A Procuradoria-Geral da República considerou consistentes as investigações procedidas pela Polícia Federal e apresentou denúncia junto ao Supremo Tribunal Federal contra o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por supostas irregularidades cometidas com emendas parlamentares, num período em que Juscelino ainda não ocupava a pasta da Comunicação do Governo Lula 3. Estamos aqui diante de uma situação complicada, uma vez que ele pode se tornar réu, depois da denúncia apreciada pela Suprema Corte. Segundo os escaninhos da política, o presidente Lula, numa conversa mantida com o auxiliar, assim que estourou o escândalo, teria advertido que, uma vez as denúncias acatadas pela PGR, ele seria demitido do cargo que ocupa.
Juscelino integra os quadros do União Brasil e é de uma ala da legenda que defende que o partido acompanhe o projeto de um quarto mandato para o presidente Lula. É uma postura natural daqueles que já estão ocupando cargos na máquina. Outro dia estávamos tratando por aqui sobre uma espécie de generalização dessa prática de exigir propinas para a concessão dessas emendas parlamentares. Há situações grotescas, produzindo graves problemas para o país, como a retenção de emendas destinadas às universidade públicas por se encontrarem no cipoal dessas emendas bichadas.
No caso de Juscelino, ao que se sabe, trata-se de suposto favorecimento de obras numa cidade do Maranhão, administrada por sua irmã, cujos recursos teriam asfaltado estradas que beneficiariam propriedades da família. Ao menos, é isso o que se sabe. Lula não terá como deixar de tomar alguma medida em relação a este fato, conforme prometera, uma vez que sustentou o desgaste de imagem até a entrega da denúncia pela PGR.
P.S.: Ainda hoje, 08, o União Brasil divulgou uma nota em defesa do ministro Juscelino Filho. Logo mais, o ministro apresentou a sua carta de demissão do cargo.
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