pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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domingo, 22 de julho de 2012

Moroni Torgan(DEM) lidera em Fortaleza

Moroni lidera e Inácio disputa 2º lugar com Heitor

Veteranos largam na frente, enquanto candidatos da prefeita e do governador ficam para trás
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A eleição para prefeito de Fortaleza começa com um líder isolado e dois candidatos na batalha pela segunda colocação. No cenário atual, Moroni Torgan (DEM), com 27% das intenções de voto, iria para o segundo turno. Seu adversário estaria indefinido, com vaga disputada entre Inácio Arruda (PCdoB), com 14%, e Heitor Férrer (PDT), com 11%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os candidatos do PCdoB e do PDT estão tecnicamente empatados.
Os números são da primeira pesquisa sobre a eleição na Capital após a definição dos candidatos e o início da campanha. A consulta foi realizada pelo instituto Datafolha e contratada pelo O POVO.
Renato Roseno (Psol) e Marcos Cals (PSDB) aparecem ambos com 6%. Essa primeira pesquisa O POVO/Datafolha mostra ainda que o candidato do governador Cid Gomes (PSB) e o que tem apoio da prefeita Luizianne Lins (PT) não conseguiram entrar na briga direta para chegar ao segundo turno. Com as bênçãos do Governo do Estado, Roberto Cláudio (PSB) tem 5%. Elmano de Freitas (PT), candidato da Prefeitura, tem 3%.
O professor Valdeci (PRTB) tem 1%. André Ramos (PPL) e Francisco Gonzaga (PSTU) não atingiram 1%.
Eleitores que declararam intenção de votar em branco, nulo ou em nenhum somam 6%. Chama atenção o percentual dos entrevistados pelo Datafolha que disseram não saber em quem pretendem votar: 21%. O índice fica acima da média em pesquisas estimuladas, nas quais o pesquisador apresenta ao eleitor a lista com o nome dos candidatos. Na primeira pesquisa O POVO/Datafolha realizada na eleição municipal de 2008, há quatro anos, esse índice era de 6% no fim de julho.
O Datafolha ouviu 831 eleitores de Fortaleza nos dias 18 e 19 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número CE-00004/2012.
Avaliação das gestões
A TV O POVO divulga neste domingo, com exclusividade, a pesquisa O POVO/Datafolha sobre avaliação das administrações da prefeita Luizianne Lins (PT) e do governador Cid Gomes (PSB).
Você confere ainda o debate e a análise sobre os números da pesquisa com os jornalistas Fábio Campos e Erivaldo Carvalho e o cientista político Uriban Xavier.
Programa: O POVO Notícias Eleições 2012
Horário: 19h30min
TV O POVO
Canais: 48 (TV aberta), 23 (NET) e 11 (TV Show)
FONTE: pesquisa O POVO/Datafolha

Kassab amarga a pior avaliação entre os prefeitos

Há dois Kassabs na praça. Um potento e um fracasso. O Kassab portentoso criou um partido novo (PSD) e aparelhou-o com o beneplácito do STF (verba pública e propaganda na tevê). Pôs um pé num projeto de poder federal (Eduardo Campos) e o outro numa canoa reeleitoral (Dilma Rousseff). O Kassab fracassado esqueceu-se de cumprir a obrigação para a qual fora eleito: governar a cidade de São Paulo.
Se prefeitura fosse escola, Gilberto Kassab tomaria bomba, informa o Datafolha. Numa escala de zero a dez, o paulistano concedeu ao prefeito a nota 4,4. Entre os executivos das seis principais capitais do país, o de São Paulo exibe a pior avaliação. Desde março de 2007, quando sua nota era 3,9, Kassab não aparecia tão mal na foto. Evidência de que, na prefeitura, faz o pior o melhor que pode. Ruim para o tucano José Serra, que frequenta o ringue de 2012 com o fracasso no córner.
Na outra ponta, Márcio Lacerda (PSB) e Eduardo Paes (PMDB), prefeitos de Belo Horizonte e do Rio, aparecem no ranking do Datafolha com as melhores notas: 6,4 e 6,3, respectivamente. Nada brilhante. Mas o suficiente para guindar os dois, candidatos à reeleição, ao topo das preferências.
Na capital mineira, Lacerda saboreia uma dianteira de 17 pontos percentuais sobre o antagonista Patrus Ananias, o candidato petista que Dilma Rousseff levou à raia na penúltima hora. Bom para o presidenciável do PSDB Aécio Neves, principal escora do neossocialista Lacerda. Ruim para o PT, que estava na aliança do PSB e desembarcou por medo de converter-se em azeitona na empada federal de Aécio.
Na capital fluminense, o ex-tucano Paes aparece no Datafolha como candidato a um triunfo de primeiro turno. A caminho da insignificância, PSDB e DEM ganham matéria prima para um seminário sobre o fim do mundo. Vice de Sérgio Cabral e candidato à sucessão estadual, Luiz Pezão enxerga o pezinho de Paes invadindo-lhe o território. Além do senador Lindberg Farias (PT), um aliado com cara de futuro rival, Pezão assiste em 2012 ao nascimento de um adversário doméstico para 2014.


Publicado originalmente no blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

sábado, 21 de julho de 2012

João da Costa deixará o PT e apoiará Geraldo Júlio


Não faz muito tempo que comentávamos sobre o fato de o senador Humberto Costa ter "jogado a toalha" em torno um possível apoio do atual prefeito à sua candidatura. Minimizava o episódio, mas certamente, seria importante, conforme provamos, contar com o apoio do gestor petista. Diante dos inúmeros incidantes envolvendo os petistas no Recife, certamente, essa costura seria uma das menos prováveis, mas não impossível. Cogitou-se que até Lula poderia entrar no circuito para convencer João da Costa a subir no palanque de Humberto. Hoje, vem a notícia, dada em primeira mão pela coluna do jornalista Cláudio Humberto, informando que o prefeito já estaria de malas prontas pra deixar a agremiação e apoiar o candidato do governador Eduardo Campos, Geraldo Júlio, que hoje ainda patina nas pesquisas, com índices entre 5% e 7% das intenções de voto. O apoio a Geraldo Júlio estaria dentro de acordos que asseguram a sobrevivência política do gestor municipal. Converge com as informações do Blog do Jolugue que dão conta que o prefeito herdaria parte do espólio político construído em torno da mãe do governador, Ana Arraes, que hoje encontra-se no Tribunal de Contas da União.

RIO+20 e a economia de 2020, artigo de Dla Marcondes na Carta Capital.

Rio+20 e a economia de 2020

 
Em 1973, um filme alertou para os ricos da degradação ambiental em 2020. Soylent Green, dirigido por Richard Fleisher e estrelado por Charlton Heston e Edward G. Robinson, mostrou uma megalópole com 40 milhões de pessoas em um mundo degradado e sem condições de produzir alimentos para todos. Oceanos mortos e fazendas protegidas como caixas fortes completam o cenário da trama policial para desvendar o assassinato de um alto executivo da empresa Soylent, que fabrica biscoitos com os quais as pessoas se alimentam. A trama se desenvolve ao redor do biscoito verde (Soylent Green), que dá título ao filme, mas que em português foi traduzido para “O Mundo de 2020”. Esse biscoito, de proteínas, deveria ser fabricado de algas marinhas, mas os oceanos estão morrendo e não tem mais capacidade de alimentar a humanidade…
Galeria de Andre Deak/Flickr
O cenário é de fato catastrofista. Na época de seu lançamento, com 16 anos, comecei a pensar no que seria a mundo de 2020, principalmente porque o personagem de Edward G. Robinson, que morre no filme em uma cena memorável de eutanásia (o ator morreu, de fato, duas semanas depois de terminar as filmagens), teria nascido no mesmo ano que eu, em 1956. Portanto, aquele poderia ser um olhar sobre o meu próprio futuro. Esse talvez tenha sido o principal incentivo para que me dedicasse, em minhas atividades profissionais, ao jornalismo econômico, às questões ambientais e ao desenvolvimento de um olhar sobre as possibilidades do futuro.
Quase 40 anos depois de ter assistido Soylent Green em uma sala de cinema na avenida Paulista, em São Paulo, passei um mês no Rio de Janeiro assistindo a apresentações, diálogos, debates e todo tipo de atividades na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Por mais que se diga que essa conferência rendeu poucos frutos, ninguém em sã consciência pode negar a importância das mais de 3 mil reuniões da sociedade civil e da academia, além, é claro, das reuniões de governo, para a construção de uma base de consciência para as transformações na economia global nos próximos anos.
O Mundo de 2020 ainda não chegou e há instrumentos disponíveis para que nunca chegue. O cenário de degradação ambiental irreversível e de insensatez capaz de alimentar as massas com proteína humana é tão inaceitável sob o ponto de vista ético que governos, empresas e sociedade civil devem seguir dialogando em busca de soluções. A economia de 2020 deve ser capaz de alimentar cerca de 8 bilhões de pessoas em todo o planeta e estar preparada para abrigar mais um ou dois bilhões ainda neste século.
O Mundo pós Rio+20
Existe uma certa “ressaca” de discussões, investimentos e projetos ambientais e de sustentabilidade neste pós-Rio+20. Empresas, governos e sociedade civil pagaram alto para garantir suas presenças e suas vozes nos milhares de fóruns, salas e manifestações que sacudiram o rio de Janeiro. Os próprios cariocas, anfitriões do evento, olham em perspectiva com um certo ar blasé, como quem abriu as portas aos convidados, mas não participou da festa.
Por todo lado se fortalece a tendência do derrotismo de argumento fácil, de que nada aconteceu de importante, que nada se decidiu de relevante e de que tudo não passou de um gigantesco palco para um dramalhão protagonizado por toda a humanidade. Essas bobagens estão por trás de manchetes de jornais e revistas escritas por pessoas que não querem se dar ao trabalho de analisar os fatos.
Os fatos mostram avanços e perspectivas de continuidade nos trabalhos que não podem ser ignorados. As maiores cidades do mundo, reunidas no C40, se comprometeram a investir em uma economia de baixo carbono e em mobilidade mais sustentável para seus habitantes; Até 2014 o mundo terá uma outra métrica de desenvolvimento que deverá ser expressa nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; empresas por todos os países estão buscando melhorar suas performances em sustentabilidade e as bolsas de valores, como a BM&FBovespa, estão cobrando de seus associados que façam relatórios de sustentabilidade; pela primeira vez os Oceanos estiveram no centro de uma conferência deste porte e a biodiversidade ganhou um destaque inédito nos debates sobre desenvolvimento.
No entanto, apregoar o fracasso e seguir fazendo como sempre é muito mais fácil.
No Brasil os debates sobre o modelo elétrico, a exploração e uso do pré-sal, a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e os modelos urbanos estão na pauta da mídia, das empresas, dos movimentos sociais e do governo.
A grande dilema para a transformação do modelo econômico não é porque faltam alternativas, mas sim porque a resiliência do atual modelo é muito forte. É mais fácil dizer e até mesmo acreditar que não há alternativa, do que arregaçar as mangas e trabalhar em diversos caminhos que estão ai propostos para empresas e governos.
A Economia da 2020
A Economia de 2020 não será fácil de se compreender e soluções únicas não servem mais a todos. O poder local deve ganhar não apenas força, mas competência para gerir questões relacionadas ao desenvolvimento local e à criação de cadeias de valor capazes de identificar a aproveitar potencialidades únicas.
Grandes empresas devem abandonar a atitude imperial diante de seus fornecedores, empregados e clientes e passarão a compreender seu papel enquanto gestoras de redes de relacionamento capazes de criar valor em todas as suas pontas através de modelos de negócios muito mais livres e transparentes.
O mundo do século XXI é tão diferente do modo de vida do século XX, como aquele foi de seu antecessor, o século XIX. Mas estas diferenças somente são percebidas em perspectiva. Por exemplo, um cidadão em 1912 pouca diferença veria entre seu modo de vida naquele momento e o que havia vinte anos antes, em 1892. Então vejamos: em 1912 a indústria do petróleo se firmou como uma das principais atividades econômicas do século XX, assim como a indústria automobilística, que lançou as bases de uma das mais impactantes transformações da economia mundial. O petróleo praticamente arrancou a humanidade de rincões da idade média e a lançou na era espacial. Em 1912 essa revolução não era perceptível no cotidiano das pessoas. Em 1892 qualquer um que pensasse em abandonar a criação de cavalos para charretes para investir em motores a combustão seria classificado como imprudente.
Entre 1992 e 2012 dois saltos tecnológicos foram dados pela humanidade, o primeiro no campo das comunicações, com a entrada em cena da internet, da telefonia celular e de suas ramificações por cabo, wireless e satélites. A segunda, acoplada à primeira, assim como os automóveis e o petróleo também se desenvolveram de forma simbiótica, é a indústria da informática, com seus computadores cada vez mais potentes e portáteis. Capacidade de computação, de armazenamento e de processamento de dados aliado à interconectividade universal são as sementes de uma economia mais inteligente no século XXI. Uma que ainda está em gestação.
A aqueles que acham que o tempo entre 2012 e 2020 é curto demais para grandes mudanças, vale lembrar que em 1912 o mundo vivia a chamada Belle Époque , com sua aristocracia boêmia e seus sonhos românticos. Em 1914 o mundo entrou na 1ª Guerra Mundial, que até 1918 deixou 19 milhões de mortos e um novo mapa geopolítico na Europa. As décadas seguintes foram absolutamente imprevisíveis sob o ponto de vista civilizatório, mas revolucionárias sob a ótica do desenvolvimento tecnológico.
A 1ª Guerra Mundial marcou o fim dos impérios do século XIX, como a Alemanha do Kaiser, o Império Austro-húngaro e o império Turco-Otomano. O Império Britânico ainda levou alguns anos definhando. A crise financeira deste início de século XXI pode estar marcando o início de uma nova geopolítica global, com o fim da hegemonia dos herdeiros da 2ª Guerra Mundial e o início de uma economia menos focada no lucro financeiro de bancos e mais alicerçada na produção de bens e serviços essenciais para oferecer qualidade de vida a 9 bilhões de pessoas. As atuais economias emergentes estão mais focadas na produção de commodities minerais e agrícolas e na oferta de produtos industrializados e serviços do que em uma roda viva financeira.
As tecnologias emergentes nesse início de século fazem apostar em uma economia baseada no valor do conhecimento, da ciência e no entretenimento, em detrimento à economia da especulação financeira do final do século XX.
Marcar o ano de 2020 no horizonte pode dar um excelente ponto de inflexão para um planejamento de onde queremos ir e, quando chegarmos lá, avaliarmos a trajetória e os resultados. Em uma comparação com os carros, os modelos de 1912 eram toscos, pouco mais do que carroças com motores, enquanto em 1920 havia veículos que superavam os 100 quilômetros por hora e já começavam a sofisticar em confortos.
Podemos não saber exatamente como será a economia de 2020, mas de uma coisa já se tem certeza, ela não pode imitar a arte em devastação ambiental, promiscuidade social e ignomínia econômica. (Envolverde)

Acende a luz amarela no comitê de Geraldo Júlio.


Formou-se uma grande expectativa em torno dos resultados da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha sobre as eleições municipais de 2012, inclusive no Recife. Alguns aspectos estavam em jogo. Primeiro, a grande credibilidade do Instituto, com atuação nacional e com vários anos de experiência, o que lhes confere um grande respeito. Some-se a isso, apesar das críticas dos candidatos desfavorecidos em seus levantamentos, um número expressivo de acertos nas últimas eleições. As duas últimas pesquisas de intenção de votos nas eleições do Recife foram realizadas por institutos ainda não consolidados no mercado, o Instituto Opinião, de Campina Grande, e o Instituto Maurício de Nassau. O resultado da pesquisa realizado pelo Datafolha, porém, apenas confirmam os dados antes apresentados pelos demais institutos, apresentando uma ligeira diferença que pode, perfeitamente, ser enquadrada na margem de erro. É exatamente essa convergência nos resultados que deixam alguns candidatos, caso de Humberto e Mendonça, satisfeitos, mas começam a preocupar o comitê de campanha de Geraldo Júlio. Pode ser um equívoco imaginar que ele está crescendo. Pelos levantamentos do Instituto Opinião, por exemplo, ele aparece com 5% das intenções de voto. No Datafolha, 7%, o que pode significar uma “estabilização”. Muito mais do que os resultados terem sido apresentados por este ou aquele Instituto, no momento, o que nos parece mais importante é verificar a convergência dos números apresentados – bastante semelhantes – e, sobretudo, o fato de que isso faz parte de uma “série” de pesquisas, realizados com intervalos regulares, o que pode antever uma tendência. Neste sentido, convém o comitê de Geraldo Júlio acender a luz amarela ficar de olhos bem abertos ao semáforo das próximas pesquisas. Ou, para dirimir qualquer dúvida ou evitar surpresas desagradáveis, contratar o Núcleo de Estudos Eleitorais e Partidários da UFPE. Nada que provoque uma preocupação demasiada, mas que exige um monitoramento sistemático e, quiçá, mudanças nas estratégias. Capacidade de trabalho o candidato tem demais. Comenta-se que, recentemente, num único dia, dedicou 21 horas à campanha. Nesse ritmo e bem assessorado, ele reverte qualquer quadro.

Datafolha: Celso Russomanno e José Serra tecnicamente empatados.


A última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, em São Paulo, aponta um empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRTB). Serra ostenta 30% das intenções de voto, enquanto Celso mantém índices de 26% o que, considerando-se a margem de erro, o coloca como tecnicamente empatado com Serra, numa ascendência surpreendente. O candidato do PT, Fernando Haddad, obteve 7% das intenções de voto. Rifado por Maluf, Celso foi se abrigar no PRTB, partido que viabilizou sua candidatura. Sempre se apresentou bem nas pesquisas, desde o início. Maluf foi ao balcão negociar o apoio do PP a outro candidato. Depois de procurar alguns partidos, firmou, no final, uma aliança polêmica com o PT, onde houve espaço até para a famosa sessão de fotos que causa dor de cabeça em Lula até hoje. Celso faz um estilo popular e, em princípio, não acreditamos que ele mantenha esses percentuais até a reta final. Por outro lado, as taxas de rejeição do candidato Serra são surpreendentes: 39% do eleitorado declara que não votaria nele de jeito nenhum. Até o momento, o candidato do PT continua com um desempenho preocupante. São Paulo, que já elegeu Jânio Quadros, pode muito bem colocar um tipo Celso no Edifício Matarazzo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A estrela sobe: Mercandante pode assumir as Relações Exteriores.

Derrotado em São Paulo,nas eleições de 2010, todos sabiam que o Ministro Aloizio Marcadante gostaria de ter ocupado o cargo para o qual foi nomeado Fernando Haddad. Foi contemplado com o Ministério da Ciência e Tecnologia, onde tornou-se um gestor sem qualquer "tesão" pelo cargo. Não foram poucos os momentos em que discutimos isso pelas redes sociais, sobretudo pelo microblog Twitter. Quando Dilma o nomeou para a Educação, pensamos, de imediato, que agora ele poderia se sentir confortável no cargo, uma antiga aspiração sua. Não seria possível superar o legado de Ferrnando Haddad, um dos melhores ministros da Educação dos últimos governos. Pensamos, inclusive, que foi um erro tirá-lo do cargo para embarcar nesse aventura em que está se transformando as eleições paulistas. Não se esperasse, portanto, uma gestão excepcional de Aloizio naquele ministério. Em todo caso, ele estava se saindo bem na regência da orquestra, cujos instrumentos já haviam sidos afinados por Haddad. Um outro fator relevante é que ele gosta do cargo. Não se sabe por qual das quantas, a presidente Dilma Rousseff pretende afastar Antonio Patriota do Ministério das Relações Exteriores e nomear Mercadante para o cargo. Há aí, dois fatores e um equívoco. O primeiro dele diz respeito a insatisfação com a atuação de Antonio Patriota, por diversas vezes comentada aqui no Blog do Jolugue. O outro fator é a ascendência do prestígio de Mercadante no Planalto, levando Dilma a escolhê-lo como um dos ministros articuladores de seu projeto de reeleição. O erro seria tirá-lo da pasta, antes que ele resolvesse o impasse da greve dos professores universitários, algo que já vem causando alguns estragos à candidatura de Haddad em São Paulo.

Eleições do Recife: Comunista reclama da cobertura da imprensa burguesa e Mendonça Filho faz uma opção preferencial pelos pobres.


Realmente, as eleiçõe do Recife estão nos revelando alguns surpresas curiosas. O candidado comunista, Roberto Numeriano, através de um artigo - inclusive reproduzido aqui no Blog do Jolugue - reclamou da cobertura da imprensa sobre as eleições. No próprio artigo, Numeriano enfatiza que falava não como candidato, mas como professor de jornalismo. Em síntese, cobrava mais espaço na chamada "mídia burguesa". Logo em seguida, através dos jornais, o candidato dos Democratas, que sempre esteve vinculado aos interesses do capital, faz uma repentina conversão e declara sua opção preferencial pelos pobres. Mendonça pertence a uma estirpe de políticos de origem conservadora, com atuação no Agreste do Estado. Atores políticos como Marco Maciel e Gustavo Krause estiveram presentes ao lançamento de sua candidatura. Gustavo, inclusive, como sempre, nessas ocasiões, assume o papel de ideólogo dos candidatos democratas, como ocorreu nas eleições de 2010, quando esteve envolvido com o projeto derrotado de Marco Maciel. O candidato do PT, Humberto Costa, por sua vez, passou a desdenhar do apoio do prefeito João da Costa. Seria interessante que os marqueteiros do candidato o informasse que não há como o PT "livrar-se" de João da Costa. Em última análise, melhor que ele estivesse no seu palanque, uma vez que o senador tem insistido que defenderá o legado do PT no Recife. Concretamente falando, não há mais como unir esses dois grupos, dado o grau de animosidade e agressões a que chegaram. Ao escolher o seu staff de campanha, Humberto sequer tomou o cuidado de construir algumas "pontes" com o grupo do prefeito. Ainda é cedo para avaliar o desempenho de Geraldo Júlio, mas, seus números anêmicos da largada levaram alguns analistas a especularem sobre, quem sabe, uma aposta equivocada do governador Eduardo Campos, sobretudo em relação ao "custo Geraldo". Não acreditamos nessa hipótese. Em todo caso, são fatos que evidenciam curiosidades inusitadas sobre as eleições do Recife. Nesse ritmo, novas surpresas nos aguardam.   


















Coordenador da campanha de Haddad classifica protesto tucano com fascista.

O coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) na disputa da prefeitura de São Paulo, o vereador petista Antonio Donato, classificou de fascista o protesto promovido por manifestantes ligados a movimentos jovens do PSDB que, sem se identificar, criticaram Haddad, na última quarta-feira, por conta da greve nas universidades federais do país, que estão paralisadas há cerca de dois meses.

"Lamentável o comportamento de militantes do PSDB que, sem se identificar, tentaram interromper atividade da campanha que o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fez no bairro do Brás na quarta-feira. Usando de um expediente tipicamente fascista, quatro jovens tucanos passaram-se por estudantes para protestar contra a greve nas universidades federais, como se estivessem mesmo preocupados com esta paralisação", afirmou Donato em uma nota publicada no site do diretório municipal da legenda.
Além das críticas aos estudantes, Donato fez críticas também ao PSDB, do candidato José Serra, principal adversário de Haddad, como o próprio candidato o classificou em entrevista a Terra Magazine nesta quinta-feira.
"A atitude dos quatro tucanos mostra a verdadeira face do PSDB, partido que abusa do discurso em favor da democracia, mas que na prática age com intolerância e desrespeito contra os adversários. O episódio é um alerta de que o PSDB está disposto a usar de qualquer expediente para favorecer seu candidato na eleição para a Prefeitura de São Paulo."
Protesto
Na última quarta-feira, quatro estudantes abordaram Haddad, que fazia campanha na região do Brás, no centro de São Paulo, e protestaram contra a paralisação das universidades federais, responsabilidade de Haddad enquanto ministro da Educação. Apesar de não se identificarem, os manifestantes são membros da Juventude do PSDB.
Nesta quinta-feira, em campanha pelo bairro de Perus, Haddad classificou a situação como um "embaraço artificial". "Não saímos à rua com temor, mas desde que isso seja espontâneo. Assim como não quero ninguém organizado para elogiar, eu não considero adequado os nossos adversários se organizarem para criar embaraços artificiais. Vamos manter o alto nível de campanha sem esse expediente que não serve à democracia. Se isso está confirmado é de se lamentar", afirmou.
Procurados pelo Terra, tanto o diretório municipal do PSDB quanto a campanha de José Serra não quiseram comentar as declarações de Donato.
O presidente da Juventude Municipal do PSDB em São Paulo, Breno Siviero, confirmou a participação de pessoas ligadas ao partido na manifestação. Contudo, segundo Breno, a legenda não tem nenhuma participação com os acontecimentos, e não pode controlar nem impedir as manifestações de seus membros.
"Não houve conhecimento prévio nem aval da Juventude, do diretório, nem da campanha (de José Serra). Buscamos seguir na campanha a proposta feita pelo Serra, de discutir propostas, ideias, de fazer uma campanha propositiva. Esse foi um fato isolado", afirmou Siviero em entrevista ao Terra.
Segundo o tucano, a atitude foi desaprovada pelo partido, por não combinar com o perfil do PSDB. "Não tem a cara do PSDB. Queremos discutir ideias, propostas, não partir para tumultos, acusações, factóides", afirmou.
    Terra

    quinta-feira, 19 de julho de 2012

    Bananeiras abre a Rota Cultural Caminhos do Frio.

     
     
     
     
    Chegou a hora de vestir o agasalho, subir a serra e desfrutar da rota cultural 'Caminhos do Frio' que começa nesta segunda-feira(23) na cidade de Bananeiras. O projeto leva na bagagem shows, teatro, dança, cinema, poesia, literatura, artesanato, gastrononomia, oficinas, exposições, trilhas, ecoturismo e visita aos engenhos. A sétima edição do roteiro parte de Bananeiras e depois segue para as cidades de Serraria, Pilões, Areia, Alagoa Grande, e encerra no dia 02 de setembro em Alagoa Nova.

    Entre julho e agosto, essas cidades serranas chegam a registrar temperaturas de até 12°. Durante a temporada a região do Brejo paraibano deverá receber a visita de cerca de 30 mil turistas. Além de divulgar a cultura da região, o intuito do projeto também é lançar novos artistas e dinamizar a economia local. 'Caminhos do Frio' é praticamente a única rota turística do Estado e já é conhecida internacionalmente. A expectativa do Fórum do Turismo Sustentável do Brejo da Paraíba é que cerca de R$ 1,5 milhões sejam movimentados durante os 42 dias do evento.

    Bananeiras, a quase 30 km dali e a 552 metros sobre o nível do mar, é o primeiro destino que merece uma visita. Esse município de passado colonial, recortado por ladeiras e sobrados do século 19, foi o maior produtor de café de toda a Paraíba e abriga um casario com 80 construções catalogadas pelo IPHAEP.

    A região abriga também o histórico engenho Goiamunduba que, desde 1877 produz a cachaça Rainha. A cidade ainda conta com outras construções históricas como um túnel de trem de 1922 e um cruzeiro do final do século 19 localizado a 507 metros de altura, além da Cachoeira do Roncador, uma queda d’água de 45 metros.

     
     

    Mensalão: saiba como será o rito de julgamento do processo.

    Previsto para ser um dos maiores julgamentos da história do Supremo Tribunal Federal (STF), o caso do mensalão deve bater o recorde de sessões da Corte. O início está estipulado para o dia 2 de agosto.
    As primeiras estimativas do presidente do STF, Carlos Ayres Britto, previam 120 horas de julgamento. Serão pelo menos 24 sessões ordinárias, ou oito semanas de julgamento, apenas para o mensalão. Em 120 anos, os julgamentos mais longos da história do Supremo duraram, no máximo, sete sessões.
    O rito traçado pelos ministros do Supremo define que, nas duas primeiras semanas de agosto, haverá dez sessões diárias de segunda a sexta-feira para que a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro relator Joaquim Barbosa e os advogados dos 38 réus façam as suas alegações.
    O primeiro a falar será o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, que fará a leitura da síntese do seu relatório, resumida em 3 páginas. O processo original contém mais de mil páginas. Barbosa divulgou antecipadamente o conteúdo em formato digital a todos os ministros da Supremo, ao procurador-geral da República e aos réus. A iniciativa é inédita e o processo foi o primeiro do STF a ser inteiramente digitalizado.
    Barbosa será seguido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que terá até cinco horas para apresentar os argumentos da acusação. Depois, os advogados (que podem ser mais de um por réu) terão 1 hora cada para sua explanação. Como são 38 réus, estima-se que, no mínimo, 38 horas com os advogados na tribuna.
    A partir da terceira semana de agosto tem início a segunda fase do julgamento, com o início das discussões em plenário e com a manifestação dos votos dos ministros. As sessões serão realizadas três vezes por semana (as segundas, quartas e quintas), partir das 14h, e não há previsão de quantas serão necessárias.
    O relator será o primeiro a votar. Depois, vota o revisor, ministro Ricardo Lewandowski. Em seguida, a votação segue por ordem inversa de antiguidade, da ministra Rosa Weber, a mais nova na Corte, até o ministro decano, Celso de Mello. O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, será o último a votar.
    Ordem da votação:
    1º Joaquim Barbosa
    2º Ricardo Lewandowski
    3º Rosa Weber
    4º Luiz Fux
    5º Dias Toffolli
    6º Cármen Lúcia
    7º Cezar Peluso
    8º Gilmar Mendes
    9º Marco Aurélio Mello
    10º Celso de Mello
    11º Carlos Ayres Britto
    Briga de juízes. Para fechar o ano com o mensalão julgado, o STF arcou com um custo elevado. Novamente, ministros vieram a público criticar outros colegas ou colocá-los sob suspeita de estarem a serviço de uma causa político-partidária.
    No episódio mais recente dos embates, o ministro Ricardo Lewandowski travou uma batalha de ofícios com o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, sugerindo que o colega queria precipitar o julgamento, criando um “odioso procedimento de exceção”. Veladamente, ministros alimentaram as críticas de que o presidente do tribunal estaria dando ao mensalão um trâmite inusual.
    O calendário acelerado do processo, que terá rito especial de julgamento, permitirá que o ministro Cezar Peluso, apontado inclusive pelos advogados do processo como um dos mais experientes da Corte, participe das sessões. Peluso completa 70 anos no início de setembro e, para participar do julgamento do caso, precisará antecipar seu voto.
    Para viabilizar sua participação, Peluso terá de furar a fila de “votação”. Pela ordem, Peluso seria o sexto a votar, depois dos ministros Joaquim Barbosa, relator do processo; Ricardo Lewandowski, revisor; e de outros quatro ministros. Se respeitasse a ordem, Peluso se aposentaria sem que tivesse a chance de proferir seu voto.
    O julgamento a partir de agosto garante também a participação do atual presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto. Em novembro, Britto fará 70 anos de idade e, a exemplo de Peluso, obrigatoriamente terá de se aposentar. Se o julgamento fosse deixado para o final do ano, como estimava inicialmente Lewandowski e outros ministros – que só atuavam nos bastidores nesse sentido -, Britto também não participaria.

    Alunos de Camaragibe ganham com programa que capacita professores.

     

    Cerca de 400 professores, diretores de escolas e funcionários da Secretaria de Educação de Camaragibe se reuniram na manhã desta quarta-feira (18), na casa de eventos Palatino, KM 4 de Aldeia, Região Metropolitana do Recife, para o encontro semestral do Programa de Formação Continuada de Professores da Rede Municipal de Ensino. O projeto, implantado há oito anos, no início da gestão do prefeito João Lemos (PCdoB), oferece cursos de capacitação para professores.
    "Durante esses oito anos o governo deixa um legado de mais de 500 horas de curso extra para professores, através de capacitação com especialistas nas áreas de português, matemática, história, geografia, ciências e artes", conta Simonia Ribeiro, representante da diretoria de ensino de Camaragibe.
    Segundo Simonia, encontros como o desta quarta servem para debater temas atuais que envolvem docentes e segmentos da rede de ensino. "A importância da ampliação do universo cultural do professor é o que deve ser o foco daqui, pois esse aperfeiçoamento tem refletido no aprendizado dos alunos."
    A diretora da Escola Municipal Nova Santana, Rosimary Nascimento, também aprova o Programa de Formação Continuada. "É uma valorização do profissional. Melhora a formação e a autoestima do professor. O que faz o aluno ficar mais interessado nas aulas.”
    PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
    - Duas horas quinzenais para momentos de estudos do professor na escola;
    - Quatro horas mensais de formação com especialistas nas áreas de língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências e artes.
    - Quatro horas semestrais com os Fóruns de Educação para debater temas atuais
    - Somente em 2012, 400 notebooks foram entregues a professores de Camaragibe, ação que faz parte do projeto "Tecnologia na sala de aula".

    Vídeo leva senador a demitir assessora bonitona




    Em certas mulheres, a beleza excessiva por vezes conspira contra a dona. Parece ser o caso de Denise Rocha. Advogada, foi contratada como assessora do gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) em fevereiro de 2011. Desde a instalação da CPI do Cachoeira, em fins de abril, ela desfila na comissão os seus ocultos conhecimentos de Direito.
    Em meio à feiúra escancarada dos congressistas e aos horrores insinuados na investigação, a plasticidade de Denise revelou-se insidiosa. Nunca as reuniões de uma CPI contiveram tanta surpresa, espanto, admiração, choque e assombro. De repente, a todo o desassossego provocado pela inusitada presença do belo agregou-se um ‘sim senhor, quem diria!’. Surgiu um vídeo.
    Produção caseira, a peça circula entre os membros da comissão há três semanas. Exibe a causídica Denise e um parceiro dela numa tórrida e explícita relação sexual. As cenas correm os aparelhos de celular e os tablets dos congressistas como um delicioso rastilho pólvora. As pulsões de Denise passaram a provocar mais estrépito do que os explosivos extratos bancários da construtora Delta.
    Ao vídeo juntaram-se fotos sensuais pescadas no Facebook de Denise. Nessas fotografias, os dons plásticos da assessora do senador, por explícitos, sobrepujaram-lhe o presumido talento jurídico. Por mal dos pecados, a deputada Iracema Portela (PP-PI), mulher do chefe de Denise e também integrante da CPI, teve os sentidos como que abalroados pela repercussão de tantas e tão voluptuosas imagens.
    Sussura daqui, cochicha dali o chefe de Denise decidiu privar-se da assessoria dela. Embora ele a considere uma “boa assessora”, informa, para inquietação dos colegas, que vai demitir a auxiliar boa: “É uma situação complicada, não vejo condições de ela desempenhar o trabalho dela depois disso. Porque ela trabalha nas comissões, não é dentro do gabinete.”
    Acometida dessa enfermidade terrível que é o excesso de beleza, Denise simula um pudico rompante de recato. Declara-se especialmente inconformada com a disseminação das cenas sexuais. “Não sei o que é esse vídeo. Não vi. Estou tomando medidas judiciais. É o meu trabalho. Eu estou ali para advogar, não estou para palhaçada”, disse.
    Sob a tediosa ira da assessora superexposta surge a perspectiva de um empreendimento lucrativo. A advogada Denise foi convidada a posar nua para as lentes da Playboy. Amigos aconselham-na a aceitar. Perderá no Senado um contracheque de cerca de R$ 4 mil. Com um bom contrato, decerto obterá muito mais. Com uma vantagem: nas páginas da revista os conhecimentos de Direito são secundários e, mesmo, indesejáveis.

    Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

    quarta-feira, 18 de julho de 2012

    Teria Eduardo Campos realizado um movimento precipitado?


    Um bom enxadrista passa horas e horas examinando o tabuleiro para decidir sobre uma jogada que encurrale o adversário ou impeça a primazia ou vantagens de seus movimentos. Uma jogada mal calculado tanto pode prejudicar o jogador que tomou a iniciativa, como acordar o adversário sobre suas possíveis manobras, levando-o a tomar medidas preventivas, prevenindo-se contra eventuais investidas. Em outras palavras, uma jogada mal calculada pode trazer algumas conseqüências imediatas e, pior, “entregar o jogo” ao adversário. Em muitas rodas políticas começam a surgir especulações sobre os últimos movimentos do governador Eduardo Campos, sugerindo que talvez houvesse aí algum ingrediente de açodamento e precipitação. Se não, vejamos: a) Não se sabe se a presidente Dilma teria ficado rigorosamente convencida sobre os seus argumentos em razão das rusgas criadas com o PT. Eduardo Campos tentou convencê-la de que o PSB estaria bem mais próximo do seu projeto de reeleição do que alguns setores do próprio PT. Dilma, que vive às turras com o PT paulista, em certa medida, pode até ter concordado com o governador pernambucano. Teria ouvida da presidente a promessa de um possível não envolvimento pessoal nas eleições recifenses. Logo em seguida, a presidente Dilma concedeu uma audiência ao senador Humberto Costa, reafirmando a sua disposição em participar do pleito no Recife, fato bastante comemorado pelos petistas. b) Em encontro mantido com os caciques da legenda, Recife – que sempre foi prioridade para o partido – mesmo diante das circunstâncias particulares que envolvem as eleições em Belo Horizonte e São Paulo – foi posta como prioridade das prioridades. Apesar da largada acanhada de Geraldo Júlio – não se enganem – Recife terá uma das eleições mais polarizadas e acirradas. A tendência natural é que Geraldo Júlio equilibre o jogo daqui para frente. Caso o candidato do governador seja derrotado pelo PT, não há dúvida de que Eduardo acusará o choque. Sairá chamuscado do episódio, turvando, em certa medida, seus projetos presidenciais. c) O PMDB – apesar de uma possível articulação com o PSB no plano nacional – bate uma cravo e outra na ferradura. As raposas da legenda manobram com os diversos cenários possíveis, sendo um deles repetir a dobradinha das últimas eleições, ou seja, PT-PMDB. A demasiada “autonomia” de Eduardo reacendeu na legenda a preocupação em perder a prevalência junto a presidente. Matreiros, começaram a trabalhar em duas frentes: garantir os espaços de sua invejável e desejável musculatura política e, numa outra frente, chegar mais cedo ao Planalto para não aborrecer a presidente, como ocorreu até recentemente, quando Dilma convocou Michel Temer para pedir sua ajuda para contornar o impasse das eleições mineiras. Temer, numa resposta rápida, retirou a candidatura do PMDB, dando uma prova de lealdade a presidente. d) O próprio Temer, em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo, em tom inigmático, chegou a insinuar alguns possíveis recados. Numa dessas mensagens cifradas endereçadas ao governardor de Pernambuco, teria usado a expressão: apressado come cru. e) Os jornais de hoje trazem a notícia de uma grande devassa em curso nos Ministérios ligados ao PSB, ou seja, Integração Nacional e, ainda mais preocupante, no Ministério da Ciência e Tecnologia, na época em que aquela pasta foi ocupada pelo hoje governador, Eduardo Campos. Comenta-se que a manobra teria o dedo de José Dirceu. Pay attention, Eduardo!!!

    Roberto Numeriano critica cobertura da mídia sobre as eleições do Recife.


    O candidato à prefeitura do Recife Roberto Numeriano (PCB) criticou o modelo de cobertura política das eleições em Pernambuco. Falando mais como cientista político e jornalista, Numeriano aponta um grave empobrecimento do debate político em torno de ideias e propostas, reclamando também de não ter espaço igualitário nos veículos de comunicação e afirmando que aposta nas redes sociais para escapar disso - no entanto, o candidato ainda não criou uma página virtual para a sua campanha.
    "A tradição política pernambucana, sobretudo recifense, era a do debate de políticas públicas a partir de eixos, não necessariamente ideológicos, que fundamentavam a intervenção dos candidatos. O que temos hoje é um vale tudo pelo poder, traduzido sobretudo em arranjos políticos que sequer se explicam taticamente. O caso exemplar é a aliança Eduardo Campos e Jarbas."
    "Os lances desse vale tudo de fofocas pautou a cobertura dos principais jornais e rádios do Recife, desde a pré-campanha. A cobertura cria e consolida um círculo vicioso, com cartas marcadas. Claro, a legislação eleitoral determina que as entrevistas tenham o mesmo tempo, no rádio e noutros veículos. Mas o que vemos é alguns radialistas e editores de jornais convidando seguidamente os candidatos da "voz do dono", ou seja, a voz do dono da emissora. E tome doses cavalares de Geraldo Júlio, numa dada emissora ou jornal, ou de Humberto Costa. E fico admirado dos esforços de ambos para se mostrarem diferentes com suas propostas de governo tão antigas quanto as pedras do cais recifense. Essa imprensa provoca uma falsa polarização política que é seriamente grave para a cidadania recifense", criticou o candidato da Frente de Esquerda.
    Como exemplo da cobertura que ele afirma não ser jornalisticamente isenta, Numeriano aponta a não publicação de nenhuma matéria da Frente nos jornais locais: "Elaboramos um agendão com os trabalhos da candidatura e vez por outra difundimos para os jornais, rádios e emissoras de TV algumas matérias, sempre solenemente ignoradas. Nenhuma foi publicada, até agora, pelos jornais."
    "Ao mesmo tempo, vemos o desfile desse museu de grandes novidades que são as propostas do PSB, PT, DEM e PSDB, enchendo as páginas das editorias políticas. Houve até uma disputa em torno da autoria de uma dada proposta de governo entre dois partidos, como se houvesse direito autoral para propostas desse tipo. Fotos e textos falando de visitas aos bairros, sempre com a procissão de gente paga e candidato apertando a mão e dando tapinhas nas costas do eleitorado."
    "Sinceramente, falando como professor de jornalismo e dirigente político, essa cobertura impressa precisa sair dessa mesmice e cobertura aética e discutir as propostas dos candidatos a partir de mesas redondas com participação de entidades, lideranças, jornalistas etc, questionando as propostas, desmascarando demagogias, mostrando as contradições de projetos", disse Numeriano, que ensinou Ética do Jornalismo na Unicap e Jornalismo Político na Maurício de Nassau.
    Ele também criticou o formato dos debates televisivos, engessados e controlados muito mais pelo marketing dos candidatos, do que inspirados por ideias: "É preciso debater a cidade sem amarras de tempo. A TV dá tempo para futilidades, mas para debater e planejar a cidade pela cidadania ativa, cadê o tempo?", disse.
    "Felizmente, temos neste ano as redes sociais para fazer campanha. Se não fosse esse espaço, não seríamos visíveis. Espaços nos blogs, como o de Jamildo, que publica inclusive artigos que escrevemos para fundamentar as nossas propostas, são a única alternativa que temos (à exceção de um ou outro programa de rádio de algumas emissoras com excelentes e éticos profissionais, para não ser injusto), para nos tornar visíveis".
    "Esse blog propicia espaço e respeita o contraditório político, essencial para o debate rico em ideias. Alguém dirá, "mas são mídias diferentes". Não estou tratando disso, não precisa descobrir a roda. Estou defendendo que o princípio deve ser o mesmo na cobertura político-eleitoral, seja qual for a mídia. Só assim a disputa se tornará igualitária no campo onde deve ser, que é o das ideias. Por enquanto, a cobertura das eleições, sob esse viés, tem sido balizada pelo poder dos palácios e de seus imperadores que parecem ditar as pautas das editorias políticas".

    Artigo publicado originalmente no Blog de Jamildo, Jornal do Commércio.

    Nota do editor: O editor do blog se sente muito a vontade em falar sobre esse assunto, pois, com a autorização de Numeriano, publicamos aqui um dos seus artigos veiculados nas redes sociais.

    Novas críticas ao envolvimento de Sérgio Guerra na campanha de Daniel Coelho


    Jarbas Vasconcelos, nas eleições de 2010, afirmava para quem desejasse ouvir que havia decidido entrar na disputa em razão da necessidade de montar um palanque de oposição no Estado. Deu sua cota de sacrifício em nome da candidatura presidencial de José Serra, do PSDB. Atitude idêntica foi tomada pelo ex-deputado Raul Jungmann, que saiu candidato a senador, mesmo sabendo das enormes adversidades que enfrentaria, abdicando de uma candidatura proporcional, onde teria chances de se eleger. Sérgio Guerra participou ativamente dessas articulações, chegando a antecipar que apoiaria Jungmann numa eventual candidatura à Prefeitura do Recife, promessa que não foi cumprida. As relações entre Sérgio e Jarbas continuam no plano das animosidades, pois, também naquelas eleições, Sérgio liberou uma penca de prefeitos sob sua liderança para votar em Eduardo Campos. Agora começam as especulações sobre a sua “disposição” em participar ativamente da campanha do tucano de bico verde, Daniel Coelho. Suas aparições tem sido rápidas e esporádicas, gerando especulações sobre um possível corpo mole. Mais um?

    Humberto Costa não deseja seu nome associado a José Dirceu.


    Ontem ouvi alguns comentários sobre os possíveis incômodos sentido pelo staff de campanha do senador Humberto Costa em relação ao fato de que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, estaria enviando alguns emissários de sua confiança para acompanhar o desenrolar das eleições no Recife. Muito mais do que a simples presença, o que, de fato, incomoda o candidato é a associação que poderia ser feita entre ambos, colocando Humberto como íntimo de José Dirceu. O senador chegou a insinuar que isso faria parte de uma urdidura pra prejudicá-lo. Confesso não ter observado, até o momento, nada nesse sentido. Há, isto sim, abertamente, um grande interesse do pajé petista sobre os rumos das eleições na capital pernambucana, sobretudo depois das movimentações do governador Eduardo Campos.

    Novo Código Penal: Armando integra comissão

    O presidente do Senado, José Sarney, anunciou nesta terça-feira (17) os senadores indicados pelos blocos partidários para compor a comissão especial que analisará o anteprojeto do novo Código Penal (PLS 236/2012).

    Os titulares são Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Armando Monteiro (PTB-PE), Benedito de Lira (PP-AL), Clovis Fecury (DEM-MA), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Jorge Viana (PT-AC), Magno Malta (PR-ES), Pedro Taques (PDT-MT) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

    Os suplentes são Ana Rita (PT-ES), Eduardo Amorim (PSC-SE), Gim Argello (PTB-DF), Jayme Campos (DEM-MT), José Pimentel (PT-CE), Luiz Henrique (PMDB-SC), Marta Suplicy (PT-SP), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Vital do Rêgo (PMDB-PB).

    O anteprojeto do novo Código Penal foi elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do STJ Gilson Dipp. O texto teve como relator o procurador da República Luiz Carlos Gonçalves.

    A proposta prevê mudanças polêmicas: transforma a exploração dos jogos de azar em crime; descriminaliza o plantio e o porte de maconha para consumo; amplia possibilidades do aborto legal; e reforça a punição a motoristas embriagados. O projeto também endurece o tratamento penal da tortura e criminaliza o bullying.

    A comissão de 11 senadores será responsável por discutir o projeto e propor mudanças antes de sua votação pelo Plenário. Todas as propostas relacionadas ao tema em tramitação na Casa serão anexadas ao anteprojeto do novo código.


    Fonte: Agência Senado

    terça-feira, 17 de julho de 2012

    Devagar e sempre, Geraldo Júlio encostará em Humberto Costa.



    Embora o candidato do PT às eleições de 2012, no Recife, comemore os números da última pesquisa IBOPE/Folha de Pernambuco, onde aparece com 40% das intenções de voto, ampliando, inclusive, os percentuais apresentados pelo Instituto Opinião,  que lhes confere 35%, sabe-se que ele não terá uma vida fácil pela frente. Parafraseando Lula, que afirmou que pegaria no calcanhar dos adversários, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, vem gradativamente no seu encalço, com uma tendência de crescimento constante e com reais possibilidades de equilibrar o jogo quando for iniciado o Guia Eleitoral pelo rádio e pela televisão, conforme afirmou o cientista político Hely Ferreira, numa coluna de política de um jornal local. Ely tem razão. Mesmo diante de um cenário onde chefes de partidos escolheram seus candidatos consoantes seus interesses, subtraindo as legitimas aspirações do eleitor e das lideranças locais - numa demonstração inequívoca da fragilidade institucional dessas agremiações, como afirma o cientista político Michel Zaidan, no Jornal do Commércio de hoje - a tendência é de um envolvimento mais efetivo com o processo nesse período, afunilando as escolhas. Uma outra questão diz respeito a uma tendência preocupante. Nas três últimas eleições municipais recifense, quem dispara na frente não apresenta o mesmo preparo físico na reta final.

    Maurício Rands, de fato, desiludiu-se com a política.


    Este assunto parece-nos que já teria rendido a tinta necessária, mas voltou à superfície depois de um artigo publicado pelo economista ecológico da Fundação Joaquim Nabuco, Clóvis Cavalcanti. Trata-se do ato do ex-deputado federal e ex-secretário de Governo de Eduardo Campos, Maurício Rands, que abandonou o partido e a vida pública. Muitos comentários foram feitos logo em seguida, alguns dando conta  que essa atitude escondia segundas intenções, como um possível retorno à ribalta, desta vez como candidato ao governo do Estado, em 2014. Mesmo que não fosse esse o seu projeto, dada a sua identificação com o PSB, também se comentou que ele estaria, na realidade, asssumindo de vez sua condição de socialista, quem sabe se engajando na candidatura de Geraldo Júlio, a quem faz elogios na carta de despedida. Essa possibilidade até existe, mas, certamente, tudo leva a crer que Rands estaria, realmente, disposto a exercer sua cidadania, sem qualquer compromisso partidário mais efetivo, o que o deixou a vontade para assumir que pretende votar em Geraldo. Em seu artigo – que postamos nas redes sociais – o economista relata alguns fatos interesantes sobre a trajetória política e a biografia de Maurício Rands, para concluir que seu ato foi de alguém que, de fato, se desiludiu com a política. Rands já estaria com o objetivo de retomar sua carreira acadêmica, voltando a dar aulas no exterior. Desejamos boa sorte ao ex-parlamentar. O parlamento fica mais pobre, mas as salas de aula de alguma universidade inglesa possivelmente ganhará um bom professor.  


    Quem sobe e quem desce na gancorra da minireforma ministerial?


    Já se comenta em Brasília sobre uma minireforma ministerial. Quando o assunto vem à superfície, a bolsa de apostas é célere em apontar as futuras cabeças que poderão ser degoladas ou os cristãos novos em ascendência. Nesse último grupo, encontra-se o Ministro Aloizio Mercadante, Ministro da Educação. Nem tanto pelo bom desempenho na pasta, mas, sobretudo, por integrar um trinca de ministros privilegiados, escolhidos a dedo por Dilma, para cuidar do seu projeto de reeleição. Entre os que estão no cadafalso, o Ministro das Relações Exteriores, Patriota, brilhante diplomata de carreira, mas que vive às turras com Dilma. Seu desprestígio é tão evidente que, diante das crises internacionais, tem foro privilegiado no Palácio o oráculo Marco Aurélio Garcia e o ex-chanceler Celso Amorim, hoje no Ministério da Defesa. A propalada nomeação da senadora Marta Suplicy para a Embaixada do Brasil em Washington  também é vista como mais uma provocação, uma vez que quebra uma tradição do órgão, estabelecida no Governo Lula, de apenas nomear para esses cargos funcionários de carreira. A minireforma ministerial é também a oportunidade de Dilma acalmar os ânimos da base aliada, sobretudo o PMDB, de acordo com a coluna do jornalista Cláudio Humberto.

    Justiça revoga intervenção de Kassab no Diretório municipal do PSD mineiro.


     Em entrevista recente ao Programa Canal Livre, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, dimensionou a importância das eleições municipais em Belo Horizonte como uma possível prévia das eleições presidenciais de 2014. A presidente Dilma Rousseff, uma das mais preocupadas com os rumos daquelas eleições, pediu, pessoalmente, sua intervenção para tirar o seu PSD – no Brasil, o país continua com donos, inclusive o PT – do colo do candidato Márcio Lacerda, âncora do projeto presidencial do senador Aécio Neves. A mesma atitude Dilma tomou em relação ao PMDB do vice-presidente Michel Temer. Temer conseguiu um “arranjo” menos traumático, muito diferente de Kassab que precisou usar de seu autoritarismo para decretar uma intervenção no Diretório Municipal do partido, provocando o primeiro “cisma” na agremiação, liderando pela senadora Kátia Abreu que, em entrevista concedida ao jornalista Josias de Souza, chegou a elencar a possibilidade de deixar o partido. Pois bem. Diante desse imbróglio e depois do desgaste, Kassab recebeu ontem a notícia de que o juiz que julgou uma ação do Diretório Municipal, Rogério Coutinho, considerou ilegal a intervenção, ratificando as decisões tomadas pela convenção, ou seja, no sentido de confirmar o apoio ao candidato do PSB, Márcio Lacerda. Trata-se de mais um ingrediente no complicado quadro das eleições mineiras. O juiz foi bastante afirmativo no seu despacho, argumentando não haver nenhuma falha na decisão tomada pelos convencionais. Kassab sai bastante desgastado do episódio, amargando alguns prejuízos, como o desligamento do deputado Roberto Brant – uma liderança expressiva – e, como mencionamos, uma frente de dissidência liderada pela senadora Kátia Abreu, vice-presidente da agremiação. Há pouco tempo, numa entrevista ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, o senador Aécio Neves brincou afirmando que o Planalto está dando a ele uma importância maior do que ele faz jus. Com manobras dessa natureza, o Planalto, de fato, está dando uma força à dimensão nacional requerida ao senador, tão reclamada por Fernando Henrique Cardoso.

    segunda-feira, 16 de julho de 2012

    Homens Dirceu já estariam nos calcanhares de Eduardo Campos.



    Os os rumos das eleições mineiras passaram a preocupar, naturalmente, todo o staff petista. Há entretanto, aqueles que demonstram uma preocupação mais específica, como no caso da presidente, Dilma Rousseff, que já fala abertamente sobre o seu projeto de continuar por mais 04 anos no Palácio do Planalto. Há comentários de que Dilma já teria, inclusive, escalado um “time” de auxiliares para cuidar diretamente do assunto. O PT paulista, por seu turno, deseja manter-se no poder, mas as relações com Dilma estão trincadas. Trabalham até mesmo com a hipótese da volta de Lula. Seus generais, comandados por Dirceu, assumiram diretamente a batalha com o PSB do governador Eduardo Campos que, nas conversas com a presidente, chegou a usar a alegoria do “vem a nós”, para reclamar do apetite demasiado do partido pelo poder, não abrindo espaços para os sócios do condomínio. Outro dia postamos um comentário aqui no Blog do Jolugue sobre os constantes pronunciamentos do ex-ministro José Dirceu sobre as eleições do Recife. Dirceu passou a comentar mais sobre as nossas eleições do que sobre o julgamento do mensalão. Há rumores de que pessoas de sua total confiança já estariam no Recife para pegar nos calcanhares de Eduardo Campos e Geraldo Júlio. Pay attention, Geraldo!!! 

    Planalto joga toda carga nas eleições mineiras, uma prévia de 2014.



    Há algumas eleições estrategicamente importantes para o Partido dos Trabalhadores, como São Paulo e algumas cidades do “cinturão” paulista, onde Lula fez questão de escalar, pessoalmente, seus “menudos” para concorrerem, como o ex-presidente do IPEA, o economista Márcio Pochmann, que tenta se eleger por Campinas. Depois das investidas do PSB num dos seus redutos tradicionais, a região Nordeste, cidades como Recife, Fortaleza, Salvador passaram a figurar entre as maiores preocupações do partido. Mas, por inúmeros aspectos, como admitiu ontem o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em entrevista ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes, Belo Horizonte tornou-se uma espécie de prévia de 2014. Ali, depois dos movimentos do senador Aécio Neves, o Planalto resolveu jogar toda a carga no sentido de eleger o seu candidato, Patrus Ananias, e derrotar o candidato de Aécio Neves, Márcio Lacerda. A preocupação é tanta que Dilma teria feito um apelo ao marqueteiro João Santana, uma espécie de "Mago" do Planalto, para que ele assumisse a campanha, mesmo sabendo de suas enormes dificuldades, uma vez que já coordena as campanhas de Fernando Haddad, em São Paulo, e trabalha pela reeleição do presidente Hugo Chávez, na Venezuela.

    quinta-feira, 12 de julho de 2012

    Afinal, quem terá o apoio do prefeito João da Costa.


    João da Costa permanece indecifrável, suscitando diferentes hipóteses sobre seu apoiou a este ou aquele candidato. Ainda não definiu se apóia o petista Humberto Costa ou se vai engajar-se na caravana de Geraldo Júlio. Outra possibilidade é manter-se eqüidistante do processo, optando por não apoiar nenhum dos candidatos. Depois de um longo chá de cadeira – Lula nunca concedeu uma audiência ao prefeito – o morubixaba petista abriria um espaço em sua agenda nos próximos dias para recebê-lo e pedir que ele empreste solidariedade ao senador Humberto Costa. Como as videiras que crescem exuberante  entre as rochas, João cresceu bastante nas adversidades, tornando-se um ator político fundamental na definição do seu sucessor no Palácio Antonio Farias. Foi duramente atacado durante as prévias, além de ver sua vitória não ser reconhecida pela Executiva Nacional da legenda, que sacou a candidatura de Humberto do colete. Assim como Maurício Rands, João da Costa chegou a algumas conclusões preocupantes sobre aquele processo, considerando que o senador urdiu sua candidatura em meio ao turbilhão e as cortinas de fumaça que se formaram durante as encenações das prévias. Na carta de Rands, este teria sido um dos motivos do seu "desencanto" com a política. Há quem especula sobre uma possível volta "triunfal" de Rands, mas nos parece que ele, realmente, ficou abatido com a desilusão política, nas palavras de João Paulo, pior do que a desilusão amorosa.

    José Arlindo considerou muito célere a aliança entre Jarbas e Eduardo.


    Em diálogo mantido com o editor do Blog do Jolugue, pelas redes sociais, o ex-secretário do Governo Jarbas Vasconcelos, José Arlindo, esclareceu sua posição em relação à reaproximação entre Jarbas e Eduardo Campos. Divulgou-se pela imprensa que ele teria sido contra, o que causou em mim uma certa curiosidade sobre o seu argumento. Na realidade, ele não foi contra ao ato em si, bastante bem adjetivado pelo ex-secretário. O que ele pensa é que da reaproximação à aliança política, o processo teria sido muito célere. Realmente, a aliança entre Jarbas e os pefelistas, por ocasião da formação da União por Pernambuco envolveu muitos churrascos. Neste caso, Eduardo nem esperou o convite pela famosa feijoada que seria servida no bairro do Janga. 


    Dilma promete a Humberto que participará da campanha


    Mesmo antes do diálogo com o governador Eduardo Campos, a presidente Dilma Rousseff, através de sua assessoria, já havia emitido uma nota onde afirmava que evitaria participar diretamente das próximas eleições municipais, principalmente em praças onde a base aliada tivesse mais de um palanque, conforme é o caso do Recife. No diálogo com o governador, teria chagado à conclusão sobre os problemas de engajar-se diretamente na campanha do senador Humberto Costa. Segundo noticiou-se, a sua não participação teria sido “fechada” com Eduardo Campos. Depois de receber Humberto Costa, no entanto, Dilma teria prometido que virá ao Recife participar de sua campanha, injetando otimismo nos coordenadores de sua campanha e, possivelmente, alguma perplexidade no staff eduardista.

    quarta-feira, 11 de julho de 2012

    João da Costa: Fui sabotado pelo próprio partido.


    É preciso escolher o tempo certo para emergir. O prefeito João a Costa, depois dos açodamentos das prévias, mergulhou num profundo silêncio, algo que fez muito bem ao gestor e ao político. Depois do linchamento político do qual foi vítima, uma pergunta que sempre esteve em voga é sobre o futuro do prefeito e como ele se comportará em torno de sua sucessão. O senadro Humberto Costa o cobre de mimos. Geraldo Júlio não fica atrás. Até insinuações já foram postas no sentido de que a presidente Dilma já teria reservado para ele um cargo no Governo Federal, compatível com a sua estatura política, antes absolutamente negligenciada, inclusive pelo senador Humberto Costa. Ele tem razão quando afirma que foi sabotado. Tem usado um tom firme, uma vez que não tem mais nada a perder. Observador privilegiado das movimentações em torno do Palácio Antonio Farias, tem abusado das figuras de linguagem para se referir às cobranças em torno de uma definição sobre qual candidato apoiará. O prefeito estranha o fato de que os secretários petistas do Governo Eduardo Campos ainda não tenham entregue os cargos, eles que foram tão céleres em abandoná-lo na Prefeitura do Recife. Numa referência clara ao pessoal ligado à tendência Construindo um Novo Brasil, liderada pelo senador Humberto. Essas adversidades foram importantes para o matuto apurar seu feeling político. Na sua concepção, independentemente das prévias, Humberto desejava ser candidato desde o início. Acertou, João.

    De olho em 2014, Dilma põe ordem na base aliada.


    Mesmo demonstrando pouca habilidade e disposição para as articulações políticas, a presidente Dilma Rousseff transparece que deseja renovar o contrato de aluguel do Palácio da Alvorada, a partir de 2014. Diante das movimentações dos seus possíveis adversários – Eduardo Campos e Aécio Neves –tratou de tomar algumas medidas para se contrapor. O pernambucano conseguiu convencê-la de que estará com ela em 2014 e que o PT é que está vendo chifre em cabeça de cavalo, criando alguns embaraços em sua relação com o PSB. Eduardo Campos entregou um farto material de clipagem de sua assessoria de imprensa - dizem que até algumas matérias do Blog do Jolugue -, onde evidencia-se a acidez com que o PT vem tratando o seu partido. É interessante observar como esse discurso do PSB tem sido bem ensaiado entre as suas principais lideranças. Primeiro, eles advogam que o modelo de gestão do PT está exaurido. Depois, que o partido deseja ser hegemônico, negando-se a dividir espaço com a base aliada. Materialistas convictos, os petistas sequer teriam aprendido a rezar o Pai Nosso. Só foram até o “vem a nós”. Apesar de não se entender muito bem com os Ferreira Gomes, Eduardo conseguiu a proeza de uniformizar o discurso que foi levado a presidente, ontem à noite. A indigestão ficou por conta de dois atores emblemáticos do Partido dos Trabalhadores: José Dirceu e Rui Falcão. Ficou a critério de Dilma definir quem é o mais indigesto, tarefa qua não será muito difícil, uma vez que a presidente não gosta de ambos. Dilma teria se comprometido a não se envolver diretamente nas campanhas onde a bola estivesse dividida, mas não deixou de tomar algumas precauções. Em Minas Gerais, colocou Temer e o prefeito Gilberto Kassab para contornar o imbróglio que está se formando naquela praça. Temer teve mais sorte, mas Kassab precisou tomar algumas medidas drásticas para evitar que o partido apoiasse o candidato do senador Aécio Neves. A intervenção no Diretório Municipal teve um custo alto. A senadora Kátia Abreu não o poupou de críticas, abrindo uma possível dissidência no PSD. Convencida por Eduardo de que colocou Geraldo Júlio na jogada para evitar um possível desastre, aparentemente, ela teria dois palanques confiáveis em Pernambuco. O inimigo, na realidade, construiu sua carreira política na Agreste do Estado, na cidade de Belo Jardim, e detém um índice de 25% pelos últimos levantamentos, um percentual bastante expressivo.


    Senado cassa mandato do senador Demóstenes Torres.





    Eduardo Bresciani, do estadão.com.br, e Ricardo Brito, da Agência Estado
    Por 56 votos, o Senado aprovou a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Na avaliação da maioria, a relação do parlamentar com o contraventor Carlinhos Cachoeira feriu o decoro parlamentar. Dezenove senadores votaram contra a cassação e cinco se abstiveram. Demóstenes é o segundo senador cassado no País por quebra de decoro.
    Em seu discurso de defesa, o senador criticou a forma como seu processo foi conduzido e afirmou que as provas usadas contra ele eram frágeis. “O julgamento pelo clamor público é um julgamento terrível”, disse ao se lembrar da crucificação de Jesus Cristo. “Dizem que o maior crime foi o fato de ter usado um rádio (…) Em que momento aparece a minha voz pedindo dinheiro, pedindo propina? Mais de três anos de grampo, o que existe contra mim? Nada. Nada. Nada” , afirmou.
    O senador atacou ainda a “pressa” com que o caso foi avaliado pelo Conselho de Ética. “Por que minha cabeça tem que rolar? Provei aqui, várias vezes, que sou inocente. Quero o direito do tempo. Por que me negaram o direito da perícia? Era o único direito que eu tinha.” Ao final de seu discurso, pediu aos senadores: “Me deem a oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida. Se a Justiça me condenar, eu perco o mandato”.
    Com a decisão, Demóstenes deverá voltar ao cargo de procurador de Justiça de Goiás, do qual se licenciou em 2001 a fim de se eleger a primeira vez senador da República. No retorno, está na iminência de ser investigado pelos colegas de Ministério Público. Com a cassação, ele só poderá se candidatar a um cargo eletivo em 2027.