pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: dezembro 2011
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Um feliz natal e um ano novo solidário e justo para todos!



A partir de hoje até o início de fevereiro do próximo ano, o editor do blog estará de férias, interrompendo as postagens durante o período. Agradecemos a todos que estão contribuindo – com a leitura, comentários, críticas e reconhecimento – para tornar o http://blogdojolugue.blogspot.com uma referência na área de política no Brasil, e, em particular, no Estado de Pernambuco. O blog tem uma linha editorial independente, altiva, assumindo compromissos apenas com a informação criteriosa, a  lisura na condução da coisa pública, o combate às injustiças e a defesa de valores republicanos. Esse é um dos aspectos que explicam o aumento expressivo do número de acessos do blog durante o ano de 2011, meta que pretendemos ampliar para 2012, se vocês nos ajudarem. O blog reserva algumas novidades para o ano de 2012, como o lançamento de uma revista; reformulações em sua livraria - em 04 dias esgotamos todo o estoque do livro "A Privataria Tucana" -; cobertura jornalística dos eventos políticos; maior espaço para os vídeos-debates, trazendo informações sobre os grandes tema da política, com colaboradores de peso no cenário politico pernambucano; organização de seminários e palestras, onde as organizações e instituições poderão solicitar nossos serviços; e, finalmente, a estréia de novas seções, consolidando um diferencial que você, leitor, só encontra no nosso blog: a notícia analisada por quem entende do riscado. A família Jolugue agradece o carinho e deseja um feliz natal e um ano novo solidário e justo a todos vocês. Até breve.  
O editor.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Portal Tribuna do Norte: Aécio defende "refundação" do PSDB


Goiânia (AE) - Ostentado bandeiras e um discurso afinado, cerca de 1,5 mil jovens se reuniram ontem no Congresso Nacional da Juventude da Social Democracia Brasileira, em Goiânia, para defender uma mudança de rumo no PSDB. O senador tucano, Aécio Neves (MG), um dos candidatos do tucanos na sucessão presidencial em 2014, pregou a busca de um novo ciclo de desenvolvimento do País. Para isso, disse que será preciso "refundar" o PSDB, e "confrontar" o legado dos tucanos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com o que se faz no momento.

"Este congresso tem o sentido de mostrar que o PSDB tem todas as condições de refundar-se e de renovar o seu discurso", disse. O senador afirmou que, nas disputas sucessórias, tanto municipais, em 2012, quanto nas estaduais e presidenciais, em 2014, o PSDB terá de resgatar como partido. "Nestas eleições, vamos falar de saúde e de qualidade de vida; Agora é hora de recuperar o legado, vamos olhar para o futuro", disse.

Os jovens tucanos parecem alinhados ao discurso de Aécio. "Estamos nos mobilizando para defender a reestruturação do PSDB, e para fazer um contraponto ao governo que aí está e resgatar o nosso legado que tornou o Brasil um país melhor", disse Marcelo Richa, presidente nacional do PSDB jovem.

A conclusão tirada do evento é que "está na hora" do partido afinar seus discurso e buscar a união interna. Sob aplausos e palavras de ordem os "novos tucanos", ou "tucaninhos", revelaram que por meio da harmonia, o partido caminhará unido na disputa pela sucessão municipal, do ano que vem, e na sucessão presidencial, em 2014.

Estratégia

Para alcançar sucesso nas urnas, os jovens tucanos, disseram que será preciso percorrer todos Estados e municípios brasileiros para defender, em 2012 e também em 2014, uma mudança de rumo. "As definições, como direita e esquerda, nunca pesaram tanto no Brasil como agora", discursou Wesley Borges, do PSDB do Distrito Federal.

Apesar do tom afinado, em matéria de definição de nomes à presidência os jovens evitaram conflitos. Como uma caixa-preta inviolável, tornaram o anúncio de candidatos para a corrida presidencial de 2014 uma inconveniência. "Os nomes não estão em questão", ressaltou Marcelo Richa, filho do atual governador do Paraná e neto do ex-senador José Richa. "Me dou muito bem com o José Serra e o Aécio Neves."

Gazeta de Alagoas: Mapa da violência aponta grupos mais vulneráveis em Alagoas: Negros e jovens.


Por: CARLA SERQUEIRA - REPÓRTER

Além de ser o Estado mais violento do Brasil, Alagoas é também o lugar onde mais morrem negros e jovens no País. E se não fosse o Espírito Santo, a “terra dos marechais” seria ainda a terra de maior matança entre as mulheres. Já quando se fala em assassinato de brancos, Alagoas aparece no final da fila. Somos o segundo Estado onde menos morrem brancos, vítimas do crime.

Esse retrato da realidade alagoana está publicado no Mapa da Violência 2012, divulgado na última quarta-feira. O estudo, desenvolvido pelo Instituto Sangari, com dados oficiais dos ministérios da Saúde e da Justiça, além de apresentar os números da barbárie, fez questão de revelar o perfil de quem mais fica na mira dos homicidas.

Em todo Brasil, segundo o Mapa da Violência, a tendência é cair o número de assassinatos entre brancos e aumentar entre negros. De 2002 até 2010, o universo de vítimas brancas reduziu 27,5%; caiu de 18.852 para 13.668. No mesmo período, o número de negros assassinados cresceu 23,4%, passando de 26.952 para 33.264. Em Alagoas, a diferença impressiona ainda mais. Em 2002, segundo a pesquisa, 107 brancos foram vítimas de homicídios no Estado. Em 2010, este número caiu para 43, uma redução de 59,9%. Já a população negra exterminada passou de 650 em 2002 para 1.690 em 2010. Em apenas oito anos, o número de vítimas negras em Alagoas aumentou 160%.

NÚMEROS REGISTRAM UM MAPA VIOLENTO

O Mapa da Violência 2012 analisa o avanço dos homicídios no Brasil nas últimas três décadas. Nos estudos divulgados desde 1998, o Instituto Sangari chega sempre à mesma conclusão: são os homens as vítimas mais numerosas. Segundo o estudo, só em 2010, dos 49.932 homicídios registrados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, 45.617 tiveram pessoas do sexo masculino como alvos, o que representa 91,4% do total.

No mesmo ano, as vítimas mulheres somaram 4.273 ou 8,6% do número de assassinatos. “Ainda assim”, revela o Mapa, “apesar da baixa participação, nas estatísticas recentes morrem acima de 4 mil mulheres anualmente vítimas de homicídios. Nos 30 anos considerados, morreram 91.886 mulheres por esta causa”.

JUVENTUDE AMEAÇADA

Outra confirmação recorrente nos estudos desenvolvidos pelo Instituto Sangari é que, além de homens, as vítimas mais recorrentes dos assassinatos são jovens, na faixa etária de 15 aos 24 anos.

“Existe um bom número de estudos e um alto nível de consciência pública sobre a elevada concentração dos homicídios na população jovem do País, embora, pelos dados atuais, esse nível de consciência não tenha sido traduzido ainda em políticas de enfrentamento que consigam reverter o quadro atual”, escreveu num trecho do Mapa da Violência 2012, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor do Instituto Sangari e responsável pela pesquisa. “Pelo contrário”, continua ele, “a vitimização juvenil no País continua crescendo, sendo claro indicador da insuficiência dessas políticas”.

HOMOFOBIA ENGROSSA AS ESTATÍSTICAS

Nos últimos anos, as vítimas de homicídios em Alagoas foram ficando ainda mais específicas. Têm sido recorrentes as notícias de emboscadas contra políticos, assassinatos de moradores de rua e crimes de homofobia.

Só no ano passado, segundo a própria Polícia Civil, foram mortos 32 moradores de rua – número divulgado em novembro de 2010.

Em notícia do dia 15 do mesmo mês, publicada no portal Terra, a última vítima era, inclusive, uma mulher moradora de rua. A gravidade da matança atraiu para Alagoas representantes do Ministério da Justiça, que temiam punições para o Brasil de organismos internacionais de proteção dos direitos humanos.

No dia 19 de novembro deste ano, Alagoas registrou a morte de um militante gay, engrossando os números de homicídios com suspeita de motivação homofóbica. Zequias Rocha Rego, de 57 anos, era um dos fundadores do Grupo LGBT de Alagoas.
Leia mais na versão impressa

Agenda de pré-candidato de Haddad começa em fevereiro.

Agenda de pré-candidato de Haddad começa em fevereiro

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A maratona oficial do ministro da Educação, Fernando Haddad, como pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo deve começar em fevereiro. De acordo com o vereador Antônio Donato, presidente do Diretório Municipal do PT, a agenda do petista é um dos focos da segunda reunião do Conselho Político do partido, que acontece hoje. "Ainda não tem data para a saída de Haddad do Ministério da Educação. Vamos fazer uma estrutura a partir de fevereiro", reforçou ele, em entrevista à Agência Estado.
Haddad já anunciou que trabalha com o mês de janeiro, mas sua saída está subordinada à decisão da presidente Dilma Rousseff. Embora setores do PT almejassem a retirada de Haddad do Ministério para se candidatar à campanha, ele acatou o pedido da presidente para permanecer no cargo, postergando a difícil reforma ministerial para 2012.
Segundo Donato, que será o responsável pela agenda do ministro, também serão discutidas na segunda reunião as estratégias de construção do programa de governo do Haddad. "Estamos formatando isso e a partir de janeiro e fevereiro iniciaremos um processo de discussão com a sociedade sobre os desafios e mudanças necessárias", observou.
Sobre a composição do Conselho Político do PT, ele disse que não há uma estrutura "engessada". São 28 integrantes no total, dos quais 22 estão presentes na reunião. Recentemente, foram convidados por Haddad para integrar o grupo o vereador Carlos Neder, o deputado federal Arlindo Chinaglia, e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.
Novamente, a senadora Marta Suplicy não compareceu ao encontro. O deputado federal Ricardo Berzoini foi um dos primeiros a chegar ao local da reunião. O senador Eduardo Suplicy também está presente.
Expectativas
Na opinião de Donato, a última pesquisa do DataFolha, que apontou entre 3% e 4% as intenções de voto do pré-candidato do PT, reforça a convicção do partido que há espaço para fazer uma "excelente campanha", "estar bem" no segundo turno e "ganhar a eleição". "Ainda temos um ano inteiro pela frente e muita coisa pode acontecer, mas as condições gerais de avaliação do governo Dilma, da influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da péssima avaliação do governo Kassab são fatores estruturais que nos dão esperança de ir bem no processo eleitoral", avaliou.
Donato destacou que a mudança nesta eleição é o Haddad, uma vez que não existe outra candidatura que esteja no campo de oposição ao prefeito Gilberto Kassab. "O Netinho de Paula, do PC do B, está no governo, o PMDB, o Russomanno, o PSDB, entre outros, também. Eles terão dificuldade de criticar o governo Kassab e apresentar alternativas para São Paulo", lembrou.
Sobre possíveis alianças, o presidente do Diretório Municipal do PT disse que o partido manterá conversas com todos os governos e que há negociações adiantadas com o PR.
Agência Estado

Um giro pelas semanais: Veja: Ministra promete erradicação da miséria até 2014

 

Segundo Tereza Campello, 3,5 milhões deixarão a extrema pobreza por meio de programas de transferência de renda; hoje 16 milhões de miseráveis vivem no país

Luciana Marques
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello                          A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello (Agência Brasil)

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentou nesta sexta-feira o balanço do programa Brasil sem Miséria com a promessa de erradicar a miséria no país até 2014. Essa foi uma das grandes propostas da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral. Em maio, no entanto, o Planalto recuou e disse que era impossível cumprir essa meta. A declaração foi feita pela secretária de Erradicação da Extrema Pobreza, Ana Fonseca. “Essa meta zero não existe em nenhuma política pública”, afirmou na ocasião. “Sempre haverá pobreza e extrema pobreza.”
Agora, a ministra Campello diz que o governo deve retirar os 16 milhões de miseráveis dessa situação até 2014. “Os dados de hoje nos deixam mais animados ainda, dirigimos as principais metas de 2011”, afirmou. “Continuando nessa rota de conquistas certamente conseguiremos atingir a meta e nunca duvidamos disso”. De acordo com a ministra, das 16 milhões de pessoas em extrema pobreza, 3,5 milhões deixarão essa condição até 2014 por meio de programas de transferência de renda do governo federal, com a complementação de ações dos governos estaduais.
Mais de 13 milhões de famílias recebem o Bolsa Família hoje nas duas faixas de renda previstas. É considerada pobre a família que recebe até 140 reais mensais per capita e extremamente pobre, a que recebe até 70 reais.
Balanço - O programa localizou 407.000 famílias em situação de miséria, o que representa mais de 50% das 800.000 famílias extremamente pobres que não estavam incluídas no Cadastro das Políticas Sociais. A meta do governo é localizar todas as pessoas nessa situação até 2013. Deste total, 325.000 já recebem o Bolsa Família.
Segundo o governo, 1,3 milhão de crianças e adolescentes foram incluídos no programa este ano por causa da ampliação de três para cinco benefícios por família para filhos de até 15 anos. O valor médio dos recursos também cresceu: de 96 reais para 119 reais.
Estados – A presidente assinou termos de compromisso do programa com os governadores do Centro-Oeste, entre eles, Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal. Mesmo com o nome envolvido em denúncias de investigação e com um processo contra ele em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STF), Agnelo foi escolhido para discursar no Palácio do Planalto. Ele prometeu erradicação “total” da pobreza no Distrito Federal e deixou o púlpito sob aplausos da plateia.
O acordo com os estados prevê ações para mais de 550.00 pessoas com renda mensal de até 70 reais. “Retirar da miséria 16 milhões de pessoas vai articular diferentes entes, como estados e prefeituras”, afirmou a presidente em discurso. Dilma também assinou na cerimônia um decreto para regulamentar o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, que prevê bolsas de até 2.400 reais mensais para famílias extremamente pobres em áreas rurais.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Três parlamentares paraibanos figuram na lista dos políticos mais influentes do Congresso; saiba quem

 

Parlamentares do PT e do PMDB dominam a lista de parlamentares mais influentes do Congresso, segundo estudo elaborado pela consultoria política Arko Advice. O relatório “Elite Parlamentar 2011” aponta 105 congressistas como as principais referências do Parlamento. São 64 deputados federais e 41 senadores, a maioria pertencente aos dois maiores partidos da base aliada governista. Entre os parlamentares paraibanos estão o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) e os senadores Cícero Lucena (PSDB) e Vital do Rêgo Filho (PMDB).

Na lista, estão 21 parlamentares petistas (12 deputados e nove senadores) e 17 peemedebistas (sete deputados e dez senadores). Logo em seguida, vêm as duas maiores legendas da oposição: o PSDB aparece com 15 congressistas na lista (oito deputados e sete senadores) e o DEM, dez parlamentares (sete deputados e três senadores).

Os demais partidos aparecem da seguinte forma: PR e PTB, ambos com sete parlamentares; PP, PDT e PSD têm cinco; PSB com quatro; PPS com três; PV e PCdoB com dois cada. PSC e PSOL têm apenas um representante na relação.

O estudo foi feito considerando parlamentares em posições de liderança, formal ou informalmente. Por isso, estão elencados na lista os líderes de bancadas, partidos ou Estados; membros da Mesa Diretora da Câmara e do Senado; além de relatores de projetos relevantes e presidentes de comissões de destaque ou parlamentares que viraram referência em discussões polêmicas.

Confira a lista elaborada pela consultoria (em ordem alfabética):

DEPUTADOS FEDERAIS

1. Abelardo Lupion (DEM-PR)

2. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)

3. Almeida Lima (PMDB-SE)

4. Anthony Garotinho (PR-RJ)

5. Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA)

6. Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP)

7. Arlindo Chinaglia (PT-SP)

8. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

9. Arnaldo Jardim (PPS-SP)

10. Bruno Araújo (PSDB-PE)

11. Cândido Vaccarezza (PT-SP)

12. Chico Alencar (PSOL-RJ)

13. Claudio Puty (PT-PA)

14. Darcísio Perondi (PMDB-RS)

15. Duarte Nogueira (PSDB-SP)

16. Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

17. Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

18. Eduardo da Fonte (PP-PE)

19. Eduardo Gomes (PSDB-TO)

20. Fátima Bezerra (PT-RN)

21. Gilmar Machado (PT-MG)

22. Giovanni Queiroz (PDT-PA)

23. Guilherme Campos (PSD-SP)

24. Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)

25. Henrique Fontana (PT-RS)

26. Inocêncio Oliveira (PR-PE)

27. João Maia (PR-RN)

28. João Paulo Cunha (PT-SP)

29. José Guimarães (PT-CE)

30. José Luiz Penna (PV-SP)

31. Jovair Arantes (PTB-GO)

32. Jutahy Junior (PSDB-BA)

33. Lincoln Portela (PR-MG)

34. Lira Maia (DEM-PA)

35. Luis Carlos Heinze (PP-RS)

36. Luiz Fernando Faria (PP-MG)

37. Manuela D’ávila (PCdoB-RS)

38. Marco Maia (PT-RS)

39. Miro Teixeira (PDT-RJ)

40. Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

41. Osmar Júnior (PCdoB-PI)

42. Paes Landim (PTB-PI)

43. Pauderney Avelino (DEM-AM)

44. Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)

45. Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)

46. Paulo Teixeira (PT-SP)

47. Pepe Vargas (PT-RS)

48. Ratinho Júnior (PSC-PR)

49. Reinhold Stephanes (PSD-PR)

50. Roberto Freire (PPS-SP)

51. Roberto Santiago (PSD-SP)

52. Rodrigo Maia (DEM-RJ)

53. Romário (PSB-RJ)

54. Ronaldo Caiado (DEM-GO)

55. Rose de Freitas (PMDB-ES)

56. Rubens Bueno (PPS-PR)

57. Sandra Rosado (PSB-RN)

58. Sandro Mabel (PMDB-GO)

59. Saraiva Felipe (PMDB-MG)

60. Sarney Filho (PV-MA)

61. Sérgio Brito (PSD-BA)

62. Sérgio Guerra (PSDB-PE)

63. Silvio Costa (PTB-PE)

64. Vicentinho (PT-SP)

SENADORES

1. Acir Gurgacz (PDT-RO)

2. Aécio Neves (PSDB-MG)

3. Alfredo Nascimento (PR-AM)

4. Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB-SP)

5. Álvaro Dias (PSDB-PR)

6. Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

7. Armando Monteiro (PTB-PE)

8. Blairo Maggi (PR-MT)

9. Cícero Lucena (PSDB-PB)

10. Cristovam Buarque (PDT-DF)

11. Delcídio Amaral (PT-MS)

12. Demóstenes Torres (DEM-GO)

13. Eduardo Braga (PMDB-AM)

14. Eduardo Suplicy (PT-SP)

15. Eunício Oliveira (PMDB-CE)

16. Fernando Collor (PTB-AL)

17. Francisco Dornelles (PP-RJ)

18. Gim Argello (PTB-DF)

19. Humberto Costa (PT-PE)

20. Jayme Campos (DEM-MT)

21. Jorge Viana (PT-AC)

22. José Agripino Maia (DEM-RN)

23. José Pimentel (PT-CE)

24. José Sarney (PMDB-AP)

25. Kátia Abreu (PSD-TO)

26. Lindbergh Farias (PT-RJ)

27. Lúcia Vânia (PSDB-GO)

28. Luiz Henrique (PMDB-SC)

29. Magno Malta (PR-ES)

30. Mário Couto (PSDB-PA)

31. Marta Suplicy (PT-SP)

32. Paulo Paim (PT-RS)

33. Pedro Simon (PMDB-RS)

34. Renan Calheiros (PMDB-AL)

35. Roberto Requião (PMDB-PR)

36. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

37. Romero Jucá (PMDB-RR)

38. Valdir Raupp (PMDB-RO)

39. Vital do Rêgo (PMDB-PB)

40. Walter Pinheiro (PT-BA)

41. Wellington Dias (PT-PI)


PolíticaPB com Valor

O grande encontro dois: Aécio Neves e José Serra depois das denúncias do livro de Amaury.



Há uma grande expectativa em torno de um encontro que deverá ocorrer nos próximos dias, entre o senador Aécio Neves e o eterno candidato presidencial, José Serra. Ambos são tucanos que não se bicam no PSDB, posto que alimentam as mesmas ambições, ou seja, tornarem-se presidentes da República. No momento, os ventos sopram favoravelmente para Aécio, uma vez que nunca foi testado nas urnas numa eleição presidencial. O polêmico livro de Amaury Ribeiro Jr., a Privataria Tucana, que os tucanos, depois de ignorá-lo agora tentam desmoralizá-lo, faz uma denúncia, envolvendo Serra, afirmando que este pagou pessoas para acompanhar os passos de Aécio, com o objetivo de flagrá-lo em situações limites, se possível consumindo drogas. Se, por um lado os tucanos tentam descredenciar as denúncias de Amaury em vários campos, neste, em particular, até o  próprio Aécio sabia das investidas.

Charge! Amarildo!

Charge! Tiago Recchia!

Tiago Recchia

Nota do PSDB contra as denúnicas do livro "A Privataria Tucana".


O PSDB repudia veementemente a mais recente e leviana tentativa de atribuir irregularidades aos processos de privatização no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e acusar o Partido e os seus líderes de participar de ações criminosas.
As privatizações viabilizaram a modernização da economia brasileira, com centenas de bilhões de investimentos em serviços essenciais e a geração de milhares de empregos.
Todo o processo foi exaustivamente auditado pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e outros órgãos de controle, e nenhuma irregularidade foi constatada.
O livro agora publicado tem as mesmas características de farsas anteriores, desmascaradas pela polícia, como a “Lista de Furnas”, o “Dossiê Cayman” e o caso dos “Aloprados”. Seu autor é um indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes, incluindo corrupção ativa e uso de documentos falsos.
Uma constante dessa fabricação de falsos dossiês tem sido a participação de membros e agentes do Partido dos Trabalhadores. Os que não se envolvem diretamente nas falsificações não têm pudor de endossá-las publicamente, protegidos, alguns deles, pela imunidade parlamentar.
A nova investida ocorre num momento em que o PT está atolado em denúncias de corrupção que já derrubaram seis ministros, e aguarda ansiosamente o julgamento do Mensalão, maior escândalo de corrupção de que se tem notícia na história do Brasil.
Serão tomadas medidas judiciais cabíveis contra o autor e os associados às calúnias desse livro.
Brasília, 15 de dezembro de 2011
Deputado SÉRGIO GUERRA
Presidente Nacional do PSDB.

Pedro Taques X Jader Barbalho: O grande encontro no Senado Federal.




Na condição de Procurador da República, o senador pedetista, Pedro Taques, foi o responsável pela determinação da prisão de Jader Barbalho, que protagonizou uma cena emblemática, tentando encobrir as algema com um livro, quando detido pela Polícia Federal. Não convém ao blog comentar uma decisão judicial, sobretudo por considerarmos que, do ponto de vista estritamente jurídico, não restava outro julgamento à turma do STF, senão recomendar que ele, senador eleito sem os efeitos da lei da Ficha Limpa, assumisse sua cadeira no Senado Federal. Do ponto de vista ético, vão aí outras considerações. Pedro Taques é um dos parlamentares cuja atuação sempre mereceu o reconhecimento do http://blogdojolugue.blogspot.com. Basta aos leitores realizarem uma pesquisa com o seu nome, no próprio blog. Criou-se uma grande expectativa em torno do encontro de ambos no Senado Federal. Realmente, um grande encontro. Quem está feliz da vida com a chegada do novo inquilino é o presidente daquela Casa, José Sarney, que deverá consolidar seu controle sobre aquele condomínio. A presidência da Casa, em substituição a José Sarney, deverá ser entregue a um alagoano. Renan Calheiros é o favorito, mas Collor de Mello corre por fora.  

Pacto pela Vida:Aumento no número de homicídios acende a luz amarela na Defesa Social.




Em entrevista concedida à revista Veja desta semana, o sociólogo Cláudio Beato, um dos maiores especialistas brasileiros em segurança pública, ao comentar o problema do recrudescimento da violência na região Nordeste, elogia o trabalho desenvolvido pelo Pacto pela Vida, como uma excepcionalidade e um exemplo a ser seguido.De fato, o Pacto pela Vida foi, possivelmente a única política pública eficaz no enfrentamento da violência surgida na região nos últimos anos, constituindo-se numa vitrine para o Governo de Eduardo Campos e uma referência para a região e para o país. Trata-se, efetivamente, de uma política pública, orientada por estatísticas, mapeamento de delitos, açõe planejadas e integradas da polícia, incentivos aos servidores da área e intervenções estratégicas quando necessárias, com monitoramento sistemático, inclusive pelo próprio governador.  Tornou-se um programa exitoso, com o reconhecimento de todos quanto se dedicam a esta área, como é o caso do sociólogo Cláudio Beato, ouvido por Veja. No entanto, com os últimos números divulgados, acendeu a luz amarela no Palácio do Campo das Princesas. Esses dados indicam um aumento no número de homicídios por causas violentas, a maior referência do Pacto pela Vida. Em 2010 ocorreram 3.195 homicídios, e em 2011, foram registrados 3.232. O que preocupa ainda mais o Governo Eduardo Campos é que, além dos números, o crescimento da sensação de insegurança, motivada por assaltos, furtos e roubos, dados sempre negligenciados pelo Pacto pela Vida, um dos seus pontos fracos.  Acendeu o sinal amarelo na Secretaria de Defesa Social, obrigando o secretário Wilson Damázio a tomar medidas emergenciais.  Aliado ao desenvolvimento econômico, o êxito no enfrentamento do problema da violência constituem-se na catapulta dos planos nacionais do "moleque" da Fundação Joaquim Nabuco.   

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Correios: STF se nega a trancar ação contra Jefferson

ABr

Réu no processo do mensalão, que corre no STF, o ex-deputado Roberto Jefferson tentou “trancar” outra ação penal aberta contra ele na Justiça Federal. Perdeu.
Em decisão de sua 5a turma, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou-se a interromper a tramitação do processo sobre corrupção nos Correios.
O caso está na gênese do mensalão. Explodiu em 2005. Teve origem num vídeo protagonizado por Maurício Marinho, então chefe de Compras dos Correios.
Nas imagens, Marinho recebe propina para azeitar negócios na estatal. Sem saber que o filmavam, ele revelou que o PTB convertera os Correios em máquina arrecadatória.
Jefferson enxergou no episódio as digitais do PT. E levou os lábios ao trombone para denunciar o mensalão.
Chamou Marinho de “petequeiro”. Disse que a corrupção grossa transitava nas malas e nas contas mensaleiras abastecidas por Marcos Valério, o “carequinha”.
A despeito do alarido e de todas as consequências da delação de Jefferson, o Ministério Público Federal não deixou de lançar uma lupa sobre os Correios.
A investigação resultou na denúncia de oito pessoas. A 10a Vara Federal de Brasília acatou as acusações da Procuradoria, inaugurando a ação penal.
Acusado nos autos do crime de “formação de quadrilha”, Jefferson recorreu ao TRF-1, sediado em Brasília. O tribunal manteve a decisão.
Jefferson protocolou novo recurso, dessa vez no STJ. Pediu o trancamento da ação. Daí a decisão tomada nesta quinta (15). De novo, contrária às pretensões do réu.
Coube à ministra Laurita Vaz relatar a encrenca no STJ. Ela concluiu que a denúncia está escorada em provas densas –testemunhais e documentais.
“Não se trata de proceder a um juízo sumário e irresponsável de culpabilidade, em desrespeito às garantias constitucionais”, anotou a ministra em seu voto.
“A tarefa, neste momento processual, é de aferição da plausibilidade de os fatos terem ocorrido, em linhas gerais, nos termos em que descritos na denúncia.”
No dizer da ministra, há no processo “veementes elementos indiciários”. Jefferson foi acusado de ter indicado os outros réus para os Correios.
O objetivo, sustentou o Ministério Público na denúncia, era o de desviar verbas da estatal para as arcas do PTB.
Um dos denunciados, Antonio Osório, acomodado pelo PTB na cadeira de diretor de Recursos Humanos dos Correios, centralizaria a coleta.
Jefferson alegou que a denúncia é “estéril”. Não especifica, segundo seus advgados, os crimes ou irregularidades que teriam sido praticados por Osório.
De resto, os defensores de Jefferson, ainda hoje presidente do PTB, anotaram no recurso:
"A mera nomeação de um correligionário para ocupar cargo na administração pública não significa dizer que o paciente [Jefferson] seja responsável por possíveis deslizes que este venha cometer.”
A ministra Laurita não se deu por achada. Considerou que os indícios contra Jefferson são mencionados no processo “de forma clara e direta”. Cabe-lhe defender-se.
O inquérito dos Correios foi aberto em 24 de junho de 2005. Já lá se vão quase seis anos e meio. E nada de julgamento.
Coluna do Josias de Souza, Folha de São Paulo.

Charge! Tiago Recchia!

Tiago Recchia

Charge!Amarildo!

OCDE afaga o Governo Lula. No contexto do BRICS, país foi o único que avançou no combate às desigualdades.



Quando a pesquisa PNUD, da ONU, colocou o Brasil na posição 85º em termos de  desigualdades, indicando uma avanço pífio em relação às últimas pesquisas -, Lula considerou esses dados injustos, tendo ligado para o seu homem de confiança no Planalto, Gilberto Carvalho, para protestar. À época postamos alguns comentários no http://blogdojolgue.blogspot.com, admitindo que tivemos avanços sociais significativos em seu Governo, mas que os resultados não surgem do dia para noite, recomendando-se um pouco de paciência. O que a PNUD constatou é um pouco daquilo que logo depois seria amplamente divulgado, ou seja, a raiz do problema persistia nos indicadores educacionais, ainda muito deficitários. A OCDE, no entanto, reconhece os méritos do governo brasileiro no enfrentamento das desigualdades sócio-econômicas, afirmando que, no contexto do BRICS, o país foi o único que obteve avanços no setor. Trata-se de uma notícia capaz de debelar os 25% restante do tumor do ex-presidente e trazê-lo de volta à praça pública para comemorar com a população mais empobrecida. Saúde, Lula.

O DEM assume que é de direita. Um bom começo.




A oposição no Brasil, depois das constantes refregas, ficou literalmente desnorteada. Tornou-se, conforme já afirmaram, uma nau sem rumo. Esse quadro é perceptível em todos os momentos, bastando acompanhar os passos dos seus principais expoentes. Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, apesar de ter adotado uma linha mais diplomática na sua relação com a presidente Dilma Rousseff, não perde a oportunidade de enfatizar que em seu Governo não transigia com os malfeitos e que a presidente Dilma tem sido leniente com os malfeitores instalados na Explanada dos Ministérios. Quem escuta FHC falar tem a ligeira impressão de que em seu Governo não houve corrupção, o que nos obrigou a refrescar sua memória em postagem recente publicada no blog. Por outro lado, o senador serrista, Aloísio Nunes, está bastante incomodado com o governador Geraldo Alckmin, em razão deste ter dado nota 10 a presidente Dilma Rousseff, aprovando-a por média, sem necessidade de recuperação. Tanto FHC e Geraldo Alckmin são do PSDB, inclusive de alas próximas. A novidade neste cenário foi o programa do DEM, assumindo uma postura liberal – que gostava de esconder, com medo dos eleitores – focada na classe média e, sobretudo, propositiva, apresentando uma plataforma que pode vir a ser digerida pelo eleitorado, em algum momento. Como diria o ex-presidente Itamar Franco, o DEM não perdeu a oportunidade de se opor, tecendo algumas críticas ao Governo, sobretudo em relação aos escândalos de corrupção. Por outro lado, possivelmente, percebendo a fragilidade dessa linha de ação - são poucos os eleitores preocupados com o assunto -, cuidou de apresentar-se como alternativa. Um bom começo.  

Fundação da UFPE enrolada com prestação de contas.



Quando a FADE – Fundação de apoio ao desenvolvimento da UFPE – foi criada ainda éramos estudante da graduação da Universidade, saboreando os famosos “tropicais” da Cantina do Daniel, no térreo do CFCH, abraçado com os livros de estratificação social, um tema sempre muito fascinante.  Havia setores que se posicionavam contra a criação da fundação, alegando que estava em curso um incipiente processo de privatização da universidade.  Embora otimizem os processos de realização de convênios celebrados pelas universidades – desburocratizando a tramitação da papelada, um grande problema no setor público – no geral, a avaliação dessas fundações agregadas às universidades é a pior possível quando está em jogo o emprego de recursos públicos. A julgar pelos inúmeros escândalos ocorridos –  há 16 instituições federais sob investigação, inclusive a UFPE. Algumas até interditadas, sem funcionamento. Diante do exposto, como diriam os advogados,  não seria exagero afirmar que essas fundações estão sendo criadas exatamente para facilitar o desvio de recursos na máquina pública. Na UFPE, o rolo é grande. Além do desvio de recursos, há suspeita de favorecimento de parentes, obras não concretizadas etc. 


Bruno Araújo assume liderança do PSDB na Câmara Federal.



O deputado federal pernambucano, Bruno Araújo, assumiu a liderança do PSDB na Câmara Federal, conforme previsto, aclamado pelo partido. Substituirá o deputado federal paulista, Duarte Nogueira. Grãos-tucanos estavam bastante incomodados com o fato de que parecia haver um acordo, nos moldes da política do café com leite, estabelecendo-se um rodízio na liderança entre paulistas e mineiros. Com o sinal verde de Aécio Neves, Bruno Araújo chegou a cogitar de uma candidatura à Prefeitura do Recife, nas eleições municipais de 2012, tendo aparecido em algumas inserções da agremiação. Embora não tivesse restrições ao seu nome para a liderança do partido, na província – sobretudo por considerar uma ingerência demasiada de Aécio Neves nos assuntos locais – Sérgio Guerra mantinha reservas ao nome do deputado. Apesar do desencontro da oposição, Duarte Nogueira – por inúmeras vezes mencionado aqui no blog – vinha fazendo um bom trabalho na liderança, o que aumenta a responsabilidade do pernambucano.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Charge! Tiago Recchia!

Tiago Recchia

Charge!Paixão!

Paixão


O XADREZ POLÍTICO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DO RECIFE EM 2012. Afinal, ninguém se apresentou para colocar o guizo no pescoço do gato. João da Costa é o candidato do PT à reeleição. 

  

José Luiz Gomes escreve:

                                   A expressão vem se tornando chichê de marqueteiro, mas corresponde à realidade dos fatos. As pesquisas sempre representam uma fotografia do momento, em alguns casos, podendo indicar tendências que, também, em função do tempo, podem ou não se confirmarem. Outro dado é que cada político interpreta a pesquisa de acordo com suas conveniências. A pesquisa do Instituto Exatta, publicada pelo jornal Folha de Pernambuco, por exemplo, aponta uma variação, em cenários distintos, entre 3% e 10% para o provável candidato do PSDB, Daniel Coelho. Suas pupilas só enxergaram os 10%, festejando esse índice.

                                   Apesar do entusiasmo do Secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, com os resultados apresentados pela última rodada de pesquisas realizadas pelo Instituto, onde o atual prefeito, João da Costa, desponta com índices oscilando entre 25% e 30% das intenções de votos, convém manter uma certa cautela, sobretudo em função de alguns indicadores apresentados pela mesma pesquisa. A avaliação do prefeito João da Costa caiu 05 pontos percentuais em relação à última pesquisa, de 45% para 40%, além de apontar que o chefe do Executivo Municipal sofre uma rejeição em torno de 40% do eleitorado.

                                    Uma taxa de rejeição alta constitui-se num dos maiores complicadores numa eleição. Nas eleições paulistas, por exemplo, o recall de Serra é sempre apresentado como um dos grandes trunfos tucanos. A última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, no entanto, aponta uma rejeição superior a 30% para Serra, com 49% dos eleitores afirmando que não votariam de jeito nenhum num candidato indicando pelo atual prefeito, Gilberto Kassab, seu afilhado político, a quem declarou apoio incondicional. Netinho e Russomano partem ambos com índices em torno de 20% das intenções de voto, mas não teriam “fôlego ético” para chegar ao final da corrida.  

                                    Entrando no páreo como um azarão, o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, que aparece com 4% das intenções de voto, de repente, pode surpreender. Apesar de novato nas urnas, seu índice de rejeição é bem menor e conta com um padrinho que, aparentemente, pode sim transferir prestígio. 48% dos paulistas ouvidos pelo Datafolha declararam que estão dispostos a votarem num candidato indicado por Lula.

                                   Em sua fala ao jornal de Folha de Pernambuco, André chega a afirmar que João da Costa terá o apoio de Lula e do governador Eduardo Campos. É preciso lembrar a André Campos, que se tornou idéia fixa de Lula derrotar o PSDB em São Paulo, onde deverá concentrar todos os seus esforços em 2012. Lula já tem um time de jovens políticos para coordenar naquela região, de olho no Palácio Bandeirante em 2014, eleição para qual deverá puxar outra carta da manga. Se tudo der certo, materializa-se o sonho petista de desbancar o PSDB do seu ninho mais emplumado. Fragilizado pela doença, temos dúvidas sobre as reedições das caravanas, sobretudo em ambientes tão carregados como o nosso. Dilma já afirmou que não entrará em bola dividida, embora Recife figure entre as capitais prioritárias para o Partido dos Trabalhadores.

                                   Eduardo Campos, por sua vez, encontra-se numa situação bastante confortável, o que lhes permite acompanhar o desenrolar das eleições recifenses de camarote. Pode emprestar um apoio informal à candidatura petista – seja lá qual for o João escolhido, possivelmente o da Costa-; alimentar o gato clorofilado tucano com algumas pescadas amarelas palacianas, em função da aliança branca com Sérgio Guerra; manter em banho-maria a candidatura do Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho – no momento mais preocupado com a paralisação das obras de transposição do Rio São Francisco -, e ainda conta com um reserva de luxo, pronto para entrar em campo, no Palácio do Campo das Princesas: Maurício Rands,  um petista amarelado, mais confiável aos seus planos. 

                                   Há uma fábula de Jean de La Fontaine onde relata-se que, em assembléia, os ratos decidem colocar um guizo no pescoço do gato para avisar de sua presença, evitando, assim, serem pegos de surpresa pelo seu maior inimigo. Um rato mais velho, experiente, que acompanhou toda a assembléia em silêncio, pede a palavra para fazer uma pergunta que se tornaria célebre, muitas vezes invocada pelo deputado Ulisses Guimarães, sempre que submetido a situações difíceis de serem equacionadas durante a Constituinte: quem vai por o guizo no pescoço do gato?

                                   É esta a situação em que se apresenta o quadro sucessório recifense, mais precisamente no contexto da Frente Popular, cujos assembleístas  já chegaram à conclusão sobre as dificuldades de reeleição do prefeito João da Costa – apesar do otimismo de alguns com a sua performance nas pesquisas -  mas ainda é preciso definir quem reuniria as condições ideais de colocar o guizo no pescoço do gato, informando-o sobre o teto de zinco quente e escorregadio que ele terá que percorrer, com um sério risco de despencar do telhado. Também precisam informar que, caso decida fazer o trajeto, muitos não o acompanhariam nesta aventura, encerrando melancolicamente o ciclo petista na gestão da cidade do Recife.

                                   Sejam lá quais forem os resultados das urnas – afinal João da Costa ainda conta com a máquina, algo nada desprezível numa campanha – sua gestão entornou o caldo do ponto de vista político e administrativo. Tentou se desprender da herança de João Paulo e o seu modo petista de governar e se perdeu na tentativa de imprimir uma marca própria. As diversas mudanças ocorridas na imagem institucional da sua gestão à frente da Prefeitura da Cidade do Recife dão a dimensão de um problema concreto: Ou não se tinha o que mostrar ou o que foi feito se mostrou insuficiente diante das demandas da população.    

                                   O colunista Ricardo Noblat, que teria iniciado sua carreira no Jornal do Commércio, comentou com o deputado federal João Paulo que, durante encontro ocorrido num restaurante, em Brasília, teria ouvido da eminência parda José Dirceu a afirmação de que ele seria o candidato do Partido dos Trabalhadores no Recife. A condição seria ele manter-se calado, algo que contradiz com o temperamento do ex-prefeito. Na medida em que as “flores do recesso” estão sendo colhidas, o quadro sucessório no Recife vai ficando cada dia mais complicado no contexto da Frente Popular, alimentando as expectativas e as “costuras mitigadas”, ou seja, envolvendo setores situacionistas e da oposição, como uma possível aproximação entre o deputado Sílvio Costa Filho e Raul Jungmann, conforme especulam os jornais de hoje.  

                                   Neste aspecto, o silêncio não é um dos atributos de João Paulo, que vem se pronunciando de maneira contundente sobre os temas envolvendo a sucessão no Recife, participando ativamente dos debates sobre mobilidade urbana, um tema fulcral das eleições de 2012.  Às vezes,  temos dúvidas sobre o discurso do ator político João Paulo, sobretudo considerando-se o ambiente onde ele é pronunciado. No Programa Ponto Final, por exemplo, afirmou categoricamente que o prefeito João da Costa terá grandes dificuldades de reeleição, podendo comprometer os projetos da Frente Popular. Argumenta João Paulo que o prefeito sofre uma grande rejeição entre setores da classe média e dificilmente construirá uma unidade em torno do seu nome. Uma avaliação corretíssima. Com os integrantes da Comissão Eleitoral do PT, a impressão que passa é que João Paulo declara-se impedido quando questionado sobre o assunto. Do contrário, o que explica o fato de o PT nacional está endossando essa aventura do matuto que tomou água de barreira?

                                   Por falar nos “Joões”, outra informação que a cúpula nacional petista precisa saber é que, dificilmente, poderão celebrar uma união entre eles. João Paulo ficou bastante magoado com a tese levantada pelo prefeito para o afastamento entre ambos. Nos estúdios da TV Jornal, durante o intervalo da gravação de um programa, ficaram ambos bunda com bunda. Até onde se sabe, bunda com bunda não celebra acordo.  O senador Armando Monteiro, presidente do PTB, também abandonou as coxias sobre o assunto, vindo à boca do palco para pronunciar-se a respeito do tema. O PTB foi o primeiro partido da Frente Popular a deixar a administração do prefeito João da Costa. Desde então, as relações apenas se complicaram, tornando-se difícil, se não inviável, uma reaproximação entre o PTB e o prefeito.

                                   A rigor, o PTB não tem problema com o PT nem com João Paulo. Caso se viabilizasse uma candidatura de João Paulo pela Frente Popular, certamente o partido mandaria para o chuveiro mais cedo o jovem deputado estadual, Silvio Costa Filho, cuja candidatura vem se fortalecendo a cada dia. Outra hipótese é uma possível dobradinha, mas isso precisaria ser previamente acertado com o governador, agravando ainda mais os problemas na Frente.

                                   Na hipótese do projeto de reeleição de João da Costa, certamente o PTB, nas circunstâncias atuais, não o acompanhará por observar na gestão do Recife problemas administrativos e políticos. O termo exato usado pelo senador Armando Monteiro é “insuficiência”.  O Partido dos Trabalhadores tem duas situações limites em capitais importantes para os projetos da agremiação: Fortaleza e Recife, onde os chefes do Executivo Municipal encontram problemas políticos e estão com suas gestões mal avaliadas pela população. Em conversas reservadas com Lula, em São Paulo, onde oficialmente teria ido para fazer uma visita, o senador Humberto Costa sinalizou com a possibilidade de Lula tentar sanar o imbróglio recifense, encontrando um acordo para unir os dois “Joões”, sob pena de colocar em risco a hegemonia petista no Palácio Antonio Farias. Voltamos a insistir: Lula está muito preocupado com quadro político em São Paulo, tornando-se difícil envolver-se na briga dos “Joões”.     

                                   Embora João da Costa mostre-se receptivo à idéia, sobretudo por conhecer o potencial eleitoral de João Paulo, este se mostra bastante reticente, já tendo descartado a hipótese. A indisposição entre ambos saiu do campo político e entrou para a seara pessoal, deixando João Paulo bastante magoado com a declaração do prefeito de que ele queria continuar mandando na Prefeitura.

                                   Entremeado por um período nebuloso em que dirigentes da agremiação, caso de Rui Falcão, andaram afirmando que a situação no Recife ainda não estava definida, mais recentemente os dirigentes petistas passaram, então, a considerar como legítimo o pleito a reeleição do matuto que tomou água de barreira. Em sua última fala, pareceu-nos muito mais preocupado em atingir o PSB, Rochinha criticou a postura do partido de Eduardo Campos em provocar o lançamento de uma candidatura na capital pernambucana, colocando em risco a unidade da Frente Popular.

                                   Por outro lado, também não se pode supor o alheiamento dos dirigentes da agremiação sobre o cinzento quadro eleitoral atualmente vivido pelo chefe do Executivo Municipal. A questão é: quem vai colocar o guizo no pescoço do gato? João da Costa, embora fragilizado, agrega em torno de si as principais correntes petistas no Estado, todas com assento no Palácio Antonio Farias. Logo após o afastamento do PTB do governo municipal, promoveu uma reforma administrativa contemporizando uma penca de partidos menores, formando uma coalizão de Governo cuja descontinuidade certamente provocaria alguns problemas.
           

                                   Em São Paulo, Lula conseguiu dirimir um conflito que poderia ser administrado pelos dispositivos naturais das vias democráticas, impondo o nome do Ministro Fernando Haddad como candidato do partido para as eleições de 2012. O “efeito Marta”, como ficaria conhecido, poderia ser aplicado no Recife? A situação de São Paulo é bastante peculiar. Lula está colocando um novato no pleito, sem nenhuma experiência eleitoral, apenas com o seu prestígio, ancorado em teses exaustivamente discutidas no nosso blog, como um candidato de "cara nova", com perfil ideológico do centro para a esquerda. 

                                   No caso do Recife, o quadro é bastante distinto. Nós temos um gestor aferrado à cadeira de prefeito, com o monte de séquitos que desejam a continuidade da gestão em razão de suas acomodações no Palácio Antonio Farias, contemporizando a maré alta do Capibaribe nos finais da tarde, rodeados de frondosos manguezais. Outro dia até comentava pelo blog que uma das maneiras de tirar o matuto da cadeira é através dos mecanismos da democracia, o mais saudável, portanto. Se o PT não encontrou uma solução para o assunto, então, melhor que o eleitorado do Recife decida quem vai colocar o guizo no pescoço do gato.

A memória de Fernando Henrique Cardoso é bastante seletiva.




Remover “entulhos”, de qualquer natureza, num país com as características do Brasil, não é uma tarefa simples. Como bom sociólogo e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso teria sido mais feliz se afirmasse que Dilma, também ela, vem empurrando com a barriga algumas heranças perniciosas encontradas na máquina pública brasileira, heranças históricas que, em nenhuma hipótese, poderiam ser creditadas unicamente ao Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas a um logo e imbricado processo de comprometimento do Estado pelos costumes patrimonialistas, onde a agenda da corrupção institucionalizou-se. Na realidade, o país sempre celebrou acordos escusos para não remover os entulhos. Do Período Colonial à República, passando pelo Império, jamais tivemos rupturas efetivas, adiando o enfrentamento de questões fundamentais para o país para depois dos 45 minutos do segundo tempo, num jogo cujo regulamento prevê prorrogação sem morte súbita. Os “enclaves” autoritários mantidos na Constituição de 1988, pelos militares, por exemplo, ainda hoje permitem que acadêmicos aprovem nas academias brasileiras teses de doutorado e dissertações de mestrado argumentando que nossa democracia não é uma democracia consolidada. Essa áurea de santidade do PSDB foi posta na lata do lixo com o trabalho do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Um livro que os grãos-tucanos, matreiramente, estão ignorando. Bastante lúcido aos 80 anos de idade, FHC em alguns momentos parece ter perdido a memória dos escândalos de corrupção do seu governo. Ultimamente vem insinuando que a presidente Dilma Rousseff deveria ser menos tolerante com os malfeitos, afastando, de imediato, os malfeitores. É bastante natural e até saudável do ponto de vista democrático, que FHC tem críticas ao Governo de Dilma Rousseff. É preciso, no entanto, não jogar para a platéia e esquecer os malfeitos do seu Governo. Para não esquecer, Fernando: SUDAM, SUDENE, Proer, Privataria, Sivam, reeleição, BNDES... Ufá!Vai escrever, Fernando!

Nota do Editor: Sempre comentamos que os tucanos haviam ignorado o livro de Amaury. Um passarinho nos contou, porém, que Serra tentou comprar todo o estoque da Livraria Cultura de São Paulo: 50 livros. Não foi bem-sucedido.

Governo brasileiro emprestou apoio diplomático e econômico à ditadura chilena.



A ditadura chilena foi uma das mais sangrentas do continente. Salvador Allende conseguiu no Chile um feito histórico dos mais importantes e elucidativos do ponto de vista político: Um socialista eleito pelo voto popular. Até o poeta comunista Pablo Neruda – que em visita ao Brasil estranhou o fato de que Luiz Carlos Prestes nunca ria – renunciou à sua candidatura em torno da unidade do nome de Salvador Allende. Pinochet, um dos principais articuladores do golpe era uma espécie de Ministro do Exército, lá chamado de Ministro das Armas. Não precisamos entrar em detalhes sobre a sabotagem deliberada orquestrada contra o Governo de Allende, por setores militares, empresariais, da imprensa e da sociedade civil – comandadas pelo Governo americano, através da CIA. O fato novo é a participação brasileira contra a experiência popular e democrática que estava se desenvolvendo naquele país. A ditadura brasileira, sobretudo no governo Médici, ofereceu suporte diplomático e econômico à ditadura do general Augusto Pinochet. Mais uma vez, os famosos telegramas trocados entre autoridades dos dois países evidenciam as provas. Conforme já informamos noutra postagem, até a participação americana na eliminação física de opositores dessas ditaduras ficaram provadas através desses telegramas. Cuidado com eles, governantes!

Exposição revela intimidades de ex-presidentes.



A revista Veja desta semana traz uma matéria muito interessante sobre ex-presidentes da República, flagrados pelos fotógrafos, em momentos de intimidades, como a de João Goulart curtindo a vida em família numa de suas fazendas – segundo o biógrafo, o prazer que ele mais gostava – enquanto os conspiradores tramavam sua destituição, em Brasília. Trata-se de uma exposição organizada a partir da vasta documentação do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, cujo editor do blog é credenciado. A matéria também menciona ex-presidentes como Getúlio Vargas – cujos arquivos foram encaminhados àquela Instituição de caminhão, dado volume – Ernesto Geisel, que tornou-se uma pessoa bastante introspectiva depois da morte do filho, aos 16 anos de idade – e Ulisses Guimarães, que chegou a assumir a presidência da República algumas vezes, tomando whisky e viajando nos iates da família Roberto Marinho, em Angra dos Reis, sua praia preferida.


Armando Monteiro: Incentivoa à importação causam prejuízos à indústria brasileira.


O déficit comercial em manufaturas vem crescendo aceleradamente no Brasil trazendo um enorme prejuízo à produção do país. De janeiro a novembro deste ano, o país já alcançou a cifra de 85 bilhões de dólares. Por essa razão, Armando Monteiro externou, nesta quarta-feira (14), no plenário do Senado, sua preocupação com a velocidade deste processo que, na opinião dele, traz graves prejuízos ao setor industrial brasileiro.
Para o senador, é necessário acompanhar atentamente a evolução do quadro. Em 2006, o déficit comercial em manufaturas era mais de dez vezes menor, 6 bilhões de dólares. A substituição da produção nacional por produtos importados no mercado brasileiro tende a causar fortes danos à indústria brasileira. Em consequência, isso se traduz em perdas de empregos e no desmonte das cadeias produtivas nacionais. Para Armando Monteiro, isso significa colocar a “plataforma industrial sob risco”.
Segundo o parlamentar, esse processo não é localizado, mas atinge duramente desde produtos de consumo final, como brinquedos, roupas, calçados, produtos eletrônicos, passando pelos bens intermediários, tais como produtos químicos e siderúrgicos, até alcançar a indústria de bens de capital.
“Não estou defendendo que o país possa produzir todos os bens nem mesmo que a economia deva se fechar. Porém, não é possível conviver com um processo perverso de transferência de empregos da indústria do Brasil, já consolidada, para o resto do mundo”, comentou Armando Monteiro.
Essa situação é reflexo da deficiência da infraestrutura do país, da elevada e complexa carga tributária e da taxa de juros bem acima da média mundial, além de um elemento adicional, conforme lembrou o senador: os incentivos fiscais dados pelos Estados às importações. “Os incentivos de ICMS dados pelos Estados aos produtos importados transfere empregos do Brasil para o exterior”, frisou o senador.
A prática de incentivos é antiga e vem se agravando com a valorização da moeda nacional (o Real), porque torna a importação mais atrativa. Estimativas apontam que pelo menos 10 estados da federação praticam esse tipo de política, causando a perda de 770 mil empregos desde que essas práticas começaram a ser feitas até 2010.
“Essa situação desestimula novos investimentos e a médio e longo prazos serão extremamente nocivos aos próprios Estados que hoje favorecem as importações”, ponderou.
Para Armando Monteiro existem dois caminhos para atacar o problema. O primeiro é a aprovação do projeto de resolução do Senado nº 72, que reduz as alíquotas interestaduais do ICMS para importados de forma a desincentivar os ganhos dos importados com a redução do pagamento do ICMS na passagem para os estados consumidores. O segundo caminho é montar um mecanismo de compensação fiscal, para que os Estados que dependam fortemente desses incentivos sofram tais perdas sem inviabilizar os compromissos já iniciados.
“O governo federal precisa coordenar esses movimentos, e creio que a própria guerra fiscal, assim como a chamada guerra dos portos, é resultante da ausência de uma política ativa de desenvolvimento regional, que possa ordenar de forma equilibrada os incentivos necessários para que os Estados de menor capacidade econômica possam atrair investimentos, sem prejudicar o interesse dos outros Estados e principalmente, o interesse nacional”, afirmou Armando Monteiro.
(Crédito da foto em anexo: André Oliveira/Divulgação).
Assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Charge!Tiago Recchia!

Tiago Recchia

Charge!Paixão!

Paixão

Pimentel não é "obrigado" a ir ao Congresso, diz Dilma.

Alan Marques/Folha


De passagem por Porto Alegre, Dilma Rousseff trocou um dedo de prosa com os repórteres.
Foi questionada sobre um tema incontornável: Fernando Pimentel e seu recente passado de consultor.
Por que o Planalto pega em lanças para impedir que o ministro vá explicar no Congresso as consultorias que lhe renderam R$ 2 milhões?
"O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações ao Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele."
Dilma disse mais: "Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se ele achar que não deve ir, ele não vai."
Para a presidente, o amigo Pimentel não é “obrigado” a prover explicações ao Legislativo senão sobre “assuntos do governo”.
Curioso, muito curioso, curiosíssimo. O ministro convive com a suspeita de ter combinado consultoria com tráfico de influência.
De duas, uma: ou Pimentel demonstra cabalmente que as acusações são infundadas ou não merece frequentar a Esplanada.
Alega-se que o ministro, embora desobrigado, já deu todas explicações. O esforço revelou-se insatisfatório.
Pimentel exibe notas fiscais. Mas não mostra um mísero relatório capaz de comprovar que os serviços foram, de fato, realizados.
Parece óbvio que a situação pede explicações mais densas. O ministro e sua chefe esbarram no óbvio, tropeçam no óbvio.
Seguem adiante sem desconfiar que o óbvio é o óbvio. O diabo é que os fatos, com sua incômoda vidência, gritam: Atenção, ali está o óbvio.

Coluna do Josias de Souza, Folha de São Paulo.

Nota do Editor: Sob o argumento de que os trabalhos de consultoria desenvolvidos por Pimentel ocorreram num momento em que ele não ocupava cargos públicos, o Governo - apesar do voto fovorável do combativo senador Pedro Taques, do PDT - conseguiu barrar, mais uma vez, as explicações do Ministro Fernando Pimentel ao Legislativo.  

Política Cultural. Na corda bamba, Ana de Hollanda faz um balanço do primeiro ano.

POLÍTICA CULTURAL. Alvo de críticas desde que assumiu o Ministério da Cultura, após 12 meses à frente da pasta Ana de Hollanda diz que não se deixa abalar pela “guerra de nervos”

O primeiro ano

Foto: WILSON DIAS/ABR

“Estou em diálogo perma-nente. Se ela quiser mudar, não vou criar resistências”, diz Ana, sobre uma possível mudança na pasta - ANA DE HOLLANDA

Foto: WILSON DIAS/ABR

Por: ILIMAR FRANCO - AGÊNCIA O GLOBO

Brasília, DF – Após enfrentar um ano marcado por críticas e poucas realizações à frente do Ministério da Cultura, nesta semana a ministra Ana de Hollanda promove o lançamento do Plano Nacional de Metas da Cultura – o anúncio se dá após a assinatura de um acordo com o Ministério da Educação, na área da leitura, que pretende beneficiar quatro mil escolas e transformar jovens em agentes de leitura. Nesta entrevista, a ministra diz que 2011 foi duro devido à crise internacional, que contingenciou o Orçamento, e também por causa das novas regras, aprovadas no Congresso, para convênios com ONGs. “Depois de todos os escândalos, as ONGs ficaram muito visadas”, argumenta.

A ministra reforça que decidiu rever todas as ações da gestão anterior e comenta a proposta de nova legislação para os direitos autorais. Sobre esta, afirma que prevê a criação de um instituto para supervisionar entidades privadas como o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que arrecada e paga o direito autoral da música. Sobre as críticas, conta que faz exercícios para lidar com as tentativas de desestabilização e para sobreviver no que define como “guerra de nervos”. E diz que gostaria de continuar ministra para implantar programas que foram gestados neste ano, como o da Economia Criativa, atualmente em exame na Casa Civil. Mas faz questão de lembrar que a presidente Dilma é quem decide.

***

Pergunta. A execução orçamentária do seu ministério está baixa neste ano. O que está acontecendo?

Ana de Hollanda. Toda a sistemática ficou mais complicada. No início do ano, veio um decreto com restrições aos ministérios da Cultura e do Turismo. Restringia convênios com entidades privadas, que era a forma mais comum de se fazer convênios e repasses. Eles tinham que ser via prefeitura ou estado. Depois, (houve) mais dois decretos, inclusive agora em outubro, limitando esse tipo de convênio. A gente tentou ver se passava uma autorização para editais em que uma comissão julga entidades com mais de cinco anos. Não passou. Por exemplo: quero apoiar a Bienal de São Paulo, que já existe há 60 anos, ou a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Mas não dá para fazer um repasse, a não ser que eu faça um grande edital para todas as entidades que podem se candidatar. Uma série de empecilhos foi gerando atrasos. Depois, com todos esses problemas com as entidades privadas, os escândalos, as ONGs ficaram muito visadas. A gente foi buscando saídas. Tivemos que trabalhar via editais, e isso atrasou. O edital tem um prazo de 45 dias, depois mais um prazo para saírem os resultados. Mas agora eles estão saindo, tem um grande de museus que logo vamos empenhar.

Críticos afirmam que a presidente Dilma Rousseff não dá tanta importância para a área de cultura, e por isso as liberações para o setor estão atrasando – o que também implica em críticas a seu trabalho...

Não é que não dê. A relação (com Dilma) não tem problema. Falo com a Miriam (Belchior, ministra do Planejamento), falo com a presidente, falo com a Casa Civil (ministra Gleisi Hoffmann). Então, os atrasos foram mais em função das crises. Uma consequência natural. A gente recua. O governo todo recuou em relação às entidades privadas. Em novembro teve um decreto para todos os ministérios, aquele dos convênios. Examinamos todos os nossos. Os que estavam em andamento eram 250, e desses 190 tinham algum tipo de problema. Agora a gente entra em uma fase para resolver.

Essas dificuldades decorrem então do maior rigor que se buscou na liberação dos recursos, em função dos acontecimentos recentes em outras pastas?

Em parte foi isso. Estamos trabalhando direto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Eu também tive essa preocupação, no início do ano, de examinar todos os convênios. Isso foi pedido para a gente. Convênios foram suspensos, e teve gente que saiu se queixando nos jornais. Mas era isso. Nós pegamos os convênios do fim do ano, principalmente, e, antes de fazer qualquer pagamento, fomos ver por que convênios de todos os tipos foram feitos.

A senhora parece entusiasmada com o trabalho no ministério. Mas a impressão que temos, pelo que se lê, não é essa – pelo contrário, é de esgotamento.

Não vou ficar me pautando pelo que estão dizendo. Este foi um ano de estruturação. No ano passado, foi aprovado o Plano Nacional de Cultura, e estamos fechando metas que vão até 2020. É uma política de Estado, não é apenas para este governo ou para este ano. (...) Nós temos um programa, que vai ser lançado já, o Mais Cultura com o Mais Educação, um convênio para várias ações juntando os ministérios da Educação e da Cultura (que inclui a capacitação de jovens para atuar como agentes de leitura, mediante pagamento de R$ 400, beneficiando cem mil famílias). (...) Sou otimista, porque tenho absoluta consciência do trabalho que está sendo feito.

Gazeta de Alagoas
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