Há alguns meses assumiu a Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência da República, a SECOM, o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira. Sidônio assumiu com a missão de reverter, segundo ele mesmo admitiu, graves problemas de comunicação do Governo Lula 3, que não era um governo ruim, mas precisa convencer a população sobre este assunto. Um pouco antes, o encontro nacional da legenda já havia feito o diagnóstico do problema de popularidade do Governo Lula 3: a comunicação. Já havíamos advertido por aqui que não se tratava apenas de um problema de comunicação, mas sugere-se que Sidônio Palmeira estava realmente convencido disso.
Disposto a revolver o problema, a ordem passou a ser exposições sistemáticas na mídia, inclusive do presidente Lula que, durante este processo, acabou cometendo alguns deslizes verbais que não ajudaram muito nesta estratégia. Até recentemente, a SECOM realizou um encontro com os assessores de comunicação de estatais, ministérios e outros órgãos do governo. Objetivo? Consolidar tal estratégia de exposição junto a mídia, ocupando mais espaço, concedendo mais entrevistas. Por incrível que possa parecer, somente no dia de ontem, li vários pronunciamentos da Ministra do Planejamento, Simone Tebet, o que quer dizer, em princípio, que o receituário está sendo seguido.
Por outro lado, nos escaninhos, existe a possibilidade de setores do MDB estarem preparando uma alternativa presidencial às eleições de 2026. Os arranjos políticos deste partido passam, necessariamente, por São Paulo, e, naturalmente, pela decisão de Tarcísio de Freitas em candidatar-se a mais quatro anos no Palácio Bandeirantes ou pegar o cavalo selado que as hostes conservadoras estão lhe oferecendo, numa tentativa de alçá-lo ao Planalto ainda em 2026. O apoio do governador, que ainda está filiado ao Republicanos, ao projeto de reeleição do prefeito Ricardo Nunes, condicionava o apoio do MDB a um eventual projeto de candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas.
Desde então, porém, a estratégia adotada não está produzindo os resultados tão esperados. O Governo Lula 3 bate em teclas antigas, com programas sociais de corte populista, eivados de possíveis irregularidades - conforme reportagem da grande mídia conservadora. O resultado não poderia ser outro. A sangria de perda de popularidade não foi estancada. Saiu hoje, dia 2, uma pesquisa do Instituto Quaest Genial, apontando que seus índices de desaprovação aumentaram. A desaprovação passou de 49% para 56%, enquanto a aprovação caiu de 47% para 41%. E esta pesquisa não foi realizada pelo mundo corporativo, numa mesa de bar, com apenas cem amigos. O Instituto Quaest ouviu 2.004 eleitores em 12o municípios, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiabilidade de 95%.
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