pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Michel Zaidan Filho: Lição não aprendida



                                            Faria bem ao candidato ao governo do Estado, apoiado pelo ex-governador e postulante à Presidência da República, assimilar as lições da derrota de Mendocinha (DEM) para o seu patrocinador,  na disputa pela sucessão do senador Jarbas Vasconcelos. Mendoncinha era vice-governador, tinha o apoio do ex-governador do Estado, um longo tempo de Televisão e uma cara estrutura de campanha. Mesmo assim perdeu fragorosamente para Campos, no primeiro turno do pleito eleitoral. Muito se discutiu com o próprio Mendonça Filho as causas dessa derrota política, quando parecia que estava tudo pronto para ele ganhar - inclusive as pesquisas do empresário Antonio Lavareda, que davam como certa a sua vitória. O mesmo ocorreu com Roberto Magalhães, na disputa com João Paulo para a Prefeitura do  Recife, incluindo-se naturalmente a arrogância e o sapato alto desse candidato. De nada adianta encher as ruas, as pontes, as calçadas e estradas, de cavaletes com foto e imagem, se ninguém conhece o passado do candidato, de suas capacidades e talentos administrativos. Só se a expectativa dos patrocinadores do candidato estejam ancoradas na presuntiva transferência de votos do ex-governador para o seu protegido, como ocorreu com o atual prefeito do Recife. Só que aí, existe uma grande diferença: o colégio eleitoral é outro, não é o Recife. As alianças, são outras. E o desempenho da campanha presidencial de Campos tem se mostrado pífio, até agora (não passando dos 10%). Longe do  Poder Executivo e com um desempenho sofrível, a influência eleitoral do ex-governador promete ser pequena. E como  o seu candidato local é desconhecido, não será a mera propaganda visual (ou o tempo de televisão) que vai ajudar eleger  o ungido pelo PSB.
                                             Do outro lado, a coligação que sustenta a candidatura do senador Armando Monteiro padece de uma inconsistência programática muito grande. Como é que um membro de uma tradicional família de usineiros e de industriais em concordata, que usou a estrutura da FIEP, CNI e sistema S para fazer carreira política, e que ainda como deputado federal apresentou projeto extinguindo direitos trabalhistas, em nome da competitividade da empresa nacional, pode se apresentar como representante dos trabalhadores de Pernambuco? - Acho que só o deputado João Paulo de Lima acredita (?) nessa falácia eleitoral. A sigla partidária PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) já há muito tempo tornou-se uma legenda de aluguel para políticos que nada têm de trabalhista ou trabalharam uma única vez na vida. Foi criada por Getúlio Vargas, durante o fim da ditadura do Estado Novo, para garantir a eleição de políticos de sua confiança. Os militares não devolveram a Leonel Brizola a legenda, que lhe era de direito como herdeiro do legado varguista. Deram-na a Ivete Vargas que repassou a políticos clientelistas e fisiológicos no Congresso. De lá para cá, tornou-se uma autêntica legenda de aluguel sem nenhuma significação semântica  digna desse nome. A captura dessa legenda desfigurada pelos políticos de Pernambuco é o último capítulo dessa triste história partidária. Mais lamentável é a aliança com o PT. Afinal de contas, qual é o propósito de uma aliança como essa? - Os interesses da classe trabalhadora? - Duvido. É uma aliança eleitoral, como as outras. Sem nenhuma identidade programática ou ideológica. Pode até ganhar as eleições no estado, mas os trabalhadores não terão muito a ganhar com essa aliança do empresário (pouco eficiente) com o ex-metalúrgico da Ação Operária Católica. Que Deus abençoe a todos!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Tijolinho do Jolugue: Festival Caminhos do Frio chega à Serraria


O Festival Caminhos do Frio chega hoje, dia 04/08, à cidade de Serraria(PB), distante 90 km da capital do Estado, João Pessoa, uma rota obrigatória para quem deseja curtir o friozinho da Serra da Borborema, saborear uma deliciosa cachaça, acompanhada da cozinha regional, preparada no fogão de lenha. Serraria guarda um passado histórico ainda preservado, da época do apogeu do ciclo da cana-de-açúcar. São dezenas de engenhos, alguns deles ainda em funcionamento, produzindo, hoje, a melhor caninha branca do Brasil, a Volúpia. Como opção de hospedagem, a Pousada Engenho Laranjeiras. À noite, um show de Antônio Carlos e Jocafi. 

Nota do Editor: Procede as reclamações dos amigos paraibanos argumentando que não demos o destaque devido ao festival Rota Cultural Caminhos do Frio neste ano. Ocorre que o blog ficou um pouco concentrado nos temas políticos, com o propósito de consolidarmos uma identidade. Pedimos nossas desculpas por pegarmos o trem andando. Como diria o poeta Marcus Accioly, que saudade de bosta!!! Um abraço fraterno em todos vocês.

Tijolinho do Jolugue: Dilma ganha a "guerra" nas redes sociais

Dilma está ganhando a "guerra" pelas redes sociais, mesmo sem o "Dilma Bolada", uma página no Facebook, bastante popular, mas interrompida por seu idealizador, Jeferson Monteiro,alegando problemas com o grau de agressividade do qual estaria sendo vítima, embora existam muitas controvérsias sobre o assunto. O Planalto, segundo se informa, estaria disposto a conversar com Jefferson para tentar dissuadi-lo da ideia. Em todo caso - mais uma vez - as "feras' do PT mantém uma tradição de longa datas: continuam dando um banho pelas redes sociais. Segundo levantamento da empresa de monitoramento R:18, nos últimos meses, 1.19 milhões de vezes Dilma foi citada nas principais redes, Facebook, Twitter e Instagram, um número bem superior aos seus concorrentes, Aécio Neves e Eduardo Campos. Aproveitamos para informar que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, segundo informações fornecidas pelo próprio Facebook, "pagou" por sua popularidade na rede, aumentando sensivelmente o número de seguidores, o que fere dispositivo da legislação eleitoral. 

Foto: Dilma ganha a "guerra" nas redes sociais.

Dilma está ganhando a "guerra" pelas redes sociais, mesmo sem o "Dilma Bolada", uma página no Facebook, bastante popular, mas interrompida por seu idealizador, Jeferson Monteiro,alegando problemas com  o grau de agressividade do qual estaria sendo vítima, embora existam muitas controvérsias sobre o assunto. O Planalto, segundo se informa, estaria disposto a conversar com Jefferson para tentar dissuadi-lo da ideia. Em todo caso - mais uma vez - as "feras' do PT mantém uma tradição de longa datas: continuam dando um banho pelas redes sociais. Segundo levantamento da empresa de monitoramento R:18, nos últimos meses, 1.19 milhões de vezes Dilma foi citada nas principais redes, Facebook, Twitter e Instagram, um número bem superior aos seus concorrentes, Aécio Neves e Eduardo Campos.

Tijolinho do Jolugue: Onze mortos no último final de semana. O Estado perdeu o controle do Pacto pela Vida?

Voltamos aos números trágicos. Foram registrados 11 homicídios neste final de semana no Recife, entre Sexta-Feira e Domingo. O Estado está perdendo o controle de uma de suas principais vitrines, o Pacto pela Vida. O Programa nunca foi perfeito, inclusive no que concerne à "seletividade" das ocorrências, como uma opção clara no sentido de combater os homicídios por causas violentas, diminuindo seus indicadores. Por outro lado, não se pode negar que a decisão do Estado em enfrentar o problema, planejando as ações, estipulando metas, acompanhado as estatísticas, definindo estratégias foi um grande acerto. Não se combate a violência sem ações planejadas, de longo prazo. Colocar policiais nas ruas, ampliar o número de delegacias, sem que haja objetivos previamente traçados - acompanhados de estatísticas seguras - não resolve o problema. O caso das UPPs é um bom exemplo disso. Havia nas favelas do Rio de Janeiro e São Paulo o que os sociólogos chamam de "Ausência de Estado". O Estado cometeu alguns equívocos quando resolveu enfrentar o problema. Cometeram, por assim dizer, alguns erros de avaliação: ações policiais não acompanhadas de ações sociais, transformaram as UPPs em zonas militarizadas, uma espécie de poder paralelo só que agora sob o comando da polícia, cujos membros - alguns, naturalmente - acharam que podiam tudo, como dar sumiço em pessoas das comunidade, como ocorreu com Amarildo. Passamos, então, a lidar com mais um componente grave, a violação dos direitos humanos. Há de se "tentar" um controle rígido sobre a ação dos policiais que estão nas ruas, sob risco iminente de transgressões, em função da vulnerabilidade do exercício de suas atividades. Quando o Estado perde esse controle ou, noutro extremo, "delega" uma autoridade demasiada, as consequências nefastas são inevitáveis. Penso que as coisas começaram a desandar em Pernambuco quando culparam o "fetiche" da farda como argumento para o estupro de adolescentes vulneráveis por membros da corporação militar. Outro erro gravíssimo foi a política de "endurecimento" contra os movimentos sociais, o que representou, aqui, uma "frouxidão" do Estado Democrático de Direito. Num país com os problemas estruturais como o nosso, a violência explode como num passe de mágica. 

Tijolinho do Jolugue: Como se explica a erosão de "imagem" do Governo de Eduardo Campos em Pernambuco?

Daqui alguns anos alguém vai precisar se debruçar em estudos para explicar o que ocorreu com o Governo de Eduardo Campos, embora já existam estudos muito bons sobre o assunto, como o do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan Filho, intitulado: A Honra do Imperador, que tivemos a oportunidade de ler recentemente. Quiçá um estudo do ponto de vista do marketing institucional, capaz de identificar como foi montado esse "escudo de proteção" do Governo, que impediu durante um bom tempo que a população identificasse seus equívocos, suas falhas, seus erros crassos. Penso que somente o fato de ter calculado mal o rompimento com o Governo Federal não explica esse verdadeiro "desmoronamento" de imagem. Outro dia um colega, Clóvis Barreto, estava questionando por aqui as pesquisas de popularidade - ou de avaliação - que colocavam o governador pernambucano nas alturas. Um prestígio, dizia ele - e com razão - que foi capaz de eleger Geraldo Júlio para prefeito da  capital e influenciar decisivamente na eleição de um séquito de prefeitos do cinturão da região metropolitana do Recife. De fato. O que é que estava errado, então? As pesquisas anteriores? A pecha de "traidor" seria suficiente para criar essa antipatia junto aos eleitorado? Seriam as contradições do seu discurso? Um caçador de raposas que anda acompanhado delas? Um Governo que reprime as manifestações de rua e convoca os jovens para ocuparem as ruas, as universidades e as redes sociais? Um choque de gestão que não consegue mudar os índices de desenvolvimento humano no Estado? Como diria o saudoso cientista político Robinson Cavalcanti, está aqui um bom mote para uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Faço essas observações diante da nova pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, que avalia a popularidade dos presidenciáveis em Pernambuco, onde Dilma Rousseff aparece com 40% das intensões de voto, enquanto o candidato Eduardo Campos, que governou o Estado por dois mandatos, aparece com 30%. Talvez Lula tenha matado a charada: Quem cuidou dos pobres em Pernambuco foi o Governo Federal.

domingo, 3 de agosto de 2014

"Denúncia" de Veja, repercutida em 4 minutos e 45 segundos do Jornal Nacional, faz lembrar ofensiva midiática de 2006

publicado em 3 de agosto de 2014 às 16:56

trama
De volta ao passado: o objetivo então era levar ao segundo turno. Levaram
por Luiz Carlos Azenha
O “novo escândalo” da Veja, sobre suposto vazamento de perguntas — que de qualquer forma seriam públicas — aos que foram ouvidos na CPI da Petrobras me parece uma manobra diversionista para mudar de assunto. Tirar o noticiário de Cláudio e Montezuma e trazer Dilma Rousseff mais uma vez para o domínio absoluto das manchetes.
Quando eu era repórter da TV Globo, em 2005, antecedendo minha primeira cobertura de eleições presidenciais no Brasil — havia morado quase duas décadas nos Estados Unidos –, uma investigação que fizemos sobre caixa 2 em Goiás acabou em uma das CPIs que trabalhavam simultaneamente em Brasília.
Vi com meus próprios olhos uma importante jornalista da Globo, de alta patente, que me ciceroneava em um ambiente desconhecido, visitando gabinetes de deputados e senadores para troca de informações. No do então deputado ACM Neto, que participaria do depoimento do homem investigado por nós, houve até entrega de documentos e sugestão de perguntas. Eu vi isso acontecer e, francamente, não me espantei.
Se o objetivo de uma CPI é esclarecer os fatos, não há perguntas, nem assuntos secretos. Os depoentes devem trazer todos os esclarecimentos que forem necessários à opinião pública. A existência de parlamentares de diferentes correntes políticas é garantia de que teremos todo tipo de pergunta, das “levantadas de bola” às “pegadinhas”, das críticas às bajuladoras. Não há motivo para guardar nenhuma informação em sigilo, se se pretende de fato esclarecer o assunto.
Qual é o problema de perguntas serem organizadas para facilitar os esclarecimentos do depoente? Isso não significa que ele vá responder apenas àquelas perguntas, já que a oposição estará presente. O problema está nas mentiras do deponte, não nas perguntas feitas a ele. Não há nada de errado quando um governo tenta vender à opinião pública sua versão dos fatos, desde que a oposição possa, igualmente, fazê-lo. Vamos combinar que não falta espaço na mídia à oposição brasileira, certo?
Portanto, trata-se de uma denúncia tola, transformada em manchete por uma gravação subterrânea, vendida como “comprometedora”.
O que me chamou a atenção naquela CPI de 2005, na verdade, foi que o homem por nós investigado, dono de uma seguradora, quando abriu os arquivos em seu depoimento deixou claro que havia feito doações por fora a todos os partidos políticos, não só ao PT mas também ao PSDB, PMDB, PFL e outros. Assim que isso ficou explícito e demonstrado, acabou nossa investigação. Fui mandado de volta a São Paulo…
Naquele período eleitoral, também constatei por dentro a mecânica da mídia: denúncia na capa da Vejaentre sexta e sábado, repercussão acrítica no Jornal Nacional de sábado, bola rolando a partir de domingo na Folha, Estadão e O Globo.
Não foi o que se chama de “nota pelada” do Jornal Nacional, algo passageiro, sem imagens, na edição de ontem. Foram 4 minutos e 42 segundos falando sobre a denúncia de Veja, uma enormidade! Se fosse em comerciais, teria um custo próximo dos R$ 4 milhões. Frequentemente, quando eu era correspondente em Nova York, precisava explicar assuntos complexos, como a crise que precedeu a invasão do Iraque, em 60 segundos.
O que a Globo fez ontem se chama no meio jornalístico de “dar pernas” a uma denúncia.
Eu mesmo, num plantão, fui convocado para fazer uma destas “reportagens”, que envolvia um irmão do então presidente Lula. Argumentei com meu chefe direto que seria impossível fazer uma apuração independente do conteúdo da revista. Estávamos dando tudo aquilo como límpido e verdadeiro. O certo seria fazer nossa própria apuração a partir dos dados trazidos pela Veja. E se as informações não se confirmassem? Resposta dele: é isso mesmo, é apenas para reproduzir trechos da revista.
Foi nesse quadro que, mais tarde, houve um revolta interna na redação da Globo de São Paulo, que envolveu um grande número de profissionais, resultou na demissão de Rodrigo Vianna e, mais tarde, influenciou minha decisão de pedir rescisão antecipada de meu contrato, que venceria quase dois anos depois, para estudar internet nos Estados Unidos. Não me arrependo e, a julgar pelo que aconteceu neste fim-de-semana, vejo que o método da mídia corporativa não mudou. Saiu na capa de Veja, teve grande repercussão no Jornal Nacional e…
A suspeita que eu tinha então agora está desfeita. Não duvido mais que seja tudo combinado. Se não fosse, por que a denúncia da Folha sobre o aeroporto de Cláudio não detonou imediatamente o mesmo rolo compressor investigativo?
Talvez a existência dos blogs e das redes sociais tenha acabado com as mentiras mais deslavadas. A manipulação da mídia corporativa agora é exercida na escolha da pauta e nos recursos direcionados para apurar este ou aquele assunto, de acordo com as conveniências políticas, econômicas ou ideológicas. De volta a 2006!
(Publicado originalmente no site Viomundo)

Tijolinho do Jolugue: Pesquisa do IPMN confirma números nacionais para o Governo de Pernambuco.

Pesquisa do Instituto Maurício de Nassau confirma os números dos grandes Institutos nacionais como o Datafolha e o IBOPE.

O Jornal do Commércio de hoje traz uma matéria longa - de duas páginas - dedicadas a mais uma pesquisa de intenção de voto para o Governo e o Senado, envolvendo candidatos de Pernambuco. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, encomendada pelo Portal LeiaJá, que pertence ao mesmo grupo do Instituto. Por mais de uma vez, um coro dissonante tentou desacreditar as pesquisas realizadas pelos Institutos da província, argumentando a pouca experiência desses órgãos, em alguns casos, noutros até mesmo a ausência de uma isenção necessária. Não vou entrar nesse mérito, embora tivesse muita coisa a dizer. O que se observa nessa pesquisa do IPMN é a convergência com os números apresentados por Institutos como o Datafolha e o IBOPE. Os números são idênticos, variando apenas na margem de erro, com oscilações entre 41% e 38%, no caso de Armando Monteiro(PTB) e 10% e 11%, no caso do candidato situacionista, Paulo Câmara. O quadro continua preocupando os coordenadores de campanha de Paulo Câmara, que desejavam que ele atingisse os 20% antes do início do Guia Eleitoral do Rádio e Televisão, uma meta muito difícil de ser atingida pelo andar da carruagem política. O que nos parece sintomático - e preocupante - são as causas apontadas para o não crescimento do candidato palaciano nas pesquisas. Há, aqui, um mal de origem mas ninguém ousa colocar o guizo no pescoço do gato, com a licença poética da fábula de La Fontaine.
Vamos aos números:
Armando Monteiro: 37%
Paulo Câmara: 10%
João Paulo: 30%
Fernando Bezerra Coelho: 13%

Tijolinho do Jolugue: Uma batalha jurídica em torno da impugnação da candidatura de Cássio Cunha Lima.





Nos próximos dias, a Paraíba se prepara para uma verdadeira batalha jurídica nos tribunais eleitorais. Estará em julgamento o pedido de impugnação da candidatura do senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, a pedido do candidato Ricardo Coutinho(PSB), atual governador, que disputa a reeleição. Ambos já foram aliados num passado recente, mas a dinâmica da política os colocaram em lados opostos e hoje eles se tratam como verdadeiros inimigos. Na realidade, afirmo com convicção que, sem o apoio de Cássio nas eleições de 2010, possivelmente o "Mago" não seria eleito governador do Estado. Ainda pairam muitas interrogações sobre os reais motivos do rompimento, mas sabe-se que foi para valer, a julgar pela acidez da verve quando um se refere ao outro. Os tucanos de todos as paisagens estão preocupados como o rumo desse julgamento. Aécio Neves já teria manifestado suas preocupações quanto à possibilidade de confirmação da impugnação, sobretudo como esse fato poderia repercutir negativamente em relação à sua candidatura presidencial. O mundo jurídico também ficará atento, pois, nos debates, estão nomes muito bem conceituados das letras jurídicas, como o ex-ministro do TSE, Eduardo Alckmin - que defende Cássio - e Erick Pereira, doutor em direito constitucional pela PUC-SP, contratado por Ricardo Coutinho. Pelo que conhecemos dos bastidores da política paraibana, aposto com quem quiser que não haverá impugnação.

Nota do editor: Em torno do julgamento do pedido de impugnação da candidatura do hoje senador Cássio Cunha Lima, se deu uma longa batalha jurídica, embora a decisão do não acatamento do pedido tenha se dado, sobretudo, em torno das eleições de 2006, quando Cássio Cunha Lima foi eleito governador do Estado, numa eleição de dois turnos. Punido pela "Lei do Ficha Limpa", sua sentença de inelegibilidade  foi de 08 anos, para o mesmo cargo, ou seja, ele não poderia se candidatar em 2014, salvo se fosse considerado apenas o 1º turno das eleições, como ocorreu, concluindo-se pelo cumprimento da sentença. A controvérsia, no caso, ficou por conta do dois turnos das eleições. Para alguns, o segundo turno seria uma "nova eleição", ao passo que outros não advogavam a mesma tese, argumento aceito pela turma do TRE-PB. Os advogados de Ricardo Coutinho(PSB) vão recorrer da decisão junto ao STF.

Maranhão: Dilma 46%, Aécio 9%; Campos 3,5%


3 de agosto de 2014 | 07:39 Autor: Miguel do Rosário
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Reproduzo abaixo trechos de matéria publicada no site IDifusora, com números de pesquisa feita pelo Instituto Econométrica, que está registrada no TSE, no estado do Maranhão.
Segundo o instituto, Dilma tem 46,1% dos votos no Maranhão, contra 9,4% de Aécio e 3,5% de Eduardo Campos.
Mais uma vez, vemos Eduardo Campos crescer, para baixo.
No Nordeste, Aécio e Campos estão batendo de cabeça numa muralha.
Os trechos:
*
(…)Se a eleição fosse hoje, Lobão Filho teria 31% dos votos. Na citação espontânea do eleitor, Lobão Filho teria 21% dos votos.
O candidato do PCdoB, Flávio Dino, manteve praticamente o mesmo índice, se comparado com a pesquisa anterior, realizada no final de junho. Agora, Dino tem 50% da preferência do eleitorado. Na espontânea, Dino tem 33,5%.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Econométrica a pedido do jornal no período de 26 a 31 de julho. Foram consultados 1.005 eleitores num universo de 54 municípios. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número 00029/2014.
Lobão Filho subiu dois pontos percentuais desde a última pesquisa divulgada há pouco mais de um mês. Professor Josivaldo (PCO), que não apareceu na pesquisa anterior, teria 2,4% dos votos se as eleições ocorressem hoje.
(…)
Para a presidência da República, Dilma Rosseff (PT) lidera com folga. Teria 46,1% dos votos. Em segundo vem Aécio Neves (PSDB), com 9,4% e Eduardo Campos (PSB), 3,5%.
(Publicado originalmente no site Tijolaço)

Minas sem censura: Perguntas que o JN não fez ao senador Aécio


publicado em 1 de agosto de 2014 às 16:26
Aecio-Neves
Perguntas que a Globo não fez 
no Facebook do Minas Sem Censura
O Jornal Nacional, Globo, desse 31 de julho, se contentou em fazer colagens de notas oficiais e das trôpegas declarações do senador Aécio Neves, que ainda tenta justificar o injustificável sobre o aeroporto de Cláudio. Se depender da Globo vivemos os estertores do jornalismo.
Assim, de posse do parecer “único” SUPRAM-ASF (Licenciamento 01181/2009/001/2009) que trata da análise e das condicionantes ambientais para o empreendimento do “aeroporto de Cláudio” faremos algumas perguntas que cabem muito bem numa Comissão Parlamentar de Inquérito. Por isso, senador Neves, V. Exa. não pode encerrar, unilateralmente, o assunto. Segue abaixo o parecer.
1) Na descrição pormenorizada da obra, demonstra-se claramente que foi construída uma nova pista, ao invés de ter sido pavimentada a antiga, feita com dinheiro público por Tancredo Neves em 1983 e usada por 26 anos, pelo senhor, por sua família e seus amigos, privativamente. Lembre-se que o tio Múcio, então prefeito, esqueceu-se de desapropriar o pedaço da fazenda onde foi feita a pista inicial.
Bem, o senhor disse, para minimizar o impacto econômico da descoberta dessa obra, que – aproveitando a pista antiga – foi feita a pavimentação asfáltica sem que fosse necessário abrir outra. Qual a explicação que o senhor, ou o governo mineiro, tem para isso?
2) O empreendimento foi previsto com uso de 9,8 ha para todas as obras descritas e áreas não edificadas: pista de pouso, pátio principal de aeronave, pátio de taxi e terminal de passageiros. O preço definido para a área a ser desapropriada foi R$ 1.000.000,00, em 2009.
Mesmo considerando aspectos topográficos da área familiar, outras propriedades na mesma região (com características bem semelhantes à do tio Múcio), mostram um valor bem menor, por ha, nos dias de hoje. A do tio Múcio custou cerca 100 mil Reais por hectare, no preço inicial de desapropriação.
De acordo com uma corretora da região (VivaReal), como visualizado em seu link, http://imoveis.mitula.com.br/imoveis/claudio-terra temos terrenos que variam, em preços atuais, de R$ 15,000,00 a R$ 30.000,00 por ha. Que têm benfeitorias, como casarões (sede), currais, casa de caseiro, plantações, criatórios de peixe, paióis etc.
A partir dessa comparação, mesmo considerando o item “topografia”, qual o motivo de ter termos uma discrepância tão grande, entre o que o estado se dispunha a pagar em 2009 e o que o mercado cobra nos dias de hoje?
E o que dizer da possibilidade de o Estado ter que pagar mais do que a indenização inicial (algo que pode ficar entre três milhões e nove milhões de Reais)? Considerando ainda que a área onde foi feito o empreendimento não tinha nenhuma benfeitoria como as descritas acima.
3) Para sinalização noturna o projeto previa: redes e linhas de dutos; caixas de concreto, de inspeção e de passagem; poços e condutores de aterramento e ligações; cabos de circuitos; equipamentos de subestação e painéis; unidades de luz; farol de aeródromo; luzes de obstáculo; sistemas de emergência e etc.
Tudo isso está instalado e em funcionamento?
4) As condicionantes ambientais, deliberadas no instrumento de Licença de Instalação Corretiva (LIC) foram todas observadas?
5) A definição da Zona de Proteção do Aeroporto e a da Zona de Proteção de Ruído estão em estrita observância com as determinações desta LIC? A Câmara Municipal aprovou e a prefeitura sancionou lei específica acerca do uso e ocupação do entorno da área do Aeroporto?
Essas e muitas outras perguntas aparecerão numa CPI. Pena que o jornalismo da “mídia grande” tenha assassinado seu compromisso com a busca da verdade.
(Publicado originalmente no site Viomundo)

sábado, 2 de agosto de 2014

Tijolinho do Jolugue: Eduardo Campos: Para onde caminha essa nau sem rumo?



Repercute aqui pelas redes sociais um artigo da Procuradora da Prefeitura da Cidade do Recife e blogueira Noelia Brito, onde a articulista, a partir de uma entrevista contraditória que o candidato Eduardo Campos(PSB/Rede) concedeu a repórter Renata Lo Prete, da Globo News, analisa e desconstrói a retórica do ex-governador de Pernambuco em torno do tema "Nova Política", apresentado-o apenas como um discurso oco, vazio, falacioso, sem a menor sustentabilidade, seja propriamente em termos de sua inviabilidade no atual contexto da realpolitik brasileira, seja quando se põe em questão a sua experiência no Executivo pernambucano, onde exerceu dois mandatos, alinhavado com a pior escola do raposismo provinciano, cevada nos estertores da Ditadura Militar. Pois bem. Vamos acrescentar mais um elemento "esquizofrênico"  a esse discurso. Em conversa com jovens no Rio Grande do Sul, Eduardo teria aconselhado que eles ocupassem as ruas, as universidades e as redes sociais para mudaram o Brasil. Aqui em Pernambuco, por ocasião das manifestações estudantis de junho de 2013, baixaram o porrete na rapaziada, realizaram prisões arbitrárias, cercearam liberdades individuais, tentaram proibir o uso de máscaras, adotando-se um Estado de Exceção Episódico. Não sei quem deve estar orientando o candidato a dirigir seu discurso aos mais jovens, mas penso tratar-se de um novo equívoco. Fica cada vez mais parecido com o alagoano, um filme queimado do nosso quadrante político, uma experiência desastrosa que o país não voltaria a cometer. O ex-governador está como aquele cidadão cheio de empáfia e auto-confiança, inflada pelos áulicos de plantão - que são muitos - que, ao virar a esquina, percebe-se nu. Um perigo.Paga-se um preço muito alto pelos erros de avaliação. Todos nós sabemos disso. É preciso deixar a poeira baixar, passar um tempo observando a água do mar bater nas pedras para decifrar as espumas. Esse jovem começou sua vida pública ancorada na figura do avô, Dr. Miguel Arraes, um homem probo, de convicções democráticas inquebrantáveis, nacionalista convicto, profundamente sensível às demandas sociais dos mais humildes, aliado de primeira ordem dos atores políticos que mudaram a face social deste país. Você deu uma guinada complicada, Eduardo Campos. Vai ser difícil olhar pelo retrovisor político. 

Foto: O REI ESTÁ NU.

Repercute aqui pelas redes sociais um artigo da procuradora e blogueira  Noelia Brito, onde a articulista, a partir de uma entrevista contraditória que o candidato Eduardo Campos(PSB/Rede) concedeu à repórter Renata Lo Prete, da Globo News, analisa e desconstrói a retórica do ex-governador de Pernambuco em torno do tema "Nova Política", apresentado-o apenas como um discurso oco, vazio, falacioso, sem a menor sustentabilidade, seja propriamente em termos de sua inviabilidade no atual contexto da realpolitik brasileira, seja quando se põe em questão a sua experiência no Executivo pernambucano, onde exerceu dois mandatos, alinhavado com a pior escola do raposismo provinciano. Pois bem. Vamos acrescentar mais um elemento "esquizofrênico" desse discurso. Em conversa com jovens no  Rio Grande do Sul, Eduardo teria aconselhado que eles ocupassem as ruas, as universidades e as redes sociais para mudaram o Brasil. Aqui em Pernambuco, por ocasião das manifestações estudantis de junho de 2013, baixaram o porrete na gurizada, realizaram prisões arbitrárias, cercearam liberdades individuais,adotando-se um Estado de Exceção Episódico. Não sei quem deve estar orientando o candidato a dirigir seu discurso aos mais jovens, mas penso tratar-se de um novo equívoco. Fica cada vez mais parecido com o alagoano, um filme queimado do nosso quadrante político, uma experiência desastrosa que o país não voltaria a cometer. O ex-governador está como aquele cidadão cheio de empáfia e auto-confiança, inflada pelos áulicos de plantão - que são muitos - que, ao virar a esquina, percebe-se nu. Um perigo.

Tijolinho do Jolugue: Paraíba: Debate ou lavagem de roupa suja?


No último dia 30, a TV Master realizou o primeiro debate com os candidatos ao Governo do Estado da Paraíba. Infelizmente, trata-se de uma TV por assinatura, o que limita um pouco o seu alcance. Penso que a Justiça Eleitoral terá muitos problemas para coordenar os trabalhos do pleito paraibano no próximo ano. Promete-se uma eleição bastante acirrada, com acusações duras, envolvendo políticos de alto coturno daquele Estado. Isso ainda não fosse suficiente, mantida a polarização entre Ricardo(PSB) e Cássio Cunha Lima(PSDB), trata-se de dois políticos que até as eleições passadas estavam no mesmo palanque e nunca perderam uma eleição. De certa forma, uma disputa entre criador e criatura. Até hoje se desconhece em profundidade as reais motivações do rompimento. Assim como aqui na província, os neo-socialistas do Estado vizinho estão trocando as mãos pelos pés. Essa turma chega ao poder e pensam que podem tudo, suas decisões são tomadas ao sabor de um grupo seleto, uma confraria de interesses, sem acompanhar o feeling das ruas, do povão. Encastelam-se em seus gabinetes - se sentindo senhores de si - e pensam que podem "empurrar" goela a dentro os seus candidatos fabricados pelas pesquisas de marqueteiros. Na eleição para a Prefeitura de João Pessoa, dois anos antes, RC quebrou a cara. Corre o risco de perder o comando do Palácio Redenção, em 2014. Do outro lado, uma raposa cevada nos estertores da política daquele Estado, que entra numa disputa como um trator, atropelando, inclusive, as regras republicanas. Pois bem. Eles estiveram reunidos num debate recente. O pau cantou. Houve de tudo. Comenta-se que o candidato situacionista teria mando o candidato do PSOL, Antonio Radical, se "F". Fora das câmaras, naturalmente. Na saída do debate, pessoas ligadas ao tucano, supostamente, teria feito gestos obscenos para a turma dos girassóis. Uma baixaria. Por enquanto, perdeu-se uma excelente oportunidade do povo acompanhar as propostas de governo de quem se propõe a representá-los.

Foto: O pau cantou no primeiro debate dos candidatos ao Governo da Paraíba. 

No último dia 30, a TV Master realizou o primeiro debate com os candidatos ao Governo do Estado da Paraíba. Infelizmente, trata-se de uma TV por assinatura, o que limita um pouco o seu alcance. Penso que a Justiça Eleitoral terá muitos problemas para coordenar os trabalhos do pleito paraibano no próximo ano. Promete-se uma eleição bastante acirrada, com acusações duras, envolvendo políticos de alto coturno daquele Estado. Isso ainda não fosse suficiente, mantida a polarização entre Ricardo(PSB) e Cássio Cunha Lima(PSDB), trata-se de dois políticos que até as eleições passadas estavam no mesmo palanque e nunca perderam uma eleição. De certa forma, uma disputa entre criador e criatura. Até hoje se desconhece em profundidade as reais motivações do rompimento. Assim como aqui na província, os neo-socialistas do Estado vizinho estão trocando as mãos pelos pés. Essa turma chega no poder e pensam que podem tudo, suas decisões são tomadas ao sabor de um grupo seleto, uma confraria de interesses, sem acompanhar o feeling das ruas, do povão. Encastelam-se em seus gabinetes - se sentindo senhores de si - e pensam que podem "empurrar" goela a dentro os seus candidatos fabricados pelas pesquisas de marqueteiros. Na eleição para a Prefeitura de João Pessoa, dois anos antes, RC quebrou a cara. Corre o risco de perder o comando do Palácio Redenção. Do outro lado, uma raposa cevada nos estertores da política daquele Estado, que entra numa disputa como um trator, atropelando, inclusive, as regras republicanas. Pois bem. Eles estiveram reunidos num debate recente. O pau cantou. Houve de tudo. Comenta-se que o candidato situacionista teria mando o candidato do PSOL, Antonio Radical, se "F". Fora das câmaras, naturalmente. Na saída do debate, pessoas ligadas ao tucano, supostamente, teria feito gestos obscenos para a turma dos girassóis. Uma baixaria. Por enquanto, perdeu-se uma excelente oportunidade do povo acompanhar as propostas de governo de quem se propõe a representá-los.

Tijolinho do Jolugue: Fernando Bezerra Coelho já no escanteio???

 



A notícia está sendo amplamente divulgada por um blog local, mas custa acreditar em sua veracidade. Somente numa hipótese haveria alguma possibilidade de a notícia ser verdadeira: o desespero no alto comando da campanha do candidato Paulo Câmara, que enfrenta muitas dificuldades na disputa pelo Governo de Pernambuco. Outro dia trocaram alguns nomes argumentando mudanças rotineiras. Na boca do palco, evidentemente. Nas coxias a conversa é bem outra. Pela informação que está sendo divulgada pelo blog, a ordem no comando da campanha seria "descolar" o candidato ao Senado, FBC, da campanha de Paulo Câmara. Seria cada um por si, uma vez que os altos índices de rejeição de FBC estariam prejudicando o desempenho do candidato ao Governo pela Frente Popular. Há várias questões em jogo, todas refletindo, mais uma vez, os equívocos crassos de avaliação. Vamos a eles: a) A escolha do candidato ao Senado, a princípio, deveu-se, entre outros fatores, a sua longa experiência em campanhas políticas, o que poderia facilitar a vida de um burocrata como candidato ao Governo. Competiria a FHC o papel de afinador do violino ou condutor do andor, uma vez que Eduardo estaria envolvido em seu projeto presidencial. Isso mudou? tão cedo? Vão deixar Paulo Câmara mais isolado ainda? A única coisa racional nisso é que partiu-se de um princípio equivocado. Normalmente o candidato ao Governo "puxa" o(s) candidato(s) ao Senado. Nunca o contrário. b) "Turvados" pela escolha de GJ para a Prefeitura do Recife - onde a eleição foi relativamente fácil - os neo-socialistas embarcaram num escolha infeliz e correm um sério risco de perderem as eleições no Estado; c) Se é verdade que FBC não vai muito bem no quesito rejeição, o mesmo se aplica ao candidato Paulo Câmara, que também ostenta alto índice de rejeição. O que precisa ser reavaliada são essas pesquisas internas que indicavam, por exemplo, o perfil do nome que os eleitores desejavam para gerir os destinos do Estado pelos próximos 04 anos, considerando-se o fato de que a avaliação do Governo iria cair pelas tabelas quando a caixa-preta fosse encontrada, o que estava muito difícil diante da parafernália de comunicação institucional montada. Soberba, auto-confiança demasiada, arrogância, autofagia, traições, descolamento das bases sociais que emprestavam apoio à agremiação num passado recente. A lista é grande. Estes sim são os verdadeiros problemas dos neo-socialistas. Contra isso não existem soluções mágicas, saídas dos novos coordenadores ou das pranchetas dos marqueteiros.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O "cria cuervos" do poder imperial é a raiz da barbárie


1 de agosto de 2014 | 11:54 Autor: Fernando Brito
criancas
Hoje, O Globo publica uma interessantíssima matéria sobre como Israel apoiou e até financiou o crescimento de organizações como o grupo Mujama, que se ampliaria na formação do Hamas, não porque lhes partilhasse a fé islâmica, evidentemente.
Mas para desestabilizar e enfraquecer Yasser Arafat e sua OLP.
Não surpreeende a quem acompanha a história do Oriente Médio.
Não foi diferente com os EUA em relação aos talibãs e ao próprio Osama Bin Laden, seu ex-agente, contra Brabak Karmal, presidente afegão apoiado pelos então soviéticos.
Ou com os rebeldes líbios que incendeiam, hoje, Benghazi. Ou com os grupos que tomam o poder em áreas da Síria e no Iraque. Ou com os generais homicidas do Egito, ou com os grupos nazistóites na Ucrânia.
É a dinâmica do intervencionismo, que procura interferir no desenvolvimento das sociedades, sem respeito por suas próprias opções.
A autodeterminação dos povos é uma balela se acharmos que eles são livres para determinarem a si mesmos o que outro país quer.
O resultado desta política está aí, diante dos olhos espantados e chocados de todo o mundo.
As flores fétidas e deformada do que plantaram.
E que se reproduzem, se reproduzem, porque nos preocupamos mais em dizer que há radicais do que em cuidar que as terras de um povo sejam deste povo.
Fico pensando, aqui, quando vejo o vídeo de crianças palestinas enfrentando os soldados da ocupação israelense em suas terras, em que não é preciso entender uma palavra do que dizem para saber o que lhes transborda.
É possível que estas crianças cresçam sem ódio?
Se crescerem, depois de tantas bombas que lançam sobre elas.
Será que são elas as insanas?
(Publicado originalmente no site Tijolaço)

Michel Zaidan Filho: Co-responsabilidade civil e criminal

 
                                           A diretora do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU afirmou que a instituição está pronta para abrir uma investigação sobre a ocorrência de crimes de guerra, cometidos pelas tropas israelenses na Faixa (ocupada militarmente) de Gaza, onde vivem em condições precárias milhões de famílias palestinas. A cifra de mortos e feridos, sob o intenso bombardeio do Estado de Israel, já ultrapassa a marca de 1000 pessoas, em sua maioria vítimas civis composta de crianças, mulheres e idosos. Até aí, nada de novo na sinistra regra de proporção que faz valer uma vida de um cidadão judeu pela de centenas de cidadãos palestinos, sob a justificativa pífia de que os militantes do Hamas usam as vítimas civis de escudo contra as bombas de Israel.
                                            A novidade mesma é a responsabilização penal e criminal do governo dos Estados Unidos da América como co-responsável pela chacina de indefesos e inocentes, ao fornecer ininterruptamente armas pesadas e munição para o bombardeio dos territórios palestinos. É certo que, como o Estado de Israel, os Estados Unidos não se submetem a nenhum tribunal penal internacional nem às suas leis. Está acima do Direito Internacional,sob a alegação de que é a polícia (boazinha) do mundo. Segundo aquela alta funcionária das Nações Unidas, os americanos poderão ser denunciados como cúmplices dos crimes de guerra na Faixa de Gaza porque fornecem as armas letais de destruição em massa do povo palestino. Coisa, aliás, que não permitem seja feita pelo Irã, a Síria, a Rússia ou a China. Isto é, o povo palestino tem mesmo que ser destruído pelas bombas das tropas israelitas.
                                           Pode a acusação e a eventual condenação por um tribunal internacional não resultar em nada, pois a ONU não dispõe de poder de polícia independente para fazer cumprir suas decisões. Mas vale a condenação moral da opinião pública mundial por esses atos de violência e desrespeito aos direitos humanos elementares de crianças e adultos, que estão morrendo, sob os pesados bombardeios da autoridade judia. Neste ponto, os Estados Unidos da América são tão responsáveis como os soldados israelenses pelo massacre dos palestinos. A política externa norte-americana é de um cinismo sem fronteiras: quando se trata de países inimigos, tudo pode, inclusive entrar em seus territórios, sem permissão do governo local, para caçar seus adversários (prática também utilizada pelo Estado judeu). Quando se trata dos amigos, aí a conversa é outra. Pelo visto os únicos povos que têm o direito de sobreviver, em suas fronteiras, sem sofrer agressão militar são os judeus e os americanos. O resto do mundo, não. Seria mais honesto condenar os palestinos à morte de uma vez, do que mantê-los em cativeiro  e esperar que eles aguentem pacientemente o fim dos tempos para se libertar.

Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador e professor da Universidade Federal de Pernambuco. 

Tijolinho do Jolugue: Quem fez a denúncia contra o candidato Aécio Neves



A teoria da conspiração anda solta quando está em jogo as eleições presidenciais de 2014. Quem, de fato, vazou as informações sobre o tal aeroporto construído, com dinheiro da Viúva, em terras desapropriadas de um tio-avô do candidato Aécio Neves? Há várias suspeitas, inclusive a do senador ter sido vítima de "fogo amigo". Ontem circulou a versão de que o vazamento estaria relacionado a uma disputa interna do grupo de economistas que assessoram o candidato. As motivações da Folha, por essa mesma reportagem, também, como já se poderia supor, não teria nada de republicana. Afinal, Aécio Neves é um nome do status quo conservador. A briga do jornal não seria com ele. Muito pelo contrário. Salvo na hipótese do surgimento de uma outra liderança que viesse a sintonizar-se com o establishment, algo ainda não observado no retrovisor político. Para evitar um desgaste maior à sua imagem - depois de muitas tergiversações - o candidato acabou admitindo que utilizou as pistas de pouso daquele aeroporto, um equívoco segundo ele e milhões de eleitores que deverão depositar seus votos nas urnas em outubro próximo. Salvo as declarações contundentes de Gilberto Carvalho sobre o assunto, o Planalto, por sua vez, no momento, também não está explorando muito o assunto, quiçá, guardando a munição para a campanha de rádio e televisão. Conforme afirmamos ontem, há quem assegure que o candidato foi abatido em pleno voo. O estrago para a sua imagem de candidato não teria conserto.

Nota do Editor: Confirmando-se que o tal "vazamento" é briga de cachorros grandes - e, portanto, nenhuma postura do jornal em defesa do interesse público - ontem, o candidato ocupou metade de uma página no jornal para se defender, admitindo o equívoco de ter utilizado o aeroporto em questão.

Tijolinho do Jolugue: Denúncia de compra de apoio político na Paraíba parece-nos desprovida de comprovação.

 
A última vez que fui ao Estado da Paraíba foi para comemorar o aniversário de uns amigos, já na casa dos setenta, em uma churrascaria na estrada que leva a Cabedelo, point da confraria. Jornalistas, blogueiros, políticos, advogados, empresários de todos os matizes políticos estiveram presentes. A farra foi boa. A princípio se pensou em comemorar no Restaurante Gulliver, onde se reúne a nata política do Estado, mas, certamente, não seria um ambiente que viesse proporcionar a descontração da rapaziada, matutos acostumados a beber e comer de se empanturrar, sem aquelas frescuras de ricos, como diria Tião, esquecendo-se da vacas magras dos tempos de estudante nas pensões de João Pessoa, onde o rodízio era à base de pão com a ensebada margarina Bem-Te-Vi, sardinhas em lata e a tradicional mortadela confiança. Estes momentos são fundamentais para conhecermos os bastidores da política daquele Estado. Muito antes das denúncias que explodiram ontem sobre a compra de apoio político por um dos candidatos ao Governo, nós já conhecíamos, em minúcias, os detalhes dessa história. Nós já fizemos pelas redes sociais e pela blogosfera várias criticas ao candidato acusado, que concorre ao Governo do Estado, mas agora, em razão do expediente jurídico, vamos fazer sua defesa. A forma como a denúncia está sendo apresentada cheira a armação, algo próximo à presunção de culpa, sem a materialidade incontestável de responsabilidade sobre os fatos. Certamente, isso será rejeitado quando chegar às mãos de juízes com o mínimo de equilíbrio. Em Pernambuco circula a notícia de um caso parecido, mas a denúncia está sendo conduzida pelas pessoas que receberam a proposta de venda de apoio político. É bem diferente. No Estado da Paraíba, por sua vez, pessoa ligada ao candidato situacionista teria ligado para políticos do interior, se passando por alguém ligado ao candidato da oposição, oferecendo dinheiro em troca de apoio político. Como esses políticos aceitaram a oferta, se concluiu que o expediente estaria sendo usado pelo adversário. Não sou advogado, mas não nos parece algo que possa ser sustentado do ponto de vista jurídico.

Tijolinho do Jolugue: Lula: Quem cuida dos pobres em Pernambuco e Minas Gerais é o Governo Federal.

 



Até mesmo os adversários reconhecem o grande potencial de comunicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Possivelmente, na próximas décadas, não surgirá um político que possa superá-lo em termos de comunicação de massa. Vai direto ao ponto, sem arrodeio, sem meias palavras, usando uma linguagem que povo entende. Isso nos faz lembrar de uma conversa com o senador Humberto Costa, ainda nos nossos madrigais acadêmicos. Humberto esteve em Petrolina, na década de 80, durante a criação do Partido dos Trabalhadores. No palco, com discurso inflamado, repetia insistentemente as palavras filiação e comissão, duas palavras que traduziam uma condição fundamental para viabilizar a agremiação no Estado. Ao encerrar o seu discurso, recebeu os cumprimentos de uma senhora que havia acompanhado com atenção toda a sua fala. Fitando o senador, essa senhora teria dito: Filiação não precisa porque menino aqui já tem demais. Mas, essa tal de comissão, se vier é bom porque a fome aqui é grande. A senhora havia confundido filiação com filhos e comissão com comida. No dia de ontem, na Bahia, Lula usou da verve para criticar os adversários de Dilma Rousseff. Numa referência ao propalado choque de gestão, teria dito que se trata de uma grande balela, pois quem cuida dos pobres em Pernambuco e em Minas Gerais é o Governo Federal.