pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: As boas dívidas de Fernando Haddad.
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quarta-feira, 9 de abril de 2025

Editorial: As boas dívidas de Fernando Haddad.


O jornal Folha de São Paulo, no dia de hoje, 09, deixando de lado as matérias sobre a corrupção, que voltou com toda força - onde até ministros de Estado estão perdendo a cabeça - traz duas outras notícias que merecem um aprofundamento. Numa delas, Márcia Lima, Secretária do Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco, pede demissão do cargo alegando problemas na comunicação do Governo Lula 3.  Márcia Lima alega a ausência de integração ou unificação das ações dos órgãos do governo neste sentido, tudo o que o novo Ministro da SECOM, Sidônio Palmeira está tentando implementar. Esforços ainda insuficientes? Resultados insatisfatórios até o momento? Equívocos na adoção de estratégias para enfrentar o problema? Precipitação da gestora? 

Num outro momento, Fernando Haddad fala sobre a desonestidade intelectual dos críticos do governo, uma vez que as contas públicas estão sendo colocadas em ordem. Aqui vamos fazer um reconhecimento a um integrante do Governo Lula 3 que, de fato, mostra-se preocupado com este problema, embora enfrente resistências dentro do próprio governo. Mas, o mais interessante são os seus conselhos sobre as chamadas dívidas boas, sugerindo que os indivíduos devem deixar ou trocar as dívidas ruins pelas dívidas boas. O que são dívidas boas na realidade, meus caros leitores endividados? As dívidas "boas", na realidade, talvez devesse ter outro nome, uma vez são dívidas contraídas não com propósito de adquirir bens de consumo ou coisa que o valha, dando vazão ao impulso consumista. Dívidas boas não são, necessariamente, aquelas contraídas com juros menores, conforme parece insinuar o ministro ao aconselhar os empréstimos consignados, talvez no bojo a abertura dessa linha de crédito para a iniciativa privada.   

Dívidas boas são aquelas contraídas com o propósito de fazer algum investimento, abrir um negócio, empreender um novo projeto, com a finalidade de ampliar o capital pessoal. Trocar um empréstimo normal na rede bancária ou através do expediente de pedir a um amigo, por um empréstimo consignado, se não houver uma finalidade mais consistente, continua sendo uma dívida ruim. Vou fazer uma confissão aqui para vocês: Quem escuta o áudio do Fernando Haddad falando sobre o assunto fica um pouco preocupado.  Em certos momentos, mesmo que indiretamente, ele faz referência aos procedimentos de dívidas contraídas com agiotas. Como diz o cancioneiro, este papo seu tá qualquer coisa. Pareceu que ele estava falando para uma plateia de endividados, com a corda no pescoço. 

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