quarta-feira, 6 de julho de 2011
Alfredo Nascimento pede para sair.
Comenta-se que trava-se nos bastidores uma disputa em torno de quem poderá substituir Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes.Antes de afastá-lo, possivelmente sem consultar Lula, Dilma Rousseff teria conversado com representantes do PR, que insiste na inidcação de um nome do partido. O Secretário-Executivo, Paulo Sérgio Passos, apesar de filiado ao PR, não agrada aos caciques da legenda. Há, nessa disputa, nomes do PMDB e do PT, contrariando a “parte que me toca desse latifúndio”. Na realidade, dentro do condomínio que elegeu Dilma Rousseff, ficou acordado que o setor de transportes ficaria com o Partido da República. Embora Dilma e Sarney tenham esboçado uma defesa do Ministro Alfredo Nascimento, o desgaste era visível e a oposição não dava trégua a mais um escândalo de corrupção na Era Dilma Rousseff. Hoje a imprensa repercute a brilhante ascensão do filho de Alfredo Nascimento que, através de uma construtora que iniciou as atividades com capital social da ordem de 60 mil, hoje soma 52 milhões. O menino é um prodígio. Tem apenas 27 anos de idade.
terça-feira, 5 de julho de 2011
José Sarney sai em defesa de Alfredo Nascimento.
O presidente do Senado Federal, José Sarney, saiu em defesa do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Os assessores afastados do Ministério eram pessoas muito próximas a Alfredo Nascimento, de onde se conclui que ele, dificilmente, desconhecia a tal propina de 04% que era cobrada das empresas que prestavam serviço ao Ministério. A própria irritação e a forma como Dilma Rousseff tratou essa questão, em reunião com a presença de suas ministras do Planejamento e da Casa Civil, sinaliza para uma intervenção efetiva no ministério. Causou certa estranheza, logo em seguida, Dilma fazer a defesa do seu ministro, permitindo-lhes uma sobrevida. Quanto a Sarney, ele apenas cumpriu um rito comum em quase todos os escândalos que sacodem a República. E olha que nesse ritmo logo logo Dilma Rousseff bate Lula. Sarney também saiu em defesa de Antonio Palocci. Aliás, uma das queixas do PMDB com a presidente era a de que Palocci foi muito melhor defendido pelo partido.
Jean Charles Naouri pede ao BNDES para não financiar o Pão de Açúcar.
Jean Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino, sócio francês do Carrefour, procurou Luciano Coutinho, presidente do BNDES, para pedir que o banco não financie a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour. Pelos acordos mantidos anteriormente, em 2012 o Grupo Casino passaria a ter o controle acionário do Pão de Açúcar, situação que teria levado Abílio Diniz a estabelecer as renegociações com o braço brasileiro do Carrefour, pedindo a participação do BNDES na transação. A participação do BNDES no negócio está sendo muito criticada pela oposição, que considera uma desvirtualidade a participação de um banco estatal num negócio essencialmente privado.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Alfredo Nascimento: Ele escapa da próxima audiência com Dilma?
Não lembro bem quem afirmava isso, mas é sempre bom os assessores ficarem de orelha em pé quando são convidados para as audiências em Palácio. Dependendo das circunstâncias desses convites, pode significar que o assessor está prestigiado ou, numa hipótese menos otimista, encontra-se em pleno processo de fritura.Até mesmo as datas do convite podem esconder grandes escaramuças. Quando Geisel presidia o país – já no processo de reabertura do regime militar – travava-se uma luta feroz nas casernas entre os militares da linha-dura, favoráveis à continuidade do regime de exceção, e os militares moderados, dispostos a devolver o poder aos civis, mesmo que sob certas condições. O Caso Rio Centro é emblemático desse período, provocando a saída do general Goubery do Couto e Silva do Governo. Golbery exigia que os militares envolvidos no episódio fossem punidos exemplarmente, o que não ocorreu. O general Sílvio Frota – ligado aos linha-dura –era, então, o poderoso Ministro do Exército. Geisel precisava demiti-lo, mas temia a sua reação. Aproveitou um feriado em Brasília, quando os militares estavam desaquartelados, para convidá-lo ao seu gabinete. Anunciada a demissão, Frota ainda teria “se coçado”, mas já não havia nada a fazer. Era um general sem tropa. Tirou o pijama do armário e dedicou-se a fazer pães no final da tarde. Depois das polêmicas envolvendo o chamado “Kit Gay”, dos problemas com livros de português e de matemática, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, tornou-se um freqüentador assíduo do Planalto. Fora figuras emblemáticas do PT paulista – que viram nisso um sinal de desgaste – no caso de Haddad, parece não ser esse o caso. Quanto ao Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, esse pode colocar suas barbinhas de molho. Há mais uma audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff e, certamente, depois dos últimos escândalos, não deve ser para tratar de assuntos relacionados às prioridades de sua gestão à frente do Ministério. É dado como certa a sua possível demissão do Ministério.
A ABIN sabia alguma coisa sobre as propinas no Ministério dos Transportes?
Os arapongas brasileiros vivem metidos em encrencas. Há de se questionar, inclusive, qual a real importância de uma ABIN para a segurança nacional. Não raro são noticiadas enrascadas nas quais seus agentes estão envolvidos, sem que seja elecanda uma situação “X” onde o trabalho da ABIN pudesse ter evitado uma situação de constrangimento para o Planalto. Dilma Rousseff teve seu computador invadido; não foi informada que dois ministros do seu Governo participaram de reuniões que culminariam com o dossiê dos aloprados; os grandes escândalos nacionais são informados pela grande imprensa. A ABIN sabia alguma coisa sobre a tal caixinha de propina do Ministério dos Transportes? Outro dia fomos informados que um agente da instituição teria sido afastado por estar estoporando com o “cartão corportativo” em Brasília. A ABIN não informou nada a esse respeito. Silêncio absoluto. Estão mais preocupados em vigiar os matutos de Belo Jardim.
domingo, 3 de julho de 2011
Ministério dos Transportes: Propina derruba quatro assessores.
Bastante incomodada com os reajustes constantes nas obras do Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff agendou uma reunião com o seu titular, Alfredo Nascimento, e exigiu que quatro assessores do Ministério fossem afastados do cargo. A Revista Veja desta semana confirma –através de depoimentos de envolvidos – a cobrança de propina no Ministério – algo em torno de 5% - para que as empresas participem dos processos licitatórios de execução de obras. Incomodava a Dilma Rousseff e a setores do Governo os crescentes aditivos sobre os valores das obras, que aumentavam seus preços substantivamente. De acordo com Veja, os beneficiários da “caixinha” eram integrantes do PR, sobretudo o contumaz deputado Valdemar Costa Neto, envolvido em inúmeros escândalos na República. A impressão que passa é que Dilma deveria ter adotado uma medida mais radical naquele Ministério. Segundo fontes da revista, Costa Neto costuma dar expediente nos gabinetes do Ministério, possivelmente acompanhando o movimento do caixa.
sábado, 2 de julho de 2011
Itamar Franco: Morre um político que honrou a vida pública.
Aos 81 anos de idade, vítima de uma pneumonia – agravada pelo tratamento de uma leucemia – morre o senador Itamar Franco, ex-presidente da República. Nos últimos dias o quadro agravou-se, exigindo que Itamar fosse conduzido a uma UTI, onde respirava com dificuldades. Os médicos que acompanhavam o senador já haviam alertado para a gravidade do quadro de saúde do ex-presidente. Eleito senador na chapa de Aécio Neves nas últimas eleições, Itamar notabilizava-se no Senado Federal por exercer uma oposição propositiva e de caráter republicano ao Governo de Dilma Rousseff. Não foram raros os momentos que, aqui mesmo no Blog do Jolugue, tivemos a oportunidade de reconhecer sua contribuição ao debate político. Com a morte de Itamar, a vida pública no Brasil fica mais pobre. Itamar foi um político que soube honrá-la. Vai fazer oposição em outras arenas, pois, como ele mesmo afirmou, aparteando o coronel José Sarney, oposição é para se opor. Saudades.
Jobim, vai com calma.
O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, encontra-se na corda bamba. Suas movimentações indicam que ele não estaria satisfeito no ministério e que, possivelmente, estaria criando as condições necessárias para afastar-se da pasta da Defesa. São inúmeros os episódios que indicam isso. Embora tivesse o sinal verde do Planalto para comparecer às homenagens prestadas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jobim proferiu um discurso eivado de “segundas intenções”, provocando um pedido de explicações de Dilma Rousseff. Outro dia Jobim proibiu uma palestra do General Augusto Heleno, no Círculo Militar, em Brasília, por entender que ele, certamente, como ex-comandante da Amazônia Legal, teceria alguns comentários contrários à política fundiária do Governo para a região. Agora, agradece toda a sua trajetória a Fernando Henrique e afirma que está cercado de idiotas. Nem Augusto Heleno se atreveria a tanto. O que se comenta é que Jobim deseja habilitar-se para a corrida presidencial de 2014 pelo PMDB.
Mendes Ribeiro é o novo líder do Governo no Congresso.
Dilma Rousseff bateu o martelo em favor do deputado Mendes Ribeiro(PMDB-RS) como novo líder do Governo no Congresso. A decisão de Dilma, como a prorrogação do prazo das emendas, pode ser encarada como mais um episódio em que a presidente dar de ombros numa esquina e volta logo em seguida para pedir desculpas. A indicação de Mendes Ribeiro – em termos de ganhos políticos imediatos – acalma o PMDB. Seus líderes já se manifestaram profundamente satisfeitos com a indicação, inclusive Henrique Alves. Ocorre, entretanto, que essas atitudes de Dilma estão criando um precedente perigoso, cedendo às pressões sempre que a base aliada esboça uma posição de rebeldia no legislativo. No caso da prorrogação do prazo das emendas, por exemplo, a própria área econômica do Governo havia recomendado, em função da política de controle inflacionário, que ela mantivesse a posição. Será sempre assim?
quinta-feira, 30 de junho de 2011
FHC: A experiência e o capital político de 80 anos. Nada desprezível.
Fernando Henrique Cardoso recebeu homenagem dos correligionários do seu partido, o PSDB, no Senado Federal. Presidente de honra da agremiação, Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos de vida dedicados à academia e à vida pública. Abandonado pelo partido durante as últimas campanhas presidenciais, FHC ficou bastante magoado. Diante dos avanços sociais e da popularidade conquistada pelo Governo Lula, o PSDB optou por escondê-lo da campanha. Estratégia equivocada, de acordo com avaliações mais recentes. Ainda detentor de um grande capital político, coube a FHC encontrar uma saída minimamente honrada para José Serra, que insistia na tese de uma terceira candidatura presidencial pelo partido. A estabilidade econômica obtida em seu governo permitiram a Lula implementar amplos programas de inclusão social, mas alguns setores do governo insistem em não reconhecer esses avanços. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, parece não endossar essa tese. Aproveitou alguns compromissos importantes agendados em Brasília para dar uma passadinha no Senado para parabenizá-lo. Eduardo era o único governador presente que não pertencia aos quadros do PSDB. Já faz algum tempo que Eduardo Campos anda lendo com muito carinho os textos do ex-presidente, bebendo na fonte de sua apurada acuidade política. Enquanto muitos opositores ou simplesmente ignoraram o que ele havia escrito sobre as estratégias da oposição ou o acusavam de ter atacado os pobres, Eduardo lia nas “entrelinhas” uma das análises, segundo ele, mais consistente do atual dilema vivido pela oposição no Brasil. Eduardo tem projetos presidenciais e precisa conhecer, com precisão, - conforme ensina Maquiavel-, o que a planície está pensando sobre o Planalto. Sobretudo quando essa planície já ocupou o Planalto. Eduardo parece ter os textos do mestre florentino na cabeceira.
Marina Silva, finalmente, deixa o PV.
Possivelmente no próximo dia 07 de Julho Marina Silva deve anunciar sua saída do Partido Verde. É o desfecho mais visível de uma batalha que está sendo travada no interior da agremiação entre os grupos mais programáticos e democráticos e aqueles mais fisiologistas, como os deputados José Luiz Penna e Sarney Filho, que estão loucos por uma boquinha no Governo Dilma Rousseff. Um número bastante expressivo de parlamentares e militantes devem acompanhar Marina, não se sabe ainda para onde. Comenta-se que Marina deve criar uma nova agremiação política, sobretudo pelas dificuldades de “acomodar” o seu projeto no elenco de partidos existentes. Esse novo partido se chamaria PS, partido da sustentabilidade, sobretudo da sustentabilidade do seu grupo. Brincadeira. Marina é uma companheira bem intencionada e reside aí um dos seus maiores problemas de convivência nessa fauna política.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Nem o viagra salva Pedro Novais.
É bastante complicada a situação do Ministro do Turismo, Pedro Viagra Novais, no Governo Dilma Rousseff. Contrariando todas as previsões e manuais políticos, Dilma nomeou recentemente o deputado federal Flávio Dino(PCdoB) para dirigir a Embratur. Flávio Dino é hoje o maior adversário político do Clã Sarney no Maranhão e a indicação de Pedro Novais para o Ministério foi chancelada por Sarney. Depois que tomou conhecimento que o velhinho andou pagando orgias de motéis com dinheiro público, Dilma o manteve no ministério em função da força do padrinho, mas não concede audiência a ele no Planalto. Os caciques do PMDB já começam a analisar a possibilidade de pedir a sua substituição, embora reconheçam tratar-se de uma tarefa difícil, uma vez que precisam do sinal verde de Sarney. Pelo andar das preliminares, nem o viagra salva Novais. Neste episódio, como em outros, há de se reconhece o enorme esforço de Dilma Rousseff em imprimir ao seu Governo princípios de austeridade e lisura na condução da coisa pública. Um dos grandes problemas para destravar as nomeações para o 2º escalão reside exatamente neste ponto. Um ponto de honra para a presidente.No entanto, não é fácil alguém ser filtrado pela peneira da ética em Brasília. Até Arruda prepara-se para voltar à vida pública. Alí é difícil saber quem não gosta de panetone.
Gilberto Kassab em Campina Grande. O PSD tem pressa.
Enquanto Dilma, por recomendação de assessores, resolveu tomar uma pinga, visitar artesões e acompanhar o rala bucho de Caruaru, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, optou em prestigiar a festa de Campina Grande. Ciceroneado pelo vice-governador, Rômulo Gouveia, acompanhou de perto a bagaceira na terra dos Cunha Lima. A Paraíba é um Estado onde Kassab pode afirmar que se sente muito à vontade. Foi recebido pelo governador Ricardo Coutinho(PSB), pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Agra(PSB). Há uma penca de políticos paraibanos dispostos a ingressar em sua agremiação e o tempo é um fator importante. Se até o dia 07 de outrubro Kassab não tiver formalizado toda a papelada junto à Justiça Eleitoral, o PSD não poderá lançar candidatos nas eleições de 2012.
Amanda Gurgel: Quem sabe candidata a prefeita de Natal em 2012.
Bastante concorrida a palestra ministrada pela professora potiguar Amanda Gurgel, a convite do sindicato dos professores do Estado. O Blog do Jolugue já postou algumas mensagens sobre a professora que se tornou pop star quando, numa audiência pública, manifestou sua indignação sobre os graves problemas que envolvem a educação brasileira. Ligada ao PSTU, especula-se sobre a possibilidade de Amanda candidatar-se à Prefeitura potiguar em 2012. Leitor do Blog, comentando sobre essa possibilidade, afirmou que dificilmente o PSTU ofereceria a legenda para Amanda candidatar-se. Fruto de uma dissidência do PT - expulsa pela postura bastante radical - o PSTU é um partido muito orientado ideologicamente, com enormes dificuldades de se afirmar no jogo da democracia representativa burguesa. Isso, de fato, dificulta as coisas para Amanda Gurgel.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Que atitude desagradável para a nossa História, Jobim.
O jornalista Josias de Sousa, da Folha de São Paulo, criou um neologismo interessante para caracterizar a atitude das Forças Armadas brasileira em relação ao documentos relativos ao período da repressão: historicídio. Comenta o jornalista que o Ministro da Defesa, Nelson Jobim,teria procurado Dilma para informá-la que, para os militares, era irrelevante essa polêmica do prazo de liberação de documentos sigilosos ou secretos. Não haveria mais nada a revelar. Os documentos teriam sumidos.Trata-se de uma questão das mais delicadas e o neologismo criado pelo jornalista ajusta-se prefeitamente à situação. Numa série de matérias publicadas sobre a guerrilha do Araguaia, o jornal teria enviado ao Ministério solicitção de informações sobre alguns assuntos delicados, tendo recebido como resposta um nada consta nos arquivos pesquisados. Respondia pela pasta da defesa José Viegas, portanto ainda no Governo Lula. Jobim precisa dar uma explicação convincente a Dilma Rousseff sobre como se deu o processo que decidiu sobre a possível incineração desses documentos, identificando os autores desse historicídio. Que coisa desagradável para a nossa história, Jobim.
PMDB: A carência de quadros técnicos e probos para indicar.
Logo que tomou posse na Presidência da República, Dilma Rousseff assumiu o compromisso de imprimir um perfil mais técnico e probo aos ocupantes de cargos públicos em seu governo. Enfrentaria, de imediato, alguns graves problemas em dois ministérios: o da saúde e o das comunicações. Subordinados a esses ministérios existiam verdadeiras quadrilhas viciadas em desvios de recursos públicos, o que Dilma tentava evitar seus abusos, nomeando pessoas de sua inteira confiança, com um perfil técnico e com um passado de ficha limpa. Alexandre Padilha conseguiu manter a situação mais ou menos sob controle na FUNASA – um duto de desvio de recursos -, mas Paulo Bernardo parece não ter sido muito bem-sucedido nos Correios, uma empresa que continua com sérios problemas de gerenciamento. Como o Blog do jolugue informou, Ideli Salvatti passou o feriado do São João tentando limpar as prateleiras da Casa Civil, destravando as nomeações e tentando satisfazer os apetites fisiológicos da base aliada. Trata-se de uma tarefa rigorosamente complicada. Palocci sumiu com a caixa-preta da Casa Civil; O Partido dos Trabalhadores ocupa 60% dos cargos de DAS e Dilma insiste na tese da qualificação e probidade para a ocupação desses cargos. Quem o PMDB, por exemplo, poderia indicar com essas credenciais?
Armando Monteiro: O futuro dura muito tempo.

Política, como diria uma velha raposa mineira, são realmente como as nuvens. Mudam constantemente o seu formato. Até recentemente o senador Armando Monteiro aparecia em todas as bolsas de apostas como o mais provável candidato a suceder Eduardo Campos no Palácio do Campo das Princesas. Prestigiado, articulado, com um partido relativamente estruturado em todas as microrregiões do Estado, Armando era apontado como o candidato preferencial do Palácio. Com uma aprovação que ultrapassa os 90% é muito pouco provável que Eduardo enfrente alguma dificuldade em fazer seu sucessor. O nome ungido por ele, possivelmente, será o governador do Estado a partir de 2014. Maurílio Ferreira Lima já afirmou que Eduardo elegeria até um poste. Sem Luz. Entretanto, a PEC da reeleição da Assembléia Legislativa do Estado, certamente, pode ter causado um mal-estar entre ambos. Embora alguns parlamentares da agremiação tenham votado a favor, o PTB recomendou o voto em contrário através de documento oficial. Em entrevista concedida ao radialista Geraldo Freire, Armando reafirmou a sua condição de aliado do Palácio, mas ressaltou que aliado não é subalterno. Não se sabe,ainda, se isso seria suficiente para levar Eduardo Campos a reavaliar as suas preferências para 2014. Candidatos é o que não falta.
O desmatamento criminoso na Mata do Frio
Paulista, na região metropolitana do Recife, surgiu como uma cidade-fábrica, ou seja, teve sua origem na Companhia de Tecidos Paulista e na Fábrica Aurora, dos Lundgrens. As terras eram dos Lundgrens, as casas, as matas e rios, a Igreja, o jardim zoológico e os cinemas também.Eles eram onipresentes na cidade durante todo o apogeu do parque têxtil na região, que já foi um dos maiores do país. Os Lundgrens exerceram uma forte influência política, econômica, social e cultural na cidade durante esse período. O primeiro conjunto de palavras que eu li foram COMPANHIA DE TECIDOS PAULISTA. Jamais esqueço isso. Paulista era conhecida como a cidade das chaminés e dos eucaliptos. Se podemos creditar aos Lundgrens alguma coisa positiva - além de um certo desenvolvimento econômico - ele estaria relacionada à preservação das matas, vigiadas constantemente por uma espécie de milícia, acusada, inclusive, de cometer arbitrariedades. Fomos vizinhos de um desses milicianos, conhecido como Manuel “Farinha Seca”, vítima constante de emboscadas. Uma dessas matas preservadas era a Mata do Frio, onde vivi bons momentos de minha infância, tomando banho de açude, saboreando araçás silvestres, devorando mangas espadas, pescando "Maria Doce" - acreditamo que um peixe já extinto -, e “batendo uma pelada” no final da tarde. Bons verdes anos. O autor do Blog do Jolugue se solidariza com os moradaroes dos bairros da Mirueira e Jardim Paulista ao denunciarem o acelerado processo de desmatamento que vem ocorrendo naquela região, comprometendo, inclusive, as rodovias que foram ali construídas, uma vez que as águas da chuva estão perdendo a sua “esponja” natural formada pela cobertura vegetal, provocando grandes erosões.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Sérgio Cabral: mais uma explicação?
As eleições de 2010 projetaram nacionalmente duas grandes lideranças políticas. Essas duas lideranças políticas passaram a figurar em todas as bolsas de apostas como atores políticos que teriam uma grande influência nos próximas embates presidenciais. Os dois são governadores de Estado, Sérgio Cabral e Eduardo Campo. Eduardo Campos continua com o seu patrimônio político preservado, mas Cabral, depois do trágico acidente da Bahia, entrou em queda livre. Além das relações – que nos parecem pouco republicanas – entre ele o empresário Eike Batista; agora surge o caso da mansão milionária adquirida pelo governador, dizem, através de empréstimos e de uma vaquinha realizada por alguns de seus assessores. Trata-se de mais um explicação que o governador deve à opinião pública e em política, quando o indivíduo precisa dar muitas explicações, é porque as coisas estão complicadas. Isso ainda não tira Cabral do páreo, mas, com certeza, causa um sério dano ao seu patrimônio político.
Marina você já e bonita com o que Deus lhe deu.
Conforme o Blog do Jolugue já antecipou, Marina Silva prepara a estratégia mais correta e o momento mais oportuno para sair do Partido Verde. Há uma série de dificuldades pela frente e Marina conhece bem o caminho das pedras. Sua vida, como já afirmamos no artigo: “Marina você já é bonita com o que Deus lhe deu”, é uma história de superação de adversidades. Aliado histórico do PT, o Partido Verde tornou-se o caminho natural de Marina Silva ao afastar-se dos companheiros petistas. Por inúmeras razões, Marina hoje já não encontra as condições ideais para permanecer na agremiação. Apesar dos 20 milhões votos, seu capital político anda fragilizado num partido em via de oligarquização, dominado por uma elite dirigente pouco interessada no que dizem as urnas.
JCPM - Os políticos sobem a serra para beijar-lhes as mãos.
Muito prestigiada a festa de aniversário do empresário João Carlos Paes Mendonça, realizada todos os anos em sua casa de Gravatá. Políticos de todas as tribos ali se reúnem para uma espécie de cerimônia de adoração de um dos empresários e empreendedores mais bem-sucedidos da região. Trata-se de uma festa onde o componente ideológico fica absolutamente subtraído em função do jogo de interesses que movem esses atores políticos. Se ocorreu algum estranhamento com a presença do deputado Sérgio Guerra e do prefeito de Vitória de Santo Antão, Elias Lira(DEM) no arraial da fazenda Macambira, o que não dizer dos convivas que subiram a Serra das Russas para beijar as mão de Paes Mendonça. Até Marco Maciel reapareceu.
Ideli Salvatti pula a fogueira de São João.
Ideli Salvatti, Ministra das Relações Institucionais do Governo Dilma Rousseff, afirmou que passaria os festejos juninos trabalhando, arrumando as prateleiras da Casa Civil. O Blog do Jolugue já informou que Antonio Palocci, ex-ministro da Pasta, sumiu com a caixa-preta do ministério, tornando difícil a identificação de quem ocupa os cargos de DAS nos 2º e 3º escalões do Governo, sobretudo seus padrinhos políticos. No amplo programa de aparelhamento desencadeado pelo Governo Lula, 70% desses cargos são ocupados por gente de confiança do PT. Mais um complicador quando se pensa em acomodar a ampla base de sustentação do Governo Dilma. Ideli terá muitas refregas pela frente até conseguir um padrão de conformidade da base. Se é que ela conseguirá atravessar essa fogueira sem se queimar.
domingo, 26 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
PT paulista abre as portas para aliança com Kassab.
Contrariando os caciques urbanos da agremiação, o PT Paulista, sobretudo as células do interior, em votação, deixaram aberta as portas de uma possível aliança com o prefeito Gilberto Kassab, comandante do PSD. Os grandes coronéis da agremiação paulista torcem o rosto para Kassab, mas as bases interioranas mantém vinculações estreitas com membros do PSD, elemento importante, sobretudo quando está em jogo as próximas eleições municipais de 2012. Ademais, Kassab vincula-se à base de sustentação do Governo Dilma Rousseff.
Vitória de Santo Antão: Elias Lira a caminho do PSB?
Vitória de Santo Antão tornou-se uma cidade emblemática para o PSB. Quando quase todos abandonaram Dr. Miguel Arraes depois de sua derrota para Jarbas Vasconcelos, contavam-se nos dedos os políticos que se mantiveram fiés ao Partido. O PSB ainda preservou algumas trincheiras em Vitória, com a família Aglailson; em Carpina, com os Lapas; e em Salgueiro, com Creusa. Desse grupo, apenas os Lapas, em função da dinâmica política local, criariam zonas de atrito com Eduardo Campos. Nas últimas eleições municipias, os Aglailson foram derrotados naquela cidade por Elias Lira, hoje um dos poucos remanescentes do DEM. Neste período de festas juninas, Elias Lira preferiu comer o milho no sítio Macambira, da família Lyra, em Caruaru. Faltou ao encontro do DEM, promivido na mesma cidade. Ladeado por André de Paula, crescem as especuações que ele estaria com um pé no Palácio do Campo das Princesas. É bom o PT ficar atento a essas movimentações debaixo dos jacarandás do Sítio Macambira, regadas a churrasco de bode. Havia muita gente do PSDB por lá.
domingo, 19 de junho de 2011
Forró de Caruaru: Todas as tribos políticas alí se encontram.

A presidente Dilma Rousseff está sendo aguardada com muita ansiedade na Princesa do Agreste. A decisão de ir a Caruaru, neste período, é resultado da movimentação de alguns assessores, que teriam aconselhado a presidente a participar de alguns eventos de massas, superando, de uma vez, os problemas ocorridos com os recentes episódios envolvendo o Ministro-Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Conforme o Blog do Jolugue informou, na estação do forró, todas as tribos políticas se encontram em Caruaru. O Sítio Macambira, da família Lyra, prepara um grande arraial para recepcionar o governador Eduardo Campos e sua comitiva.Inclusive o deputado federal Sérgio Guerra, do PSDB.
O conflito aberto entre Dilma Rousseff e Marco Maia.
Comenta-se sobre um diálogo ríspido entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia. Dilma teria voltado ao velho estilo sargentona e enquadrado Marco Maia, afirmando, com todo os pontos e vírgulas, que, quem escolhe liderança e nomeia ministro sou eu, deputado. A indisposição de Dilma com Marco Maia vem se arrastando já faz algum tempo. Durante a crise Palocci, Marco Maia quase não se pronunciava em favor do inquilino da Casa Civil. Não apenas Marco Maia, mas o próprio PMDB anda enciumado com a preferência de Dilma por nomes vinculados ao Senado, preterindo os aliados da Câmara dos Deputados. O quadro é tão grave que lideranças do PT teriam convidado o próprio ex-presidente Lula para dirimir o conflito, que pode representar conseqüências muito desagradáveis para o Planalto.
Partido Verde: O corte da árvore Marina Silva.
Corre um sério risco a sustentabilidade de Marina Silva, ex-candidata nas últimas eleições presidenciais, no Partido Verde. Apesar do patrimônio eleitoral de 20 milhões de votos, Marina Silva tem sido isolada na agremiação, inviabilizando-a, inclusive, para os próximos embates eleitorais de 2014. Durante a semana, o Blog do Jolugue postou alguns comentários sobre a situação vivida pelo Partido Verde. Em Pernambuco, o deputado Daniel Coelho já teria visitado a sua nova residência, o PSDB, ladeado pela vereadora Aline Mariano. Faltaria apenas acertar a data da mudança. A situação de Marina em relação ao elenco de agremiações políticas é complicada e, por isso mesmo, a quase ex-verde estaria com o objetivo de fundar um novo partido, o PS, Partido da Sustentabilidade.
O PT vai para briga em cidades com mais de 200 mil eleitores.
Rui Falcão cumpriu uma agenda bastante discreta em sua passagem pelo Recife, durante encontro do Partido dos Trabalhadores. Conversou com lideranças de todos os Estados da região – exceto Maranhão –, estabeleceu as metas para a agremiação nas proximas eleições; evitou entrar no meio de campo das disputas internas entre nomes e facções do PT Pernambucano e, depois, como ninguém passaria batido num dos maiores pólos gastronômicos do país, comeu uma pescada amarela com arroz branco ao lado do Governador Eduardo Campos. Com o objetivo de consolidar-se na região e permitir maior tranqüilidade aos inquilinos do Palácio do Planalto -de preferência do PT pelos próximos 20 anos -, o partido pretende disputar espaço em cidades com mais de 200 mil eleitores, mesmo que isso signifique sacrificar algumas alianças pontuais com partidos da base de sustentação. Diante dessa estratégia, alimentam-se as especulações em torno da candidatura da professroa Teresa Leitão, em Olinda, e do secretário André Campos, em Jaboatão dos Guararapes. Em Olinda, caso seja confirmada a candidatura de Teresa – ela anda muito animada com a idéia – o PT provocaria uma cisão com um velho aliado, o PCdoB.
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