pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Revoada do ninho tucano em Pernambuco.
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terça-feira, 8 de abril de 2025

Editorial: Revoada do ninho tucano em Pernambuco.

Crédito: Divulgação PSD. 


O cenário político pernambucano, nos últimos dias, tem sido marcado por uma espécie de convulsão política, caracterizada por disputas partidárias que têm como horizonte os arranjos das eleições de 2026, hoje indicando uma polarização entre a atual governadora, Raquel Lyra(PSD), e, do outro lado, o jovem prefeito João Campos, do PSB, cuja candidatura ao Palácio do Campo das Princesas já não depende hoje apenas de sua vontade. É interessante essa questão da polarização política, alimentada sistematicamente pela mídia. A eleição de 2026 sugere-se que já está definida entre esses dois atores, não havendo espaço para nenhum outro postulante, sequer na condição de azarão. 

O mesmo fenômeno que ocorre com Lula no plano nacional, pilotando um governo com inúmeros percalços, mas resiliente eleitoralmente, sendo capaz de liderar todas as pesquisas até este momento como candidato a um novo mandato em 2026. Aqui em Pernambuco, a campanha de 2026 já está nas ruas, produzindo cenas desagradáveis, como as protagonizadas por alguns atores no sentido de manter a máquina dos partidos políticos sob o seu controle. Tivemos problemas com o PL, o União Brasil, com o MDB e, mais recentemente, com o PSDB, que praticamente decretou uma intervenção no diretório regional, entregando a legenda ao deputado estadual Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa do Estado. 

A manobra culminou com uma revoada de tucanos, ou seja, uma desfiliação em massa de prefeitos eleitos pela legenda em 2024, que agora estão pousando no PSD, de Gilberto Kassab, que fez questão de estar presente à cerimônia de filiação. Pelos cálculos da governadora, o PSD se torna o maior partido do estado, afiando as garras para as eleições vindouras. Kassab teve a preocupação de fazer o partido crescer sensivelmente na última eleição municipal, principalmente nos maiores colégios eleitorais do país, como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Nem ele, que acompanha o desempenho do partido com uma lupa - seria capaz de dizer como o partido se saiu em Quebrangulo, por exemplo -  poderia antever a migração de tantos tucanos para a sua legenda no estado.  

Política tem algumas coisas curiosas. Pensou-se, em determinado momento,  na possibilidade de uma fusão entre os tucanos e o PSD, no plano nacional. Os arranjos não deram certo exatamente por questões regionais, mais precisamente consoante os interesses do deputado federal Aécio Neves, que não se sentiria confortável com a fusão nas Alterosas. Na prática, foi o que ocorreu aqui em Pernambuco. Vale aqui uma indagação: O que restou do PSDB pernambucano depois dessa revoada expressiva de prefeitos municipais? 

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