Até recentemente, o presidente Lula falou sobre a crise que se instaurou no INSS, após as denúncias de fraudes ocorridas no órgão, esquema que continua sendo investigado pela Polícia Federal, que, a cada nova investida, descobre agigantar-se a dimensão dos danos produzidos contra pensionistas e aposentados. O montante inicial de R$ 6,3 bilhões já foi superado há algum tempo. O Governo Lula 3, por sua vez, anda enredado com o problema, construindo uma narrativa sobre os fatos; articulando-se para impedir uma CPMI que já conta com 211 assinaturas( este número pode ser maior) e, por outro lado, batendo cabeça sobre como será implementado o processo de ressarcimento às pessoas lesadas.
Nesta fase inicial, parte dos recursos recuperados pela PF serão utilizados para efetivar os primeiros ressarcimentos, o que seria natural, assim como contingenciar essas entidades ou sindicatos a devolver esses recursos à União. Hoje, dia 10, tomamos conhecimento que a justiça já teria determinado o bloqueio de bens de alguns dos responsáveis por essas entidades picaretas, constituídas apenas com o intuito de beneficiar-se de recursos públicos. Entramos também numa guerra de narrativas entre Governo e Oposição. O vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira tratando do assunto, já atingiu 100 milhões de visualizações em apenas 24 horas.
O Governo Lula3 lançou uma cartilha para tratar deste assunto, ao passo que os pronunciamentos de autoridades do Governo, possivelmente com a digitais da SECOM, estão sendo uniformizados. Ocorreu uma ligeira crítica do Ministro da Casa Civil, Rui Costa, à atuação da Controladoria-Geral da União, neste caso, mas o incêndio foi logo contido por Sidônio Palmeira. O Governo Lula 3 faz um esforço hercúleo para não permitir a instauração de uma CPMI sobre o caso, mas, a rigor, ela se impõe em razão da dimensão do problema. Desta vez há um clamor humanitário em jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário