A contratação ainda não foi formalizada, mas o que se diz em Brasília é que o publicitário Sidônio Palmeira, mesmo informalmente, já estaria dando sugestões ao Planalto no tocante à comunicação institucional. Nós já emitimos a nossa opinião a este respeito. Não vamos retomá-la por aqui para não melindrar, mas insistimos que a questão é bem mais complexa do que se imagina. Não é uma questão de como, mas o que. Na década de 80, quando Lula se lançou candidato à Presidência da República, havia uma espécie de narrativa da vitimização, algo que foi corrigido, nas eleições subsequentes, pelo publicitário Duda Mendonça. Era mais uma questão de roupagem, de estética.
Nas eleições seguintes, Lula apareceu usando ternos de corte italiano, com dentes corrigidos, cabelos sob os cuidados do Sacha - o mesmo cabeleireiro do Sílvio Santos - e tudo foi sanado. Hoje é mais complexo, uma vez que a plataforma programática do partido é que parece que caducou e precisa ser reinventada, o que também não significa dizer, necessariamente, que o partido tenha que ir para o centro do espectro político. Sidônio já teria dado duas sugestões: Parar de se indispor com o mercado e passar a imagem de unidade interna do governo ou da legenda. Os leitores hão de convir que não estamos diante de uma missão simples para o publicitário.
Um bom exemplo é este pacote de ajuste fiscal proposto pelo Ministro Fernando Haddad, que desagradou sensivelmente membros do governo e parlamentares da legenda. Alguns ministros chegaram a sugerir que poderiam pedir demissão do cargo. Na hora da votação, uma ala do partido não votou com o Governo. Em 2025 teremos uma troca de comando nacional da legenda, o que deve render muita tinta de jornais, lives e discussões internas. Gleisi Hoffmann apoio o nome do deputado cearense José Guimarães, enquanto setores estratégicos da legenda preferem o nome de Edinho Silva. Durma com uma bronca dessas, Sidônio. Já está confirmado. Sidônio Palmeira assume a SECOM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário