pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: setembro 2014
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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Implante capilar, viagens, tratamento dentário, dedetizações... tudo com dinheiro da Viúva.




Nessa reta final das eleições - como ficou provado com aquele sequestro que ocorreu em Brasília - tudo é possível. Pelo menos no Estado da Paraíba, é um momento único para o eleitorado tomar conhecimento sobre a bandalheira do que ocorre na política. Nesses momentos, costuma vir à tona muita podridão. Penso que as chapas que concorrem ao Governo do Estado devem ter seus "fuçadores" profissionais, sujeitos que ficam à cata de informações que possam prejudicar o candidato oponente. Outro dia vazou um vídeo com um entrevero familiar entre um dos candidatos e sua esposa. Logo em seguida, vazou o salário de um dos candidatos, muito acima do teto salarial permitido pela legislação. O caboclo recebe acima de 51 mil reais, quando somados uma pensão de ex-governador e o salário de senador da República. O teto permitido é o salário de um ministro do STF, ou seja, 29 mil. Agora surgiram uns pareceres do Tribunal de Contas daquele Estado, onde aponta-se irregularidades cometidas contra a Viúva. O bacalhau adquirido para a residência oficial do Governo, numa gestão específica, foi comprado por quase noventa reais o quilo, quando se poderia adquiri-lo por menos de quarenta reais, numa prática considerada lesiva ao interesse da res publica. Pois bem. Para completar o enredo, segundo esse mesmo parecer, a deditização da casa de praia de um ex-governador do Estado - por sinal nosso vizinho, no litoral sul do Estado - teria sido custeada com dinheiro público. Como se pode levar a sério um país deste

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Declarações de Levi Fidélix repercute muito mal junto à comunidade LGBT

A boa notícia para os eleitores de Dilma Rousseff é que aumentam as possibilidades de as eleições serem decididas ainda no primeiro turno. No debate de ontem, transmitido pela Rede Record, sua participação também foi muito elogiada. Apesar do bombardeio, não se sentiu acuada e ainda encurralou a candidata Marina Silva, sua concorrente mais próxima. Mas, o que mais tem repercutido nas redes sociais são as declarações do candidato do PRTB, Levy Fidélix, quando questionado pela candidata Luciana Genro sobre a sua opinião sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Reacionário ao extremo, Levy entrou forte no tema, tecendo comentários sobre a "sagrada família" e soltando algumas "pérolas" sobre o tal órgão excretor, reafirmando suas convicções que de a raça humana entraria em extinção caso sejamos tolerantes sobre esse tema. Em outro momento, já escrevemos sobre o assunto. O Brasil é responsável por 45% das mortes da comunidade LGBT no mundo. Possivelmente, o país onde mais são cometidos crimes por homofobia. Há quem informe que o seu pronunciamento durante o debate talvez exigisse uma representação criminal. Não sei se poderíamos chegar a tanto. Por outro lado, embora seja muito improvável prever-se o que esses candidatos poderiam afirmar durante um debate, não apenas as emissoras organizadoras, mas a própria Justiça Eleitoral - não sei se já faz isso - poderia impor penalidades aos candidatos que extrapolassem as regras de um sadio debate republicano e partissem para incitar o ódio entre os cidadãos, seja por questão de opção sexual, raça, gênero etc. Esses debates já são muito "engessados" - talvez ficassem mais ainda - mas, de alguma forma, poderia poupar o público de ouvir tantas bobagens proferidas por um cidadão que disputa o cargo mais elevado de uma nação.

Roberto Amaral responde a Moniz Bandeira




O professor Roberto Amaral, presidente do Partido Socialista Brasileiro, responde a Carta-aberta que lhe foi dirigida pelo cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira. Bandeira está há alguns anos radicado na Alemanha onde desenvolve seus estudos sobre a realidade brasileira.
Em seu documento, fartamente divulgado por intermédio das redes sociais e transcrito por alguns veículos da imprensa brasileira, o professor Moniz Bandeira enumera receios quanto aos rumos do PSB, em face de seus compromissos com o provável governo de Marina Silva, que é criticada a partir de entrevista à Associated Press sobre política externa brasileira.
Reportando-se a ‘premonições’ que teria tido sobre a morte de Eduardo Campos, levanta a grave suspeita de que o acidente que vitimou o candidato do PSB em campanha eleitoral teria sido fruto de uma sabotagem. Para esse efeito, chega a admitir, a existência de um complô internacional ao qual Marina da Silva poderia, de uma forma ou e outra, estar ligada, como pretensa beneficiária. Ao fim exorta-me a renunciar à presidência do PSB, sob pena de ‘imolar’ minha biografia. Na sequência, seguem as duas cartas.
*Leia, abaixo, a resposta do presidente Nacional do PSB, professor Roberto Amaral à carta aberta do cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira.
Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2014
Estimado professor Moniz Bandeira
Respondo à sua carta-aberta, enviada de seu privilegiado posto de observação em St. Leon-Rot, Alemanha.
Devo-lhe respeito e admiração. Acompanho sua produção literária. Dela é devedor nosso país.
Considero sua liberdade e independência intelectuais, de “livre pensador”, condição que não posso arguir. Militante engajado, tenho compromissos com projetos, ideias e valores expressos em programa partidário que não pode ser alterado ao sabor de especulações como a de que a queda de uma aeronave resultou de conspiração estrangeira. Tampouco posso guiar-me por “premonições”. A famosa ‘realidade objetiva’ não me permite.
O processo político-partidário, mesmo sem o “centralismo democrático”, impõe limites ao millordiano “livre pensar é só pensar”. Certamente, o professor ainda admira aquele autor que escreveu: “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Caminhei, da juventude no antigo PCB, para, na maturidade, refundar o PSB ao lado de Antônio Houaiss, Jamil Haddad e, a partir de 1990, Miguel Arraes. Construímos permanentemente, no Partido, pontes para o futuro. O PSB não abandonará o embate contra as desigualdades sociais, pela reforma agrária, pela defesa do meio-ambiente, pelo domínio de novas tecnologias, pela ampliação e melhoria do sistema de ensino e pela segurança do cidadão; não renunciará à luta pelos grandes projetos estratégicos, sejam os de infraestrutura para o desenvolvimento social e econômico, sejam os que darão suporte ao seu papel como ator global. Aqui me refiro, inclusive, às iniciativas que respaldarão militarmente a política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos. O PSB não arrefecerá seu compromisso de atuar como protagonista na construção da nação brasileira e não fará concessões aos desvios do patrimônio público.
Renunciaria, ai sim, à presidência do PSB caso essas proposições fossem abandonadas. No calor de campanhas eleitorais sobram boatos e acusações sem eira nem beira. Eleições passam, professor, o país fica; o processo histórico segue sua marcha, a política sobrevive, os partidos ficam. Alguns, com ideários descaracterizados; outros, mais apegados aos seus princípios. 
Como dirigente do PSB, cabe-me zelar pelo cumprimento de nossos compromissos programáticos, observada a realidade objetiva. É o que farei. Mancharia minha biografia se, acossado por premonições e pela libertinagem do “livre pensar”, optasse pela cômoda retirada nesse momento tão rico da construção da democracia brasileira.
Com apreço,

Roberto Amaral
Presidente do Partido Socialista Brasileiro

*leia, abaixo, a carta-aberta do cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira ao presidente Nacional do PSB, professor Roberto Amaral.
Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral
Presidente do PSB,

A Sra. Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido - Rede Sustentabilidade - e sair com sua própria candidatura à presidência da República.
O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções votos lhe seria transferido.
Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.
Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.
A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.
Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.
Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.
Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.
O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.
Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.
Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de São Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.
Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8a. edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.
As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor do subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.
Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.
Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer - mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe - estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.
As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil."
Cordialmente,
Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira

Tijolinho do Jolugue: Pernambuco: Uma eleição para nos envergonhar.

Os institutos de pesquisa que atuam no Estado de Pernambuco estão sendo bastante questionados. O que seria até muito natural em função dos ânimos acirrados entre os candidatos que estão disputando o Palácio do Campo das Princesas. Pernambuco, no entanto, apresenta alguns ingredientes particulares. Bem particulares, o que contribui para arranhar a imagem desses institutos e colocar em dúvida os números da disputa no Estado. Institutos como o Datafolha apresenta números equilibrados, indicando uma disputa indefinida. Já os institutos locais "desequilibram" o jogo em favor do candidato Paulo Câmara, do PSB, apresentando-o, em alguns casos, com uma dianteira de 10 pontos sobre Armando Monteiro(PTB). O que mais contribui para desacreditar as pesquisas dos institutos locais é, sobretudo, o enredo que eles integram, ou seja, uma engrenagem muito bem urdida que pode, e fato, influenciar sobre os resultados de um pleito. Tudo aqui em Pernambuco está muito suspeito. O indivíduo para inteirar-se sobre alguns fatos locais precisa ler os jornais de outros Estados. Matéria publicada no blog sobre um recente episódio envolvendo uma alta autoridade do poder judiciário dá a dimensão do problema. O aspecto crucial da matéria - o grampo que o associa a um escândalo nacional - foi omitido por um jornal local. A engrenagem envolve agências de publicidade ligadas a marqueteiros ligados aos institutos e, consequentemente, ligados à campanha de Paulo Câmara, com licitações já vencidas para atuar na publicidade institucional numa "futura" gestão neo-socialista. A imprensa escrita local, por sua vez, absolutamente dependente de verbas publicitárias do Estado e tendo, entre os acionistas, gente ligada aos institutos e a tais agências de publicidade. Está montada a engenharia nefasta, capaz de mudar o quadro de uma eleição. Ah, já ia esquecendo. Faltou citar as "análises" "descomprometidas" dos cientistas políticos ligados ao establishment. Comentando a respeito deste assunto, em seu perfil numa das redes sociais, o professor Heitor Scalambrini chegou a feliz conclusão de que esta eleição será uma eleição para nos envergonhar. 

Tijolinho do Jolugue: Afinal, quem perdeu a aula foi Eduardo Jorge(PV) ou Luciana Genro(PSOL)?

O debate da Record, como já se previa nessa reta final de campanha, foi um momento para os demais postulantes partirem para cima da presidente Dilma Rousseff, que lidera todas as sondagens de intenções de voto, com possibilidades de liquidar a fatura ainda no primeiro turno. O clima é tenso. Marina continua o seu processo de derretimento, ao passo em que aumentam as chances de alavancada de Aécio Neves nessa reta final da campanha, daí se entender que ele tenha usado o seu tempo para fazer duras acusações ao Governo Dilma, principalmente no que concerne ao escândalo da Petrobras. As balas de prata estão sendo usadas, como era previsto. Algumas delas, como a da revista Veja, não alcançaram grandes repercussões. Luciana Genro (PSOL), como sempre, se sai muito bem nos debates. É uma candidata muito bem preparada. Conheço amigos que votarão nela para ajudá-la a firmar-se como uma alternativa concreta de poder, o que ainda exigiria um longo percurso. Há de se ter muito cuidado ao se dirigir a ela com aquele sorriso maroto no canto dos lábios ou fazer ilações indevidas. Aécio Neves que o diga. Sofreu uma tremenda reprimenda num dos últimos debates e, desta vez, sobrou para o candidato do PV, Eduardo Jorge. Eduardo Jorge insinuou que ela havia perdido a aula de História que informava que os verdes não teriam ideologia definida, ou seja, poderia compor com a direita e com a esquerda, a depender da defesa do meio-ambiente. Logo em seguida, Luciana retrucou, informando que, na realidade, foi Eduardo Jorge quem perdeu a aula de Sociologia, onde se informa que os partidos precisam ter lado. Esse embate, na realidade, dá uma discussão bastante interessante. Segundo o filósofo político Norberto Bobbio, a agenda de defesa do meio-ambiente é uma agenda essencialmente de esquerda. A direita não teria essa preocupação com o desenvolvimento sustentável. Em tese, os verdes estariam mais à esquerda do espectro político. Apenas em tese. Em artigo recente, o sociólogo Emir Sader divaga sobre o assunto, concluindo que eles acabam se "endireitando" depois de um certo tempo. A julgar pelo que ocorre no Brasil, ele tem razão. Pela década de 80, os verdes e os comunistas eram os aliados preferenciais do PT. Sobretudo os verdes, nos anos subsequentes passaram a compor com as forças políticas mais reacionárias, inclusive aninhando-se no ninho tucano, alvo das críticas de Luciana Genro. Um caso emblemático, lembrado por um internauta, é o de Zequinha Sarney.

Camaragibe pode ter um "Novo Estelita"

Engenho e fábrica de Camaragibe, em Pernambuco, estão à mercê das construtoras, como ocorreu com o Cais José Estelita, no Recife

por Lucas Alves* — publicado 27/09/2014 07:46, última modificação 28/09/2014 16:53


Divulgação
Engenho e fábrica de Camaragibe
Fachada da antiga fábrica de tecidos no município pernambucano de Camaragibe
Pode não parecer, mas a imagem acima é de uma fábrica: a antiga fábrica de tecidos no município pernambucano de Camaragibe, onde um grupo de empresas, sob o nome Consórcio “Reserva Camará”, está implantando um grande empreendimento imobiliário. Sobre o terreno de 26 hectares em que está a fábrica do século XIX planejam fazer um megaprojeto de shopping center, estacionamento e vinte e tantos arranha-céus (22 residenciais, dois empresariais e um hotel) com muitas caixas de garagem. Um centro educacional em forma oval ocuparia o lugar da fábrica. Como de costume, o projeto é vendido como um grande presente para a cidade, uma promessa de modernidade que esconde sérios problemas.
A fábrica de tecidos foi construída nas terras do Engenho Camaragibe, que data de 1549. A casa grande do engenho, mais conhecida como Casa de Maria Amazonas, é o maior símbolo de Camaragibe, reconhecido como patrimônio histórico pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe e em processo de tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Se o projeto for levado adiante, sua paisagem será completamente descaracterizada.
O cotonifício é parte fundamental da história da cidade e um edifício marcante da arquitetura industrial. Com a implantação da fábrica, Camaragibe viria a se transformar em cidade, separando-se de São Lourenço da Mata e deixando de ser apenas parte da economia da cana-de-açúcar. Seus tijolos foram feitos em olaria própria, construída em 1890, da qual resta apenas a chaminé, destruída em uma das ampliações e hoje destinada a enfeitar um estacionamento.
A Companhia Industrial de Pernambuco criou, junto com a fábrica, uma das primeiras vilas operárias da América Latina. A Vila da Fábrica, planejada pela empresa, era um bairro residencial com os serviços urbanos essenciais: saneamento básico, abastecimento, saúde, serviço religioso e educacional. Tinha até um prédio para quem não era casado: a “República dos Solteiros”, que se mantém de pé até hoje. Foi a partir da fábrica que a cidade cresceu, trazendo a fundação de outros bairros, como o Alto da Boa Vista e a Vila Nova.
Camará Shopping
Sobre o terreno de 26 hectares em que está a fábrica do século XIX, planejam fazer um megaprojeto de shopping center, estacionamento e 22 prédios
A fábrica foi marcante também em sua organização e no legado social que deixou. Carlos Alberto de Menezes, primeiro diretor da fábrica, inscreveu no estatuto da companhia princípios de cunho cristão que conferiam benefícios aos operários e, segundo registros, teria estimulado a vinda de ordens religiosas da Europa (como os salesianos e os maristas) para capacitar operários e educar seus filhos. Promoveu a criação da Corporação Operária de Camaragibe, cujo pioneirismo no Brasil trouxe a visita do presidente Afonso Pena em 1905. Da organização operária iniciada na fábrica de Camaragibe surgiria a primeira legislação sindical urbana do Brasil, o decreto 1.637 de 1907.
Segundo Plano Diretor, a área do empreendimento está em Zona de Requalificação Urbana, que “compreende o Centro histórico-cultural do Município, e seu entorno, (...) apresentando características de degradação e risco de perda deste patrimônio”. Por isso, quase todas as diretrizes desta zona referem-se à preservação do patrimônio histórico-cultural, a saber: “a conservação integrada do patrimônio histórico-cultural incluindo ações específicas de proteção e preservação que compatibilizem uso e manutenção do acervo do patrimônio cultural municipal”; “o aproveitamento econômico sustentável do patrimônio cultural”; “a integração das ações públicas e privadas destinadas à proteção do patrimônio cultural existente”; “a sensibilização da comunidade local, dos proprietários e possuidores de bens de valor cultural, sobre a importância da conservação da identidade local para o desenvolvimento sustentável do município”; “a integração entre a educação pública municipal e as iniciativas de proteção ao patrimônio cultural".
Em vez de valorizar o patrimônio da cidade, como ordena o Plano Diretor, o Consórcio “Reserva Camará” quer cercar de altos prédios a fábrica, destruir sua planta original e deixar apenas duas fachadas, uma brincadeira de mau gosto com as boas práticas de preservação. Achando pouco, ainda inserem arranha-céus na paisagem mais emblemática de Camaragibe, a casa grande do Engenho Camaragibe, uma perspectiva que nunca é mostrada na propaganda do projeto.
Maquete do projeto do Consórcio “Reserva Camará”
Maquete do projeto “Reserva Camará” quer esconder casa grande do Engenho Camaragibe com altos prédios
Parte da esperança reside na Fundarpe, órgão no qual foi protocolado recentemente um pedido de tombamento da planta original da fábrica, com um polígono de preservação em seu entorno. A iniciativa é semelhante ao pedido do grupo Direitos Urbanos e de moradores do bairro da Torre, no Recife, que solicitaram ao órgão o tombamento do Cotonifício da Torre quando construtoras pretendiam ali construir mais de uma dúzia de torres e um shopping center. Nada impede, entretanto, que parta dos empreendedores e projetistas a iniciativa de fazer algo integrado à memória e às particularidades locais.
As cidades brasileiras, e em Pernambuco não é diferente, têm sido reféns de megaprojetos que prometem desenvolvimento atropelando a legislação urbanística e ambiental, esquivando-se da participação popular e da transparência, muitas vezes revelando arranjos público-privados nada impessoais. São projetos que geralmente ampliam a exclusão social, criando redutos de riqueza segregados do tecido urbano preexistente, e que se apoiam em paradigmas arcaicos de urbanismo, como o da mobilidade rodoviarista e carrocêntrica ou dos condomínios apartados do convívio social, cercados de desertos urbanos (ainda que “verdes”). Como no caso do projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, grandes empresas se apropriam de espaços de interesse público e vendem privilégios que deveriam ser de usufruto comum, como as vistas para as belas paisagens de corpos d’água, áreas vegetadas e monumentos históricos.
Exemplos de aproveitamento comercial de instalações industriais preservadas não faltam: da LX Factory, em Lisboa, ao SESC Pompéia, em São Paulo, e à Fábrica Bhering, no Rio de Janeiro. Mesmo do ponto de vista imobiliário, é possível conciliar e até aumentar o lucro preservando o patrimônio histórico e ambiental. Para isso, é preciso que o poder público, a começar pela Prefeitura de Camaragibe, a Fundarpe e o IPHAN, assuma a responsabilidade pela resguardo da memória e pela gestão democrática das cidades.
*Lucas Alves é formado em Relações Internacionais e membro do grupo Direitos Urbanos Recife-PE

domingo, 28 de setembro de 2014

O último perigo a ser vencido

28 de setembro de 2014 | 12:24 Autor: Miguel do Rosário

cardozo
A imprensa brasileira, como se sabe, jura imparcialidade até a morte.
Com exceção honrosa do Estadão, que sempre declara sua preferência pelo PSDB, os outros jornais agarram-se à lenda do apartidarismo com sofreguidão.
Os fatos, porém, sempre eles, desmentem diariamente a fantasia.
O caderno especial sobre eleições, da Folha de hoje, por exemplo, é integralmente voltado para atacar Dilma Rousseff.
E depois vem Marina de chororô contra “boatos” e “mentiras”.
Os “boatos” e “mentiras” da Folha são de alto nível profissional.
Jatinho fantasma? Aeroporto na fazenda do titio?
Nada disso importa mais.
Uma das principais colunistas políticas da Folha, Eliane Cantanhede, que anda desesperada há dias, hoje quase se desfaz em lágrimas de amargura diante da situação adversa enfrentada pela oposição.
“(…)e o medo vai vencendo a esperança.”
Medo vai vencendo a esperança?
Que esperança, Eliane?
A esperança de entregar as rédeas da economia em mãos de um punhado de banqueiros, especuladores internacionais, para não falar no Tio Sam?
A campanha deste ano, na verdade, está muito mais programática.
As pessoas estão discutindo economia, programas de governo, política, e não aborto, religião ou factoides da mídia.
Por isso, o desespero.
Daqui até as eleições, a mídia vai disparar uma bala de prata todo dia.
Factoide em cima de factoide.
Dois bandidos presos pela Polícia Federal de Dilma Rousseff agora são a única esperança da direita.
E a mídia faz isso enquanto simula um rostinho angelical e acusa as campanhas de “baixaria”.
Entretanto, há um perigo real ainda a ser vencido.
O último perigo.
Esse perigo se chama José Eduardo Cardoso, o ministro da Justiça.
Talvez pensando antes em sua nomeação para ministro do STF do que no interesse do próprio governo que representa, Cardoso aferra-se a um radicalismo republicano suicida.
Em plena campanha eleitoral, a Polícia Federal, a mesma que prendeu os dois bandidos, tornou-se a principal fonte da mídia.
É vazamento seletivo todo dia, só para Globo, Veja e Folha.
Ora, por que a Polícia Federal não vaza para os blogs o inquérito sobre a sonegação da Globo?
Por que a Polícia Federal não vaza o inquérito sobre os dois jatinhos (sim, são dois!) fantasmas de Marina Silva?
Por que a Polícia Federal não vaza inquéritos sobre o PSDB?
(Publicado originalmente no site Tijolaço)

Se tem cara de_________, jeito de_____________, logo é____________


Se tem cara de _______, jeito de _______, logo é __________


Nos dois últimos dias, o Correio Braziliense tem publicado matérias em que denuncia supostas ligações telefônicas entre o doleiro Alberto Yousseff e o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco Jones Figueiredo.  O primeiro foi preso pela operação “Lava Jato”, suspeito de estar envolvido num esquema de lavagem de dinheiro que movimentou aproximadamente R$ 10 bilhões.  Ambos teriam conversado nove vezes por telefone em 2010 de acordo com informações que a reportagem do Correio diz ter conseguido junto à CPI da Petrobrás.
Importante esclarecer que a reportagem do jornal de Brasília não acusa o magistrado pernambucano de crime algum, mas informa que suas ligações foram rastreadas por uma CPI de destaque no noticiário nacional. Figueiredo é o desembargador mais antigo do TJPE,  o que automaticamente torna a pauta de interesse local. Mas parece que os donos e editores de nossos veículos de comunicação discordam. As emissoras de tevê, por exemplo, silenciaram.
Até que o Blog de Jamildo publicou um pequeno post repercutindo a matéria. Mesmo assim, pouco tempo depois, o texto foi completamente apagado, podendo ser visto apenas no “cache”, onde fica “guardado” mesmo depois de excluído (veja aqui).
 O Diario de Pernambuco, porém, que pertence ao mesmo grupo que o periódico de Brasília (Condomínio Associado), teve acesso ao material do primeiro dia, mas preferiu não publicar. O jornal pernambucano “interessou-se” pela pauta apenas hoje, mas de uma forma, digamos, diferente. Publicou uma das retrancas da mesma matéria que falava de ligações do doleiro para a empresa de Eike Batista e para o irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Misteriosamente, porém, as linhas do texto que mencionavam o magistrado pernambucano sumiram. Veja a diferença entre o texto do Diario de Pernambuco (à esquerda) e a mesma matéria publicada no Correio Braziliense (à direita). O nome dessa prática tão antiga e longe de ser extinta, você sabe bem qual é.
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Texto publicado no DP: Figueiredo tem o nome omitido
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Matéria do Correio lembra que o desembargador pernambucano também conversou com o doleiro preso
(Publicado originalmente pelo Centro Luiz Freire)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Em entrevista a blogueiros, Dilma ataca Marina e diz que Brasil está "maduro" para fazer regulação econômica da mídia.

publicado em 26 de setembro de 2014 às 18:15

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por Luiz Carlos Azenha
Em entrevista esta tarde a blogueiros, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff defendeu o cumprimento do parágrafo quinto do capítulo 220 da Constituição de 1988.
Ele diz: “§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.
“No Brasil se confunde regulação com controle de conteúdo, que é coisa de país ditatorial”, afirmou Dilma ao responder ao blogueiro Altamiro Borges.
Ela lembrou que a existência de oligopólio ou monopólio em qualquer setor da economia cria uma “assimetria” não só entre os cidadãos, mas entre as instituições. Disse também que estimula a “prepotência”.
A candidata à reeleição disse que a regulação econômica já existe em outras áreas fundamentais, como os portos, o setor elétrico e o do petróleo.
“Não há porque ser ser diferente. O Brasil tem de regular”, afirmou. Outros objetivos de um eventual segundo mandato serão o de promover a regionalização da produção de conteúdo e a diversidade cultural na mídia.
“Eu acho que está maduro para fazer a regulação econômica” da mídia, disse a presidente.
Em resposta à blogueira Conceição Lemes, editora do Viomundo, Dilma disse que pretende promover a integração dos sistemas público e privado de saúde para garantir o atendimento de especialistas a usuários do SUS, numa rede integrada por clínicas públicas, privadas e filantrópicas.
Lembrou que desde que a CPMF — o imposto do cheque que arrecadava dinheiro para a Saúde — foi derrubada por ação do PSDB no Congresso, com a ajuda de aliados, o governo federal deixou de arrecadar R$ 470 bilhões.
Ainda assim, segundo Dilma, não houve recuo nos investimentos federais na Saúde, como tem dito José Serra, candidato ao Senado pelo PSDB em São Paulo e ex-ministro da Saúde. Segundo a candidata, os números indicam aumento de 77,4% nos investimentos em Saúde desde o início do governo Lula, em 2002.
[Clique aqui para ver o que Serra tem dito na propaganda eleitoral]
Ao longo de duas horas de entrevista, a candidata petista usou suas respostas para alguns disparos contra adversários políticos e a própria mídia:
– “Meu discurso na ONU foi integralmente distorcido”, disse Dilma, sobre as acusações de que teria fraquejado no combate ao terrorismo. Segundo ela, os ataques ao Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria já demonstraram que a ação militar não é o caminho para resolver questões políticas. Dilma condenou as ações bárbaras do Estado Islâmico do Iraque, mas lembrou também que a fragilidade do governo iraquiano, dividido entre sunitas e xiitas, foi um dos fatores que determinaram o crescimento do Isis. A coalizão que governa o Iraque chegou ao poder depois da invasão promovida pelos Estados Unidos para derrubar Saddam Hussein.
[Clique aqui para ouvir a íntegra do discurso]
– Dilma definiu como “discussão estarrecedora” o embate que teve com a jornalista Miriam Leitão, durante entrevista ao Bom Dia Brasil, sobre o crescimento econômico da Alemanha. Na ocasião, a jornalista global disse que o Brasil crescia a taxa de 0,3%, contra 1,5% da Alemanha. “Não, a Alemanha não está crescendo 1,5%. A Alemanha está crescendo 0,8%, e há dúvidas a respeito da continuidade. Tanto é que o índice, aquele Zeus, que mede a confiança do empresariado na economia cai pelo nono mês consecutivo”, disse a presidente na ocasião.
– “Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima, eu não. Eu não posso dar ao Brasil esta demonstração”, afirmou a petista, numa referência óbvia à candidata Marina Silva, que tem se queixado das críticas que recebe do PT ao longo da campanha.
– “Ninguém desmonta uma empresa como a Petrobras”, afirmou. Lembrou que a petrolífera brasileira, a sexta maior do mundo, valia R$ 15,5 bilhões em 2002 e hoje vale R$ 110 bilhões. A candidata afirmou que por trás dos ataques à empresa estão interesses dos que pretendem mudar o sistema de exploração para beneficiar empresas estrangeiras.
– Dilma disse que num eventual segundo mandato seu foco será em usar a renda do pré-sal para investimentos na educação. Seria um novo passo, depois da ênfase do ex-presidente Lula em programas sociais e em garantir renda e emprego para a maioria dos brasileiros. Também prometeu a expansão da rede de banda larga. Disse aos blogueiros que, ganhando a eleição, fará um segundo mandato politicamente “mais combativo” e que as entrevistas como a de hoje passarão a ser feitas “de forma sistemática”.

(Publicado originalmente no site Viomundo)

Marina, o Mata-Pau

25 de setembro de 2014 | 07:42 Autor: Fernando Brito

matapau
Poucas pessoas deixam tão evidentes, em tão pouco tempo, sua natureza desagregadora.
Em pouco mais de um mês desde que foi alçada, na prática, líder do PSB – porque sua candidata presidencial -, Marina Silva já se prepara para esmagar todos os setores do partido que não estejam completamente submetidos a seu comando total.
É algo que vai além de julgar se melhores ou piores as posições dos grupos se se alinham em torno de Roberto Amaral – o futuro morto – e de Beto Albuquerque, um homem que fez carreira política com o apoio dos petistas Olívio Dutra,Tarso Genro e Lula.
Trata-se de ver que Marina, incapaz de controlar o PV e de formar seu próprio partido, a Rede, firmou um pacto com o grupo familiar pernambucano e seu vice para assumir o controle total do PSB, esmagando qualquer diversidade que tenha a pretensão de sobreviver no partido.
A família Campos, com todo o respeito que se possa ter pela dor de sua perda, não se vexa em tratar o PSB como uma herdade, sobre a qual teria  o direito natural de manter o controle e fruir das vantagens políticas.
Roberto Amaral não é um louco e jogou a cartada da eleição partidária antes das eleições porque o frio da lâmina em seu pescoço era cada vez mais cortante.
E, quando Beto Albuquerque, candidato a vice e porta-voz de Marina e da família Campos nos “assuntos internos” do PSB anuncia de público que “apoiará uma candidatura de oposição” se  Amaral não desistir da votação marcada, está deixando claro que já recebeu a ordem do “cortem-lhe a cabeça” da nova  regente do PSB e do núcleo herdeiro.
Não é provável que Amaral consiga fazer a eleição interna ou, se a fizer, tenha de aceitar um acordo onde terá posição decorativa.
Vai ter o destino que Monteiro Lobeto, em seu antológico “O Mata-Pau”deu à pobre árvore que deu suporte “ao fiapo de planta”:
“Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro – continuou o cicerone, apontando com dedo e beiço uma parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o solo. – Começa assinzinho, meia dúzia de folhas piquiras; bota p’ra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo, sempre naquilo, nem p’ra mais nem p’ra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então o fio vira raiz e pega a beber a sustância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem embaúva. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe, como este guampudo aqui – concluiu, dando com o cabo do relho no meu mata-pau.”
Neste caso, o “fiapo de planta”, já vindo de outros troncos, foi turbinado pela fatalidade.
(Publicado originalmente no site Tijolaço)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Grupo francês sugere ao blog mudança da foto de Jean-Charles Naouri.

Ontem, o nosso blog recebeu uma mensagem da empresa que cuida da imagem pública de Jean-Charles Naouri. Naouri é presidente do Grupo Casino, grupo francês controlador da rede de supermercados Carrefour. A postagem dizia respeito às polêmicas negociações entre o grupo e o Pão de Açúcar, até então empresário Abílio Diniz. Ao tratar do assunto, escolhemos uma foto que, por alguma razão, não foi do agrado da empresa francesa que cuida de sua imagem. Entramos em entendimentos e estamos substituindo a foto por uma outra que eles nos recomendaram.


Bom dia Sr.

Eu estou entrando em contato com você em nome de Relações Públicas do Groupe Casino & Office Communications externo.
Meu nome é Raphael e eu sou um consultor Reputation Squad , uma agência de comunicação digital francesa com sede em Paris.
Esquadrão reputação foi convidado pelo Groupe Casino para monitorar sua imagem on-line CEO Jean-Charles Naouri .

Em julho de 2011, é publicado um artigo (por favor veja link aqui: http://blogdojolugue.blogspot.fr/2011/07/jean-charles-naouri-pede-ao-bndes-para.html

Eu gostaria de saber se poderia ser possível para você mudar a foto atual , para usar uma imagem proveniente Officiel Kit de imprensa do Casino.
Você poderia por favor seja gentil para usar uma das três fotos oficiais você encontrará anexados a este e-mail?

Por favor, não hesite em contactar- me se você quiser discutir esse assunto mais adiante.

Desculpe-me pelos erros, eu sou um novato em Português :)

Cumprimentos
Raphael
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