pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

IstoÉ: Barbosa diz que STF vive "situação nova" com pedido de prisão

 

"É a primeira vez que o supremo tem que se debruçar sobre um pedido de execução da pena definida por ele mesmo. Não temos jurisprudência", disse o ministro

Do Portal Terra

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (20) que a Corte vive uma "situação nova" diante da possibilidade de prisão dos condenados no julgamento do mensalão. Barbosa ficou de decidir até essa sexta-feira (21) sobre o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Questionado acerca de qual caminho tomará, Barbosa evitou dar pistas. Contudo, esclareceu que o tribunal não tem jurisprudência em casos de prisão em ações penais iniciadas no próprio Supremo, como é o caso do mensalão.
"Quando o tribunal decidiu (sobre execuções antecipadas de pena), foram decisões de casos que tramitaram em instâncias inferiores. Chegaram aqui (no STF) em habeas-corpus. É a primeira vez que o Supremo tem que se debruçar sobre um pedido de execução da pena definida por ele mesmo. Não temos jurisprudência. Estamos diante de uma situação nova", disse o ministro, que atuou como relator do caso.
Em tom enigmático, Barbosa lembrou que chegou a recusar pedido de prisão semelhante feito pelo Ministério Público, ainda no início da instrução criminal. "Esse pedido já foi formulado antes nessa ação penal e eu indeferi. No início da instrução, foi feito o mesmo pedido. Na época, falei de forma jocosa que, se eu decretasse prisão, o processo não se moveria um palmo. Decisão pragmática, naquele instante. Lógico que o momento é outro", afirmou.
O ministro ainda acrescentou que não vê indícios de fuga dos condenados, uma vez que os passaportes foram recolhidos em decisão concedida por ele também atendendo a pedido do Ministério Público. "Com o recolhimento dos passaportes, o risco (de fuga) diminuiu sensivelmente", disse.
Execução
Joaquim Barbosa também garantiu que vai executar pessoalmente as penas estabelecidas aos condenados no julgamento do mensalão. Como relator do caso, ele poderia delegar questões menores da execução, como a aplicação de testes psicológicos, mas aspectos decisórios da pena, como progressão de regime e o local onde o condenado cumprirá a punição, seria de exclusividade do ministro.
"Executar é muito menos difícil do que levar adiante uma ação penal desse tamanho", brincou Barbosa, acrescentando que terá dificuldades para decidir sobre os condenados ao regime semiaberto justamente por enxergar falhas no sistema, como o número insuficiente de vagas.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
No dia 17 de dezembro de 2012, após mais de quatro meses de trabalho, os ministros do STF encerraram o julgamento do mensalão. Dos 37 réus, 25 foram condenados, entre eles Marcos Valério (40 anos e 2 meses), José Dirceu (10 anos e 10 meses), José Genoino (6 anos e 11 meses) e Delúbio Soares (8 anos e 11 meses). 
A Suprema Corte ainda precisa publicar o acórdão do processo e julgar os recursos que devem ser impetrados pelas defesas dos réus. Só depois de transitado em julgado os condenados devem ser presos.

Revista Veja: Iron Curtain, o livro do ano. Artigo de Caio Blinder.

 

Mais um ano de promessas não cumpridas. No caso, eu estou falando dos livros que me propus a ler e não li, culpa dos malditos empregos que tanto me ocupam, culpa do vício de ficar lendo o rame-rame do jornalismo diário e culpa dos “prazeres culposos” de ficar como um vegetal (batata no sofá, como se diz em inglês) diante da televisão mais horas do que deveria. Promessa não cumprida em não investir mais na Primeira Impressão, a própria seção da coluna dedicada a resenhas de livros pertinentes por aqui, como política internacional, história e uns pitacos em economia e comportamento.
Algumas das melhores publicações do mundo fizeram a lição de casa, com seus critérios, apregoando os”livros do ano”. Destaco as suspeitas habituais com sua abordagem mais global, como The Economist e Financial Times. Quem clicar no amarelo, terá acesso ao listão das duas publicações. Alguns dos livros escolhidos, eu cheguei a ler ou ao menos folhear, por obrigação profissional ou puro prazer pessoal (algumas vezes existe o casamento entre as duas coisas).
Em economia, um livro campeão nas listas é Por Que As Nações Fracassam (publicado no Brasil pela Elsevier), de Daron Acemoglu e James Robinson, sobre as origens do poder, prosperidade e pobreza. Assunto perene, intrigante, exasperante e frustrante. Acemoglu é economista (MIT) e Robinson é cientista político (Harvard).
Os autores trabalham com variáveis como instituições, regras do jogo e os incentivos que motivam as pessoas. Nações prosperam quando desenvolvem instituições políticas, legais e econômicas “inclusivas” e fracassam quando são “extrativistas”, ao concentrarem poder e oportunidade para alguns privilegiados.
Temas muito urgentes (sempre urgentes) são liderança política e capacidade para negociar. Para mim (ok, muita gente discorda), um gigante (trágico) foi o ex-presidente americano Lyndon Johnson, O biógrafo Robert Caro (um obcecado) publicou em 2012 The Passage of Power (Knopf), o quarto volume do seu épico sobre o sucessor de John Kennedy.
Johnson foi figura-chave em direitos civis, construção de programas sociais e guerra do Vietnã. Caro acompanha sua trajetória de 1958 a 1964 (no Texas e parte de sua passagem pela Casa Branca). Johnson uniu o país na esteira de uma tragédia (o assassinato de Kennedy), insurgiu-se contra sua própria história e geografia (o sul) na questão dos direitos civis e foi destruído pela guerra do Vietnã. Como eu disse, um gigante trágico.
Meu livro de cabeceira por estes dias (e noites) está em várias listas dos melhores do ano, na intersecção de história e lições para sempre. O tema: totalitarismo comunista. É  Iron Curtain, Cortina de Ferro (Doubleday), sobre o esmagamento da Europa Oriental pelo império soviético no período 1944-56.
Não podemos apagar da memória (fechar a cortina) o que foi a Guerra Fria e o pesadelo do projeto do mal soviético. Anne Appe Applebaum, que ganhou o Pulitzer por seu livro Gulag: A History, nos premia novamente. Entre outras coisas, o novo livro é mais uma desconstrução da narrativa de historiadores de esquerda com a tendência de ainda encontrar desculpas para o comunismo soviético ou argumentar que a imposição de Moscou na Europa Oriental foi uma reação a movimentações hostis dos EUA no começo da Guerra Fria.
Foi resultado de ideologia. Foi um processo de subjugação mais rápido do que se antecipara e um dos aspectos mais fascinantes do livro é o relato dos estágios para a tomada do poder pelos comunistas. Havia não apenas a ferocidade da repressão, mas os lances para persuadir a população a aceitar a nova ordem.
Nunca é demais relembrar ou ensinar sobre os horrores stalinistas e o contraste com os beneficios do capitalismo democrático, apesar de suas imperfeições. Iron Curtain é livro para ficar para sempre na cabeceira de pessoas com a cabeça fora do lugar, para ver se a endireitam.
E na virada do ano, eu pretendo descansar um pouco a cabeça de assuntos como Obama, Primavera Árabe e as roses da vida, lendo ficção. A promessa que irei cumprir será a leitura de NW (The Penguin Press), de Zadie Smith, sobre a amizade de duas mulheres que cresceram na zona noroeste de Londres (e onde a autora cresceu), num épico urbano, revelando verdades sobre identidade, dinheiro e sexo (opa!).

Revista Época: Dilma, Economist e nacionalismo

O ano de 2013 mostrará se a revista britânica estava certa ou não ao pedir a cabeça do ministro Guido Mantega

 
Dilma e Mantega (Foto: Antonio Cruz/Agbr)

A presidente Dilma Rousseff não gostou de ver a revista britânica The Economist sugerir a saída de Guido Mantega do Ministério da Fazenda. Compreensível. Dilma não pode ser acusada de prevaricação no cuidado com a economia brasileira, claramente sua prioridade desde que tomou posse, à frente até mesmo da famosa faxina política que por vezes realiza. Ela sabe da importância da tarefa e dedica uma enorme parte do seu tempo à sua realização. Não será a opinião de uma publicação jornalística que ditará como a presidente conduz a economia, muito menos, nas palavras de Dilma, “uma revista que não seja brasileira”.
Pois são com essas palavras que a presidente, no seu legítimo direito de descartar os conselhos de quem quer que seja, coloca os pés pelas mãos. No final de 2009, quando a então ministra Dilma começava a esquentar seus tamborins para a campanha presidencial do ano seguinte, a mesma Economist colocou o Brasil na Lua. Ou quase lá. Com uma foto do Cristo Redentor sendo lançado aos céus como um foguete, a revista dizia em sua capa que o Brasil “decolava”. “Sua decolagem é ainda mais admirável porque foi conseguida por meio de reformas e da construção democrática do consenso”, escreveu a publicação britânica. Ninguém no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, muito menos Dilma, desqualificou na época as opiniões de “uma revista que não seja brasileira”. A liberal Economist, uma das mais importantes referências no mundo em economia e política internacional, dava seu selo de aprovação ao rumo que o Brasil tomava – e o governo brasileiro sorria. O caráter estrangeiro da sua opinião não a invalidou. Seu ponto de vista não foi julgado a partir de um nacionalismo estreito, mas apenas com base em seu mérito.
A Economist parece ter mudado de avaliação sobre o Brasil, o que evidencia umas de suas muitas qualidades: a capacidade de se adaptar, caso alterações significativas no tema analisado assim exijam. Não apenas isso. Quando tal mudança evidencia um erro anterior de avaliação, a Economist não foge do mea culpa. Em meados de 2002, a revista já defendia em sua capa a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, o que aconteceria no ano seguinte. Já em 2007, depois que a invasão provocara no Iraque uma sangrenta guerra civil, a Economist admitiu ter errado. A invasão, escreveu a revista, “infligiu medo, miséria e morte sobre aqueles que intencionava beneficiar”. A Economist então lembrou o que escrevera em 2003: “’É difícil imaginar uma situação de pós-guerra que possa deixar menos livre e mais miseráveis do que estavam sob Saddam Hussein’, nós dissemos quatro anos atrás. Nossa imaginação fracassou. Um dos homens que usou um martelo contra a estátua de Saddam disse à mídia internacional nesta semana que, embora Saddam era como Stalin, a ocupação é pior.” A mesma voz da Economist que afaga e elogia pode ressurgir em forma de crítica, nem que seja contra eles mesmos. Se essa voz era importante no momento dos elogios, seu valor permanece o mesmo na discórdia.
É bom também lembrar que os britânicos da Economist não se intrometem apenas em assuntos do mundo emergente, como alguns podem imaginar. Ao tomar partido sobre temas domésticos de outras nações muito distantes de Londres, a publicação pode até ser acusada de arrogância, mas nunca de dosar seus socos conforme o objeto da crítica. Antes mesmo de admitir ter errado sobre a invasão do Iraque, a Economist exigiu, também em sua capa, a renúncia do então Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donaldo Rumsfeld. O ano era 2004, e os dizeres que acompanhavam a foto de um prisioneiro iraquiano torturado na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá, eram simples e diretos: “Renuncie, Rumsfeld”. O texto da revista argumentava que, diante dos revelados maus tratos de prisioneiros de guerra por soldados dos Estados Unidos, o ministro de George W. Bush não tinha mais condições de permanecer no cargo.
Os comentários de Dilma Rousseff indicam que, pelo menos inicialmente, a presidente não dará ouvidos à sugestão da Economist sobre Guido Mantega. O ministro deverá ter pelo menos mais alguns meses para mostrar se consegue dar à economia brasileira uma taxa de crescimento mais expressiva do que a atual, de pouco mais de 1% ao ano. George W. Bush também ignorou a Economist. Rumsfeld continuou com a mesma política de muito confronto e pouca estratégia na batalha pelo Iraque. Em 2006, porém, não sobreviveu à perda para a oposição democrata da maioria no Senado nas eleições legislativas americanas. Deu lugar a Robert Gates, que finalmente conseguiu dar um fim gradual ao desastre americano na antiga Mesopotâmia. No caso de Mantega, o ano de 2013 mostrará quem tem razão. A Economist, ao pedir a cabeça do ministro brasileiro, poderá ser exposta em mais um erro de avaliação, como aquele cometido pouco antes da invasão do Iraque. Ou demonstrará mais uma vez sua capacidade visionária, aplicada de forma certeira no futuro de Donald Rumsfeld.
  

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Flagrante Tumblr!!!

The Economist: Muhammad Morsi must accommodate the secular opposition; if necessary, the West should push him

Egypt’s referendum

Going the wrong way

Muhammad Morsi must accommodate the secular opposition; if necessary, the West should push him


IT LOOKS pretty certain that the constitution which Muhammad Morsi, Egypt’s president, has presented to the people will win their endorsement in a referendum that is being held in two stages (see article). On December 15th a majority of voters in the ten provinces polled said yes, though 57% of Cairo’s 6m voters said no. On December 22nd the remaining voters, who are likely to be more conservative, will probably grant their approval, too. Mr Morsi and his Muslim Brotherhood party may conclude they have a mandate to guide Egypt in an Islamist direction, away from more open, permissive ways.
They would be wrong to do so. This line of thinking threatens to plunge Egypt into a protracted period of impoverishing instability, which in the end will hurt Islamists as much as everyone else. The more pragmatic Islamists, perhaps including Mr Morsi, should change course while they still have time.


Even if the constitution gets popular approval, it will not have a ringing endorsement. Less than one-third of eligible voters are reckoned to have turned out in the first round of the referendum, and the margin of assent has been slim. Coptic Christians, who make up about a tenth of Egypt’s 85m people, are unnerved by the document’s Islamist flavour, as are many Egyptians with secular, liberal or left-wing views. And despite the referendum results, the Brothers may be losing favour. Since winning a clear plurality in a general election nearly a year ago, their popularity has been dipping.
Hardline Brothers may be tempted to respond by gripping onto power even more tightly. But the organisation that suffered so many decades of persecution under President Hosni Mubarak should surely realise where that may lead. Instead, Mr Morsi and his allies would do better to respect alternative opinions and stop treating political opponents as mortal enemies conspiring with godless Westerners to do them down.
Time to leave the streets
As a conciliatory gesture, Mr Morsi could use his powers of appointment to ensure that parliament’s upper house, the Shura Council, becomes more representative. Elected with only 10% of the vote, when it was widely assumed to be a mere talking shop that would be abolished by the new constitution, 83% of its members are Islamists, a far higher proportion than they would win in a fair election today. Given that the Shura Council will now be the sole legislature until fresh elections to the lower house take place in two months’ time, it would be wise to bring in more secular sorts and Christians. The Shura Council should also amend the new constitution’s most blatantly sectarian and anti-democratic clauses—such as the ones allowing the religious establishment to meddle in legislation and giving the army exorbitant political and budgetary perks.
The opposition, for its part, should start relying more on negotiation and less on demonstration. Street protests were a force for good before democracy prevailed—they toppled Mr Mubarak, after all—but if they become a routine way to change the law and remove governments, then Egypt will never learn how to reconcile interests and settle disputes through everyday politics. The non-Islamist opposition, which is coming together for the first time in a broad front, should concentrate on preparing for the imminent general election. To compete with Islamists at a local level, they must start tackling the urgent bread-and-butter concerns of poor people.
The West has rightly stayed out of Egyptian politics. But, once written, a constitution is hard to change back, so outsiders should now voice their anxieties about the direction Mr Morsi is taking. Germany’s government was right recently to postpone a dollop of aid until Mr Morsi shows a greater willingness to pass the test of real democracy. The Americans, who hand over $1.6 billion a year, should do the same.
At the start of the Arab spring, optimists hoped that liberal democracy would sweep the region and pessimists predicted that Islamists would grasp power and keep hold of it. Recent events have taken Egypt a step in the pessimists’ direction. But the old system failed, in the end, because oppressive governments that ignore their people’s views risk getting violently overthrown. It is not too late for Mr Morsi to show he has learned that lesson.

Armando Monteiro lista temas que continuarão na pauta em 2013

 
Em plenário, Senador volta a defender revisão da dívida dos estados e fim da guerra fiscal


Agência Senado


Ao fazer um balanço do ano legislativo, em discurso no Plenário nesta quarta-feira (19), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse que três temas importantes de 2012 continuarão na agenda do país no próximo ano: a competitividade, a questão federativa e a cidadania.

Segundo o senador, a promoção da competitividade é primordial para a retomada do crescimento sustentável do país. Armando Monteiro disse que o governo federal e o Senado têm dado suas contribuições, como as medidas provisórias do Plano Brasil Maior, com foco na melhoria do crédito e no fomento às exportações. Ele também elogiou a aprovação do Projeto de Resolução do Senado (PRS) 72/2012, que busca eliminar a guerra dos portos,e destacou a MP 582/2012, ainda em tramitação, que desonera a folha de pagamento de vários setores da indústria.

- São mais de 40 setores beneficiados e a promessa é ampliar o alcance da medida – declarou.

O senador lembrou que as questões de cunho federativo são estratégicas para o país. Armando Monteiro destacou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 103/2012, que trata da distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no comércio não presencial.

Ele também citou a criação da comissão do pacto federativo, que entregou seu relatório com várias sugestões para o Senado em outubro. O senador defendeu a revisão da dívida dos estados e pediu o fim da guerra fiscal.

Nas questões que tratam da cidadania, o senador destacou os trabalhos da reforma do Código Penal. Ele disse que temas polêmicos precisam ser enfrentados, mas pediu sensatez e reflexão. Armando Monteiro também sugeriu o boletim de ocorrência unificado no país e a extensão do poder de polícia às guardas municipais.

O senador ainda disse que o compromisso da sua atuação parlamentar é defender Pernambuco e o Brasil, buscando o desenvolvimento social e econômico em prol do cidadão.

- É tarefa urgente dar solidez ao crescimento. Isso é o que tem motivado o meu mandato – concluiu.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PMDB: Quem vai colocar o guizo no pescoço do gato?


Como naquela situação da fábula de Jean de La Fontaine, o PMDB se encontra num dilema em relação a sua renovação.Tornou-se fundamentalmente importante colocar o guizo no pescoço do gato, mas ninguém se propõe a fazê-lo, sob pena de enfrentar a fúria de Dorany Sampaio, que parece lembrar, assim como na fábula, a distância entre as palavras e as ações. Até mesmo o principal ator político identificado com essa renovação, Raul Henry, não tem dado muitas demonstrações de estar disposto a fazê-lo. São em situações como essas onde se observa que o princípio do “rodízio do poder” é fundamental para a saúde das instituições. Alguém que passa tanto tempo no comando de uma organização desenvolve uma série de vícios bastante perniciosos, inclusive se sentindo o dono da mesma, criando em torno de si uma burocracia servil, reificada, fechada, "cevada" com casca de abacaxi, cuscuz e dendê - como guaiamuns - única detentora do “azeite da máquina”, impedindo que novos atores sejam capacitados para tocá-la. Isso é tão complexo que, mesmo que o PMDB de Pernambuco proceda essa renovação, o novo grupo hegemônico ainda terá que contar com o residual refratário e conservador. Já teriam oferecido a Dorany Sampaio qualquer cargo na agremiação. Não vai aqui nenhuma avaliação de natureza pessoa, mas, do ponto de vista da agremiação política, ninguém tem dúvida que ela carece de um processo de oxigenação, sobretudo em razão de começar a ganhar um peso político relevante, reflexo da reaproximação política entre Jarbas Vasconcelos e o governador Eduardo Campos. O Brasil, como diria o ex-presidente Jânio Quadros, é um hímem complacente. Não é um país afeito à rupturas radicais. Residualmente o grupo de Dorany continuará tendo um peso no PMDB local, mas será necessário que essa nova geração peemedebista conduza a máquina partidária no contexto dessa nova conjuntura política, bastante auspiciosa à agremiação. Assim como Jânio – que no último mandato público que exerceu pendurou uma chuteira na porta de seu gabinete - com todo respeito ao soldado Dorany Sampaio, talvez seja o momento dele pendurar a sua. Ele já deu sua contribuição ao partido.

Armando Monteiro: "Elegi a transparência como um valor fundamental"





Assista ao vídeo sobre a atuação de Armando: http://youtu.be/FYK9CJt6WxE

Ao realizar um balanço de seus dois anos de mandato no Senado, o senador pernambucano Armando Monteiro Neto defendeu que a sociedade deve estar mais atenta ao trabalho realizado pelo Congresso Nacional, realizando o que chamou de “controle de qualidade da atividade parlamentar”. Armando disse que tem como compromisso divulgar o seu trabalho, submetendo-se à avaliação e ao julgamento de todos. “Elegi a transparência como um valor fundamental. Acho que é possível, sim, estabelecer um maior controle social da representação parlamentar”, afirma.

No balanço abaixo, além de falar de projetos importantes votados pelo Congresso, Armando avalia o ano econômico, algumas medidas tomadas pelo Governo Dilma, o crescimento de Pernambuco e a relação positiva do Governo Eduardo Campos com a sociedade. Presidente estadual do PTB, ele também comemora o desempenho dos partidos que integram a Frente Popular de Pernambuco e mostra-se confiante com a perspectiva do Recife inaugurar “um tempo de muito trabalho” com a gestão de Geraldo Julio (PSB).

Leia abaixo:


O trabalho do parlamentar

O trabalho dos senadores, do parlamentar, às vezes ele é pouco percebido pela população. E ao que parece no Senado esta questão se distancia mais da percepção da maioria das pessoas. Então é importante fazer, na medida do possível um esforço para divulgar este trabalho.

E eu tive desde o início a preocupação de não fazer deste mandato, que é até certo ponto cômodo, porque é um mandato de oito anos, não correr o risco de não me distanciar muito, das comunidades do Estado, das demandas que são de resto onipresentes. Em suma, de procurar estabelecer uma sintonia maior com o Estado e com os setores da sociedade aqui em Pernambuco.

Apesar deste esforço, quase sempre as atenções da mídia se voltam mais para as ações concretas. Aquilo que se materializa na ação governamental. E quase sempre estas ações, até que o Executivo realiza, têm na sua origem um trabalho parlamentar. Ou são as emendas apresentadas ao orçamento da União, ou as diretrizes que estão expressas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, por exemplo, ou em temas que de alguma maneira perpassam toda a economia do País.

Fim da Guerra dos Portos

O Senado fez este ano uma coisa importante. Aprovou aquela resolução número 72, que acabou com a chamada Guerra dos Portos. Vários estados estavam concedendo incentivos a produtos importados. Veja o paradoxo: o Brasil perdendo empregos porque, além do incentivo que o próprio câmbio no Brasil já proporcionava às importações, além disto os Estados ainda concediam incentivos fiscais à importação. E o senado em boa hora enfrentou esta questão e a partir de janeiro de 2013 acaba esta faceta, a meu ver, muito perversa da guerra fiscal, que é de você estar concedendo incentivo a produto importado.

Reforma do ICMS

Falo também agora do debate que está sendo travado no Senado que é muito importante, sobre a reforma do ICMS. Hoje, no ambiente da tributação do Brasil, que é um ambiente caótico, as maiores distorções se localizam no ICMS. Porque os Estados, no exercício de sua autonomia, de alguma maneira concorrem para que você tenha 27 legislações estaduais diferentes, com base de cálculo distintas, com incentivos que são dados de forma não uniforme. Então isto cria para a alteração nas empresas, uma dificuldade imensa. Uma empresa tem vantagens em relação a outras. Desequilibra a concorrência. Isto estabelece dificuldades no comércio interregional. Em suma, é um modelo que está esgotado. E o Senado, como é a casa da federação brasileira, tem que discutir estas questões. E neste momento ele enfrenta esta discussão.Tentando contribuir para que se estabeleça nesta área do ICMS um ambiente minimamente arrumado para a economia. Então hoje vocês devem estar acompanhando esta discussão, de nós criarmos alíquotas interestaduais uniformes no Brasil. É claro que com um período de transição de oito anos, de dez anos, para que ao final nós possamos convergir para uma alíquota de 4%.

Transparência como valor fundamental

Então o Senado tem discutido temas relevantes para o País. Eu posso dar o testemunho de que o debate que se trava nas comissões é qualificado. Mas ainda assim a impressão que a sociedade tem é de um trabalho distante. Mas eu acho que precisamos divulgar este trabalho parlamentar. Eu tenho satisfação de trabalhar no Senado. A gente aprende. É uma casa onde tem uma experiência acumulada. Muitos ex-governadores, ex-presidentes da República, especialistas em matérias importantes. Portanto tem sido uma experiência realmente interessante.

Tenho uma visão de que apesar dos problemas e das mazelas expostas sobre o Congresso Nacional, eu tenho a impressão que o sistema político no Brasil, e o Congresso, podem efetivamente aperfeiçoar o seu papel. O próprio sistema bicameral se justifica, porque o Senado no Brasil além de ser uma casa revisora tem também iniciativa legislativa. Eu acho que é possível, sim, estabelecer um maior controle social da representação parlamentar. Isto é algo que qualquer reforma política precisa apontar. Não é razoável, por exemplo, imaginar que você faz uma pesquisa dois anos depois de uma eleição e muitas pessoas não sabem em que deputado votaram. E depois a gente reclama dos desvios e destas mazelas que acontecem lá (no Congresso).

Eu acho que o controle social da representação parlamentar, o acompanhamento do desempenho parlamentar - e hoje há instrumentos importantes, as redes sociais, por exemplo – é fundamental para que o parlamentar sinta que o seu trabalho está sendo acompanhado. É uma espécie de um controle de qualidade do exercício da atividade parlamentar.

Eu entendo que nós precisamos avançar mais e mais. O Brasil é um país que tem uma institucionalidade incompleta. É preciso aperfeiçoar as instituições. Mas creio que é muito importante também que se estabeleça uma relação mais estreita entre a sociedade e a sua representação parlamentar. Portanto, eu elegi a transparência como um valor fundamental. É preciso cada vez mais divulgar o nosso trabalho e me submeter, evidentemente, à avaliação e ao julgamento de todos.

2012 foi um ano difícil

Este ano foi um ano difícil (na economia). O País cresce pouco. Isto tudo a meu ver em decorrência de um processo que foi se acumulando nos últimos anos e desta mudança também que ocorreu no cenário internacional. Houve um momento em que o Brasil, por conta de um cenário externo muito favorável, conseguiu esconder as suas deficiências. Quando o comércio internacional crescia mais de 10% ao ano tudo dava certo. De repente o vento mudou, o mundo mudou, e as nossas mazelas, as nossas contradições, as nossas deficiências estruturais começaram a se revelar, de maneira muito intensa. E como há um acirramento da competição em escala global, os países que cuidaram mais das reformas, que têm custos mais baixos, levam uma vantagem muito grande neste contexto.

O Brasil ficou caro para os que produzem

O Brasil ficou caro para os que produzem. Aquilo que há quinze anos era vantagem para o Brasil hoje passou a ser desvantagem. O Brasil tem um custo de energia altíssimo, tem custos logísticos muito elevados, custos de capital, o ambiente tributário é terrível. E até mesmo o custo de mão-de-obra, que tem um lado benigno, um lado importante, mas quando a gente avalia nos últimos anos esta evolução da produtividade em relação aos aumentos reais de salário, há um descompasso. Então o que se verifica é que ficou caro produzir no Brasil.

Agenda pró-competitividade

Para corrigir isto e, por outro lado, estimular os investimentos no Brasil, evidentemente tem que se atuar para melhorar este ambiente. Isto não se faz com discurso, com uma mera exortação, com um ato de vontade. É preciso ter um foco numa agenda que eu considero uma agenda pró-competitividade. A presidente Dilma tem, de alguma maneira, olhado isto. Ela inicia um processo de desoneração da folha de pagamento. Todo mundo que emprega neste país sabe que é caro gerar emprego formal. E isso é a melhor forma de estimular a informalidade. Se é caro pra fazer a contratação formal, eu então sou empurrado para a informalidade. E aí, em boa hora, ela (Dilma) inicia um processo de desoneração da folha. Vinte por cento da contribuição patronal, que tem um peso importante, é retirado da folha e passa para uma outra base, que é uma base de faturamento.

A redução da energia

A presidente também encara esta questão do custo de energia. O Brasil tem uma das energias mais baratas para gerar, porque é de fonte hidráulica, e no entanto nós temos um dos três mais elevados custos de energia do mundo.

E porque isto tudo aconteceu? Porque a energia virou a melhor base de tributação. Os estados foram tributando mais e mais a energia, tem alíquotas de ICMS que chegam a 30% sobre a energia, sobre telecomunicações, sobre combustíveis. O governo foi também pendurando na conta uma série de encargos setoriais.

E além de tudo há uma situação curiosa. Aquelas usinas que já foram pagas pelos brasileiros, que já tiveram concessão renovada há 50 anos, ainda cobram na conta um custo de capital, ou seja, o custo de amortização de algo que já foi amortizado.

Então ela inicia o enfrentamento desta questão. É claro que ela não pode legislar sobre o ICMS dos estados. Não compete a ela. Mas ela inicia então um movimento reduzindo alguns encargos setoriais e induzindo um movimento em que as empresas que já têm estes ativos amortizados separem, por assim dizer, o custo da energia velha do custo da energia nova.

Pode haver eventualmente algum erro na forma, na maneira como o governo comunica estas decisões, mas o fato é que isto me parece estar na direção correta. Se o Brasil não reduzir o custo da energia, especialmente a indústria, nós vamos assistir a um processo crescente de desindustrialização, de perda de posição relativa da indústria.

É preciso investir em infraestrutura

Eu acho que o Brasil tem que encarar esta agenda, tem que assumir isto e é evidente que precisamos criar um ambiente que estimule os investimentos. O Governo perdeu tempo, desde o final do Governo Lula, com uma certa hesitação ideológica nesta questão da privatização e das parcerias com o setor privado na área de infraestrutura. Perdemos tempo nos aeroportos, poderíamos ter ampliado já este processo de concessão de rodovias, de ferrovias, onde o Brasil se atrasou extraordinariamente. Mas o fato é o seguinte, está se tentando recuperar agora o tempo perdido. Mas isto não se faz também no horizonte de um mandato, em dois anos ou em um ano. É uma retomada o que está sendo feito. E sem investir na infraestrutura fortemente o Brasil não vai voltar a crescer. Porque a infraestrutura é que impacta a produtividade da economia de uma maneira geral. Então estes problemas que nós acumulamos ao longo do tempo se revelam, se desnudam por assim dizer. E nós precisamos então atuar em todas as frentes para atacar estas questões que não são fáceis.

Pernambuco avança e tem desafios

Nós estamos avançando em Pernambuco. O Estado tem uma extraordinária oportunidade de poder dar um salto, e vem dando. Este salto evidentemente se dá no aspecto quantitativo, na medida em que nós podemos dobrar o PIB do Estado num horizonte de mais ou menos oito anos, sobretudo puxado pelo investimento industrial, o que é algo muito saudável. Em função de uma série de investimentos que agora começam a maturar e vão maturar nos próximos anos.

O grande desafio é a qualificação deste processo. O que significa melhorar a infraestrutura, capacitar as pessoas, para que elas possam de alguma maneira serem agentes deste processo e ao mesmo tempo para que possam se inserir, seja pelo emprego, seja quando por exemplo a gente busca criar agentes econômicos que possam também ajudar a transmitir este impulso de crescimento.

Interiorização do desenvolvimento

Temos o desafio também de fazer um desenvolvimento espacialmente mais equilibrado, o que significa dizer interiorizar mais o desenvolvimento. O que não é fácil, porque isto implica dotar de infraestrutura várias regiões do Estado. Mas há um esforço muito grande com a implantação de escolas técnicas, com esta descentralização do campus até da Universidade de Pernambuco (UPE). Com uma maior oferta de cursos que estão sendo direcionados, sobretudo para estas áreas que vão experimentar um maior crescimento agora.

Governo e sociedade convergem em Pernambuco

O fato é que nós ainda temos desafios imensos pela frente. Mas creio que há em Pernambuco hoje uma coisa muito importante, que é uma convergência que raramente acontece. A sociedade e o governo estão cada vez mais, a meu ver, vinculados através de um estado de espírito que ajuda Pernambuco. É a sociedade reconhecendo que o governo tem tido um papel proativo e ao mesmo tempo o governo precisando cada vez mais que a sociedade possa estar engajada neste esforço de crescimento. É como sempre digo. A sociedade é que deve tutelar os governos e não os governos tutelarem a sociedade. Portanto esta aliança é fundamental para que Pernambuco continue crescendo para além dos horizontes temporais dos mandatos, que são sempre horizontes estreitos.

Um ano positivo para a Frente Popular

Do ponto de vista político o ano foi positivo para Pernambuco, que se projetou no cenário nacional, mais e mais. E a Frente Popular de Pernambuco se fortaleceu com o resultado do processo eleitoral, o que traduz em grande medida um reconhecimento da sociedade de que este conjunto de forças políticas está contribuindo para operar estas transformações que estão em curso em Pernambuco. Então independente do resultado do meu partido eu prefiro assinalar o resultado do conjunto desta Frente Popular, que foi muito expressivo.

É tempo de muito trabalho no Recife

Quero dizer também da minha satisfação em ter dado uma contribuição para que Recife pudesse estar agora na perspectiva de inaugurar um novo tempo administrativo. Independentemente de qualquer julgamento, que não me compete fazer, mas eu sentia que o Recife precisava estar também vivendo este novo tempo de Pernambuco. É como se houvesse um certo descompasso. E agora, Geraldo Julio, com a ajuda, com a contribuição de todo este conjunto de forças, do governo do Estado, do Governo Federal, vai inaugurar um tempo de muito trabalho no Recife. Vamos sentir efetivamente a presença do poder público municipal, que não se dá apenas com as obras que virão, mas sobretudo com o ordenamento urbano.

O Recife precisa desta visão, da intervenção do poder público municipal, para ordenar minimamente estes espaços de convivência. E isto é possível se fazer, com um olhar mais atento, com uma presença mais efetiva. O PTB tem um companheiro que vai dar uma contribuição, tenho certeza, a este trabalho, que é João Batista, que representará o nosso partido na Secretaria de Saneamento da futura gestão.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Eduardo Campos: Vamos ajudar a presidente Dilma a ganhar 2013


Voltar a falar nesse assunto, conforme advoga o próprio governador, seria precipitar os fatos e deixar de focar os problemas reais da gestão da máquina, que estão exigindo uma concentração exclusiva dos governantes nesses momentos de turbulências. Pelo menos é esse o discurso que se sobressai na série de entrevistas concedidas pelo chefe do Executivo Estadual. Vamos ajudar a presidente Dilma a ganhar 2013 foi repetido exaustivamente, como um mantra. A economia será um tema crucial nas eleições de 2014. Sempre foi um tema importante, mas, sobretudo nesses momentos de turbulências, parece assumir uma dimensão ainda maior. Até semanários internacionais como o The Economist já andou demitindo o nosso Ministro da Fazenda, provocando a ira do Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo em que reforça o discurso de apoio incondicional a presidente Dilma, Eduardo a expõe em seus pontos mais vulneráveis, numa tática que vem sendo balizada desde o início de construção de sua trajetória nacional. Aqui e ali, doura a pílula ou demarca sua diferença: o Estado cresce num ritmo maior que o país. Seus apoiadores, por sua vez, replicam o discurso do novo pacto federativo, como o senador Armando Monteiro. Se algum dia o rei ficar nu, apenas de cueca, a marca de baton será indisfarçável. Pay attention, Dilma.

Editorial: Quem, afinal, é o nosso "Garganta Profunda"





 Deep Throat

Já no final da vida, com a saúde debilitada, Mark Felt, ex-vice diretor do FBI, resolveu confidenciar que era ele o “Garganta Profunda”, a fonte misteriosa que orientou os trabalhos dos repórteres do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein. Num  trabalho minucioso de jornalismo investigativo, uma série de reportagens desses repórteres contingenciaram o presidente Richard Nixon a renunciar à presidência dos Estados Unidos ante a possibilidade real de abertura de um pedido de impeachment. Bob e Carl mantiveram o silêncio até o próprio Felt se pronunciar. Apenas depois de sua confissão, os repórteres confirmaram ser ele a peça chave na engrenagem investigativa que culminou com a renúncia de Nixon. Depois das analogias do blog, surgiram, então, vários candidatos a “Garganta Profunda”, nos diversos escândalos de corrupção que dominam a cena política brasileira.  Rose Noronha, a ex-namorada de Lula, Marcos Valério, o operador do Mensalão e, agora, Carlinhos Cachoeira, que ontem afirmou ser ele o “Garganta Profunda” do PT. Não temos nenhum favorito ao título de "Garganda Profunda" brasileiro, mas as declarações de Marcos Valério estão provocando um verdadeiro tsunami. Logo depois que vazaram informações de seu depoimento à Procuradoria Geral da República, além dos protestos de correntes do PT em defesa do seu líder maior, Lula, contabilizaram-se declarações – até mesmo de autoridades da República – no sentido de descredenciar as afirmações de Valério, apresentando-a como sem nenhuma fundamentação jurídica, posto que não haviam provas irrefutáveis, apenas afirmações. Não é bem o que parece. Em uma declaração recente à imprensa, Valério afirmou ter entregue à Procuradoria provas matériais que subsidiam suas declarações, afirmando que Lula tinha conhecimento sobre o assunto, além de ser um dos beneficiários, tendo algumas de suas despesas supostamente pagas com dinheiro do esquema. Certamente não foram motivações republicanas que levaram Mark Felt a auxiliar os trabalhos dos jornalistas do Washington Post. Felt tinha, segundo soube-se depois, sérias divergências com o diretor-geral do órgão, indicado por Nixon. Salvo esses problemas internos, Felt era um cara limpo. No Brasil, nossos candidatos a “Garganta Profunda” estão mais sujos do que poleiro de galinha.O apelido é uma referência a um dos filmes pornográficos mais polêmicos, Deep Throat, filme realizado com um orçamento modesto, mas que obteve um estrondoso sucesso, além de exercer uma forte influência nos debates sobre a revolução sexual. Andréa True, atriz principal do filme, morreu aos 68 anos de idade e, dizem, depois do filme viveu como uma pacata senhora casada. Se nos permitem a licença poética, embora como uma acanhada dona de casa, é quase certo que o seu filizardo marido continou ouvindo as famosas badaladas dos sinos, se é que vocês nos entendem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Reunião no Palácio da Redenção define que a Paraíba terá fábrica de painéis para conversão de energia solar.

 


A Paraíba ganhará no próximo ano uma fábrica de painéis fotovoltaicos, que convertem energia solar em energia elétrica. Na manhã desta terça-feira (11), durante audiência no Palácio da Redenção, o governador Ricardo Coutinho e o presidente da Solair Brasil, Nelson Cortês Silveira, assinaram protocolo de intenções para implantação de uma unidade industrial em uma área no Distrito Industrial de João Pessoa.

A Solair Brasil é uma empresa com sede no Rio de Janeiro que atua na atividade da produção e comercialização de painéis fotovoltaicos e acessórios elétricos. No protocolo estão previstos investimentos de R$ 19 milhões e uma produção estimada de 56.200 peças de painel solar 230 wp, inversor de 2 a 4 kwp, medidor monofásico e concentrador de dados por ano.

O governador Ricardo Coutinho destacou a importância do empreendimento para tornar a Paraíba uma referência nacional na produção dos painéis de energia solar. Ele ressaltou que os níveis solares verificados no interior do Estado são fatores que estão contribuindo para que o Estado esteja recebendo usinas de energia solar e agora fábrica de painéis.

“Estamos trabalhando para tornar a Paraíba um polo de desenvolvimento de energias renováveis aproveitando a abundância de sol praticamente o ano todo. Que a empresa sejam bem vinda, gere empregos e faça bons negócios na Paraíba”, desejou.

O presidente do grupo, Nelson Cortês Silveira, acredita que a fábrica estará em operação até o final do mês e março. Segundo ele, nesta primeira etapa, serão gerados 80 empregos diretos, principalmente nas áreas de gestão, engenharia e tecnologia da informação, além de outros no processo de instalação dos painéis de energia em residências, hotéis, shoppings e empreendimentos comerciais.

O empresário comentou que outros estados no Nordeste poderiam receber a fábrica, mas o trabalho consistente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep) e fatores como potencial solar e oferta de mão de obra especializada das Universidades Federal da Paraíba e de Campina Grande foram determinantes para a escolha do grupo para o investimento. “A energia solar no Brasil começa a despontar e o maior potencial para este crescimento encontra-se no Nordeste onde temos investimentos na Bahia e agora na Paraíba”, observou.

Nelson destacou que os níveis dos painéis a serem fabricados em João Pessoa geram grandes investimentos em automação e de mão de obra qualificada. “O maior impacto é quando os painéis e componentes saem da fábrica e são instalados nos locais de energia solar. Esse sim é um elemento de mais trabalho, treinamento e renda das pessoas responsáveis por instalar esses equipamentos”, ressaltou.

O secretário de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira, afirmou que o Governo do Estado passa a tematizar a área de energia solar, assim como outros estão priorizando a energia eólica, que são energias renováveis e com menos impacto ambiental. “É um passo importante para tornar a Paraíba uma referência em energia solar no Brasil”, comentou.

“O Estado ganha muito com o diálogo e a negociação permanente com investidores do Brasil e do exterior que enxergam as potencialidades e atrativos da Paraíba”, destacou a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano.

Mais investimento – Jána noite desta segunda-feira (10), no Palácio da Redenção, empresários portugueses e brasileiros do Grupo Delamore & Owl of Companies, interessados em conhecer as condições oferecidas pelo Governo do Estado para futuros investimentos nas áreas de portos, ferrovias, aeroportos e turismo.

Durante a reunião, o governador Ricardo Coutinho e o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira, apresentaram as principais potencialidades do Estado e as condições fiscais e locacionais para implantação das empresas do grupo. Também participaram da reunião o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano, a presidente da Cinep e os empresários Rilves Rodrigies, Benjamin Campos, José Orlando e Paulo Naline.

Gustavo destacou o ambiente propício vivenciado pelo Estado com R$ 4 bilhões em investimentos públicos e R$ 3 bilhões de investimentos privados em execução. Ele citou que foram discutidos possíveis investimentos no porto de Cabedelo, em um novo terminal portuário, em ferrovias. “A Paraíba está em campo para mostrar aos investidores que aqui é um belo local para a rentabilidade dos seus negócios”, afirmou.

O presidente do grupo Delamore, Nuno Pimenta, agradeceu ao governador e aos técnicos do Estado pela receptividade e interesse em atrair investimentos das empresas do grupo. “Formamos uma rede de 45 empresas no mundo em vários setores que estudam investimentos no Brasil e este primeiro contato como o Governo da Paraíba foi importante para conhecer o potencial e oportunidades no Estado”, disse.

O investidor português elencou potencialidades existentes na ampliação e melhoramento do Porto de Cabedelo, da linha ferroviária que liga Cabedelo a Cajazeiras, valorização de tratamento de resíduos sólidos e turismo, com a implantação de redes de hotéis portuguesas. “Existe uma convergência de interesses em investimentos. O próximo passo é possibilitar o contato das equipes técnicas do grupo e do Estado para a prospecção dos investimentos”, explicou Nuno Pimenta.  
Fonte: Secom-PB

"Isso é mentira", afirma Lula sobre depoimento de Valério




 
 

“Isso é mentira“, disse Lula ao ser questionado sobre o depoimento prestado por Marcos Valério à Procuradoria Geral da República. Rodeado de seguranças e assessores, Lula saía de um seminário, em Paris. Perguntaram-lhe se poderia ouvir mais perguntas sobre o caso. E ele, mantendo a marcha: “Hoje, nem duas.”
Assim, as três horas e meia de depoimento de Valério, as 13 laudas consumidas pela transcrição, a acusação de que a verba suja do mensalão bancou despesas pessoais de Lula, a denúncia de que o ex-presidente deu seu ‘Ok’ para os empréstimos de fancaria do esquema, tudo isso foi rebatido com um comentário reles. Uma frase que qualquer formiguinha atravessaria com água pela canela: “Isso é mentira.”
Poderia ter sido pior. Mais cedo, Lula mandara a assessoria informar que não comentaria as declarações de Valério. Por mal dos pecados, o compromisso público deixou-o exposto ao assédio dos repórteres, essas criaturas inoportunas. Tudo isso em Paris. A mesma cidade em que, numa entrevista de 2005, Lula dissera que o PT não fizera no mensalão nada além do que todos os partidos historicamente fazem no Brasil.
Por ironia, acompanhava o ex-soberano no seminário parisiense o amigo Paulo Okamotto, diretor do Instituto Lula. O mesmo Okamotto que Valério disse à Procuradoria tê-lo procurado para fazer ameaças de morte. Também presente, Dilma Rousseff foi questionada sobre o depoimento de Valério.
“É sabida a minha admiração, o meu respeito e minha amizade pelo presidente Lula. Portanto, eu repudio todas as tentativas –e esta não será a primeira vez— de tentar destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem”, disse.
Acrescentou: “Essa é uma questão que eu devo responder no Brasil, mas eu não poderia deixar de assinalar que acho lamentável essas tentativas de desgastar a imagem do ex-presidente Lula. Eu acho lamentável.”
A indagação sobre Valério chegou a Dilma num momento constrangedor. Ela concedida entrevista coletiva ao lado do presidente francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu. O anfitrião solidarizou-se com Lula, que verá na hora do jantar. Ele dispõe de “imagem considerável”, disse.

(Publicado originalmente no blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL).