pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Minuta de golpe no celular do ajudante de ordens
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quarta-feira, 7 de junho de 2023

Editorial: Minuta de golpe no celular do ajudante de ordens



No dia de ontem, tivemos a oportunidade de acompanhar os trabalhos da CPMI do golpe de 08 de janeiro. A narrativa da oposição é no sentindo de desacreditar a frustrada tentativa de golpe do dia 08 de janeiro. Por outro lado, contraditoriamente, tentam responsabilizar integrantes do Governo Lula no sentido de que eles sabiam da iminente ocorrência daqueles fatos e não tomaram providências a tempo de evitá-los. Nos últimos anos, o Brasil enfretou não uma, mas várias tentativas de golpe. O que nos surpreende é que este último estava programado para ocorrer como naqueles tempos, ou seja, ali pelas décadas de 60\70 do século passado, havia a mobilização de tropas, tanques nas ruas, sequestro de autoridades e outras coisas do gênero. Até um batalhão específico seria acionado para dá suporte logístico às operações antidemocráticas. 

E, por falar em suporte, a polícia encontrou uma minuta pronta no aparelho de um desses artífices, dando segurança jurídica e legal para as ações que estavam sendo perpetradas. As manobras jurídicas utizadas no curso daquela famigerada operação da Repúblca de Curitiba dão bem a dimensão de que tais tessituras estavam sendo engendradas há algum tempo. É neste sentido que torna-se coerente supor que o ovo do fascismo brasileiro foi, na realidade, chocado em Curitiba, sendo prudente, portanto, acompanhar os passos de um certo senador, que anda circulando pelos corredores da capital federal, ainda com bravatas de paladino da moralidade. 

Ao longo dos anos, criou-se uma expectativa entre os analistas da quadra política brasileira de que a nossa representação parlamentar pudesse vir a ser gradativamente melhorada, como consequência de melhores escolhas realizadas pelos eleitores e eleitoras. A cada eleição, essa representação apenas piora o seu nível, agravando os problemas de governabilidade. Antes se falava na necessidade de se ampliar as negociações entre Executivo e Legislativo. Hoje, o Legislativo deseja governar, assumindo papéis inerentes ao Executivo.    

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