Vamos iniciar nossas discussões tratando de questões "possíveis", diante deste descarrilamento institucional em que os país está metido até a medula. Vocês lembram da expressão famosa do Gil do Vigor? Até recentemente, o Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve na Paraíba, onde prestigiou a filiação de Pedro Cunha Lima ao seu partido, um jovem político paraibano que integrava os quadros do PSDB. Pedro Cunha Lima não conseguiu ser eleito na eleição para o Governo do Estado, realizada em 2022, mas foi muito bem votado, ficando em segundo lugar, atrás de João Azevedo(PSB-PB), que foi reeleito. Conforme já expusemos por aqui em outros momentos, Pedro Cunha Lima, juntamente com Raquel Lyra(PSDB-PE), Eduardo Leite(PSDB-RS) e Eduardo Riedel (PSDB-MS), seria aquela geração que poderia injetar sangue novo à legenda tucana.
Era a geração que poderia salvar o PSDB da degringola em que hoje se encontra, em processo de extinção ou fusão com o Podemos. Não vamos aqui entrar nos detalhes, mas o que sugere ter ocorrido é que essa nova geração dos tucanos não encontrou o melhor ambiente de convivência dentro da legenda, comandado pelas velhas raposas de sempre. Outro dia, o prefeito de uma cidade da região do ABCD paulista, que acabara de se desfiliar da legenda, alegava a ingerência indevida da cúpula partidária tucana sobre sua gestão na cidade. Um dos problemas da governadora Raquel Lyra, aqui em Pernambuco, era a sua relação com o Governo Federal, quando se sabia que o partido já havia assumido uma posição de contraposição ao Governo Lula 3. Este cisma foi se ampliando, até que a governadora resolveu deixar o nino tucano e filiar-se ao PSD, de Gilberto Kassab.
O mesmo ocorre agora com Eduardo Leite, que acaba de anunciar que está se filiando ao PSD, onde chega já com cara de presidenciável. Eduardo Leite alimenta este objetivo há algum tempo, mas sabe, por experiência própria, que a tessitura é complexa. Com o seu ingresso na legenda, Kassab comemora o fato de ter dois eventuais candidatos presidenciais competitivos ao pleito presidencial de 2026, embora tal "galvanização" deva se dar através da articulação da Faria Lima que está sendo montada pelo ex-presidente Michel Temer. Hoje, Tarcísio de Freitas continua como o mais cotado a liderar esse conjunto de forças conservadoras do centro para a direita, já que eles abominam a designação de extrema direita. Diante das encrencas do capitão, até o PL tem feito elogios e acenos ao governador paulista. Kassab? Este não rema contra a maré, tampouco vai para o abraço com afogados.
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