pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Quem vai devolver o dinheiro dos velhinhos?
Powered By Blogger

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Editorial: Quem vai devolver o dinheiro dos velhinhos?



O presidente Lula preferiu um pronunciamento "controlado" para o dia do trabalhador, evitando novos vexames em exposições públicas. Durante o seu pronunciamento, o presidente Lula mostrou-se essencialmente comedido em relação à fraude dos descontos irregulares do INSS, que atingiram a cifra de R$ 6,3 bilhões, começaram no Governo Bolsonaro, mas atingiram o pico em 2024, durante a gestão do petista. O Governo reforça uma narrativa, possivelmente concebida pela SECOM, no sentido de enfatizar que o Governo Lula 3, através da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal salvaram os velhinhos do assalto dessas entidades. Para não melindrarmos, não vamos aqui entrar no mérito da questão. 

Vamos deixar essas discussões para a CPI do INSS, que, já atingiu 184 assinaturas, seguindo o deputado Coronel Crisóstomo. Assim como o PL da Anistia, a Oposição deve jogar pesado pela aprovação da CPI, embora os argumentos da lista de espera deve ser levantado, mais uma vez, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que se equilibra em não desagradar a Oposição, mas evita se indispor com o Executivo. Há uma grande discussão sobre a devolução do dinheiro surrupiado dos velhinhos, levando autoridades do Governo a se pronunciarem de forma enigmática sobre o assunto, a exemplo do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

Em seu pronunciamento, o presidente Lula sugeriu que as entidades que roubaram esses recursos serão acionadas para realizarem o ressarcimento, eximindo o Governo da responsabilidade sobre este ônus. A revista Veja desta semana traz uma matéria mostrando como os responsáveis por essas entidades picaretas gostaram o dinheiro descontado irregularmente dos proventos dos velhinhos. Salvo melhor juízo, o Governo Lula3 terá um desgaste de imagem irrecuperável em relação a este assunto. Os casos de corrupção saíram daquela situação "abstrata" para se refletirem diretamente nas continhas de final de mês dos aposentados, que podem ter deixado de comprar os seus remédios em razão dos descontos efetivados irregularmente. É muito grave isso.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário