pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Prefeitura de São Paulo
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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Drops Político: Quem confirmou presença o debate da Gazeta no próximo domingo?



Depois do que ocorreu com o debate organizado pela Revista Veja, não dá mais para confiar nas assinaturas de alguns candidatos que concorrem ao pleito da maior metrópoles brasileira. Todos assumiram que participariam do debate, mas alguns se recusaram a comparecer. Há quem assegure que teria sido algo articulado em conjunto, mas as informações sobre o assunto são dispersivas. As redes sociais estão anunciando que a TV Gazeta realiza seu debate no próximo domingo. Nesta segunda-feira é a vez da Globo News iniciar uma série de entrevistas com os candidatos que concorrem ao Edifício Matarazzo. 

O primeiro deles é o polêmico Pablo Marçal. Uma pena que, por um capricho do candidato, o eleitor seja privado de conhecer as suas propostas para a pólis. Fugir aos debates não é a melhor forma de enfrentar a antipolítica representada pelo candidato Pablo Marçal. Ao contrário. Até a virilidade dos fujões foi questionada durante a fala do Marçal.  Marçal não deseja discutir São Paulo porque ele não tem propostas para a cidade. É a primeira vez que eu vejo um candidato ser questionado sobre determinado tema e não responder absolutamente nada. Ausência nos debates reforça sua estratégia de antipolítica. Quando menos debate, melhor para ele. Assinem nosso perfil da Privacy. 

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Editorial: Pablo Marçal não sabe chegar ao Capão Redondo.



Secretário de Obras de um das gestões de Jarbas Vasconcelos como prefeito do Recife, João Braga considerou a possibilidade de ter o apoio do chefe ao seu projeto de candidatar-se à Prefeitura do Recife. Jarbas, que à época costurava alianças com o propósito de chegar ao Palácio do Campo das Princesas, porém, tinha outros planos. Salvo melhor juízo, Braga chegou a candidatar-se, mas por uma outra legenda, sem o apoio de Jarbas Vasconcelos. 

Braga conhecia muito bem o Recife. Certamente como nenhum dos outros postulantes ao cargo. Escreveu até um livro tratando deste assunto. Num desses debates, sugeriu que um dos concorrentes, se deixado no Largo Dona Regina, em Nova Descoberta, não mais conseguiria voltar à sede da Prefeitura sozinho. Aqui pertinho, em Olinda, um dos candidatos perguntou ao concorrente, durante um debate, o que ele faria com o posto de saúde do Beco da Marinete. Como ele não conhecia o Beco da Marinete, teceu alguns comentários genéricos sobre o assunto, para ser informado, logo em seguida, que não havia posto de saúde no Beco da Marinete. 

No dia de ontem, durante uma entrevista, o jornalista do SBT, Heródoto Barbeiro, insistiu com o entrevistado Pablo Marçal sobre se ele saberia como chegar ao Capão Redondo. Ele falou em GPS, helicópteros, aplicativos, mas, de fato, ficou evidente que ele desconhecia o itinerário do transporte público coletivo para se chegar ao local. Como o empresário parece bem versado na área de comunicação, convém aqui fazer uma consideração: o eleitor costumava levar a sério essas questões.  

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Editorial: O efeito "Pablo Marçal" nas eleições paulista deste ano.


Crédito: Pablo Marçal\Instagram

Em matéria no site da revista Veja, a jornalista Marcela Hahal, observa que o ex-presiente Jair Bolsonaro teria sido procurado pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, no sentido de checar a informação de que ele poderia não apoiá-lo em seu projeto de reeleição. A informação teria sido divulgada pelo coach Pablo Marçal, que recenemente lançou sua candidatura à prefeitura pelo PRTB, uma liderança que também tem lá suas afinidades com o bolsonarismo. 

O ex-presidente, no entanto, reafirmou sua disposição de continuar apoiando o projeto de reeleição do prefeito Ricardo Nunes, tranquilizando-o neste sentido. Ricardo Nunes mantém uma postura de equidistância do ex-presidente Bolsonaro. Nem tão próxima que possa identificá-lo com o bolsonarismo mais radical, nem tão distante que possa perder o seu apoio. Ao fim e ao cabo, com o andamento da campanha, será inevitável que essa aproximação se consolide de uma vez. As circunstâncias da campanha determinará esse padrão de relação entre ambos.  

É neste aspecto que a entrada do coach no pleito, de alguma forma, pelo menos nessa linha de raciocínio, favorece o candidato Guilherme Boulos. O eleitorado mais identificado com Boulos jamais faria uma transisão tão drástica, votando em Pablo Marçal. A questão aqui é aquela faixa do eleitorado suscetível, ainda indecisa, não necessariamente orientada ideologicamente, que pode decidir uma eleição. Se parte desse eleitorado, por alguma razão, manifestar simpatia pela candidatura de Pablo Marçal, isso poderia ser suficiente para "embolar" o jogo da disputa pelo Edifício Matarazzo.  

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Editorial: A judicialização da campanha pela Prefeitura de São Paulo.


No dia de ontem, 9, publicamos por aqui uma postagem sobre as eleições municipais de São Paulo, onde o atual gestor, Ricardo Nunes, que concorre à reeleição, emite sinais mais eveidentes sobre a escolha de sua vice, que poderá ser a veredora de dois mandatos, Rute Costa(PL-SP), de perfil agregador à chapa, conforme discutimos por ali. Hoje lemos uma máteria onde se aborda a questão da judicialização daquelas eleições, pois já se trava uma luta ferrenha nos tribunais, envolvendo diversas questões, o que já começa a representar um enorme trabalhos para as assessorias jurídicas dos pré-candidatos. 

Salvo melhor juízo, até a inelegibilidade de Ricardo Nunes(MDB-SP) já teria sido solicitada por uma das chapas adversárias. Ocorrem muitos problemas as supostas manipulações de informações de pesquisas de intenção de voto, quando um dos adversários esquece de mencionar o seu concorrente ou mesmo aproveita-se da margem de erro dos institutos para afirmarem que estão à frente na corrida eleitoral. A Justiça Eleitoral terá muito trabalho em arbitrar essa contenda, sobretudo numa eleição que será uma verdadeira guerra entre Governo e Oposição, com trincheiras armadas de lado a lado. 

O deslize verbal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo voto para o seu candidato naquele pleito, Guilherme Boulos, do PSOL, produziu um estardalhaço danado entre os demais concorrentes, como já seria previsto, dado o clima de animosidades. Não enxergamos com bons olhos essa tendência de judicialização da campanha. O bom mesmo para o eleitor ainda é o debate de ideais, de propostas, para que ele possa escolher entre aquelas que se adequam melhor para cidade.   

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Editorial: Rute Costa, nome em ascendência para ser vice de Ricardo Nunes.


Até recentemente, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes(MDB-SP), informou a quem especulava em torno do assunto, que teria dez nomes que disputavam uma eventual indicação para concorrer como vice em sua chapa de reeleição. Havia, nuturalmente, alguns constrangimentos em torno dessa escolha, motivada por razões eleitorais, mas, principalmente em razão das sinalizações do conjunto de forças que dão sutentação política ao prefeito, a começar pelo PL, a quem ficou praticamente assegurada a primazia da indicação. 

Pelo andar da carruagem política, o elenco de nomes começa a se afunilar. Hoje a coluna do jornalista Lauro Jardim informa que o nome indicado pode recair sobre a vereadora por dois mandatos, filiada ao PL, Rute Costa. Rute, de fato, reúne muitos predicados para a escolha. É um nome sem arestas junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mulher, evangélica, filiada ao PL, filha de pastor da mais poderosa Assembléia de Deus, José Wellington, e,  principalmente, conta com a simpatia de pesos pesados do staff de reeleição do prefeito, como é o caso do governador Tarcísio de Freitas e de Gilberto Kassab, o bruxo que atua nos bastidores de sua candidatura.

Algo sugere que o amadurecimento do prefeito Ricardo Nunes numa decisão a este respeito faz todo sentido. A candidata socialista, Tabata Amaral também negocia bastante com possíveis partidos aliados uma eventual indicação. Somente o PT foi açodado em indicar o nome de Marta Suplicy como vice de Guilherme Boulos, algo que nem a ala paulista do partido endossa. Pelo elenco de características ou atributos enunciados acima, relativos a Rute Costa, não se pode dizer que ela não some ou deixe de agregar potencial eleitoral à chapa.

Você precisa ler também: 

O PT se precipitou na escolha de Marta? 

sábado, 19 de maio de 2012

Revista IstoÉ: Kassab e a máfia dos imóveis.

 

Investigação do MP revela o envolvimento do prefeito de São Paulo com o esquema de aprovação de licenças para edificações. Para os procuradores, Gilberto Kassab (PSD) sabia das irregularidades há pelo menos quatro anos e pode ter se beneficiado delas

Alan Rodrigues

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Há pelo menos uma década, o Ministério Público de São Paulo vem recebendo informações e documentos sobre a existência de uma máfia que atua no setor imobiliário de São Paulo e a ligação dessa organização com funcionários da própria prefeitura da capital. Agora, depois de anos de denúncias, veio a público a suspeita de que um dos líderes dessa possível quadrilha é Hussain Aref Saab, ex-diretor responsável pela aprovação de edificações de médio e grande porte da cidade. Trata-se de um funcionário público que ascendeu na administração municipal pelas mãos do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), e que chegou ao ponto alto da carreira nomeado pelo ex-governador e ex-prefeito José Serra (PSDB). Aref, como é conhecido nos gabinetes paulistanos, foi flagrado depois que a Corregedoria-Geral do Município (CGP) identificou 106 imóveis (apartamentos, casas, terrenos, salas comerciais e vagas de garagem) em seu nome. Um patrimônio de mais de R$ 50 milhões adquiridos nos últimos sete anos.
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106 é o número de imóveis que Hussain Aref comprou nos últimos
sete anos, depois que foi nomeado diretor por José Serra
Fortalece as suspeitas de corrupção o fato de toda essa riqueza ser amealhada por um funcionário público que vivia com R$ 20 mil mensais – salário e aposentadoria que somam R$ 9.400 e os outros R$ 10.600 creditados das retiradas financeiras de um estacionamento da família, conforme revela sua declaração de renda. Segundo a Controladoria, as fraudes causaram um rombo de mais de R$ 70 milhões aos cofres municipais. De acordo com o MP, a máfia chegou a ponto de criar uma tabela de propina. “A quadrilha cobrava de R$ 40 mil a R$ 400 mil para que fosse autorizada a liberação de áreas para construção na cidade”, diz um dos promotores. O funcionário pediu demissão no dia 15 de abril. O problema para Kassab é que documentos em poder do MP e da Câmara dos Vereadores, aos quais ISTOÉ teve acesso, comprovam que o prefeito sabia de tudo há pelo menos quatro anos. Mais do que isso. Kassab pode ter sido um dos beneficiários do esquema criminoso, assim como familiares do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, uma rede de empresários e dezenas de servidores públicos. “Estamos diante do maior escândalo já visto dentro da máquina pública paulista”, avalia o vereador Aurélio Miguel (PR), autor de um pedido de CPI para apurar o caso, que até a tarde da quinta-feira 15 já colecionava 18 das 28 assinaturas necessárias.
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As suspeitas sobre as ações irregulares de Aref durante a aprovação de licenças de edificações começaram em 2006, depois que o teto de uma igreja evangélica desabou sobre os fiéis no centro de São Paulo. Na época, uma Comissão da Câmara de Vereadores identificou várias irregularidades na concessão dos alvarás de funcionamento de prédios na cidade. Diante disso, tanto o Ministério Público quanto a Corregedoria da prefeitura foram alertados sobre a possível existência de uma máfia no setor imobiliário paulista. O envolvimento de Aref ficou mais evidente durante as investigações da CPI do IPTU, em 2008, que apurou falsificação de carnês do imposto e desvios de verbas. Segundo a CPI, mais de três milhões de metros quadrados tiveram sua licença aprovada irregularmente. Nesse período, o responsável pelas liberações das construções era Aref. De acordo com integrantes da Comissão de Inquérito, a Prefeitura de São Paulo foi reiteradamente comunicada. “Pedimos apurações e nada aconteceu”, alerta Aurélio Miguel. Uma das mais contundentes provas de que Kassab sabia do esquema está na correspondência encaminhada em novembro do ano passado à prefeitura pelo presidente da Câmara, José Pólice Neto (PSD). No ofício, Neto comunica o prefeito sobre a convocação de Aref e outros quatros funcionários. Só que Aref e os demais subordinados do prefeito ignoraram os convites para o depoimento. Na mesma carta, Kassab foi informado de que a ausência dos funcionários atentava contra o regimento do servidor público e que o não comparecimento deles implicava na suspensão de seus vencimentos.
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O comportamento do prefeito pode ser explicado por outra denúncia do MP. Em 2008, o próprio Kassab, segundo o Ministério Público, foi beneficiado pelo esquema. As irregularidades constam do processo 0163622/10 encaminhado aos promotores em 2010. A peça jurídica detalha que, em 2003, Kassab, em sociedade com o deputado estadual Rodrigo Garcia (DEM), pleiteava a aplicação da Lei da Anistia para regularizar a reforma de um prédio de propriedade da empresa R&K Engenharia, pertencente na época à dupla. No entanto, em 8 de março de 2006 o pedido de regularização do imóvel foi indeferido. Chama a atenção nesse processo que, mesmo passado o prazo de apresentação de recursos – 60 dias –, a Secretaria de Habitação, onde estava lotado Aref, tenha decidido reconsiderar o caso. Um ano depois, o processo foi revisto e Kassab conseguiu aprovar a anistia. Outro detalhe surpreendente dessa história é que a revisão só foi possível porque várias páginas do processo desapareceram. Em agosto de 2008, a prefeitura reconstituiu a documentação e deu o sinal verde para a regularização do imóvel do prefeito. Kassab nega que tenha sido favorecido, mas o processo está sendo analisado pelo MP. O prefeito também diz que irregularidades são comuns na administração pública e que sua gestão está pronta para puni-las. “Nós descobrimos e estamos punindo.” Nas declarações, Kassab se mostra cioso no trato com a coisa pública e na investigação de eventuais malfeitos. Mas só em 2012 é que a prefeitura pediu que a Corregedoria apurasse o caso, depois de seis anos de recorrentes alertas tanto por parte do MP quanto pela Câmara de Vereadores.

Funcionário de carreira, Aref é tido como parceiro de Kassab desde a administração Celso Pitta, quando o atual prefeito comandava a Secretaria de Planejamento e ele ocupava um cargo de diretoria na mesma pasta. Mas foi José Serra quem guindou o servidor ao principal cargo na área de aprovação de edificações. Em janeiro de 2005, Serra o transformou no responsável pela liberação de qualquer área construída acima de 500 m² na cidade. Desde então, o MP e a Corregedoria passaram a colecionar denúncias de cobrança de propina por funcionários da pasta comandada por Aref. Os procuradores também começaram a identificar uma meteórica evolução patrimonial. De 2005 até julho de 2008, Aref registrou 58 imóveis em seu nome, boa parte deles de alto luxo, como seis apartamentos em um prédio com vista para o Parque do Ibirapuera, o maior de São Paulo, imóveis orçados em R$ 4 milhões cada. Os investimentos de Aref não pararam. Três anos depois de assumir o posto, ele constituiu a SB4 Patrimonial, uma empresa de capital social de R$ 10 mil, que conta como sócios a mulher e dois filhos, na qual registrou outros 46 imóveis. O advogado de Aref contesta as acusações. Segundo ele, o aumento do patrimônio é fruto de investimentos imobiliários iniciados na década de 1960.
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“Estamos diante do maior escândalo já visto
dentro da máquina pública paulista”
Segundo apurações do MP, Aref não está sozinho nessa grande teia de corrupção. Os promotores do caso querem ouvir nos próximos dias o secretário especial de Controle Urbano da prefeitura, Orlando de Almeida Filho, antigo chefe de Aref, que aparece nas denúncias como possível beneficiário do esquema. Orlando é corretor de imóveis, ex-presidente do Creci (Conselho dos Corretores de Imóveis) e ex-conselheiro do Secovi, sindicato do setor imobiliário em São Paulo. Em 2005, José Serra o nomeou secretário de Habitação e ele passou a chefiar Aref. Para os procuradores, Orlando de Almeida tinha conhecimento das irregularidades nos processos de anistias. No período em que Orlando comandou a secretaria (2005-2008), surgiram denúncias que envolviam a família do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A querela tratava da regularização do prédio da Wall Street Empreendimentos, empresa do cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro. O prédio foi construído em 1975, mas passou por uma ampliação na metade da década de 1990. Para efetuar a ampliação da área, a empresa deveria ter pago títulos de outorga onerosa, um recurso que possibilita ao proprietário do imóvel o pagamento para erguer edificações acima do permitido pela lei de zoneamento. As denúncias acusavam a empresa do cunhado de Alckmin de forjar o pagamento de taxas, já que a Wall Stret alterou o tamanho do prédio no carnê do IPTU, com o objetivo de diminuir o cálculo das tarifas. A firma foi acusada de deixar de pagar R$ 4 milhões em taxas relativas ao edifício. O Sistema de Processos da Prefeitura mostra que o documento no qual consta a “irregularidade grave” no pedido de regularização do prédio da Wall Street feito em 1994 foi enviado para o gabinete do secretário de Habitação no dia 29 de setembro de 2005. À época, o titular da pasta era Orlando de Almeida, que nada fez.