Aguarda-se para este início de ano, com algumas expectativas, a reforma ministerial do Governo Lula3. Esta reforma tem sido anunciada a um bom tempo, desde as últimas eleições municipais, quando o PT sofreu uma nova refrega nas urnas. Desta vez, segundo especula a imprensa, a partir dos burburinhos emitidos pelas reuniões palacianas, há um ingrediente que se acrescenta à acomodação da vasta base aliada, certamente o critério mais determinante nessas reformas: A eficiência dos titulares das pastas. Pesquisas apontam várias áreas com sérios problemas, impondo-se medidas saneadoras. Nessas reuniões, o morubixaba petista já teria sinalizado para esta questão nevrálgica.
Há um erro aqui desde o início, quando, em nome dessa tal governabilidade, Lula precisou negociar cargos no governo com inúmeros partidos do centro do espectro político, e, quando esses partidos indicam nomes para ocuparem esses cargos o critério técnico quase sempre é negligenciado. O que conta aqui é a capilaridade do sujeito junto à direção ou bancada da legenda, assim como as verbas disponíveis daquele órgão para se fazer política, numa análise estritamente republicana, sem considerarmos aqui outras intenções. A rigor, nem o próprio PT foi muito exigente neste quesito, se considerarmos o desempenho de alguns titulares.
Essa necessidade de governabilidade que se impõe a um Governo fragilizado em sua representação e articulação política precisa ser submetida a um exame anátomo patológico político, onde se possa diagnosticar a dimensão das enfermidades, que já começam a atingir a própria legenda do PT. A dissidência aberta por ala do partido em relação às divergências sobre o conteúdo deste último pacote fiscal concebido pelo Ministério da Fazenda é um bom exemplo disso. Pelas nossas contas, já são 18 partidos nessa coalizão, com vaga para acomodar mais, pelo andar da carruagem política.
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