pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Uma pesquisa para ficar na mesa de Lula.
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quinta-feira, 3 de abril de 2025

Editorial: Uma pesquisa para ficar na mesa de Lula.



O Planalto tem assumido uma postura de ignorar ou se contrapor aos humores das ruas, do mercado e de alguns institutos de pesquisa sobre a avaliação do Governo Lula 3. Todos estariam enviesados por posições ideológicas ou torcida contra o desempenho do Governo. Uma pesquisa realizada entre os formadores de opinião do mercado financeiro recentemente foi tratada com desdém, quando não ridicularizada, pois, segundo uma autoridade do Governo, sequer se tratou de uma pesquisa, a começar pela amostragem e pelo perfil do público pesquisado, apenas investidores do mercado. A pesquisa não poderia ser completamente ignorada, embora procedam os argumentos apresentados. Até comentamos por aqui que seria uma pesquisa de opinião, realizada entre integrantes da Mancha Verde, onde se perguntava o que eles achavam do Corinthians.  

No caso da avaliação do Governo Lula 3, talvez nem possamos inserir aqui alguma espécie de jogo de interesse subjacente, uma vez que absolutamente todos os institutos convergem para a constatação da queda acentuada da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste terceiro mandato. Do Paraná Pesquisas ao Datafolha, passando pelo Quaest\ Genial. E, por falar na última pesquisa do Quaest\Genial, que veio a público no último dia 02,  aqui temos uma pesquisa que deve ficar sobre a mesa do presidente para ser discutida com seus assessores mais próximos e staff de comunicação. A razão, neste caso, é que o instituto fez uma autópsia onde ficou evidente a gravidade da doença,  a ineficácia dos medicamentos administrados, assim como as perspectivas nada otimistas sobre a recuperação do paciente. 

O instituto fez um esmiuçamento da situação, que não só comprovou a queda de popularidade, como disse porque isso esta ocorrendo, em que estratos sociais o derretimento é mais acentuado, assim como as regiões onde a erosão se acentua. Lula está perdendo apoio em sua base tradicional de apoio, ou seja, entre os menos escolarizados, de renda não superior aos dois salários mínimos, e, ao que se sugere, também nordestinos. Num outro dia comentamos sobre o tal desmoronamento de popularidade em estados como a Bahia, que deu 76% dos votos ao presidente Lula nas eleições de 2022. A situação é sensivelmente preocupante, uma vez que a lógica de investimentos pesados em marketing ou publicidade institucional, aliada a programas ou linhas de créditos populares - de cunho eleitoreiro - não estão dando certo ou, na melhor das hipóteses,  ainda não estão dando certo. 

Lula se fechou em copas em torno de um núcleo petista mais autênticos, que está ditando das diretrizes das políticas públicas hoje no Governo. Ajuste fiscal ou controle dos gastos públicos soa como água benta atirada contra os possuídos. Manter sob controle o monstro da inflação que atormenta os brasileiros, assim como enfrentar estruturalmente o problema da segurança pública, hoje os dois problemas que mais atormentam os eleitores, deveria ser a prioridade do Governo, caso deseje chegar em outubro de 2026 em condições de competitividade. Até recentemente, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Pernambuco. Padilha tem uma preocupação em zerar a fila do SUS. Vocês conseguem imaginar a repercussão positiva que este fato poderia projetar entre os eleitores? 

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