A extrema direita já chegou à conclusão de que a batalha pela hegemonia nas redes sociais é estratégica para o seu projeto de poder. A premissa se aplica a gigantes como os Estados Unidos, assim como em outros países economicamente menos robustos, onde os "experimentos" desses grupos estão sendo testados, como é o caso do Brasil. Faz algum tempo que o Brasil se tornou um verdadeiro laboratório para essas experiências macabras, obscurantistas, conforme advertia o sociólogo Boaventura de Souza Santos. Hoje os grupos de direita que atuam nessas redes estão bem mais azeitados do que os perfis do campo progressista, no dizer do novo titular da pasta da Comunicação Institucional do Governo Lula, Sidônio Palmeira, talvez na era analógica.
E, por falar na Secom, o TCU acaba de liberar uma licitação da ordem de R$ 200 milhões para a pasta, depois de retenção de propostas suspeitas. Não há dúvidas de que um montante expressivo desse valor será destinado à comunicação digital, aquela conduzida pelas redes sociais. Há uma preocupação acentuado do Governo Lula3 com este tema, uma vez que, desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2016, as redes sociais já cumpriram um papel estratégico e determinante no resultado do pleito. Não se sabe ainda - mas logo saberemos - o que se passa pela cabeça do novo nome da comunicação do Governo, mas espera-se que ele, ao menos, equilibre as forças do Governo Lula3 para o enfrentamento dessa batalha, de olho no pleito presidencial de 2026.
Paralelamente a isso, o Governo reuniu seus ministros depois que o dono do Facebook e do Instagram informou que não mais ira utilizar as checagens. O PL das Fake News, que estava adormecido, voltou a ser discutido em caráter de urgência pelos membros do Governo Lula. Trata-se, no entanto, de um PL que não reúne grandes chances de aprovação, uma vez que já foi excomungado pela oposição, que o considera um instrumento para regular as redes sociais.
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