pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O Recife tem um novo gerente.
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Editorial: O Recife tem um novo gerente.



Estamos hoje, dia 03, com um cenário político nublado. Os parlamentares estão voltando com a faca nos dentes para se contraporem e derrubarem os vetos do Governo Lula3; praticamente uma crise instaurada no Ministério da Saúde, motivada pela falta de algumas vacinas básicas nos postos de saúde; uma primeira ranhura na relação entre entre Nunes e Mello, em São Paulo, que dizem ter a ver com a divisão dos espaços na gestão; e, finalmente, a repercussão de um longo editorial do Estadão sobre a Suprema Corte. Diante das tormentas, vamos levar o barco devagar, como aconselha os velhos marinheiros, e nos concentrarmos aqui na província, mais precisamente por ocasião da primeira eleição do prefeito Geraldo Júlio, no ano de 2012, quando tivermos alguns problemas ao anteciparmos sua vitória, em artigo escrito e publicado num site local. Reflexo das ações, já naquele momento, de nossa esquerda pé na jaca. 

Escrevemos até um livro sobre aquela campanha. O livro adormece em nossos arquivos. Nunca chegou a ser publicado. Política é momento e o cavalo passou selado. Depois de duas gestões bem-sucedidas, o ex-prefeito, que poderia ter sido pensado como alternativa de candidatura ao  Governo do Estado, recolheu-se aos seus aposentos. Sugere-se que a relação entre o ex gestor do Recife e a família Campos ainda são das melhores, mas haveria eventuais fissuras entre o ex gestor e setores da legenda socialista no estado. A família Campos, aliás, endossava tal candidatura. Desconhecemos se ele ainda exerce alguma ação nos bastidores da política local, mas as semelhanças entre as gestões de João Campos e a de Geraldo Júlio, em alguns aspectos, começam a se tornarem evidentes, até mesmo no tocante à escolha do jovem Victor Marques, a rigor um técnico, como seu sucessor, assim como ocorrera anos antes, quando Eduardo Campos apostou todas as suas fichas no então desconhecido técnico que atendia pelo nome de Geraldo Júlio. 

Naqueles idos entendíamos que alguns movimentos do governador Eduardo Campos indicavam que ele pretendia tomar a Bastilha do Palácio Capibaribe, sede do Governo Municipal. Não foi por falta de aviso que o PT vacilou. Antes de indicar o nome de Geraldo Júlio para concorrer à Prefeitura do Recife naquele ano, O PSB, que à época tinha bons assessores na área de marketing político, contratou uma pesquisa qualitativa para saber o perfil de um gestor que os recifenses desejavam para gerir os destinos da cidade. Eles concluíram que, muito mais que um político, as preferências recaiam sobre um gerente, um técnico capaz de conduzir uma gestão que enfrentasse os grandes gargalos da cidade, o que nos conduz a concluir sobre o DNA desse gerencismo do prefeito João Campos. 

É curiosos como João Campos, talvez numa lição deixada pelo pai, faz política mantendo um distanciamento regulamentar do ideologismo. Assim como o pai, para tocar a gestão, dá preferência aos técnicos. Prepara Victor Marques para sucedê-lo na Prefeitura do Recife. Victor entra timidamente neste terreno, pois até pouco tempo ainda era um técnico de conversas de ouvido com o chefe, numa relação de longas datas, quando o prefeito ainda era Chefe de Gabinete do governador Paulo Câmara. João Campos entregou a ele a Secretaria de Infraestrutura, como não poderia deixar de ser, pois é a secretaria das entregas das obras de impacto, abrindo um horizonte político promissor para o jovem. Num futuro, que os socialista desejam esteja próximo, assim como ocorreu no passado, com Eduardo Campos, os dois palácios estarão sob o controle do grupo novamente. Victor ser filiado ao PCdoB é uma mera formalidade. 

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