Editorial: Os critérios de João Campos para a escolha do secretariado.

Há alguns repórteres andando com uma lupa acompanhando os movimentos do prefeito João Campos, tentando concluir, a partir desses movimentos, se o gestor, de fato, é candidato ao Governo do Estado nas eleições de 2026. Até recentemente o prefeito apareceu numa foto emblemática ao lado do vice-prefeito, Victor Marques, inaugurando uma obra nas tantas encostas do Recife, numa evidente demonstração de que ele pavimenta a avenida política que o jovem vice-prefeito terá que percorrer daqui para frente. Já nos pronunciamos sobre o assunto num outro momento, afirmando que a cidade do Recife tem um novo gerente, assim como Geraldo Júlio no passado, ex-prefeito por dois mandatos, que tem evitado os holofotes. 

Hoje, num artigo publicado no Jornal do Commércio, o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Mozart Neves, tratando da questão da educação no estado, observou que o prefeito fez questão de manter o secretário Fred Amâncio no cargo de Secretário de Educação, numa demonstração de que está satisfeito com o seu trabalho. Fred Amâncio não teria sido o único secretário mantido no cargo por bom desempenho em sua pasta. Um número expressivo deles, aliás, foram mantidos em seus cargos, indicando que o desempenho, aliada à estratégia política em jogo parece ser um critério definidor para a escolha dos seus auxiliares, mesmo sendo impossível livrar-se dos arranjos aliancistas e partidários. 

Hoje, 06, um jornal local sugere que ele está convidando o ex-candidato a prefeito de Olinda, Vinicius Castello, do PT, para ocupar um cargo na Secretaria de Infraestrutura, cujo titular é o Victor Marques. Segundo o jornal, não houve consulta partidária, corria-se o risco da indicação de um nome que não atendesse às suas expectativas técnica e política.  Podem ter certeza de que Vinícius entra no time para cumprir uma missão bem definida na gestão e não por ser de uma corrente X ou Y do PT.