O presidente Lula tem aparecido mais feliz aqui pelo blog. Geralmente, quando as matérias tratam das dificuldades que o Governo enfrenta, costumamos apresentá-lo meditativo, apreensivo, preocupado com alguma coisa. Em duas semanas, no entanto, as notícias em relação à sua popularidade e as perspectivas para as eleições de 2026 melhoraram. Sua esposa, Rosângela da Silva, teria confidenciado durante um programa televisivo que, se a saúde permitir, ele será mesmo candidato às eleições presidenciais de 2026. Os analistas se perguntam porque, diante de tantos percalços de popularidade, o presidente Lula mantém a resiliência eleitoral?
A resposta é aparentemente simples. A centrífuga da polarização continua moendo. Mesmo diante de uma inelegibilidade praticamente irreversível, setores da direita continuam trabalhando o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro como eventual candidato, reforçando essa polarização. Na outra margem do rio, não há alternativas a Lula no escopo do campo progressista de centro-esquerda. Em entrevista recente, o mago das pesquisas, o cientista político pernambucano, Antônio Lavareda, afirmou que Sidônio Palmeira tem motivos para soltar fogos, depois da última Datafolha que assinalou uma oscilação positiva de cinco pontos na avaliação de Lula.
Embora o jornal seja reticente em relação a um grande otimismo do Palácio do Planalto em relação ao assunto, recomendando cautela e o aguardo de novas pesquisas indicando alguma tendência efetiva de recuperação da popularidade, Lavareda sugere que a sangria pode ter estancado. As eleições presidenciais de 2022, vencida por Lula, foram caracterizadas por essa polarização, onde a ameaça às nossas instituições democráticas - representada pela extrema direita - foram sempre invocadas pelos setores populares e progressistas representado por Lula. Tornou-se uma eleição plebiscitária. Ainda persistem os reflexos disso, daí se entender essa resiliência do presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto, mesmo diante das dificuldades do Governo. A estratégia de comunicação da SECOM, sob o comando de Sidônio Palmeira, também reforça essa narrativa, ao voltar a bater na tese de terra arrasada encontrada, como foi posto no último encontro. Trata-se de uma narrativa bastante surrada, mas, sabe-se lá como funciona essas coisas de gatilhos na cabeça do eleitorado.
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