
Tudo indica que vamos chegar a um acordo em relação ao Projeto de Anistia aos condenados e implicados nas manifestações do dia 08 de janeiro, que davam suporte à tentativa de golpe de Estado no país. Muitos dos implicados ali, alguns já julgados e condenados, segundo avaliação de ministros da Suprema Corte, alguns deles, inclusive os já julgados, tiveram uma participação efetiva nos atos antidemocráticos que antecederam aquele episódio, hoje tratado pela Oposição como uma simples mobilização pública de protesto. Conforme já antecipamos em outras postagens, nem mesmo os pipoqueiros e sorveteiros estavam ali comercializando os seus produtos. A intenção era bem outra, ou seja, destruir as nossas instituições democráticas.
Até recentemente, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, voltou a enfatizar que anistia é perdão e não há perdão possível para aqueles que atentaram contra as nossas instituições democráticas. Ocorre que, como afirmava Marco Maciel, política é a arte do possível. E, dentre essas possibilidades, joga-se com um acordo entre Hugo Motta, Lula, Davi Alcolumbre e o próprio STF no sentido de encontrar um meio termo entre a proposta da Oposição e algo que, ao final e ao cabo, minimize as penas aplicadas ou mesmo determine a soltura dos implicados nas mobilizações de rua e até se amplie as punições aplicadas aos artífices da tentativa de golpe de Estado.
Segundo se especula, é uma proposta que poderia serenar os ânimos da Oposição, é simpática ao Centrão, pouparia a pressão sobre Hugo Motta, que resiste como um leão a não pautar o PL, e, de quebra, não prejudicaria o entendimento de membros da Suprema Corte em relação ao assunto. As negociações sobre uma lei alternativa que contemporize, pelo menos em parte, as exigências do PL de Anistia, acalmando os ânimos da Oposição.
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