segunda-feira, 17 de julho de 2023
domingo, 16 de julho de 2023
Editorial: Lula afirma que alguns ministros não são "trocáveis". Será?
sábado, 15 de julho de 2023
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Editorial: Quem mandou matar Marielle?
É curioso esse enredo sobre a morte da militante política e ex-vereadora Marielle Franco. Eis aqui uma resposta que o Governo Lula precisar dá à sociedade brasileira. Desde que assumiu o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, o senhor Flávio Dino prometeu que a Polícia Federal entraria no caso, disposta a emendar os fios soltos e elucidar de forma definitiva o caso. Circula nas redes sociais - tomando os cuidados devidos, naturalmente - que o ministro declarou recentemente haver novidades sobre o caso.
Conforme já afirmamos em outros momentos, estamos tratando aqui de um grande teste para a democracia brasileira, pois o enredo deste caso envolve uma trama complexa, com alguns componenges que expõem a falência ou o comprometimento de procedimentos republicanos do aparelho de Estado, contaminado por fatores esdrúxulos, para não entrarmos nos detalhes e melindrar setores mais suscetíveis. Aliás, o caso do assassinato da vereadora e do seu motorista, Anderson Gomes, é um bom indicador para averiguarmos como esses órgãos de segurança estavam comprometidos pelos agentes do crime organizado.
No Rio de Janeiro, por exemplo, tal índice de comprometimento é altíssimo. Queremos saber, sim, quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes, mas a PF precisa explicar quais os fatores que impediram que até hoje esse crime fosse completamente elucidado. A sociedade brasileira precisa dessa resposta. Louve-se iniciativas de agentes públicos como o senhor Flávio Dino, que assumiu esse compromisso.
Editorial: André Janones, finalmente, irá ocupar um cargo no Governo Lula. Demorou!!!
Depois de um longo período de colaborações ad hoc, sem nunca ocupar, oficialmente, alguma função específica no Governo Lula, finalmente, hoje foi anunciado que André Janones(Avante-MG) assumirá um cargo na Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Esse terceiro Governo Lula apresenta algumas novidades preocupantes, como os enormes espaços ocupados na máquina por antigos adversários políticos, hoje concentrados no Centrão. Depois de idas e vindas o Governo parece que ajustou os passos com o União Brasil, entregando a cabeça da ministra Daniela Carneiro apenas para acomodar novos inquilinos na máquina.
Há de se perguntar, inclusive, se as gestãos de cooptação estão sendo mais ousadas sobre se de quem está fora e deseja entrar ou se de quem está dentro e deseja receber os novos "companheiros". Está na mira do Planalto, neste momento, partidos como o PP e o Republicanos. Na prateleira das negociações, os Correios, a Caixa Econômica Federal, FUNASA, Desenvolvimento Social, Ciência e Tecnologia. Até a primeira-dama já teria entrado em campo para segurar a nevrálgica "área social", por entender que o Governo Lula perde seu sentido se ceder neste terreno.
As avaliações sobre essas negociações são até positiva, enfatizando que Lula tem sido hábil, um grande negociador, vem comendo o mingau quente pelas beiradas, evitando se queimar com um impeachment e coisas do gênero. Pode ser que tudo isso seja verdade, há algumas pautas de governança que estão sendo aprovadas, inclusive do interesse da sociedade brasileira, mas a grande pergunta é: A que preço? Esses grupos nunca estão satisfeito. Quanto mais se cede, mas eles avançam. Logo exigirão novos nacos da máquina. E quando o Governo Lula considerar que não pode mais ceder?
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Editorial: Ministros pop star do Governo Lula.
As coxias da política deixam escapar que já se trava uma guerra nos bastidores do Governo Lula em torno de sua sucessão em 2026. Discretamente, comendo o mingau quente pelas beiradas, o vice-presidente, Geraldo Alckmin(PSB-SP) vem se qualificando para a disputa. Se o titular não assumir mais um mandato, ele se habilita ao cargo, com o apoio irrestrito do seu partido, o PSB. Muito cuidadoso nas falas e nas ações, Alckmin supera os nomes escalados por Lula para fazer o meio de campo das articulações políticas com a oposição.
As viagens recorrentes de Lula ao exterior facilitam bastante este processo. Não se trata de uma tarefa complicada para ele, que adquiriu uma grande espertise nas articulações políticas, pois esteve por vários anos à frente do Governo de São Paulo. É curioso, mas Alckmin quebrou as arestas até com os grupos mais radicais da legenda. Alckmin hoje pode ser enquadrado na base polítca ou ideológica do Governo Lula, ao lado, por exemplo da Deputada Federal Gleisi Hoffmann(PT-PR).
Surpreendentemente para alguém que sempre foi muito associado à Faria Lima e entrou na chapa justamente para estabelecer este link com o capital. Pode surpreender, mas, em razão dos padrões de relações estabelecidos com a oposição, que já entra de sola na gestão, explica-se esse "posicionamente" do socialista, recebido com festa em eventos do MST. Há dois outros ministros que podem ser enquadrados na mesma categoria de ministros por star: Fernando Haddad, da Fazenda, que aparece nas redes sociais jogando sinuca e tocando violão, e Flávio Dino, da Justiça, que causa alvoroço por onde passa. Caso o morubixaba petista não renove o contrato de locação do Alvorada, a disputa sucessória promete.
Editorial: Oposição deseja a cassação do ministro Luiz Roberto Borroso.
A possibilidade de a oposição obter êxito num objetivo como este são remotas, mas podem render alguns espaços na mídia e nas redes sociais, o que, em última análise, parece que é o que está em jogo. Se pudéssemos resumir, diríamos que o ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, disse apenas que vencemos as trevas e o obscurantismo. Neste contexto, certamente, podemos incluir o bolsonarismo, mote que incomodou profundamente os bolsonaristas, que vão entrar com um pedido de afastamento do ministro de suas funções no STF, por, supostamente, se envolver em atividades políticas.
Há dois ministros naquela Corte que desagradam profundamente o bolsonarismo, exatamente em razão de impedirem suas manobras e tessituras de caráter autoritário e anticivilizatórios. O índice aqui é o seguinte: Quanto mais atacados pelo bolsonarismo, mais se pode concluir pelos seus compromissos com o Estado Democrático de Direito, com as instituições democráticas e com a res publica.
O bolsonarismo toma algumas medidas tão estapafúrdias que chegam até a confundir a opinião pública. Estão de brincadeira? Não. Não estão. Tudo é meticulosamebte pensado e com objetivos claros, como as narrativas que estão em jogo nos debates das duas principais CPI's que estão em andamento, a do MST e a dos Atos Antidemocráticos do dia 08 de janeiro, onde eles desejam imputar ao Governo Lula aquele badernaço ocorrido na capital federal.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Editorial: As frequentes visitas ao tenente-coronel Mauro Cid.
Crédito da foto: Lula Marques, Agência Brasil |
Hoje ficamos sabendo que o Governo Lula, através de suas áreas competentes, estaria cobrando medidas punitivas aos militares envolvidos nos atos golpistas do dia 08 de janeiro. Sabe-se que aqui estamos diante de um vespeiro, um bom termômetro para sabermos até onde as nossas instituições democráticas avançam sobre o obscurantismo das trevas autoritárias. Historicamente, a relação entre Poder Civl e Poder Milutar nunca foram boas no país, exceto quando agentes do Poder Civil, em conluio com alguns segmentos militares, articulam golpes contra as instituições democráticas. Fora deste contexto, as escamaruças são evidentes. Vamos aguardar o desfecho desse cabo de guerra.
No dia de ontem, por ocasião de audiência durante os trabalhos da CPMI dos Atos Antidemocráticos, o militar Mauro Cid compareceu fardado ao evento, causando uma enorme gama de interpretações e leituras através da mídia e pelas redes socais. Segundo se sabe, a recomendação partiu das próprias Forças Armadas, consoante entendimento de que o oficial atenderia à convocação para tratar de assuntos inerentes às suas funções como ex-ajudantes de ordens da Presidência da República.
Se tal raciocínio procede, imaginava-se, por conseguinte, que ele respondesse pelo menos às perguntas que não o incriminariam nos processos a que responde. Hoje, um ministro do STF mostrou-se surpreso com o número expressivo de visitar rescebidas pelo ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro. Salvo melhor juízo, 70 em apenas 18 dias. O Presidente da CPMI, Arthur Maia, já informou que irá relatar ao STF que o militar, no entedimento dos membros daquela comissao, deixou de cumprir a determinação exarada no despacho daquela Corte.
Editorial: ICL reage ao processo movido por Arthur Lira.
Editorial: O "depoimento" do tenente-coronel Mauro Cid
Deu o esperado. Atendendo a uma estratégia pré-estabelecida com sua assessoria técnica, o tenente-coronel Mauro Cid compareceu à CPMI dos Atos Antidemocráticos, no dia de ontem, 11\07, mas manteve o silêncio sobre as questões que poderam incrimá-lo e até sobre questões irrelevantes, que não poderiam ser enquadradas neste escopo, como, por exemplo, sobre a sua idade. O Presidente da Comissão, o Deputado Federal Arthur Maia(UB-BA), inclusive, alertou que poderá entrar com uma representação junto ao STF, comunicando a atitude do depoente, segundo avaliações, contrariando determinação daquela Corte. Nem tal advertência, comunicada aos seus advogados, mudou o cenário.
Mauro Cid permaneceu impassível durante toda a audiência. Confiamos bastante no trabalho do presidente Arthur Maia, consideramos que ele vem conduzindo o trabalho de forma serena, equilibrada, democrática e republicana, como já se previa pelo seu perfil. Por outro lado, em setores da mídia e entre alguns parlamentares está se formando um consenso de que a CPMI dos Atos Antidemocráticos, mantida as atuais circunstâncias dos trabalhos, pode estar sendo esvaziada, perdendo o seu norte, o que a tornaria improdutiva no final. A responsabilidade não seria do seu presidente, assim como de sua relatoria, registre-se.
Sem que os principais artífices da tentativa de golpe de Estado se pronunciem, ajudando a emendar os fios soltos, aliada à força da oposição durante os trabalhos -embora ancorada em narrativas estapafúrdias - o andamento dos trabalhos vem produzindo alguns reveses para o Governo, como a convocação do general Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do GSI durante aqueles episódios. É bom que se diga que Gonçalves Dias fala, até porque não tem nada a esconder. O general assumiu uma postura eminentemente republicana durante os trabalhos da CPI distrital que trata do mesmo assunto.
terça-feira, 11 de julho de 2023
Editorial: A orquestra "desafinada" do Governo Lula.
Um arguto jornalista, em sua coluna diária, chama a nossa atenção para a "sinfonia" confusa que envolve essa relação entre o Governo Lula e o Centrão. Se a orquestra não rege bem, não se pode esperar harmonia nessa valsa entre Lula e o Presidente Nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, que chegou a ocupar um dos principais ministérios do Governo Bolsonaro, o da Casa Civil. Próceres figuras desse grupo político cantam uma música para a plateia, execrando o Governo, e outra para o próprio Governo, conquistando gradativamente mais nacos de poder e liberação de emendas.
O que se pode concluir é que a orquestra está desafinada. Agora, por exemplo, por ocasião dessa minirreforma ministerial, há um caso emblemático que demonstra essa assertiva. Nos parece que ainda não saiu a publicação da portaria exonerando a ministra Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, mas o Deputado Federal Celso Sabino já estaria despachando como ministro da pasta. O Centrão deseja a pasta de porteira fechada, o que significa incorporar a autarquia Embratur, subordinada àquele ministério, hoje presidida por Marcelo Freixo, do PSOL.
Como já discutimos numa outra oportunidade, a conta a ser paga pelo apoio do Centrão à Reforma Tributária é salgada. O PP, de Ciro Nogueira, deve ser contemplado com um ministério nessa minirreforma. O mais provável é que partido indique o nome do Deputado Federal pernambucano, Sílvio Costa Filho, para o cargo de futuro Ministro dos Esportes, em substituição a Ana Moser, num processo de fritura em alta combustão. Amiúde, comenta-se que o Governo não estaria muito satisfeito com o desempenho da ministra, mas a gente sabe que isso é o que menos importa neste processo. O que conta aqui é o atendimento às exigências do Centrão.
P.S.: do Contexto Político: Na realidade, o deputado pernambucano, Sílvio Costa Filho é filiado ao Republicanos, partido que faz gestão junto ao Governo Lula pela indicação do seu nome para ocupar o Ministério dos Esportes, substituindo a ex-jogadora de vôlei, Ana Moser. As conversas com os Progressistas presseguem, de fato o Planalto acena com um pasta ministerial ao partido, mas o acordo ainda não está costurado, tampouco sabe-se se será exitoso neste sentido. Em declarações públicas, Ciro Nogueira, Presidente Nacional do PP, não perde a oportunidade de alfinetar o líder petista. Peço desculpas aos leitores e leitoras pelo equívoco. Sílvio Costa Filho não é do Progressistas, portanto não seria apadrinhado por Ciro Nogueira.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Editorial: Todos de olho na vaga de Moro. Ele cai?
Pelo andar da carruagem política, a possibilidade de o senador Sérgio Moro(União Brasil-PR) vir a perder o mandato é real. Neste caso, o Estado do Paraná deverá realizar uma nova eleição para substituir seu representante em Brasília. Caso tudo ocorra conforme prevê os adversários do senador, até dezembro a fatura poderia ser liquidada, abrindo-se uma vaga para um novo postulante, a partir de 2024. E olha que aquele estado possui um elenco de excelentes candidatos à vaga do senador. Tivemos a oportunidade de acompanhar alguns debates dos candidatos ao Senado Federal e ficamos impressionados com o bom nível dos postulantes.
Infelizmente, a indentificação bolsonarista e os reflexos da midialização da famigerada Operação Lava Jato ainda produziram seus efeitos no pleito. Segundo comenta-se nas coxias, uma das pretendentes ao cargo é a Deputada Federal Gleisi Hoffmann(PT-PR), que conta com o sinal verde da legenda. Caso tal hipótese de perda do mandato se materialize e Gleisi seja eleita no pleito estadual, pode-se dizer que o PT fez barba, cabelo e bigode. Como já existem algumas pendências jurídicas envolvendo o senador, caso ele venha a perder o mandato, as coisas se complicam de vez, posto que também perderá, como consequência, o foro privilegiado, onde se pode, no mínimo, ganhar algum tempo.
No dia de ontem, começaram a ser exibidas, nas redes sociais, novos áudios com eventuais falas do ex-juiz Sérgio Moro, em diálogos com Tony Garcia, um cidadão que esteve no epicentro da Operação Lava-Jato. Antes de mais nada, vamos deixar a polícia comprovar a autenticidade desses diálogos, investigar o caso, e a justiça, por sua vez, tomar as providências inerentes. O fato concreto é que o senhor Sérgio Moro, desde que deixou a condição de juiz da Lava-Jato, amarga um cerco sistemático dos seus desafetos e este cerco parece que está se fechando.
Publisher: How far can Lula concede to Centrão?

There is a limit to these concessions and, presumably, the limit will be imposed by the government's social area. A good political thermometer for us to know whether or not the Government is going to give in on this ground is to keep an eye on the Ministry of Social Development, which pilots the flagship of social policies aimed at serving the poorest population in the country: Bolsa Família. Centrão's greed for the Ministry of Health met with strong resistance from sectors of the Government and, above all, from the population, strengthening Minister Nísia Trindade. At least for a while.
There is a lot of talk about a great victory for the Government regarding the vote on the Tax Reform. In fact, despite the arrangements and criticism, something that we needed to unlock for a long time was unlocked. There were some elements of consensus between the Government and the Opposition. On the other hand, the approved reform still needs to be improved. We are also concerned about the "republican" cost of such approval, producing heavy burdens on the Government, elected within a platform that will certainly be compromised as it gives in to pressure from the Centrão.
Editorial: Qual será a estratégia a ser usada pelo coronel Mauro Cid na CPMI do Atos Antidemocráticos?
Aos poucos, assim como um artesão, vamos juntando os fios soltos para compor o novelho da tentativa de golpe do dia 08 de janeiro. Aquilo que podíamos antecipar por aqui, já o fizemos. Duas CPI's foram criadas para investigar aqueles atos e, embora haja o recurso do silêncio utilizado por alguns depoentes, nas entrelinhas, algumas fatos já foram esclarecidos neste enredo sinistro, tramado contra as nossas instituições democráticas. Amanhã, dia 11, teremos o depoimento do ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, o Tenente-Coronel Mauro Cid, cujo celular traz alguns diálogos comprometedores, conforme já exaustivamente divulgado pela imprensa.
Assim como outros atores estratégicos arrolados até este momento, nossa previsão é a de que será difícil arrancar alguma informação importante do ex-ajudante de ordens, que teve sua carreira de militar enormemente prejudicada em razão daqueles episódios. Podemos até está enganados. Em todo caso, em terra de sapos, de cócoras com ele, conforme recomenda o ditado popular. Sabedores de que a tendência do emprego da estratágia do silêncio é a mais provável, membros da CPMI já advogam a tese de usar a convocação da mulher do militar para estimulá-lo, digamos assim, a falar durante o depoimento.
O que sempre foi dito é que o militar, formado nas forças especiais, teria uma capacidade incomum de suportar trancos, o que seria condizente com sua formação, onde é treinado para enfrentar situações do gênero. Há vários fotores em jogo, entretanto. Inclusive os reflexos do abandono do militar por parte de atores que estiveram direta ou indiretamente envolvidos naqueles episódios. O enredo é complicado e, em último análise, ele não estaria disposto a ir para o sacrifício sozinho.
Editorial: Direita tenta apagar o incêndio entre Tarcísio e Bolsonaro.
Informações dos escaninhos da política asseguram que o Deputado Federal Arthur Lira(PL-AL), Presidente da Cãmara dos Deputados, teria ligado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, no sentido de serenar os ânimos entre ele e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP). O argumento de Lira é que a briga ou indisposições entre ambos não seria bom para o campo da oposição. Nada mais óbvio com relação a este argumento. Neste mesmo raciocínio, próceres integrantes da oposição estariam dispostos a construir um ambiente de paz entre ambos, possivelmente através de um repasto gastronômico, que pode ser um churrasco num domingo ensolarado - de preferência com a picanha do Lula - quem sabe um jantar ou mesmo um almoço.
Tarcísio tem uma postura política dúbia, por vezes acenando para a extreama-direita, por vezes procurando livrar-se do incômodo de ser associado a um bolsonarismo mais radical. Ao longo do tempo, é preciso observar qual dessas perspectivas ou estratégicas irá se tornar hegemônica em sua trajétória até as eleições de 2026, quando desponta como um potencial aspirante ao cargo de Presidente da República. Se depender do supersecretário Gilbeto Kassab, ele afasta-se desse bolsonarimso mais radical e assume um perfil mais identificado com o centro do espectro político.
Quanto aos panos mornos, vale sempre a máxima do ex-governador pernambucano Paulo Guerra: Em política não existe nunca nem jamais. Neste aspecto, a direita consegue construir acordos com mais facilidades do que a esquerda. Até as eleições passadas, o apoio do PT a uma candidatura do PSOL à Prefeitura de São Paulo, nas próximas eleições municipais, era tido como algo perfeitamente ajustado. Hoje já se esboça um cenário político onde o acordo pode não ser cumprido.
Editorial: Até onde Lula pode ceder ao Centrão?
Há um limite nessas concessões e, segundo presume-se, o limite será imposto pela área social do Governo. Um bom termômetro político para sabermos se o Governo vai ou não ceder neste terreno é ficarmos de olho no Ministério do Desenvolvimento Social, que pilota o carro-chefe das políticas sociais voltadas ao atendimento da população mais pobre do país: O Bolsa Família. A cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde encontrou forte resistência de setores do Governo e, sobretudo, da população, fortalecendo a ministra Nísia Trindade. Pelo menos por enquanto.
Comenta-se muito sobre uma grande vitória do Governo no tocante à votação da Reforma Tributária. De fato, a despeito dos arranjos e das críticas, destravou-se algo que precisávamos destravar há muito tempo. Havia alguns elementos de consenso entre Governo e Oposição. Por outro lado, a reforma aprovada ainda precisa ser aprimorada. Preocupa-nos, igualmente, o custo "republicano" de tal aprovação, produzindo pesados ônus ao Governo, eleito dentro de uma plataforma que, certamente, ficará comprometida na medida em que cede às pressões do Centrão.
domingo, 9 de julho de 2023
Editorial: Aprovação da Reforma Tributária cacifica Tarcísio para 2026?
O que se pode dizer por aqui é que Tarcísio agiu com o cérebro e não com o fígado, colocando-se ao lado dos interesses do país. A atitude pegou bem como marketing político, assim como o seu engajamento pela aprovação da Reforma Tributária, a despeito das arestas criadas nas hostes conservadoras, sobretudo no PL. 2026 ainda está muito distante, mas é impressionante como o tema já ocupa a ordem do dia nos debates e discussões entre os grandes veículos de comunicação e pelas redes sociais.
Desde que venceu as eleições em São Paulo, por inúmeras razões, o governador Tarcísio de Freitas já acumula milhas para o pleito presidencial de 2026. É preciso ficar atento, neste momento, à "imagem" ou narrativa que ele está tentando contruir ou passar para os eleitores. Um calculado "descolamento" do bolsonarismo mais radical por estar entre as suas ações. Segundo se comenta nos escaninhos da política, a estratégia está sendo orientada e monitorada pelo bruxo Gilberto Kassab, Presidente Nacional do PSD.
sábado, 8 de julho de 2023
Publisher: Youtube chooses João Pessoa as the best city to live in the country
A survey on Youtube has a lot of repercussions on social networks, where the capital of the state of Paraíba, João Pessoa, was elected the best city to live in the country. In fact, nothing better than João Pessoa. Be it for its attractions, be it for the hospitality of its people, be it for the zeal of public managers with the city. Warm water urban beaches; excellent gastronomic and lodging facilities; clean urban environment and preserved environment, with a vast area of untouched vegetation cover. The local people treat visitors very well, the drivers are polite in traffic.
Regardless of political and ideological colors, there seems to be a pact between the managers who assume the city's administration in order to take good care of its infrastructure. A week in the neighborhoods of Tambaú or Cabo Branco and the caboclo is immersed in endless happiness. A little run in the early hours of the morning, under a strong sun, as it rises earlier that way; an old bathing suit and a dip in the warm waters of Tambaú; then, back to the hotel, to get some shorts and a tank top and go to Mangai to try the best cuisine in the state; for dessert, an ice cream at Friberg ice cream shop, the best in town; one toured the craft markets; at the end of the afternoon, a ride with the family along the shore, on one of those bicycles for four people, with an obligatory stop at the bust of Tamandaré.
You hardly need to leave Tambaú to enjoy the city. There is fresh seafood at the neighborhood fishmonger; a public market with delicacies from the local cuisine, in addition to seasonal fruits, such as pink and espadrilles mangoes, in the high summer season; an open-air food court, in the tourist heart of the neighborhood. But, if you have some free time, be sure to go to the old neighborhood of Varadouro, get to know the old town, with its attractions from the time, such as historic monuments and listed houses. Not least, one toured Bica with the children, on a cold Sunday morning, following the water trail.
Editorial: Youtube elege João Pessoa como a melhor cidade para se viver no país.
Independentemente das colorações políticas e ideológicas, parace haver um pacto entre os gestores que assumem a administração da cidade no sentido de cuidarem bem de sua infraestrutura. Uma semana nos bairros de Tambaú ou Cabo Branco e o caboclo mergulha numa felicidade sem fim. Uma corridinha nas primeitas horas da manhã, sob sol forte, pois ele nasce antes por ali; um velho calção de banho e um mergulho nas águas mornas de Tambaú; depois, voltar ao hotel, para pegar um short e uma regata e ir até o Mangai experimentar o melhor da gastronomia do estado; como sobremesa, um sorvetinho na sorveteria Friberg, a melhor da cidade; uma circulada nos mercados de artesanato; no finalzinho da tarde, uma pedalada com a família pela orla, numa daquelas bicicletas para quatro pessoas, com parada obrigatória no busto de Tamandaré.
Você quase não precisa sair de Tambaú para aproveitar bem a cidade. Há frutos do mar fresquinhos na peixaria do bairro; um mercado público com as iguarias da culinária local, além das frutas de época, como as mangas rosas e espadas, nas altas temporadas de verão; uma pracinha de alimentação a céu aberto, no coração turístico do bairro. Mas, se sobrar um tempinho livre, não deixe de ir ao bairro velho do Varadouro, conhecer a cidade antiga, com seus atrativos da época, como munumentos históricos e casario tombado. Não menos importante, uma circulada pela Bica com as crianças, numa manhã fria de domingo, seguindo a trilha das águas.
Editorial: Lula pode salvar a COPEL - Companhia Paranaense de Energia?
A despeito dos complicados arranjos políticos impostos por um parlamentarismo não assumido, quando pode, Lula puxa a brasa para a sardinha republicana, adotando medidas que beneficiam a maioria da sociedade brasileira e não apenas uma meia dúzia de privilegiados ou os agiotas que vivem da especulação com o capital financeiro. Trata-se de uma continha complicada, mas adovga-se, igualmente, ser a única possível no contexto desses contrangimentos políticos e econômicos.
Há, por exemplo, três reformas impotantíssimas para o país, que nunca puderam ser implementadas em razão desses constrangimentos políticos: a Reforma Agrária, a Reforma Política e a Reforma Tributária. Com relação a esta última, tivemos alguns avanços, embora haja, ainda, enormes divergências entre Governo e Oposição. Possivelmente ela sofrerá uma série de ajustes no Senado Federal.
Também observamos como positivo um freio de arrumação na onda de privatizações, onde o patrimônio nacional é oferecdo ao capital, em nebulosas transações, sob o argumento furado de que essas empresas seriam melhor gerida pela iniciativa privada. Ainda há de se considrerar aqui as vantagens auferidas, indevidamente, por agentes públicos, o que evidencia que as motivações nessas privatizações seguem uma trajetória nada republicana. Ganham agentes privados e alguns agentes públicos mal-intencionados, enquanto a população arca apenas com os ônus. Hoje, dia 08, há um tuitasso nas redes sociais pedindo que o presidente Lula salve a COPEL - Companhia Paranaense de Energia. Como se trata de uma estatal do Governo do Paraná, Lula pode fazer alguma coisa?
Editorial: Chegou a conta do Centrão
Já inventaram até um nome engraçado para se referir às antigas emendas do relator, aquelas emendas onde o dinheiro público escorre pelos ralos, percorrendo caminhos tortuosos, sem que o cidadão e os órgãos de controle e fiscalização do Estado tenha alguma salvaguarda sobre sua real aplicação, consoante o interesse público. Agora elas são chamadas de emendas Pix, com as mesmas características, algo que, naturalmente, caiu no gosto dos parlamentares.
Somente no dia 07, por ocasião das nevrálgicas articulações em torno da votação da Reforma Tributária, estima-se que R$ 5,3 bilhões foram liberados através desse expediente, em princípio, pernicioso aos interesses públicos. Mas a conta não para por aqui. O Planalto já recebeu a fatura das negociações pela aprovação da Reforma Tributária, uma vitória até certo ponto com folga. O Centrão está pleiteando os ministérios do Turismo, dos Esportes e do Desenvolvimento, além da Caixa Econômica Federal.
Isso é apenas o começo. As chamadas entradas. Logo eles estarão pleiteando novos espaços na burocracia e a liberação de emendas, pois o apetite dessa gente é insaciável. Quanto mais o Planalto cede, mais eles avançam sobre o Governo, comprometendo, inexoravelmente, a plataforma de gestão que se pretendia imprimir e que foi negociada com os eleitores. Isso na melhor das hipóteses. A outra hipótese é a chantagem com os inúmeros pedidos de impeachment contra o presidente Lula.