Lula já sabia das dificuldades, mas preferiu pagar para ver. Além das conversas de negociações, supostamente, teria até liberado o pagamento de emendas parlamentares, tudo com o objetivo de não sofrer novas derrotas no Legislativo. Não deu certo. A Oposição, com o inestimável apoio de partidos da base, infligiu mais uma derrota ao Governo. Foram 346 votos a favor do veto ao aumento do IOF e 97 contra. Como se diz popularmente, uma derrota acachapante. Hoje, 17, o líder do Governo na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, observa que poderá haver retaliação contra os partidos da base que deixaram de apoiar o Governo. A Ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann já havia sinalizado no mesmo sentido.
Pessoalmente, não se conhece nenhum pronunciamento de Lula em relação ao assunto, mas o Governo já havia sido alertado em relação às dificuldades. Hugo Motta sofre uma pressão imensa da Oposição, assim como Davi Alcolumbre, embora a situação seja minimamente mais equilibrada na Casa Alta. Mesmo assim, também com apoio integral dos partidos da "base aliada", dá-se como certa a instauração da CPMI do INSS para logo após o feriado de São João. A situação é bastante delicada, uma vez que o Legislativo hoje goza de certa autonomia em relação às emendas, assim como as federações que estão se formando com esses partidos da base sinalizam para uma independência do Planalto.
Corre-se o risco de novos vexames, como o de tentar substituir nomes e se enfrentar novas recusas, como já ocorreu em relação às mudanças no Ministério das Comunicações. Aliás, aquela reforma ministerial pomposa que se prenunciava antes, acabou em mudanças pontuais, em alguns casos experimentando "soluções caseiras". Não há muito o que se possa ser feito.
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