pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Editorial: Amanhã será divulgada mais uma rodada de pesquisas do Datafolha.



Amanhã, 26, deverá ser divulgada mais uma rodada de pesquisas do Instituto Datafolha, envolvendo a disputa de capitais por todo o país. A expertise adquirida pelo Instituto ao longo dos anos, conferiram ao órgão a condição de referenciar ou não os escores apresentados pelos demais institutos. Daí a grande expectativa em torno dos números que serão apresentados pelo Instituto. Conforme antecipamos no dia de ontem, 25, a dinâmica competitiva do pleito apresentou mudanças importantes em algumas capitais, a exemplo do Recife, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Em, São Paulo, por exemplo, há uma gangorra entre os candidatos Guilherme Boulos(PSOL) e Ricardo Nunes(MDB), que se revezam na dianteira, conforme o instituto que realiza a pesquisa. 

Em todo caso, naquela praça, o consenso dos números indicam hoje uma segundo turno entre os dois, uma vez que o candidato Pablo Marçal(PRTB) sugere que estacionou na casa dos 20% das intenções de voto. Ainda se pode falar em empate técnico entre os três postulantes, sobretudo se considerarmos os índices de margem de erro dos institutos, mas, reiteradamente, Boulos e Nunes lideram o pelotão, o que deve significar alguma coisa, já que tem sido assim entre os vários institutos. Em alguns casos, como Salvador e Macapá, a toalha já foi jogada pelos adversários. Bruno Reis e Dr. Furlan já encomendaram o terno da posse. 

No Rio de Janeiro e no Recife ocorreram uma significativa reação dos candidatos bolsonaristas Alexandre Ramagem e  Gilson Machado, de acordo com o Instituto Atlas\Intel. Conforme afirmamos no início, aguarda-se os dados do Instituto Datafolha para confirmar ou não esta tendência. Aqui no Recife, a reação de Gilson Machado é isolada, o que dificulta bastante na difícil missão de abalar a montanha. Os demais postulantes que concorrem como oposição a João Campos ou estacionaram ou caíram nos seus escores, a exemplo de Daniel Coelho.  No Rio, se Ramagem continuar neste céu de brigadeiro nas pesquisas, poderemos ter um segundo turno. 

Charge! Thiago via Jornal do Commércio.

 


Charge! Pedro Vinício via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 24 de setembro de 2024

Editorial: Bolsonaristas que reagem nesta reta final de campanha.



Embora tecnicamente empatado com o candidato Guilherme Boulos na disputa pala Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, ao menos numericamente, na média, aparece à frente de psolista e é um dos nomes que deverão disputar o segundo turno na capital paulista. Suas perspectivas são boas na disputa do segundo turno, conforme aponta os próprios institutos de pesquisa. Nunes chegou a enfrentar um momento difícil na campanha, mas hoje está no jogo. Guilherme Boulos sabe que tem um trabalho hercúleo pela frente para superar o ponto de corte conservador, que sempre atrapalha as pretensões da esquerda em São Paulo. 

No Rio de Janeiro, o delegado Alexandre Ramagem também viu a ampliação sensível dos seus índices na disputa pela capital. Uma reação nas duas últimas semanas. Se continuar crescendo nesses níveis, até mesmo uma improvável decisão em segundo turno passa a surgir no horizonte, revivendo o fantasma de eleições anteriores, onde candidaturas conservadoras mostram um fôlego incomum na reta final da campanha, jogando uma ducha fria em candidaturas mais identificadas com segmentos progressistas. 

Em Fortaleza, o deputado federal André Fernandes comemora a ultrapassagem ao candidato Capitão Wagner na disputa pela prefeitura da capital. Já esteve em situação bem menos confortável no início da campanha. No Recife, Gilson Machado deve está comemorando seus índices, que se ampliaram bastante segundo o levantamento do Instituto Atlas\Intel, onde ele aparece com 20% das intenções de voto, embora ainda muito aquém de ameaçar a hegemonia do prefeito João Campos, que concorre à reeleição. 



Na disputa pela prefeitura de Fortaleza, o Instituto Paraná Pesquisas aponta um empate triplo entre os candidatos André Fernandes(PL-CE),  Capitão Wagner(UB-CE) e Evandro Leitão(PT-CE). Durante a campanha, naquela praça, observou-se alguns aspectos curiosos na dinâmica competitiva do pleito. As ascendência da candidatura do PL, representada pelo deputado André Fernandes, assim como a de Evandro Leitão, do PT, que esboça uma reação nesta reta final de campanha. Um outro dado curioso é o declínio do Capitão Wagner, que, durante muito tempo, liderou as pesquisas de intenções de voto, mas hoje cede este espaço para o jovem parlamentar André Fernandes. Ambos bebem na mesma fonte do bolsonarismo. Capitão Wagner tem uma identificação maior com o estamento militar, enquanto André Fernandes tem expressiva penetração junto ao eleitorado evangélico. 

A esta altura do campeonato, existem algumas candidaturas que estão sendo solenemente abandonadas pelos partidos que as patrocinam, em razão da absoluta incapacidade de reação. O candidato do PT em Salvador é um desses exemplos. Bruno Reis, do União Brasil, atual gestor, deve ser reconduzido ao cargo sem maiores dificuldades. Em Fortaleza, a candidatura de Evandro Leitão emite sinais de que pode ir para o segundo turno, principalmente considerando-se a improbabilidade de uma disputa entre dois bolsonaristas. Há uma queixa dos petistas locais no sentido de pleitear um apoio mais efetivo das estrelas nacionais da legenda em prol do candidato Evandro. 

Nesta pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas o candidato do PDT, José Sarto, atual gestor da cidade, pontua com 15,6% das intenções de voto. Sarto conta com o apoio irrestrito do ex-governador Ciro Gomes, cuja liderança e o capital político hoje pode não ser suficiente para alavancar uma candidatura. Ciro é um poço até aqui de mágoa com o PT, que, prioritariamente, seria, na sua concepção, o grande inimigo do cearense neste momento. Num eventual duelo de segundo turno entre petistas e bolsonaristas alguém tem dúvidas para onde ele caminha? Coisa das contingências políticas. A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas foi realizada entre os dias 19 e 22 setembro e está registrada no TSE-CE sob o número 07574\2024. Eis os números: 

André Fernandes(PL) - 25,3%

Evandro Leitão(PT) - 22,1%

Capitão Wagner(UB) - 20,8%

José Sarto(PDT) - 15,6%

Eduardo Girão(Novo) - 3,1%

Editorial: Marçal é expulso do debate da FlowNews.



Depois das novas confusões protagonizadas no debate de ontem, organizado pela FlowNews, onde assessores do candidato Pablo Marçal(PRTB) agrediram o marqueteiro do candidato Ricardo Nunes(MDB), no próximo domingo, 28, está programado o debate organizado pela Rede Record, onde se espera que os ânimos já tenham sido serenados ou arrefecidos. Na realidade, o problema já ocorreu no finalzinho do debate, onde o ex-coach havia se segurado ao limite. No momento das considerações finais, no entanto, apesar de advertido pelo moderador, ele se referiu de forma desrespeitosa contra Ricardo Nunes. Foi expulso do encontro, o que acarretou uma confusão generalizada entre seus assessores e o marqueteiro do prefeito, culminando com agressões físicas. Ao invés de programa de governo tivemos um Boletim de Ocorrência.  

Logo após os problemas gerados durante o debate da Band, já havíamos previsto que a situação caminhava para um quadro irreversível de insultos e agressões durante a campanha. Curioso que, ao não atingir seus objetivos desta forma, o candidato Pablo Marçal dobra a aposta, entrando numa espiral complicada, uma vez que não conhece outra estratégia. Não tem proposta para debater com os concorrentes, de forma republicana e civilizada, os problemas e as soluções de uma metrópoles com a complexidade de São Paulo. Sugere-se que ele conceba a hipótese de, em sendo cada vez mais agressivo, tal atitude possa melhorar os seus índices, quando as últimas pesquisas mostram exatamente o contrário. Conforme resumiu o jornalista Josias de Souza, Marçal só faz "M", entendam os leitores como desejarem. 

O debate transcorreu num clima bastante propositivo. Uma pena que, no final, tenha descampado para este episódio. Segundo algumas análises, tratou-se de um dos melhores debates até aqui organizado. Nunes esboçou a possibilidade de não comparecer, mas voltou atrás. O quadro ainda está rigorosamente indefino, sugerindo-se, na média, um segundo turno entre Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Para o cientista político Antônio Lavareda, o primeiro turno já está definido. A pesquisa do Atlas\Intel injetou um alento novo à candidatura de Boulos, pois ali ele aparece descolado de Ricardo Nunes, pontuando com 28% das intenções de voto. 

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Editorial: Uma notícia boa para Boulos.



Hoje saiu mais uma pesquisa sobre a disputa eleitoral em São Paulo, a realizada pelo Instituto Atlas\Intel. Apresenta novidades em relação às pesquisas anteriores, cujos dados foram divulgados recentemente. Ou seja, a pesquisa divulgada no dia de hoje, 23, não apenas confirma um renitente empate técnico entre os candidatos Ricardo Nunes(MDB-SP), e Pablo Marçal(PRTB-SP), mas mostra um deslocamento do candidato Guilherme Boulos, do PSOL, que aparece com 28% das intenções de voto, escore acima da margem de erro do instituto, que trabalha com 3.3 percentuais.  Marçal anda fazendo uma esforço hercúleo para recuperar terreno, depois que suas taxas de rejeição desmoronavam em razão de suas posturas durante a campanha. 

Na realidade, o processo democrático agradece o lampejo de lucidez que tomou conta do eleitorado paulista, ao repelir, veementemente, atitudes não condizentes do candidato. A cada dia ele se atrapalha mais, ao afirmar que a campanha teve duas etapas e, somente agora, ele se propõe a apresentar propostas concretas para gerir a maior metrópoles do país. Pelo andar da carruagem política, um tarde demais. Apesar de um ligeiro escorrego durante a campanha, hoje, a situação mais confortável é a do psolista Guilherme Boulos, com vaga assegurada no segundo turno. 

A notícia ruim é que, até aqui, todas as projeções de segundo turno apresenta o gestor Ricardo Nunes como favorito. Ele derrotaria Guilherme Boulos, assim como Pablo Marçal, hoje uma hipótese menos provável. A candidata Tabata Amaral esboça uma reação nesta reta final da campanha, mas ainda muito distante de alcançar o pelotão da frente. Aparece com 11% das intenções de voto. O apresentador José Luiz Datena, também não tirou alguma vantagem da cadeirada, mantendo seus índices históricos. A situação de Datena está praticamente definida, mantendo-se agora o trabalho no sentido de assegurar votos para eleger eventuais vereadores tucanos. O instituto Atlas\Intel ouviu 2.218 eleitores, entre os dias 17 e 22 de setembro e está registrada no TSE\SP-03546\2024. Eis os números: 

Guilherme Boulos(PSOL) - 28, 4%

Pablo Marçal (PRTB) - 20,9%

Ricardo Nunes(MDB) - 20,9%

Tabata Amaral(PSB) - 10,8%

José Luiz Datena(PSDB) - 6,9%

Marina Helena(Novo) - 3,8%

Editorial: Intensificam-se os conflitos entre Israel e o Hezbollah.


A escalada da guerra no Líbano é hoje uma das maiores preocupações da humanidade. Até recentemente, através de uma ação supostamente das forças de inteligência de Israel, vários pagers explodiram no Líbano, alguns dos quais na posse de pessoas sabidamente vinculadas ao grupo radical Hezbollah. Há o registro, no entanto, de mais de uma dezena de mortos, além de milhares de feridos graves, entre os quais crianças sem nenhuma vinculação ao grupo. Logo em seguida, através de bombardeio, Israel afirma ter eliminado fisicamente lideranças militares do grupo, produzindo baixas consideráveis na organização. 

Em represália, o grupo Hezbollah acionou milhares de foguetes contra o território judeu, produzindo, sobretudo, danos materiais. É muito complicado este conflito estabelecido entre Israel e seus inimigos naquela região. Talvez sem solução, como chegou a sugerir o historiador britânico Eric Hobsbawm. Hoje, através de uma investida de Israel, estima-se mais de cem mortos em território libanês. Basta o indivíduo se posicionar contra a morte da população civil, que não tem nada a ver com o conflito entre o Estado Judeu e o grupo radical islâmico, para atrair a ira divina. 

O jornal O Estado de São Paulo produziu uma excelente matéria sobre a atuação do serviço de inteligência de Israel, o Mossad. Especula-se que eles poderiam ter engendrado a operação responsável pela explosão dos pagers. Caso isso se confirme, o pessoal do Mossad está se tornando especialista neste assunto. Há alguns anos atrás, este atentado eles assumem, ocorreu o assassinato de um membro do Setembro Negro, em Paris, em circunstâncias semelhantes. O Setembro Negro, anos antes, durante a Olimpíada de Munique, na Alemanha, sequestraram e mataram atletas israelenses que participariam daquela competição esportiva. Os terroristas foram literalmente "caçados" pelo Mossad. 

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 22 de setembro de 2024

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


Editorial: João Campos vai ao debate da TV Jornal?



Há algum tempo, quando ainda esquentávamos os bancos universitário, era frequente a queixa dos professores quanto à dificuldade de levar os políticos para debaterem suas propostas de governo no circuito acadêmico. Exista, no entanto, uma raríssima exceção, um político de perfil conservador, que não vamos citá-lo por aqui, que sempre se dispunha a discutir com a rapaziada as suas propostas. O candidato João Campos deixou de comparecer recentemente ao debate promovido pela ADUFEPE, a associação que congrega os professores da UFPE. Todos os demais aspirantes ao Palácio Capibaribe compareçam ao evento, inclusive o bolsonarista Gilson Machado. 

Não tivemos a oportunidade de acompanhar, mas, a rigor, o que se comenta é que o debate foi morno, sem grandes entusiasmos. A própria universidade passa por um momento difícil, mesmo diante de um governo de perfil progressista, que sempre se identificou com a comunidade acadêmica. Preocupa bastante algumas sinalizações emitidas pelo Governo Lula 3, mas não é este o momento para discuti-las. O conglomerado de comunicação do Sistema Jornal do Commércio está anunciando para o próximo dia primeiro o seu debate com os candidatos que concorrem à Prefeitura da Cidade do Recife. 

O socialista já informou que irá aos debates. Há alguns deles programados até o dia 06. Recife, pelo andar da carruagem política, não terá segundo turno. João Campos estabeleceu uma vantagem tão expressiva em relação aos seus concorrentes que não teria nada a perder em comparecer aos debates. É um compromisso com a democracia, que ele precisa honrar, dando um bom exemplo de respeito aos seus diletos eleitores.  

sábado, 21 de setembro de 2024

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


Editorial: O incrível Dr. Furlan.



Esqueçam Bruno Reis, João Campos, assim como João Henrique Caldas, prefeito de Maceió, que disputa a reeleição, mas conhecido como JHC. O grande campeão de votos entre os aspirantes à gestão de uma capital no país deve ser mesmo o Dr. Furlan, do MDB, que disputa a gestão de Macapá, a capital do Amapá. Ele já chegou aos incríveis índices de 91% das intenções de voto. Hoje, segundo o Datafolha, ele caiu para 86%, mas, ainda assim, estamos tratando de um escore superior aos de Bruno Reis(UB-BA), João Campos(PSB-PE) e João Henrique Caldas(PL-AL). 

Há um concorrente que até acabou abandonando a disputa, diante de tanto favoritismo do Dr. Furlan. O êxito do Dr. Furlan está associado a uma boa gestão da capital do estado do Amapá, um dos fatores mais importantes para credenciar os prefeitos a continuarem nos cargos, consoante levantamentos dos institutos de opinião. No início do ano, o senador do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, fez uma previsão onde apontava que o PT não elegeria nenhum prefeito de capital. De fato, suas previsões estão se confirmando. Temos nuvens cinzentas por aqui, mas não são de chuvas e sim de fuligem.  

O quadro preocupa porque o capital político da legenda, inclusive em redutos tradicionais como o Nordeste, despenca a cada nova eleição. Há duas capitais onde o partido pode chegar lá, mas sempre a reboque, como é o caso do Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, e o Recife, com João Campos. Adriana Accorsi chegou a liderar a disputa pela capital Goiânia, mas foi ultrapassada por Sandro Mabel, do União Brasil, que hoje lidera a disputa. O quadro na principal metrópoles do país, por outro lado, começa a se definir concretamente. Tudo indica que teremos um segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Neste caso, a Faria Lima entra em campo para preservar seus quinhões. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Editorial: Marçal muda de estratégia. Tarde demais!?



O debate do SBT\Terra, realizado no dia de hoje, 20, mostrou uma mudança substantiva de comportamento do empresário e candidato Pablo Marçal(PRTB-SP). O "sotaque" ele não perdeu, se permitindo o uso de algumas indiretas ou ironias, mas, a rigor, apresentou-se como um aspirante mais moderado, equilibrado, até discutindo propostas para a cidade. Diante da sequência de problemas apresentados durante os debates anteriores, o SBT endureceu as regras, tornando comportamentos inadequados passíveis de expulsão do candidato. Nem os apelidos foram tolerados, embora a tchutchuca do PCC aparecesse nos momentos finais do enfrentamento. 

Marçal, diante dos números desfavoráveis e o aumento expressivo de sua rejeição, tentou, hipoteticamente, estipular dois momentos distintos da campanha. Aquele em que ele expôs a biografia dos seus concorrentes, e, a partir de agora, quando teremos apenas duas semanas para a votação de 06 de outubro. Definitivamente, faltou combinar com os eleitores, que repeliram o seu comportamento agressivo e beligerante. Estratégias equivocadas em campanha podem ser determinantes para o desempenho de um candidato. Alguns bons analistas sugerem que seu definhamento ou estagnação deverá ir ate as urnas, no dia 06. A eleição em São será definida entre Ricardo Nunes, do MDB,  e Guilherme Boulos, do PSOL. 

Pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas, no dia de hoje, 20, não sugere mudanças significativas, mas continua apontando um empate técnico entre ele, Boulos e Nunes, o que demonstra a resiliência do empresário.  Vamos aguardar mais um pouco, mas a sua situação hoje não é das melhores. Há indicadores de saturação do eleitorado com o seu comportamento não condizente com um processo eleitoral minimamente civilizado. 

Editorial: Por dentro das pesquisas de intenção de voto.



Com o andamento da campanha, alguns dos grandes institutos de pesquisa passaram a mensurar as reações mais íntimas dos eleitores em relação aos seus candidatos. Índices de aprovação para aqueles que já administram a máquina; taxas de rejeição dos concorrentes, estratificação do eleitorado por renda, formação, zonas da cidade onde residem, religiosidade, entre outras características.  A princípio, a preocupação maior dos eleitores seria a de observar os números finais, aqueles escores que indicam o percentual de votos dos candidatos, principalmente a performance daquele com o qual ele se identifica. Há até aquela indicação do voto útil, ou seja, o eleitor pode deixar de votar no seu preferido em razão de sua impossibilidade de chegar lá. 

Os dados levantados por esses institutos, porém, agora são de fundamental importância para se concluir algo em torno do potencial de êxito do candidato X ou Y na disputa. Em São Paulo, por exemplo, observa-se o desmoronamento da candidatura de Pablo Marçal(PRTB-SP), sobretudo em razão do seu comportamento inadequado, rejeitado pelos eleitores. Há uma grande possibilidade dele não ir para o segundo turno, que deve ficar polarizado mesmo entre Guilherme Boulos(PSOL-SP) e Ricardo Nunes(MDB-SP). A eleição está equilibradíssima, mas, sob certos aspectos, o staff de campanha de Ricardo Nunes, ainda com base nesses percentuais estratificados, já pode comemorar a possibilidade concreta de reeleição. As avaliação de segundo turno sugerem que ele venceria com relativa facilidade em relação ao Guilherme Boulos, e daria uma lavagem em Marçal, caso ele ainda possa se recuperar, o que os números de rejeição não sugerem. 

Aqui no Recife, com baixíssima rejeição e percentual de votos que atingem o índice de 77% de acordo com o último Datafolha, o prefeito João Campos já pode encomendar o terno da posse. A questão agora é saber quem atinge um percentual maior de votação. Se ele ou o candidato do União Brasil, em Salvador, Bruno Reis. Daniel Coelho, candidato que conta com o apoio do Palácio do Campo das Princesas, não decola. O bolsonarista Gilson Machado, amealha melhoras nos seus índices, mas muito aquém do suficiente para se tornar um candidato efetivamente competitivo.  Ademais, ele possui uma taxa alta de rejeição, o que interdita seu avanço nas intenções de voto. 

 

Charge! Thiago via Jornal do Commércio.

 


Charge! Jaguar via Folha de São Paulo

 


Editorial: "Translados", de Nicolás Gil Lavreda.


É curioso como o gênero "documentário" suscita tantas polêmicas entre os estudiosos de cinema. Há uma vasta bibliografia tratando do assunto, mas as polêmicas persistem. O documentário pode recriar a realidade; é possível inserir elementos ficcionais num documentário; mulheres e homens reagem diferente na abordagens de determinados temas, onde se pressupõe que até questões de gêneros podem influir no resultado da realização de um documentário. Um documentarista famoso observou esta nuance ao entrevistar um grupo de homens e um grupo de mulheres sobre as atrocidades cometidas pela ditadura chilena. 

Enquanto os homens aram mais retraídos, as mulheres, embora reticentes no início, se mostravam bem mais à vontade em relatar os fatos. Estreou na argentina, em Buenos Aires, precisamente, o documentário "Translados", do cineasta Nicolás Gil Lavreda, que aborda os famosos voos da morte, um expediente utilizado pela ditadura daquele país para assassinarem seus opositores. Os voos da morte consistiam em dopar as vítimas e atirá-las ao mar ou ao Rio da Prata. Nicolás reuniu relatos de pessoas que sobreviveram; depoimentos de agentes de Estado que participaram ou que conheciam detalhes sobre essas atrocidades; além de documentos que puderam ser confirmados, como relatórios dos serviços de inteligência. 

Um dos casos mais emblemáticos é o de um grupo de mulheres ligadas a Igreja Católica, que foram deduradas por um agente infiltrado. O agente foi condenado, assim como outros tantos militares e civis que estiveram envolvidos com violações graves dos direitos humanos naquele país. Durante a exibição, com casa cheia, as pessoas aplaudiram e se emocionaram com as cenas mostradas no documentário. Até recentemente foi produzido um outro documentário sobre um grupo de estudantes secundaristas desaparecidos e mortos depois de reclamarem sobre a concessão de um benefício de transporte público. É sempre bom que essas verdades venham à superfície através das câmaras desses jovens cineastas.  

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Editorial: Fogo não se apaga com saliva II


Este é o título do editorial de hoje, 19, do jornal O Estado de São Paulo. O problema das queimadas que se alastram pelo Brasil, de fato, está produzindo um prejuízo humanitário, ambiental e político gigantesco ao país e à sua população. Fauna e flora de biomas como o Amazônico, o Cerrado e Mata Atlântica estão em risco, comprometendo, talvez irremediavelmente, a imagem que o Brasil procurou ostentar no contexto das relações internacionais, como tendo um governo que, agora, depois do furacão bolsonarista, tomava as rédeas da preservação de suas reservas naturais. 

Existem alguns fatores ambientais que estão contribuindo para este desastre, principalmente em zonas como do estado de São Paulo, mas, a rigor, como reconhece o próprio presidente Lula, há um profundo despreparo nosso para lidar com uma emergência como a que estamos enfrentado. Para completar  o enredo, quase todos os dias as forças policiais apontam indícios de ações coordenadas ou prendem marginais tocando fogo em áreas de mata. O fato é que o Brasil arde em chamas. Segundo alguns observadores, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por não ter mais como explicar a situação, estaria sendo blindada pelo governo, restringindo ao máximo a concessões de entrevistas para tratar do tema nevrálgico.  

Lula propôs a convocação dos entes federados para definir ações conjuntas, mas desistiu da ideia depois que, possivelmente, percebeu as inúmeras dificuldades de construção de algum consenso sobre o assunto.   

Charge! Thiago via Jornal do Commércio

 


Editorial: As prioridades do PT que não estão bem na disputa eleitoral.



Tínhamos uma certa curiosidade em conhecer essas prioridades do PT em relação às próximas eleições municipais. Sabia-se que era uma questão de honra retomar o controle da cidade de São Bernardo, em São Paulo, berço da legenda. Vencer em São Paulo também poderia significar uma vitória honrosa e estratégica para os planos do partido nas eleições presidenciais de 2026. A maior queda de braços entre o petismo e o bolsonarismo, na realidade se trava na capital paulista, por inúmeros motivos, alguns até simbólicos. Ontem fomos dá uma chegada nessas prioridades e as notícias não são nada boas para a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Em nenhuma dessas cidades a situação inspira confiança na vitória em 06 de outubro. Em Natal, Natália Benevides aparece atrás de Carlos Eduardo, do PSD, que representa setores mais  conservadoras da capital potiguar. Em Porto Alegre, Maria do Rosário já esteve bem, mas foi ultrapassada pelo candidato do MDB, Sebastião Melo. Em Belo Horizonte, Rogério Correia, que nada em recursos destinados para a sua campanha, não decola. Em São Paulo é quase certo que tenhamos um segundo turno e, neste caso, a situação também não inspira confiança, uma vez que todas as sondagens, realizadas  por diferentes institutos, indicam a vitória de Ricardo Nunes, do MDB. Os dois passam, segundo analistas, mas teremos uma batalha campal pela frente. Ah, já íamos esquecendo. Em São Bernardo, os tucanos correm o risco de continuar à frente da Prefeitura. 

Não deixa de ser interessante observar os critérios que estão em jogo na definição dessas prioridades. Possivelmente eles se estabelecem pelos padrões de capilaridade dos atores em relação à burocracia nacional da legenda, como são os casos de Bonavides, Rogério Correia e Maria do Rosário. Em Belo Horizonte cogita-se até mesmo uma gestão para que Duda Salabert desista da disputa em favor de Rogério Correia. 

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Editorial: Cícero Lucena lidera em João Pessoa, segundo Instituto Quaest.



O atual gestor de João Pessoa, Cícero Lucena(PP-PB), que concorre à reeleição, lidera as pesquisas de intenção de voto, de acordo com o último levantamento do Instituto Quaest, divulgada no dia de ontem. Os olhares que se lançam sobre esses números, consoante o lugar de fala, são os mais díspares possíveis, por razões óbvias. Cícero, por exemplo, afirma que pesquisas internas dizem que ele está ainda melhor. Cartaxo não joga a toalha e afirma que estará no segundo turno. Marcelo Queiroga, o bolsonarista, afirma que o percentual de indecisos ainda é muito expressivo para alguém contar vitória ainda neste momento. 

Cícero já esteve um pouco melhor, é verdade, mas ainda assim, de acordo com os dados do Quaest, pode liquidar a fatura ainda no primeiro turno daquelas eleições. A boa performance do gestor é sustentada numa boa avaliação de sua gestão à frente dos destinos dos pessoenses. Cícero conseguiu montar uma base de apoio que vai dos socialistas aos progressistas, o seu partido. Por pouco não recebeu o apoio do PT para o seu projeto de reeleição, conforme advogavam setores daquela agremiação. Por outro lado, seu eleitorado conservador parece que não esboça indícios de abandoná-lo, conforme se previa, consoante os nomes que entraram na disputa, em princípio, com o potencial de desidratá-lo. 

O curioso neste levantamento é a boa performance do candidato Yuri Ezequiel, da Unidade Popular, um partido lançado recentemente, mas com um bom potencial de atrair os eleitores mais orientandos ideologicamente, como aqueles que se afinavam com o PT na década de 80. O partido estabelece relações orgânicas com os movimentos sociais. Bom para a democracia à medida em que os partidos de esquerda de outrora parecem ter se entusiasmado demais com a democracia representativa burguesa. Eis os números: 

Cícero Lucena(PP-PB) - 49%

Rui Carneiro(Podemos) - 14%

Luciano Cartaxo(PT-PB) - 11%

Marcelo Queiroga (PL-PB) - 11%

Yuri Ezequiel(UP) - 1%

Editorial: A primeira Quaest depois da cadeirada.



Ao longo da vida, vamos deixando de nos surpreender diante de alguns fatos. Por isso, não formulamos grandes expectativas em relação a esta última pesquisa do Instituto Quaest, já depois daquele espetáculo deprimente que ocorreu durante o debate da TV Cultura, onde um dos candidatos agrediu o concorrente com uma cadeirada. Já havíamos vaticinado que os padrões civilizados de condução do processo eleitoral em São Paulo estavam irremediavelmente comprometidos. Isso desde o debate da Rede Bandeirante. A reação do eleitorado a determinados comportamentos dos candidatos, por outro lado, são imprevisíveis, nem sempre orientandos por padrões de racionalidade ou bom senso. 

Mesmo que numericamente, o apresentador José Luiz Datena(PSDB-SP) cresceu neste último levantamento da Quaest. Passou de 8% das intenções de voto para 10%, daí a imprevisibilidade sobre a reação do eleitorado. Pablo Marçal, o agredido, mas que provocou a agressão, com ofensas dirigidas contra o candidato José Luiz Datena, mantém-se no seu patamar, com 20% das intenções de voto. A rigor, o levamento não traz mudanças significativas no cenário, quando comparado aos últimos levantamentos realizados antes da cadeirada, quando os analistas já começavam a observar uma estagnação do candidato Pablo Marçal(PRTB-SP). 

Cientista político com uma longa expertise em pesquisas de intenção de voto já aventavam a hipótese de o empresário não mais ir para o segundo turno, que já estaria definido entre Guilherme Boulos(PSOL-SP) e Ricardo Nunes(MDB-SP).  No debate de ontem, organizado pela Rede TV\UOL, os padrões de agressividade foram mantidos. Salvo melhor juízo, o próximo será o do SBT, dia 21. Num eventual segundo, em todos os institutos, há um franco favoritismo do candidato Ricardo Nunes, o que deve deixar o Planalto de barbas de molho, uma vez que teremos segundo turno em São Paulo. 

Charge! Pedro Vinício via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 17 de setembro de 2024

Charge! Thiago via Jornal do Commércio

 


Editorial: O segundo round está programado para hoje. Ou seria debate?



Infelizmente chegamos e este estágio em relação aos encontros programados entre os candidatos que concorrem às eleições municipais deste ano, em São Paulo. Teremos mais alguns debates programados pela frente, mas, a rigor, pelo andar da carruagem política, tais encontros estão se parecendo mais com ringue de luta livre. Hoje teremos o encontro organizado pela Rede TV e o Portal Uol, a partir das 22h:00. Pela manhã até comentamos por aqui sobre os próximos debates e havíamos esquecidos deste, que já será hoje, dia 17.  Essas cadeiradas estão dando o que falar. Repercutiu até na imprensa internacional. 

Até empresas já estão anunciando as "cadeiras" utilizadas por José Luiz Datena durante o debate. Rendeu BO na Polícia Civil, onde ficou caraterizada a agressão, e não uma tentativa de assassinato, como desejava o staff do candidato Pablo Marçal. Pelas redes sociais, obviamente, renderam alguns cortes e ampliação do número de seguidores. Estima-se que Datena tenha conseguido 40 mil seguidores numa de suas redes, assim como Pablo outros tantos 400 mil. A Band passa a se preocupar com o contrato que o apresentador detém com a emissora. Como isso poderia repercutir em termos de uma média de audiência que eles mantém durante a apresentação do programa, há vários anos transmitido pela emissora paulista. 

A equipe de Ricardo Nunes considera a possibilidade de ele vir a ser o herdeiro natural dos eleitores que desistirem de votar no apresentador, assim como no empresário, em razão do episódio. A Rede TV, por precaução, mandou fixar as cadeiras que serão utilizadas pelos concorrentes que disputam a cadeira de prefeito da maior metrópoles do país. Conforme afirmamos no início, é lamentável que tenhamos chegado a este estágio. Compete ao eleitorado repelir, nas urnas, tais comportamentos indesejáveis como o que ocorreu na TV Cultura.  

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Editorial: Datena continua na disputa em São Paulo.



Ainda teremos alguns desdobramentos depois do incidente ocorrido na noite de ontem, 15, quando, durante o debate da TV Cultura, o candidato José Luiz Datena(PSDB-SP) agrediu com uma cadeira o adversário, Pablo Marçal(PRTB-SP), que o provocou insistentemente durante suas intervenções. Depois do debate da Rede Bandeirante, já havíamos previsto por aqui que as coisas haviam desandados no sentido de termos uma campanha eleitoral dentro de padrões  civilizados. Afinal, está em disputa a gestão da maior metrópoles do país. Mais uma vez as candidatas Tabata Amaral e Marina conseguiram manter os níveis civilizados durante as discussões, uma vez que Guilherme Boulos, igualmente, trocou inúmeras farpas com o candidato Ricardo Nunes. 

O eleitor já esboçava indicadores no sentido de desaprovar o comportamento agressivo e intempestivo do candidato Pablo Marçal, se considerarmos os seus índices do último Datafolha, onde ele começava a declinar nas intenções de voto. Há quem acredite, até mesmo, que as provocações tinham como objetivo exatamente aquele desfecho, a julgar pela maximização do ocorrido pela equipe do candidato, que se coloca como vítima, assim como Donald Trump nos Estados Unidos e Bolsonaro há alguns anos atrás. Marconi Perillo já confirmou que o candidato José Luiz Datena deve permanecer na disputa. A atitude mais coerente do eleitor seria a de  repelir, com veemência, comportamentos desse gênero. 

Existem alguns outros debates programados, como o do SBT no dia 20\09, logo em seguida do da Record, um outro do portal Terra e, finalmente, já no finalzinho da campanha, o da Rede Globo. A Band começa e a Globo termina, conforme a tradição. Não sei como esses organizadores irão se comportar em relação ao assunto depois do ocorrido. Não há regra que consiga conter essas malandragens, conforme ficou evidenciado. A TV Cultura adotou todos os mecanismos possíveis para evitar o pior e o pior aconteceu.  

Editorial: O plano para assassinar Nicolás Maduro.



Serviço secreto é secreto. Se não, não seria serviço secreto. Assim, é pouco provável que tenhamos uma elucidação completa a acerca de um suposto plano para desestabilizar o governo da Venezuela e assassinar o presidente Nicolás Maduro. Todas as versão sobre este fato apresentadas até o momento estão sendo cabalmente desmentidas, ora pelos governos envolvidos, ora pelos familiares dos detidos. O cara não vai dizer para os familiares que é oficial de inteligência do serviço secreto espanhol ou integra os quadros de ações sabotagens no exterior da agência de inteligência americana. 

A CIA sempre se utiliza de prepostos ou mercenários para a realização desses trabalhos sujos. É uma outra grande ilusão imaginar que esses métodos foram arquivados depois da década de 60, de onde se conclui que o Governo da Venezuela talvez não esteja, necessariamente, criando uma cortina de fumaça em torno do assunto. Há precedentes inclusive naquele país. O que surpreende, neste caso, é a suposta participação do pessoal da inteligência espanhola no episódio. Diosdado Cabello, Ministro do Interior, anunciou a prisão de agentes americanos e espanhóis, além da apreensão de mais de 400 armas, que estariam esperando a chegada de mercenários, com o propósito de empreenderem ações com o propósito de desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.  

Diosdado Cabello sugere que opositores poderiam estar por trás dessas tessituras. A situação, que já não estava muito boa naquela país, tende a agravar-se, com um inevitável endurecimento do regime de Nicolás Maduro, isolado e enxergando inimigos por todos os lados.