
Aqui na província, a acomodação das placas tectônicas da política estão produzindo cenas desagradáveis, que poderiam ser evitadas, como a exposição de eminentes personalidades políticas do passado, hoje doentes, já em idade avançada, que poderiam serem deixadas em paz. No plano nacional a movimentação de algumas agremiações políticas no sentido de formalizarem federações, por sua vez, acenderam o alerta amarelo nas hostes mais renhidas do bolsonarismo. Sugere não haver mais dúvidas de que as movimentações em curso poderiam já trabalhar com a hipótese de construir uma alternativa de direita ao presidente Jair Bolsonaro, que já percebeu a fumaça.
Partidos que antes estavam tão motivados pelo projeto de anistia hoje parecem menos entusiasmados e as motivações não seriam apenas o banho maria que o presidente da Casa, Hugo Motta, tenta imprimir ao PL. O centrão parece convencido de que a situação do ex-presidente é incontornável. O União Brasil e o Progressistas ensaiam a formação de uma grande federação, com potencial de desequilibrar o jogo político tanto do projeto de reeleição do presidente Lula, quanto em relação ao projeto de candidatura de Jair Bolsonaro.
Ontem, dia 04, na Bahia, foi lançada a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República, ancorado nos bons índices de segurança pública que ele conseguiu imprimir no estado que governa. As pesquisas apontam que a segurança pública é o maior problema que os brasileiros enfrentam neste momento. Será, inevitavelmente, uma das grandes bandeiras de luta das eleições presidenciais de 2026. Só os ideólogos do PT parecem surdos aos reclames das ruas. Os parcos recursos que existem, diante do desmantelo das contas públicas, deveriam ser empregados com projetos e políticas públicas para esta área e não em programas populistas.
O vice de Caiado é ACM Neto. Há controvérsias acerca do posicionamento do candidato em relação à federação do União Brasil com o PP, comandado nacionalmente pelo senador Ciro Nogueira, ainda tido como um fiel escudeiro de Bolsonaro. A pesquisa recente do Datafolha, aquela que aponta uma ligeira melhora nos índices de aprovação de Lula, mostra também o crescimento do nome do governador Tarcísio de Freitas junto aos eleitores. A direita está jogando o cavalo selado para o governador, que hoje já não se mostra tão reticente a uma eventual candidatura como no passado. Faz todo o sentido as preocupações do ex-presidente Bolsonaro.
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