A violência explodiu de vez no Estado da Paraíba. Em visita recente àquele Estado, fomos surpreendidos com as notícias freqüentes de atos de violência na Grande João Pessoa, antes uma cidade conhecida pela arborização e tranqüilidade. Fomos instigados a acompanhar de perto o fenômeno, mas posso antecipar que um dos fatores decisivos foi o sucateamento do aparelho de segurança do Estado – fato que não pode ser atribuído a um único Governo - aliado à ausência de políticas públicas de caráter permanente no enfrentamento da questão. Na realidade, o que existia em João Pessoa era uma panela de pressão prestes a explodir. Uma pseudo-sensação de segurança. 81% dos municípios do Estado já apresentam problemas com o crack, alguns com a sua Cracolândia particular, como é o caso de Souza, Campina Grande, Cabedelo e a própria capital, João Pessoa. O bairro do Varadouro, precisamente a localidade do Mulungu, tornou-se uma zona de exclusão, ambiente de inferninhos e consumo de drogas. Quase não há policiamento na área e proliferam as “pousadas”, becos e ruelas escuras onde se reúnem consumidores e traficantes. Num processo surpreentendemente célere, a nossa querida João Pessoa subiu às estatísticas da violência. Tornou-se a segunda cidade mais violenta do país e a 25ª do mundo. Mesmo antes de assumir o Governo, o governador Ricardo Coutinho estava se familiarizando com o "Pacto pela Vida", programa de combate à violência que, apesar dos problemas, elevou Pernambuco à condição de Estado com uma das melhores políticas de Segurança Pública do país. Prometo que informarei aos nossos leitores o que houve nesse "intervalo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário