista e participante das conquistas da era Lula/Dilma, mas que
poderia "fazer mais". Sempre numa perspectiva de continuador, em nenhuma
hipótese assumindo uma posição oposicionista, tarefa delegado ao
mineiro Aécio Neves. No dia de hoje, no final da tarde, Eduardo
participará do Congresso Paulista de Municípios, em Santos, onde, dizem,
começará a testar o "slogan" de sua campanha: "Um novo caminho para um
novo Brasil". Não se trata, portanto, a princípio, num "slogan" de
alguém que se apresenta como um continuador. Nesse assunto, Eduardo
sempre escuta o marqueteiro argentino Diego Brandy, hoje uma figurinha
carimbada do Palácio do Campo das Princesas, acompanhando o "Moleque"
dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco, desde 2006. Tem sido muito
bem-sucedido em relação às missões que lhes são confiadas. Uma delas foi
a de eleger Geraldo Júlio prefeito do Recife. Gostaria muito de saber o
que mudou. Eduardo trabalharia com a possiblidade de radicalizar de uma
vez com o Governo da coalização petista. Se depender da opinião
daqueles que estão tentando, como diria Dr. Miguel Arraes, levá-lo para o
caminho da perdição, certamente.
Dilma adorou a panqueca de caju e o sorvete de tapioca servido pelos Ferreira Gomes.
Nos
bons tempos de sua relação com o governador Eduardo Campos, uma das
coisas que Dilma não poderia se queixar era das iguarias servidas à
mesa, durante os almoços e jantares na casa do governador, no bairro de
Dois Irmãos. Não fosse suficiente o
tempero da cozinha pernambucana, Dilma, de sobremesa, não dispensava um
docinho tradicional e a boa prosa do escritor Ariano Suassuna. Em sua
última visita so Estado, até que se cogitou a possobilidade de um
jantar, depois da visita ao município de São Lourenço. Surgiu uma missa
no meio do caminho e as formalidade se encerraram mesmo lá pelas áridas
terras sertanejas, dizem, de maneira bastante protocolar. No Ceará,
parece-nos que os pratos servidos pelos irmãos Ferreira Gomes estão
menos indigestos. Comenta-se que Dilma extasiou-se com uma panqueca de
caju e um sorvete de tapioca, duas delícias. O que causa estranheza é
que a presidente pareceu, até então, desconhecer o nosso famoso cajueiro
nordestino, hoje já não tão abundante nem tão tão diverso como na época
de nossa infância. Os cajus eram coloridos. Existia até mesmo um
amarelo, hoje raro. Uma boa indicação bibliográfica para o Planalto é o
livro "O Cajueiro Nordestino", um livro escrito pelo escritor Mauro
Motta.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Governo do Estado desiste de construir viadutos sobre a Agamenon Magalhães
Viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães não serão mas construídos. Foto: Divulgação |
O
Governo do Estado e a Secretaria Estadual das Cidades anunciaram, na
manhã desta quinta-feira, a decisão de não mais construir viadutos sobre
a Avenida Agamenon Magalhães. De acordo com o arquiteto Múcio Jucá,
responsável pela elaboração de um documento com alternativas à obra, o
anúncio foi feito durante um entrevista coletiva para a assinatura da
ordem de serviço para construção do Corredor do Transporte Rápido de
Ônibus (TRO) Norte/Sul.O arquiteto acompanhou a entrevista coletiva, no
Centro de Convenções, ao lado do advogado Leonardo Cisneiros, integrante
do Movimento Direitos Urbanos.
A informação foi anunciada em
primeira mão pelo grupo de ativistas Direitos Urbanos, por meio das
redes sociais. Pelo twitter, o secretário de imprensa do governo do
estado, confirmou a decisão. "Governador anuncia agora decisão do
governo e da prefeitura de implantar corredor exclusivo de ônibus da
Agamenon Magalhães sem viadutos na RMR", postou Evaldo Costa, secretário
de Imprensa do governo.
Ainda segundo Costa, na ocasião também foi anunciada a disposição de financiar estudos profundos sobre o a mobilidade e o futuro da cidade e a implantação de 100 km de corredor exclusivo de ônibus e 100 km de ciclovias permanentes no Grande Recife.
Ainda segundo Costa, na ocasião também foi anunciada a disposição de financiar estudos profundos sobre o a mobilidade e o futuro da cidade e a implantação de 100 km de corredor exclusivo de ônibus e 100 km de ciclovias permanentes no Grande Recife.
Os
quatro viadutos estavam previstos no projeto do governo do estado para
implantação do trecho do Corredor Norte/Sul. Três estudos foram
solicitados à Secretaria das Cidades pelo Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) para avaliar o impacto sobre a vizinhança, ao meio
ambiente e à circulção. De acordo com o projeto, os viadutos seriam
construídos nos cruzamentos com as vias que apresentam maiores
retenções na área: Bandeira Filho, Paissandu, Dom Bosco e Rui Barbosa.
Para
que a intervenção fosse realizada, 31 imóveis da avenida e entorno
teriam que ser desapropridados, entre eles o Bompreço do Parque Amorim;
parte da McDonald’s, lateral do Clube Português, ambos localizados na
Rua Bandeira Filho, e a área onde funciona o cursinho do Colégio
Contato, na Rua Dom Bosco, além de outros prédios residenciais e
comerciais. O governador Eduardo Campos chegou a assinar o documento de
desapropriação dos imóveis e lançou o edital de licitação das obras,
orçadas em R$ 132 milhões.
(Diário de Pernambuco, 04.04.2013)
Campos retoma agenda com viagens pelo país.
Com o objetivo de marcar, cada
vez mais, a sua presença no cenário político nacional, o governador de
Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), ficará quatro dias
fora do Estado para se encontrar com políticos e empresários, além de
realizar palestras em São Paulo, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul
4 de Abril de 2013 às 11:29
PE247 – Com o objetivo de marcar, cada vez mais,
a sua presença no cenário político nacional, o governador de Pernambuco
e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), ficará quatro dias fora do
Estado para se encontrar com políticos e empresários, além de realizar
palestras em São Paulo, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. O gestor
desembarca no Sudeste nesta sexta-feira (5) e só volta ao Estado na
próxima terça-feira (9). O primeiro compromisso será no 57° Congresso da
Associação Paulista de Municípios, que terá a presença do senador e
também pré-candidato à Presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG).
Na ocasião, o governador pernambucano deverá levantar novamente a
bandeira do novo Pacto Federativo, primeira proposta apresentado pelo
pessebista desde que deu início ao seu discurso de presidenciável.
Lembrando que, no último dia 14, Campos esteve em São Paulo, maior
colégio eleitoral do país, para se encontrar o empresário Flávio Rocha,
da Riachuelo. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual disse que “dá
para fazer muito mais pelo país”. No dia seguinte, Campos se reuniu com
representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
A segunda parada do governador será no Rio de Janeiro, sábado (6),
onde fará uma palestra sobre políticas públicas na Pontifícia
Universidade Católica (PUC-RJ). No último dia 14, o gestor esteve na
“Cidade Maravilhosa” para um encontro com integrantes da Confederação
Nacional do Comércio (CNC).
Um dia depois, Campos viajará ao Rio Grande do Sul. Lá, o gestor
participará da festa de aniversário do deputado federal e principal
articulador político do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). No dia 9, o
pessebista será condecorado pela Assembleia Legislativa daquele Estado
com uma Medalha da Farroupilha, já concedida à presidente Dilma Rousseff
e ao ex-presidente Lula, ambos do PT.
No mesmo dia, Campos participará do 26° Fórum da Liberdade
Empresarial e fará palestras para político e empresários, tanto
nacionais como internacionais. As movimentações do governador vêm tendo
reflexos não apenas no setor empresarial e político nacional, que têm
buscado maior aproximação do gestor para conhecer as suas propostas,
como também nos políticos locais.
Nesta linha, muitos dos veículos parados no estacionamento da
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), estampavam adesivos nos
quais consta a seguinte frase: “Eduardo presidente – Isto é urgente”. A
Alepe conta com 41 parlamentares aliados do governador e oito
oposicionistas.
(Publicado originalmente no PE-247)
Abin monitora movimento sindical no Porto de Suape.
Para setor de inteligência do Planalto, trabalhadores que se uniram a Eduardo Campos contra MP dos Portos podem decretar greve geral
04 de abril de 2013 | 2h 08
Alana Rizzo, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto montou uma operação
para monitorar a movimentação sindical no Porto de Suape, em Pernambuco,
principal ponto de tensão entre a presidente Dilma Rousseff e o
governador Eduardo Campos (PSB). Coordenada pelo Gabinete de Segurança
Institucional (GSI) e executada pela Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), a ação teve início há cerca de um mês.
Veja também:
Gerenciar crises é obrigação, afirma gabinete
Campos cobra de Dilma corte de custo da água no NE
Dilma declara parceria 'incondicional' com Nordeste e anuncia ajuda de R$ 9 bi
Possível candidato à Presidência da República no ano que vem, Campos
lidera o movimento opositor à medida provisória dos Portos, que, entre
outras mudanças, retira a autonomia dos Estados de licitar novos
terminais de carga. O governador pernambucano tem realizado uma série de
reuniões com sindicalistas. Na pauta dos trabalhadores está, inclusive,
a possibilidade de uma greve geral contra a medida.
A operação classificada como "Gerenciamento de Risco" foi
desencadeada no Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e tem como
foco justamente essa possível greve geral. Por isso, o governo disparou a
operação para monitorar mais de perto os passos dos estivadores e a sua
capacidade de irradiar, a partir de Pernambuco, paralisações nos portos
brasileiros, algo que poderá trazer alto desgaste político.
A ação envolve uma equipe de infiltrados no Porto de Suape e a
produção de relatórios de inteligência repassados ao general José Elito
Carvalho Siqueira, que tem a atribuição de compartilhar informações
"sensíveis" com a Presidência da República. A prioridade dada ao caso
repercutiu na rotina do trabalho da Abin: os agentes envolvidos passaram
a ocupar uma sala separada na agência de inteligência.
Simultâneo. A cronologia da operação é simétrica à
movimentação política de Campos contra a MP dos Portos. No início de
março, o governador se encontrou com a direção da Força Sindical. Na
semana anterior, já tinha se reunido com a Intersindical Portuária de
Pernambuco, composta pelos sindicatos dos Estivadores nos Portos; dos
Trabalhadores Portuários; dos Arrumadores Portuários; e dos Conferentes
de Carga e Descarga. Um governador do PSB, aliado de Campos também na
oposição à MP, tem dito nos bastidores que o colega "pode parar o Brasil
e o governo sabe bem disso".
Um mês antes de deflagrada a operação em Suape, portuários de Santos
chegaram a invadir um navio chinês para protestar contra a MP. O
episódio, porém, não alterou a rotina do GSI. O maior porto brasileiro
continuou a ser monitorado superficialmente pela inteligência do
governo, "etiquetado" junto com os movimentos sociais na operação
Mosaico - um painel eletrônico e atualizado diariamente com 700
cenários. As informações da Mosaico não são sigilosas e servem apenas
para orientar a presidente e alguns ministros.
Embate público. Na semana passada, o governador de Pernambuco
protagonizou um embate com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em
audiência da Comissão Mista do Congresso que debatia a MP dos Portos.
Campos chegou a sugerir a retirada do Porto de Suape da abrangência da
MP, algo rechaçado pela ministra de Dilma.
Interesses. Enquanto o interesse de Campos é manter a
prerrogativa de realizar, como governador, as licitações de novos
terminais, o interesse dos trabalhadores é focado na perda do monopólio
sobre a mão de obra habilitada a trabalhar nos portos. Trata-se de uma
das mudanças mais radicais contidas na MP dos Portos.
Diante da iminente perda de força, os sindicatos logo se manifestaram
de forma contrária às mudanças, em movimento capitaneado pela Federação
Nacional dos Estivadores. Filiada à Força Sindical, a segunda maior
central do País, a federação viu sua bandeira ser alçada a debate
nacional quando o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo
Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), fez a oposição à MP. A
medida ainda está sendo analisada pelas comissões do Congresso e precisa
ser aprovada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.
Candidatura de Eduardo provoca constrangimentos dentro do próprio PSB.
A
provável candidatura de Eduardo Campos ao Palácio do Planalto, em 2014,
dentro das mesma base governista do Governo Dilma Rousseff, está
proporcionando algumas situações constrangedora para os seus
correligionários. Durante visita ao Estado
da Paraíba, Dilma ouviu do governador Ricardo Coutinho uma posição
favorável a PEC 595, que tira a autonomia do Estado de Pernambuco e
transfere para a União a gestão do Porto de SUAPE, tida como uma
retaliação do Planalto em represária às mivimentações de Eduardo Campos.
Mais recentemente, em Fortaleza, tanto Ricardo quanto Cid Gomes, ambos
do PSB, voltaram a fazer rasgados elogios a Dilma Rousseff, enquanto
Eduardo queixava-se da demora e do teor das medidas anunciadas para o
enfrentamento da estiagem. O caso de Fernando Bezerra Coelho, Ministro
da Integração Nacional, indicado pelo próprio Eduardo, é ainda mais
crítico. Bastante sintonizado com o Planalto, em todos as reuniões
oficiais, como se esperava de um integrante do Governo, cumpre o papel
de elogiar as medidas adotadas por Dilma, que dispensa a ele todo a
sensibilidade de fêmea, bem distante do estilo "sargentona" que, dizem, é
uma caracterísitica de sua personalidade. Com FBC é só ternura. Na
medida em que vem sendo constantemente cortejado pelo Planalto, FBC
amplia sua zona de atritos com o PSB local, inclusive com o próprio
governador, que, ao criticar as medidas contra a estiagem, em tese,
admite a incompetência do seu auxiliar, atirando no próprio pé. A
crônica política no dia de hoje, traz a informação de que FBC estaria
sendo preparado pelo Planalto, com o aval de Lula, para se contrapor a
Eduardo Campos no Estado. As circunstâncias políticas parecem conduzir a
esse desfecho.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Eduardo cobra agilidade nas ações contra a seca
2 de Abril de 2013 às 17:00
PE247 – O governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB), possível concorrente da presidente Dilma Rousseff (PT) nas
eleições 2014, voltou a cobrar do Governo Federal medidas para
fortalecer a economia e cobrou agilidade nas ações de combate à seca.
Durante reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, realizada nesta
segunda-feira (2), em Fortaleza (CE). No encontro, que contou com a
presença dos governadores do Nordeste, Minas Gerais e do Espírito Santo,
para o anúncio de medidas contra a seca por parte da presidente Dilma
Rousseff (PT) , o gestor pernambucano , na sua chegada ao evento, que é
preciso um “olhar estratégico” para reconstruir as economias das áreas
atingidas pela estiagem, considerada a maior dos últimos 50 anos da
Região Nordeste.
A expectativa do encontro com Dilma, durante e reunião do Conselho
Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
(Sudene), era a de que Campos tecesse novas críticas ao Governo Federal,
o que, de fato, ocorreu. O presidenciável preferiu não comentar o
pleito eleitoral de 2014 e manteve o foco em questões administrativas.
“Hoje já não se tem o trauma que se tinha há 50 anos no que toca a
questão da fome, das pessoas terem que se retirar das cidades onde
moram. Mas o que essa estiagem demonstrou é que a base econômica ainda
está desprotegida. E precisamos de obras de infraestrutura e políticas
públicas que protejam essa base econômica, com inovação tecnológica, com
melhoria da qualidade do nosso rebanho”, afirmou em entrevista
coletiva, assim que chegou ao evento.
O governador defendeu a anistia das dívidas dos agricultores e se
mostrou preocupado com a burocracia para que as medidas emergenciais a
fim de socorrer os cerca de 11 milhões de nordestinos, além dos estados
de Minas Gerais e Espírito Santo. “A seca esteve na zona rural com
grande gravidade e agora vários governadores estão dizendo que várias
cidades estão ficando num colapso absoluto. Isso vai exigir obras
emergenciais, com um fluxo diferenciado de recursos. É preciso
desburocratizar, para que se efetive as obras e se garanta a travessia
até que os reservatórios sejam repostos”, disse Campos.
A presidente Dilma anunciou a destinação de R$ 9 bilhões que se somou
aos R$ 7,6 bilhões já investidos pelo Governo Federal me ações de
combate à estiagem. As medidas também foram entendidas como uma ação da
presidente para barrar as crescentes críticas de Campos e outros
governadores em torno da atuação do Governo Federal frente ao problema.
(Publicado originalmente no Brasil 247)
Nota do editor: Os encontros entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco estão sendo marcados por muito tensionamento, sobretudo em razão das movimentações de Eduardo em torno das eleições presidenciais de 2014, onde especula-se sobre uma provável candidatura. Ontem, no Ceará, mas uma vez, isso teria ficado evidente. Eduardo teria sido um dos últimos a saber sobre o pacote de medidas anunciadas pelo Planalto para a região, o que o teria deixado bastante contrariado.
(Publicado originalmente no Brasil 247)
Nota do editor: Os encontros entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco estão sendo marcados por muito tensionamento, sobretudo em razão das movimentações de Eduardo em torno das eleições presidenciais de 2014, onde especula-se sobre uma provável candidatura. Ontem, no Ceará, mas uma vez, isso teria ficado evidente. Eduardo teria sido um dos últimos a saber sobre o pacote de medidas anunciadas pelo Planalto para a região, o que o teria deixado bastante contrariado.
terça-feira, 2 de abril de 2013
Serra: Minha vingança será maligna
José Serra prepara sua vingança dentro do PSDB. Vingança,
como diria o ditado popular, é um prato que se come frio. Portanto, ele
entabula conversas com outras agremiações partidárias, telefone para
correligionários, mapeia a situação. Comenta-se que deverá sair do ninho tucano
em grande estilo, quem sabe, ocupando as primeiras páginas da crônica política,
informando que uma penca de parditários também o acompanharia. Hoje, o seu
caminho mais provável, seria o PPS do pernambucano Roberto Freire, que deverá voltar ao Estado para ser eleito deputado pelos currais eleitorais do interior, com a gratidão de Eduardo Campos.
Serra não se conforma com o tratamento que vem recebendo dentro do PSDB. A
impressão que se passa é a de que ele gostaria de disputar, mais uma vez, a Presidência da República pela legenda. Isso parece evidente pelo discurso de
tucanos emplumados, sempre enfatizando que ele já teve duas chances, o que
seria recomendado abrir espaço para a jovem liderança de Aécio Neves. Mineiramente,
Aécio Neves procura minimizar o estrago de uma candidatura cindida no maior
colégio eleitoral do país, mas ele sabe que isso representa um problema.
Um problema de difícil equacionamento, pelo que se presume. Tudo leva a crer que
Serra lavantará a bandeira socialista em terras paulistas, armando o palanque de Eduardo Campos em São Paulo.
Dilma em Fortaleza. O Planalto intensifica os contatos da presidente na região.
As visitas da presidente Dilma Rousseff a região Nordeste,
sobretudo nos últimos meses, estão sendo marcadas por alguns simbolismos
inevitáveis. Um deles é a contenda com o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, que parece mesmo decidido a lançar seu nome à disputa presiencial de
2014. Tradicional reduto petista, a região coloca a popularidade de Dilma
Rousseff nas alturas, conferindo-lhes uma alta taxa de aprovação, a despeito
dos problemas enfrentados, como uma seca prolongada, a maior nas últimas
dédacas, responsável por um grande drama social. Caso se vaibilize mesmo como candidato - ele afirma que não entra na
disputa com menos de 10% das intenções de voto – a idéia de não se colocar como
um adversário de Dilma, mas como um aliado que pode “fazer mais”, além do fato
de ser um líder na região, de fato, como já afirmamos, foi suficiente para
acender a luz amarela no Planalto. Lula tem tranqüilizado a companheirada,
afirmando não acreditar nessa candidatura. Em todo caso, melhor não se descuidar. O Nordeste foi fundamental para a eleição de Dilma Rousseff nas últimas eleições. Por isso mesmo, o Planalto vem ampliando a agenda da presidente na região, inclusive em Estados governados pelos socialistas. Seu ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, continua entre a cruz e a espada. Logo, logo terá que fazer uma escolha de sofia.
Mais carne às hienas: Borges assume o Ministério dos Transportes.
A presidente Dilma Rousseff deverá mesmo nomear o
ex-governador baiano César Borges(PR), um ex-carlista de carteirinha assinada, para o ministério dos Transportes, em
substituição a José Carlos Passos. Passos foi um dos que sobreviveram à faxina
ética desencadeada por Dilma, que defenestrou daquela pasta Alfredo Nascimento. Cioso das responsabilidades que assumia, diante da vigilância cerrada da opinião pública, o ex-secretário-executivo
do órgão tratou de por ordem na casa, o que significou uma rinha aberta com os parlamentares do
partido, que não o consideravam como cota da agremiação no Governo. Em última
análise, o que se pode dizer é que Passos vinha fazendo uma gestão muito
austera no órgão. A rearrumação se dá apenas para acomodar interesses
relativos às aleições de 2014, onde o PR fazia beicinho, esboçando uma
dissidência na base governista. Dilma, que já havia entregue a cabeça de Brizola Neto às hienas do PDT,
agora entrega a de José Carlos Passos às raposas do PR. A res publica fica torcendo que Borges
também substitua a copeira daquele órgão. Na época de Nascimento o café
preparado por ela era tão saboroso que havia um deputado que dava plantão
no órgão apenas para saborear a iguaria.
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